McLaren explica veto a Honda e RBR: "Não somos instituição de caridade"
Eric Boullier, segundo no comando do time britânico, afirma que aproximação
da Honda com rival RBR não é benéfica para a estratégia da equipe em 2016
A novela com relação à escolha do motor que a RBR usará em 2016 esteve perto de um desfecho, quando o time austríaco recebeu sinal verde de Yasuhisa Arai, chefe da Honda, para negociar um acordo de fornecimento com a fabricante japonesa. No entanto, Ron Dennis, principal dirigente da McLaren, tratou logo de se posicionar publicamente contrário à possível aliança. Questionado sobre o assunto durante o GP do México, Eric Boullier, chefe de corridas da equipe de Fernando Alonso e Jenson Button e segundo nome do comando, explicou o "boicote" ao time rival:
- Enquanto parceiros, nós temos que concordar em relação à estratégia. Esta não é uma questão de Ron dizer "não" e Arai dizer "sim". Não há debate sobre isso. Claramente a RBR está com um problema, criado por ela própria, e não por qualquer outra equipe. Nós não somos uma instituição de caridade, então não estamos aqui para ajudar. Não estamos inclinados para este tipo de coisa. Há rumores, mas eu acho que a posição da McLaren-Honda tem sido clara - disse o francês.

A RBR pediu para rescindir com a Renault e abriu conversas com a montadora nipônica após as negativas de Mercedes e Ferrari. A Honda teria concordado com a FIA em fornecer motores para duas equipes em 2016. No entanto, a McLaren exige exclusividade para ter mais chances de se tornar competitiva e voltar a disputar vitórias. A imprensa internacional cogita que o contrato que restabeleceu a aliança histórica tenha uma cláusula que prevê o veto a outras equipes.
Enquanto isso, o time de Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat se vê cada vez mais sem opções, e pode inclusive utilizar motores V6 turbo feitos pela Renault, mas sem exibir a marca francesa. A medida seria um esforço conjunto entre o presidente da Renault, o brasileiro Carlos Ghosn, e a FIA para manter a RBR na categoria. Em má fase, a equipe austríaca vem ameaçando deixar a Fórmula 1 caso não consiga resolver a questão da competitividade dos motores que utiliza.
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