Autor de golaço na goleada por 5 a 2 sobre a Costa Rica, zagueiro relembra jogo fundamental para se firmar como titular até a final do penta
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Edmilson começou a Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e no Japão, como titular da seleção brasileira. Passada a vitória por 2 a 1 sobre a Turquia na estreia, porém, o zagueiro foi o único a sair do time. Anderson Polga foi escalado por Felipão para a goleada por 4 a 0 sobre a China, na segunda rodada.
Do Brasil, então, veio o telefonema de Maria de Lourdes, mãe de Edmilson. Ela sabia que o zagueiro não estava bem. Assim, tentou confortar o filho.
- Na vida é assim: quando você tem uma oportunidade tem de agarrar. Quando fui para reserva, a minha mãe (Maria de Lourdes) me ligou e disse que era até bom eu não jogar, porque não teria culpa na derrota. Mas eu tinha viajado para ser titular, queria atuar. Tinha feito uma ótima preparação – falou o pentacampeão.
Ignorando as palavras da mãe e seguindo a sua intuição, Edmilson não desistiu, não se entregou. Com o Brasil já classificado, Felipão fez algumas alterações para o último jogo da primeira fase, contra a Costa Rica. Uma delas foi o retorno do zagueiro. Não no lugar de Polga, mas no de Roque Júnior, poupado.
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Foi então que Edmilson renasceu no Mundial. Além de ter feito uma ótima partida na vitória por 5 a 2 sobre a Costa Rica, o zagueiro marcou um golaço, de meia bicicleta. Foi ele mesmo que iniciou a jogada, tocando para Júnior na esquerda. O lateral cruzou, a bola desviou na zaga e ele acertou um belo chute.
- Fui presenteado com aquele gol. Ele foi fundamental para mim na Copa. Se o Felipão tinha alguma dúvida sobre o meu potencial, ali ele tirou. Aquele gol representou o meu reinício na Copa. A partir dali, a minha trajetória como titular foi até a final contra a Alemanha – acrescentou Edmilson, à época no francês Lyon.
Um pouco de frustração
XV de Jaú, São Paulo, Lyon, Barcelona, Villarreal, Palmeiras, Real Zaragoza e Ceará. A lista de clubes que Edmilson passou na carreira é invejável. A de títulos também. Além da Copa do Mundo de 2002, o zagueiro foi duas vezes campeão paulista, três vezes francês, duas do Espanhol, uma da Liga dos Campeões...
Obviamente, o zagueiro não tem do que reclamar. Apenas lamenta a ausência de dois títulos em seu currículo. Duas cerejas no bolo.
- Eu sou um privilegiado por ter conquistado Copa do Mundo, Liga dos Campeões. Mas tem dois títulos que eu sinto muito por não ter ganhado: a Copa do Brasil de 2000, com o São Paulo, e o Campeonato Brasileiro de 2009, com o Palmeiras. Com esses dois eu fecharia a minha carreira com chave de ouro – encerrou Edmilson.
Oficialmente, o zagueiro ainda não encerrou a carreira de jogador. Mas seu último clube foi o Ceará, até dezembro do ano passado. Parado desde então, ele estuda qual caminho seguirá. A tendência é continuar trabalhando com futebol, talvez como dirigente em algum clube, algo parecido com que Edu faz no Corinthians.
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