No dia de seu aniversário, JP Batista quer o 11º título do Fla como presente
De volta ao Brasil após 13 anos, pivô é uma das armas do time rubro-negro na decisão do Estadual, nesta quinta-feira, às 20h, contra o Macaé, fora de casa
Ele mal chegou ao Rio de Janeiro e já pode levantar seu primeiro troféu com a camisa do Flamengo. E para tornar a ocasião ainda mais especial, quis o destino que a partida caísse justamente no dia 29 de outubro, data de seu nascimento. Uma das principais novidades do clube carioca para a temporada 2015/16, o pivô João Paulo Batista, ou simplesmente JP Batista, espera comemorar seus 34 anos de vida com uma vitória diante do Macaé, na segunda partida das finais do Campeonato Estadual masculino de basquete. Como venceu o primeiro confrontopor 71 a 64, quarta-feira passada, na Gávea, o time rubro-negro só precisa de mais um resultado positivo nesta quinta-feira, às 20h, no ginásio Juquinha, no Norte Fluminense, para conquistar seu 11º título estadual consecutivo. Caso Macaé vença e empate a série melhor de três, a decisão volta para o ginásio Hélio Maurício, sexta-feira, às 20h.
- Seria um presente muito especial conquistar meu primeiro título pelo Flamengo no meu aniversário. Sem dúvida é um presente que não vai ser dado. Teremos que suar e lutar muito para conquistá-lo. Ainda temos muito trabalho pela frente, mas o potencial de nossa equipe é grande e seria ótimo começar o NBB com um título no bolso - disse JP Batista.

Mas quando decidiu aceitar a terceira oferta do Flamengo e trocar a Europa pelo Rio de Janeiro, JP Batista tinha planos muito mais ambiciosos. Não que a conquista regional tenha menos importância do que as outras. Mas o pernambucano nascido em Olinda pretende fazer história na modalidade considerada o "Orgulho da Nação" pela apaixonada torcida do Flamengo.
O namoro entre o pivô e o clube carioca começou faz tempo. Não tanto quanto o reforço do Flamengo levou para engatar com Simone em 2002, tão logo desembarcou em Nebraska para tentar a sorte no basquete universitário americano. Se o interessa da curitibana mãe de suas duas filhas, Vitória, de seis, e Vanessa, de três, foi correspondido imediatamente, o Fla teve que esperar o sim do jogador por três anos.
O namoro entre o pivô e o clube carioca começou faz tempo. Não tanto quanto o reforço do Flamengo levou para engatar com Simone em 2002, tão logo desembarcou em Nebraska para tentar a sorte no basquete universitário americano. Se o interessa da curitibana mãe de suas duas filhas, Vitória, de seis, e Vanessa, de três, foi correspondido imediatamente, o Fla teve que esperar o sim do jogador por três anos.
- Tudo começou há três anos quando fui pego de surpresa com uma oferta do Flamengo meio que do nada. Só que estava no meio do contrato com o Le Mans, da França, e não
tinha como. No ano seguinte eles fizeram outra proposta, mas aí surgiu uma chance de jogar a
Euroliga por um time diferente da França e resolvi permanecer por lá. Mas acabou não dando muito certo. Como o Neto sempre falava comigo sobre o interesse do Flamengo nos períodos em que estava com a seleção, também passei a conversar com o Marquinhos, o Marcelinho e o Olivinha sobre o assunto e sempre recebia um feedback muito positivo daqui. Até que esse ano resolvi aceitar o desafio e voltar para o Brasil. O Flamengo tem mostrado resultados muito bons e sinais de evolução e profissionalismo nos últimos anos, com um projeto bastante
interessante. Até agora tudo tem sido só alegria e espero que o resto da temporada seja assim também - afirmou o jogador.
tinha como. No ano seguinte eles fizeram outra proposta, mas aí surgiu uma chance de jogar a
Euroliga por um time diferente da França e resolvi permanecer por lá. Mas acabou não dando muito certo. Como o Neto sempre falava comigo sobre o interesse do Flamengo nos períodos em que estava com a seleção, também passei a conversar com o Marquinhos, o Marcelinho e o Olivinha sobre o assunto e sempre recebia um feedback muito positivo daqui. Até que esse ano resolvi aceitar o desafio e voltar para o Brasil. O Flamengo tem mostrado resultados muito bons e sinais de evolução e profissionalismo nos últimos anos, com um projeto bastante
interessante. Até agora tudo tem sido só alegria e espero que o resto da temporada seja assim também - afirmou o jogador.

Mas a caminhada até o Rio de Janeiro foi árdua e percorreu outros três países. Desconhecido por boa parte dos torcedores brasileiros, JP sabe que tem uma longa batalha pela frente para cair nas graças dos rubro-negros. Também pudera. Dos 34 anos completados nesta quinta-feira, o pivô do Flamengo passou quase metade longe de casa. Depois de quatro anos nos Estados Unidos, onde jogou por Western Nebraska, Barton County Community College e Gonzaga, o pernambucano desbravou o basquete lituano e construiu sua carreira na França.
- Infelizmente essa vida de basqueteiro é meio cigana e temos que aproveitar o momento. Depois de jogar um ano em São Paulo entre 2000 e 2001, passei quatro anos nos Estados Unidos, dois anos na Lituânia, onde defendi o Lietuvos Rytas, e mais sete na França, seis no Le Mans e um no Limoges. Sempre voltava nas férias e passava um tempo no Brasil, mas em termos do dia a dia, trabalhando e com as crianças na escola, tudo tem sido completamente novo e diferente para mim. Ainda mais no Rio, mas estou me adaptando bem. Eu e minha família estamos gostando bastante da cidade, moramos num lugar bem agradável e estamos muito felizes. Ainda não planejei o futuro, fiz um contrato de um ano e quero viver e aproveitar ao máximo essa oportunidade - destacou JP Batista.
Presente em praticamente todas as últimas convocações do técnico Rubén Magnano, o bicampeão dos Jogos Pan-Americanos com a seleção brasileira no Rio de Janeiro, em 2007, e em Toronto, em julho deste ano, aposta num bom desempenho com a camisa do Flamengo para ficar mais perto de disputar a única competição que ainda falta no seu vitorioso currículo com o uniforme verde-amarelo.
O pivô de 2,06m sabe que o desafio e a responsabilidade são enormes, principalmente com a camisa de um clube do tamanho do Flamengo, mas espera retribuir a confiança do torcedor e mostrar ao treinador da seleção que merece estar entre os 12 convocados para as Olimpíadas do ano que vem.

- Sei que muita gente ainda não me conhece, mas os que conhecem sabem o que posso fazer em quadra. Existe aquela pressão natural de vir de fora e ter de mostrar serviço. Jogar no Flamengo é uma honra, mas ao mesmo tempo uma pressão enorme. Esse time foi montado para ganhar tudo, e estou feliz por estar de volta e fazer parte desse projeto. As expectativas são grandes e espero fazer um grande trabalho aqui. Sem dúvida o fato de estar de volta ao Brasil e jogar no Flamengo com o Neto, que é uma das poucas pessoas que acompanharam meu começo no Paulistano, pode me ajudar muito a disputar as Olimpíadas com a seleção brasileira. É um sonho meu mesmo, até porque essa é a única competição que ainda não disputei pela seleção. Se vou conseguir é outra história e não depende apenas de mim, aí você tem que perguntar ao Magnano (risos). Acho que não poderia ter feito uma escolha melhor de voltar para o Brasil para jogar no Flamengo - afirmou o novo camisa 13 da Gávea.
No Rio de Janeiro desde agosto, o pivô quase não teve tempo de conhecer sua nova casa. Morando na Barra na companhia da mulher e de suas duas filhas nascidas na França, Batista torce para permanecer no Rio de Janeiro a tempo de acompanhar o crescimento do basquete nacional.
Feliz com a recepção por parte dos torcedores rubro-negros, o jogador elogia a estrutura encontrada na Gávea e espera que outros clubes sigam o mesmo exemplo do Flamengo.
- Acho que o basquete no Brasil ainda não tem o investimento que merece e que existe na
Europa, mas tem evoluído bastante. Já joguei em clubes de terceira e quarta divisões por lá com estruturas muito melhores que as de clubes de ponta daqui. É só uma questão de apoio, e o Flamengo é um dos clubes que estão procurando dar todas as condições para seus atletas.
Europa, mas tem evoluído bastante. Já joguei em clubes de terceira e quarta divisões por lá com estruturas muito melhores que as de clubes de ponta daqui. É só uma questão de apoio, e o Flamengo é um dos clubes que estão procurando dar todas as condições para seus atletas.
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