sábado, 21 de julho de 2012

FLAMENGO



Presidente diz que mercado nacional é opção e reitera confiança em Zinho e no grupo do Fla: ‘Nosso time é extremamente capaz, bastante razoável’


Patrícia Amorim e Zinho Flamengo (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)Patricia Amorim em visita ao CT ao lado de Zinho
(Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
Além do fraco desempenho do time no Campeonato Brasileiro, a gestão de Patricia Amorim tem sido criticada pela dificuldade nas contratações. Na última quinta-feira, após ser comunicada pelo diretor de futebol Zinho sobre o insucesso na tentativa de fechar com o meia Riquelme, a presidente mostrou-se desnorteada com o fracasso da negociação e tentou argumentar, dizendo até que o clube poderia abrir o cofre e aumentar a oferta. O dirigente, que havia cumprido todas as exigências do argentino, avisou que não adiantaria insistir.
Além da questão técnica, a chegada de um camisa 10 serviria também como trunfo político da presidente. Desde a saída conturbada de Ronaldinho Gaúcho, Patricia Amorim tenta dar uma resposta, tentando trazer um jogador de nome. A dirigente se aproximou do futebol nos últimos dias, alimentou esperança, mas acabou por amargar mais um "não". Além de Riquelme, o zagueiro Juan, que trocou o Roma-ITA pelo Inter, e o meia Diego, do Wolfsburg-ALE, foram tentativas frustradas.
- Me preocupo em fortalecer o trabalho do Zinho. Quem fala pelo futebol é o Zinho. A gente tem vice-presidentes que o acompanham, ele é um executivo atuante. Se as coisas não saíram, não era para sair mesmo. No caso do Riquelme, o Flamengo deu todas as garantias e fez todo o trabalho necessário. E a gente leu na imprensa hoje (sexta-feira) que o Boca (Juniors) só liberaria por empréstimo. Em relação ao trabalho com o agente dele foi tudo bem feito. No caso do Juan, a gente gostaria muito, mas temos um teto (salarial), temos uma realidade. Procuro passar essa segurança para o trabalho dele (Zinho), para que ele tenha autonomia e força para trabalhar. Não tem tragédia alguma, algo absurdo.

A avaliação que a presidente faz do elenco rubro-negro é positiva.
- Eu penso que o nosso time é extremamente capaz, um time bastante razoável. Temos jogadores experientes como o Léo Moura, Ibson, Vagner Love, o Cáceres chegou agora. E se quiser tem Adryan, Mattheus, Thomás. A gente tem peças de reposição. Está bom. Os resultados não vieram, por isso a gente tem que se preocupar. Temos sempre a intenção de reforçar o nosso time. Bons jogadores sempre interessam ao Flamengo. Pelo que o Zinho me passa, não tem nada fechado. Fechou a janela internacional, mas tem o mercado nacional – disse Patricia.
Não tem tragédia alguma, algo absurdo. Eu penso que o nosso time é extremamente capaz, um time bastante razoável. A gente tem peças de reposição. Está bom."
Patricia Amorim, presidente do Flamengo
No caso de atletas da Série A, o Flamengo pode contratar aqueles que ainda não passaram o limite de seis jogos por seus clubes, mas nomes de peso não estão disponíveis. Ao longo da sexta-feira, último dia da janela de transferências internacionais, os dirigentes tentaram contratar o meia Diego Morales, do Tigre-ARG. O vice de futebol Paulo César Coutinho foi a Buenos Aires, mas passou em branco. O zagueiro Sidnei, do Benfica-POR, também entrou na lista de possíveis reforços, mas não passou disso.
- Para jogar no Flamengo tem que de fato ter muita disposição. O Flamengo é sempre um clube muito visado. A gente não sabe o que acontece nos outros clubes, mas no Flamengo tudo é uma notícia, um acontecimento. Às vezes isso pode assustar alguns jogadores. Não assustou o Love, o Ibson. Estou tentando reproduzir palavras do próprio Zinho. Não é fácil. Ser presidente de um clube menor é mais fácil que ser presidente do Flamengo. A gente vai trabalhando, temos trabalhado. Ano passado foi um ano que ficamos um bom tempo invictos, chegamos à Libertadores. Esse ano está mais difícil, às vezes as coisas não fluem. Continuo muito confiante no grupo. Claro que sempre que chega mais uma peça soma. Às vezes o resultado não acontece, chega uma peça nova e traz um comportamento mais solto - comentou a presidente.

Assim como Zinho e o técnico Joel Santana, a mandatária aposta nos garotos revelados na base para a sequência da temporada.

- Se não vier ninguém, a gente vai jogar de igual para igual com todos os times com o grupo que temos, revelando os meninos, que são a marca do nosso trabalho. Do Paulo Victor ao Marllon, passando por Thomás, Negueba, Adryan, Mattheus, Diego Maurício, Muralha, Luiz Antonio. É um momento mais delicado, mais difícil. Vamos ver se o Flamengo joga bem contra o Cruzeiro e consegue trazer uma vitória para que a gente possa ter uma semana mais tranquila. Cada rodada é uma novela, uma emoção.
Patricia Amorim pediu licença da presidência do Flamengo e vai viajar na próxima quinta-feira para Londres para descansar e acompanhar a participação dos atletas rubro-negros nos Jogos Olímpicos. Ela ficará por lá até o dia 3 de agosto. Na ausência dela, o vice-presidente Hélio Paulo Ferraz assume.
O Flamengo enfrenta o Cruzeiro neste domingo, às 16h (de Brasília), no estádio Independência, em Belo Horizonte. O time tem 15 pontos e está em décimo
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NOTICIAS



Quatro anos após assombrar o mundo com oito ouros em Pequim, caçula da família mira o maior número de pódios da história antes do adeus

natação michael phelps seletiva  (Foto: Agência Getty Images)Londres-2012 será o fim da linha para Michael
Phelps (Foto: Agência Getty Images)
Em Atlanta-2006, Debbie Davisson Phelps esteve perto de realizar o sonho de ver um dos seus filhos disputar os Jogos Olímpicos. Mas Whitney parou na final dos 200m borboleta da seletiva americana. A primogênita Hilary, também nadadora, nunca levou tão a sério o esporte para saciar as pretensões da mãe. Mal sabia ela que a "solução" estaria no caçula problemático. Apenas quatro anos depois, o adolescente Michael, aos 15 anos, resolveu “vingar” a irmã. Tomou gosto. Começava ali, em Sydney, a mais incrível história de um atleta olímpico. Já são três participações, 16 medalhas, 14 ouros e o recorde de vitórias em uma mesma edição: oito, em Pequim-2008. Cada conquista sempre celebrada com muitos beijos do caçula na mãe e nas suas duas fontes de inspiração. Para uma despedida à altura de sua biografia, em Londres, o xodó da família, de 27 anos, terá a chance de se jogar outras sete vezes nos braços do trio.
- Agora só resta definir qual o tamanho da cereja que eu quero colocar em cima do meu sundae - disse Phelps nesta semana.
O caso da família Phelps com a piscina começou cedo, com a filha mais velha. Hilary foi quem deu as primeiras braçadas do trio, na cidade de Baltimore. Chegou a quebrar recordes na fase escolar, mas sempre se viu dividida entre a dura carreira de uma atleta e a atraente vida social de uma adolescente. Whitney seguiu os mesmo passos da irmã mais velha e foi mais além. Com apenas 15 anos, foi bronze no Pan-Pacífico e esteve perto da classificação para os Jogos Olímpicos de Atlanta-1996. Crônicas lesões, no entanto, prejudicaram e encurtaram a carreira profissional da filha do meio.
natação debbie phelps e as irmãs de michael phelps (Foto: Agência Getty Images)A mãe Debbie e as irmãs Whitney e Hilary sempre ao lado do xodó da família (Foto: Agência Getty Images)
Aos 11 anos, Michael já tinha iniciado sua trajetória na natação quando viu a irmã chegar tão perto do fascinante mundo das Olimpíadas. A frustração de Whitney virou a inspiração do caçula. O menino portador de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e que sofria com o divórcio dos pais passou a se concentrar em um só objetivo: ser um campeão olímpico. Em Sydney-2000, aos 15 anos, um quinto lugar nos mesmos 200m borboleta da irmã serviu como cartão de visitas.
Quatro anos mais tarde, Atenas recebeu um Michael completo, preparado. O corpo já tinha as medidas perfeitas para um nadador de sucesso. Os incríveis braços compridos, com envergadura de 2,01m, bem além de sua altura: 1,93m. Os pés, que calçam número 48, servem como bons pés-de-pato. Além disso, sempre teve uma enorme flexibilidade nos braços e pernas. Com a máquina pronta, impressionou o mundo ao colocar no peito, para orgulho de Debbie, Hilary e Whitney, seis medalhas de ouro e duas de bronze. Mas o melhor ainda estava por vir.
natação michael phelps seletiva (Foto: Agência Getty Images)Phelps é recordista de ouros em uma mesma edição das Olimpíadas (Foto: Agência Getty Images)
Parecia impossível ir além. Não para ele. A paixão por novos desafios fez surgir uma nova marca histórica a superar: os sete ouros olímpicos do nadador Mark Spitz em Munique-1972. Determinado e predestinado, fez o que precisava nas cinco provas individuais e contou com a sorte e o talento dos amigos para garantir outros três ouros em Pequim-2008. Sempre torcendo na arquibancada do Cubo D’água entre as duas filhas, Dona Debbie colecionou flores, um mimo dado pelo caçula todas as vezes que subia ao pódio. Sem contar com o festival de beijos e abraços.
A mãe do maior atleta olímpico da história só não deve ter aprovado os rumos que Phelps deu para sua carreira depois de Pequim. Cansado da dura rotina de treinamento e sem objetivos para seguir buscando, se deu longas e intensas férias. Foi nesse período que foi flagrado consumindo maconha em uma festa. As doses de golfe, videogames, mulheres e noitadas ficavam cada vez mais intensas. As consequências da vida desregrada ele pôde conhecer no Mundial de Roma-2009, quando sentiu pela primeira vez o gostinho da derrota ao ser superado pelo alemão Paul Biedermann, nos 200m livre. A partir daí, passou a ter de dividir também o seu espaço com o amigo e compatriota Ryan Lochte, destaque do Mundial de Xangai-2011, com cinco ouros, e seu principal rival atualmente.
natação michael phelps ao lado da mãe debbie e da namorada Nicole Johnson xangai (Foto: Agência AFP)Em Xangai, a namorada Nicole entrou na 'disputa'
pelo carinho do campeão (Foto: Agência AFP)
Ainda que aos trancos e barrancos, o fenômeno americano foi tomando as rédias de sua carreira. No Mundial da China, em 2011, levou quatro ouros (dois em provas individuais e dois em revezamentos) e duas pratas. Tudo sob os olhos atentos das mulheres de sua vida, que, desta vez, tiveram de se apertar um pouco mais na arquibancada para dar lugar à nova quarta integrante da torcida organizada: a bela namorada Nichole Johnson.
No mês passado, Phelps foi bem na seletiva dos EUA, se classificou em oito provas e acabou abrindo mão de uma delas: os 200m livre. Mas vai ficar devendo em Londres a sua versão velocista. Depois de Pequim, ele chegou a dizer que pretendia buscar novos desafios e disputar provas diferentes, como os 100m livre. Alguns testes não muito bem sucedidos, porém, lhe mostraram que era melhor não mexer em time que já ganhou tanto.

As provas na Inglaterra serão praticamente as mesmas de Pequim: 200m e 400m medley, 100m e 200m borboleta e os três revezamentos. A única diferença é justamente os 200m livre. Sete disputas em Londres são mais que suficientes para Phelps atingir outra incrível marca. Com 16 medalhas olímpicas (14 delas de ouro), só precisa de outras três para superar o recorde de pódios olímpicos da ginasta russa Larissa Latnynina, que somou 18 entre 1956 e 1964.
O título de maior medalhista da história dos Jogos Olímpicos encerraria com categoria a carreira do nadador. Mas quem disse que Dona Debbie está satisfeita? Ela quer mais. No mês passado, em uma entrevista à imprensa americana, pediu para o filho esticar a carreira até 2016 para ela conhecer o Brasil, nem que fosse “para nadar só os 50m livre”. Afinal, sem medalhas, a mãe coruja não terá mais garantias de tantos beijos e flores distribuídos pelo filho caçula.
natação michael phelps ao lado da mãe debbie e da namorada Nicole Johnson  (Foto: Agência Getty Images)Depois de subir ao pódio para buscar mais uma medalha, Phelps sempre dribla a imprensa, sobe nas arquibancadas e se joga nos braços de suas maiores 'fãs' (Foto: Agência Getty Images
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