quarta-feira, 25 de setembro de 2013

NOTICIAS


Vice-presidente da entidade, Alfredo Sampaio diz que jogadores precisam ter plano B para o caso de receberem resposta negativa em reunião com a CBF


Alfredo Sampaio treino Boavista (Foto: Mariana Kneipp / Globoesporte.com)Alfredo Sampaio sugere greve dos jogadores 
(Foto: Mariana Kneipp / Globoesporte.com)
A Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol manifestou apoio ao movimento organizado por jogadores que pretendem mudar o calendário do futebol brasileiro. O vice-presidente da entidade, Alfredo Sampaio, diz ter sugerido aos capitães dos clubes que, se for necessário, paralisem as duas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro deste ano. Nesta terça-feira, 75 jogadores divulgaram um manifesto pedindo um encontro com a CBF para discutir mudanças nas datas das competições nacionais a partir do próximo ano.
- Mandei um texto propondo um plano B, porque fazer o manifesto é importante, mas é pouco. Reunir-se com a CBF vai ser importante, eles vão entender como é negociar com o outro lado. Mas se a CBF disser que não vai mudar nada, vão fazer o quê? Mandei a proposta dizendo que, se não mudarem, vamos entrar em greve nas duas últimas rodadas, e o campeonato não acabaria. Se é para fazer, vamos fazer direito - disse Alfredo Sampaio, que também é presidente do Sindicato dos Atletas do Rio de Janeiro.

- O Paulo André, que é um dos que estão encabeçando a lista do Corinthians, e outros atletas, perderam uma oportunidade enorme quando foram obrigados a jogar terça e quinta-feira (pelo Campeonato Brasileiro, em jogos adiados). Enquanto não houver movimento de fato, nada vai mudar. Por isso minha sugestão é que, se não houver acordo com a CBF, que tenham a coragem de ir para greve. Causaria transtorno para o futebol, mas pode vir a ser o divisor de águas.
Alfredo aproveitou para citar o caso de dois clubes que poderiam ter a mesma iniciativa ainda em 2013.
Apesar da sugestão, o vice-presidente da entidade revelou certa mágoa com o manifesto enviado pelos atletas nesta terça-feira. Na lista, 75 atletas assinam a nota, que sugere um encontro com a CBF. Porém, a Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol diz não ter sido lembrada.
- Tenho dois sentimentos, e um deles é a satisfação pela mobilização histórica. Pela primeira vez podemos ter a chance de conquistar algo. Fico feliz pela situação dos caras. E o segundo de chateação e tristeza, pois fomos excluídos desse movimento e não acho justo. Mandei um texto para os capitães, e só um me respondeu dizendo que o sindicato não foi excluído, que conta com a gente e que temos que estar juntos. Até acredito porque é uma pessoa séria. Mas, de qualquer forma, ficamos expostos.
De acordo com o que foi divulgado pela CBF na última sexta-feira, a bola começa a rolar no território nacional no dia 12 de janeiro, com os campeonatos estaduais e a Copa do Nordeste, e para em 4 de junho para o Mundial, que inicia oito dias depois. Isso fará com que os atuais clubes da Série A antecipem suas pré-temporadas em 2014, já que todos os estaduais terão seu encerramento antecipado para o dia 13 de abril, com 21 datas disponíveis para organizarem seus jogos (duas a menos do que a atual temporada). Um dos problemas é a quebra das férias, que passarão a ser divididas em 15 dias no início e 15 no meio da temporada, na pausa para a Copa do Mundo
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COPA SUL-AMERICANA


Treinador e superintendente de futebol não resistem e caem após 
derrota no jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana


O técnico Marquinhos Santos classificava o duelo com o Itagüí como o "jogo do ano" e a chance para o Coritiba reagir na temporada. Porém, a partida da noite desta terça-feira, no Estádio Couto Pereira, pela oitavas de final da Copa Sul-Americana, só serviu para aumentar a crise no Alto da Glória. O Coxa perdeu por 1 a 0, com um gol de Mena antes do primeiro minuto do segundo tempo, em um erro grave do zagueiro Chico. A torcida não perdoou, chamou o time de "pipoqueiro", pediu a saída do comandante alviverde e xingou o superintendente de futebol Felipe Ximenes. Os protestos foram ouvidos, e as demissões de Marquinhos Santos e Felipe Ximenes foram anunciadas após a partida.
Mena comemora gol do Itaguí contra o Coritiba (Foto: Agência Reuters)Mena comemora gol do Itaguí contra o Coritiba (Foto: Agência Reuters)
O duelo de volta está marcado para o dia 24 de outubro, uma quarta-feira, no estádio Parque Sur Envigado, em Envirgado, na Colômbia. Com o resultado, o Coxa precisa vencer por dois gols de diferença para passar de fase. Vitória dos paranaenses por 1 a 0 leva a disputa para os pênaltis. Empate ou derrota significa a eliminação alviverde. O classificado enfrenta o vencedor do duelo entre Libertad-PAR e Sport.
Os 12.252 presentes (com 10.567 pagantes, para uma renda de R$ 127.575,00) viram um Coritiba com dificuldades para superar o paredão colombiano. Enquanto o Coxa atuava com apenas um volante e cinco jogadores na frente, o Itagüí deixava oito homens atrás da linha da bola. Com isso, os comandados de Marquinhos Santos tinham dificuldades para chegar ao gol adversário. E, apesar da formação cautelosa, o Itagüí chegou ao gol logo no começo da etapa final.
Agora, o Coritiba volta as atenções para o Brasileirão - competição na qual é o 12° colocado, com 31 pontos. Joga contra o lanterna Náutico, às 18h30m (horário de Brasília) de sábado, na Arena Pernambuco.
Coxa para na marcação colombiana
O Coritiba queria um gol logo no início para ter mais tranquilidade. Com uma formação ofensiva (apenas um volante, com três meias e dois atacantes), o Coxa partiu para a pressão inicial. Chegou a assustar com Robinho e Vitor Junior, que pararam no goleiro Osvaldo Cabral, além de Escudero, que cabeceou por cima. Já o Itagüí tinha postura cautelosa. Deixava só três jogadores na frente: John Javier Restrepo na direita, Omar Rodríguez na esquerda e Luis Enrique Quiñones centralizado. Os colombianos tiveram duas chances. Em uma, Restrepo bateu por cima do gol. Em outra, passou por Bonfim, mas pegou torto na bola e mandou para fora.
Coritiba e Itaguí Copa Sul-Americana (Foto: Agência Reuters)Coritiba não conseguiu furar o bloqueio do adversário (Foto: Agência Reuters)
Depois dos 20 minutos, o Coritiba passou a ter o domínio da partida. Trocava passes no meio de campo, sem ser ameaçado, mas também sofria para chegar ao gol adversário. Em rara oportunidade, após cobrança de escanteio, Bonfim cabeceou, e Mosquera salvou em cima da linha. Na sequência, Gil cruzou, e Robinho mandou, de cabeça, por cima do gol. Com dificuldades para superar a marcação do Itagüí e pelo excesso de passes errados, o Verdão chegou a ouvir vaias e gritos de "raça" na saída para o vestiário.
Coxa pressiona, sem sucesso
Marquinhos Santos mexeu na volta do intervalo: tirou o apagado Lincoln e colocou o jovem Dudu para revigorar o meio-campo. Porém, antes de o ponteiro do relógio marcar um minuto, Mena aproveitou falha da defesa alviverde, invadiu a área e chutou cruzado para abrir o placar no Couto. Com o 1 a 0, os colombianos fecharam-se ainda mais e passaram a apostar nos contra-ataques. Já o Coritiba foi com tudo para o ataque. Desperdiçou chance com Chico, que cobrou falta na barreira, e Robinho, que parou no goleiro adversário. Até o craque Alex estava em noite pouco inspirada. Em falta pela esquerda, por exemplo, ele acertou o único homem da barreira.
O técnico do Coritiba promoveu mais duas mudanças: Julio Cesar e Zé Rafael nos lugares de Jânio e Escudero. O panorama da partida, porém, não mudou. O Coxa rondava a área adversária, apostando nas jogadas aéreas e nos chutes de longe. O time, porém, abusava dos passes errados. No fim, um jogo que poderia marcar o início da reação coxa-branca aumentou a crise no Alto da Glória.

UFC COMBATE


Chefão do Ultimate diz achar engraçado que ex-campeão tenha ficado 
amigo de seus ex-desafetos: 'São superamigos agora! Isso é hilário'

O presidente do UFC, Dana White, não queria comentar as provocações de Tito Ortiz,  queconvocou alguns de seus ex-desafetos pelo Twitter para bagunçar o evento de 20 anos da organização, marcado para 16 de novembro no MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas (EUA), mas não teve jeito. Em conversa com os jornalistas após a passagem da turnê de divulgação do UFC Weidman X Silva pela cidade, o chefão acabou dizendo o que pensa a respeito:
- Eu sinceramente não quero mais falar sobre esses caras. Eu não quero saber. Eles podem fazer o que quiser, podem dar uma festa que eu não ligo - disse Dana inicialmente.
dana white coletiva mma ufc (Foto: Evelyn Rodrigues)Dana White em coletiva de imprensa em Las Vegas (Foto: Evelyn Rodrigues)
Mas, pressionado pelos jornalistas, acabou complementando:
- Vocês sabem que é ruim. Eles vão invadir o UFC 167 e fazer o quê? Eles vão até os seus lugares marcados e assistirão à luta! Divirtam-se! Beba algumas cervejas, veja o show e divirtam-se! Eles são superamigos agora (risos). Uau! "Nós vamos para o aniversário de 20 anos e vamos salvar o mundo!". Não, no máximo, você vai distribuir uns autógrafos e tirar umas fotos! Isso é na verdade bem engraçado. O que é mais maluco é que esses caras estão trabalhando para outras pessoas agora, eles têm trabalho. Rampage meio que parou de falar, ele está fazendo o seu e eu não ouço mais ele falar de mim. Mas o Tito? Primeiro que o Tito é o cara mais mão de vaca do planeta, ok? Ele não gasta uma moeda e se ofereceu para comprar os ingressos. Nós sabemos que Ken não tem dinheiro para comprar o dele, Frank também não deve ter. Deixe o Tito comprar… Superamigos! Isso é hilário!
O chefão aproveitou para falar sobre as declarações de Ken Shamrock, que usou as redes sociais para criticar a postura do UFC com relação a seus ex-atletas:
- Eu sei quem nós somos, o que fazemos, eu não tenho que ir lá e dizer ao público tudo o que eu faço e quanto eu pago aqui e ali. Se você olhar para os últimos 13 anos em que estamos nesse negócio, milhares de caras passaram por aqui e nós temos os mesmos três idiotas lá fora. Se você passou tanto tempo trabalhando e agora está reclamando do que não tem, você não teria que reclamar, seu preguiçoso, vai trabalhar! O que você quer que eu diga? Ninguém nem sabe quem você é. Você tem mil seguidores no Twitter e está chorando sobre o que você não tem. Se as pessoas quisessem te ver lutar, nós não teríamos esse tipo de conversa. Esse é o mundo real! - respondeu Dana.
- É inacreditável, eu não quero nem mencionar o nome desse cara. Ken Shamrock volta à cena: "Eu estou aqui para salvar todo mundo". Não, você está tentando se tornar relevante de novo. Não vamos nos esquecer que Ken Shamrock tentou nos processar e ele me deve 175 mil dólares e eu estou indo atrás disso, Ken, seu pedaço de m… Ele me deve dinheiro porque o idiota do advogado dele nos processou e ele perdeu. E ele está lá fora falando sobre o que não tem. Ele está tentando se tornar relevante de novo e se ninguém vê isso, então vocês são estúpidos! - finalizou.

NOTICIAS


Após marcar pela primeira vez no Campeonato Espanhol, atacante 
brasileiro brinca com lance e se diz cada vez mais à vontade na equipe

Feio é não fazer gol. Foi com esse pensamento que Neymar analisou o fato de ter balançado as redes pela primeira vez peloBarcelona no Campeonato Espanhol. Após a vitória por 4 a 1 sobre a Real Sociedad, o atacante brasileiro foi questionado sobre o fim do jejum, disse não se importar com a forma como marcou e exaltou a atuação da equipe.
- Não foi um gol tão belo, mas o que vale é colocar a bola para dentro. O mais importante é a vitória do time. Tivemos muitas oportunidades.
Neymar gol Barcelona contra Real Sociedad (Foto: AFP)Neymar comemora seu gol na vitória sobre a Real Sociedad (Foto: AFP)
De fato, o gol de Neymar não foi o mais bonito em uma partida em que o Barcelona abusou das belas jogadas. O camisa 11 abriu o placar aos quatro minutos do primeiro tempo, completando o cruzamento de Alexis após falha do goleiro Bravo, da Real.
Além do gol, Neymar também deu uma assistência – sua quinta na temporada – ao cruzar para a cabeçada de Messi. Para o brasileiro, seu rendimento tem melhorado a cada partida.
- Tudo está saindo muito bem. Estou cada vez melhor e gosto de jogar com o Barça. Cada vez nos conhecemos mais.
Por fim, Neymar saiu em defesa do técnico Tata Martino, que chegou a ser criticado por tentar mudar o estilo de jogo do Barcelona, que agora tem mostrado um futebol mais vertical.
- Eu respeito o técnico. É um grande treinador e está no Barcelona por mérito.

COPA DO BRASIL 2013


Comentaristas analisam prováveis times, e Alvinegro é melhor em nove dos 11 confrontos homem a homem. Léo Moura e Wallace salvam Rubro-Negro


Botafogo e Flamengo se enfrentam nesta quarta-feira pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. O confronto, inédito pela tradicional competição mata-mata, vai reunir equipes em situações opostas na tabela do Brasileirão, mas que nos últimos dois jogos não foram bem. O Alvinegro, vice-líder, perdeu para o Cruzeiro e para o Bahia. Já o Rubro-Negro caiu diante do Atlético-PR, e empatou com o Náutico, lanterna da competição. No jogo desta quarta-feira, os clubes têm a chance de piorar a situação do rival e largar na frente por uma vaga na semifinal. E quem tem o melhor time para este confronto? O GLOBOESPORTE.COM fez um Raio-X, ouvindo a opinião de três comentaristas, sobre quem são os melhores jogadores se compararmos por posição. O Botafogo levou imensa vantagem, com o placar de 9 a 2.
Os onze duelos tiveram quase unanimidade entre os três especialistas ouvidos. Roger Flores, do SporTV, foi o que deu maior superioridade ao Botafogo, com 10 a 1. O único rubro-negro escolhido foi o zagueiro Wallace, que venceu o alvinegro Dankler. Raphael Rezende, comentarista do SporTV, e Sidney Garambone, Editor de Qualidade da TV Globo, também preferiram o jogador do Flamengo, levando em conta que Dankler está há mais de um ano sem jogar.

A vantagem do Botafogo é considerável, mas não se pode esquecer que o duelo em questão é um clássico estadual. No primeiro turno do Brasileirão, último jogo entre as equipes, o Alvinegro comandou o primeiro tempo, mas foi dominado na etapa final e acabou sofrendo o empate nos minutos finais
 (veja os gols no vídeo acima). Além da rivalidade local, Raphael Rezende ainda lembra a fase anterior da Copa do Brasil, quando o Fla eliminou o favorito Cruzeiro.O outro jogador do Flamengo escolhido pelos comentaristas foi Léo Moura, que levou a melhor sobre Edílson, mas diferente de Wallace, ele não recebeu os três votos. Roger preferiu o lateral do Botafogo, enquanto Raphael e Garambone escolheram o atleta do Fla, confiando em sua experiência e histórico de boas atuações em clássicos.
- Pelos jogadores individualmente, e pelo sistema trabalhado pelo Oswaldo de Oliveira, o Botafogo entraria com status de favorito. Mas, além de o Botafogo também viver um momento de instabilidade depois de duas derrtoas seguidas no Brasileirão, essa comparação entre Cruzeiro e Flamengo também seria goleada e, mesmo assim, o Rubro-Negro se superou para buscar a vaga. A Copa do Brasil encurta essa distância mesmo onde não há rivalidade, imagina num clássico regional. É um confronto em aberto e a certeza de dois jogos tensos do início ao fim. Eu apostaria em empate no primeiro jogo ou vitória do Botafogo por diferença mínima. E vaga decidida só na volta - disse Raphael.
Raio-X Copa do Brasil - Botafogo e Flamengo (Foto: Editoria de arte)

 

SAO PAULO


Com carreira marcada por concorrência pesada na armação, meio-campista abre mão de jogar adiantado e se firma como titular no Tricolor


A tranquilidade que mostra ao falar, Maicon tem também dentro de campo. E quanta paciência precisou até receber a tão sonhada chance de finalmente se firmar no São Paulo. A serenidade também o ajudou a refletir e abandonar o sonho de ser um “camisa 10” requintado. Virou quase um segundo volante com a qualidade técnica que o futebol moderno exige. Virou um dos novos titulares desde a chegada de Muricy Ramalho.
– Estou muito feliz. O Muricy está me dando essa oportunidade e agora cabe a mim me dedicar para me manter. Jogar uma partida hoje e outra daqui duas semanas é complicado. Jogador precisa de sequência. Quero aproveitar da melhor maneira possível – afirmou.
Maicon São Paulo (Foto: Site Oficial / saopaulofc.net)Maicon, em treino do São Paulo (Foto: Site Oficial / saopaulofc.net)
Mas entender que mudar de função seria fundamental para a carreira deslanchar não foi fácil. Maicon cresceu no bairro carioca de Bangu como uma promessa no futsal. O futebol de campo era questão de tempo e veio com uma chance no Madureira. Titular em todas as categorias como o craque do time, virou profissional cedo e logo chamou a atenção dos grandes do estado. Com 19 anos, já estava no Fluminense.
Revelado no Madureira, Maicon não conseguiu se firmar como meia em clubes como Botafogo e Fluminense; começou a marcar no Duisburg, da Alemanha
Nas Laranjeiras, porém, a vida começou a dar dicas de que mudar seria necessário. A concorrência com Ramón, Roger e outros jogadores de nome impediu que o meio-campista deslanchasse. Sem brilho, voltou ao Madureira e de lá seguiu para um período no Botafogo. De novo, as estrelas estavam no caminho. Lúcio Flávio e Zé Roberto dominavam o meio de campo.
– Eu era muito novo e os clubes tinham jogadores de nome. Teoricamente, eram eles que jogariam sempre – recordou.
Foi na passagem de dois anos pelo Duisburg, da Alemanha, que Maicon entendeu o recado. Na marra, aprendeu a ajudar na marcação e a fazer uma função diferente daquela que aprendeu na adolescência. Na volta ao Brasil, se viu novamente em uma disputa acirrada por vagas no meio de campo e resolveu trocar de função.
– No Figueirense, tínhamos o Fernandes, que é ídolo do clube, e o Firmino, que hoje joga no Hoffenheim. Eu pensei que deveria jogar um pouco mais atrás. Deixei os dois brigando pela posição e cresci muito. Criei uma característica diferente. Você precisa ser o diferente. Se eu tivesse pensado assim antes, talvez, hoje estivesse em outro nível.
Mudança com Muricy
Maicon viveu situação muito semelhante no São Paulo. Entretanto, em uma proporção ainda maior. Jadson sempre foi considerado o “cérebro” da equipe. As portas se fecharam ainda mais quando Ganso foi contratado do Santos e aumentou a concorrência. Sem uma grande sequência, o jogador acabou não engrenando com Ney Franco e Paulo Autuori.
Maicon São Paulo x Ponte Preta (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)Com Muricy, Maicon teve boa atuação contra a Ponte
(Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
A chegada de Muricy Ramalho, contudo, mudou tudo. Maicon virou um segundo volante com liberdade para atacar e ajudar Jadson e Ganso. Mas sem esquecer da defesa. O sofrido aprendizado defensivo na Alemanha deu resultado. Nas três partidas em que atuou na função, o São Paulo não sofreu gols – o time foi vazado diante do Goiás, quando ele cumpria suspensão pelo terceiro cartão amarelo.
– Não adianta só entrar em campo e jogar. Você tem de ver onde se dá melhor, fazer a leitura dos adversários. Hoje, só não jogo de primeiro volante, mas, se precisar, posso fazer essa função. Fiz três jogos com o Muricy e vou procurar dar o meu melhor para continuar na equipe.
Aos 28 anos, Maicon não quer perder a chance que tanto esperou. Dos tempos de craque no subúrbio carioca restou apenas a lembrança. É como um operário de Muricy que ele pretende, enfim, se firmar.
– É muito difícil chegar ao São Paulo. Tenho de valorizar o que tenho. Vou me empenhar ao máximo para não sair mais e ficar muito tempo aqui – finalizou o meia/volante, que tem contrato com o clube até 31 de dezembro de 2016
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NOTICIAS


Lateral se garante como titular em 'novo' Bayern após mudança da função de Lahm: 'Um técnico como ele me dar oportunidade é porque está gostando'


Os números estão a favor de Rafinha. Titular nos últimos cinco jogos do Bayern de Munique, o lateral-direito atravessa uma de suas melhores fases na carreira. As medalhas são muitas, quatro delas acumuladas desde maio e guardadas com carinho em casa. Os elogios? Cada vez mais frequentes por parte do técnico Pep Guardiola, uma espécie de "padrinho" neste novo time formado após a saída de Jupp Heynckes. Tudo isso o leva a acreditar que uma convocação para a seleção brasileira está próxima. De preferência a tempo de disputar a Copa do Mundo no Brasil.
Rafinha, porém, prefere adotar um perfil mais comedido. Sabe que a posição tem um dono (Daniel Alves), mas enxerga o posto de reserva ainda em aberto. Com Dunga, recebeu chances, mas viu Maicon ficar com a vaga para o Mundial da África do Sul. O mesmo pode acontecer em 2014.
- Nunca fui de pedir, ficar falando. Não gosto disso. Jogo todo o fim de semana aqui, sempre tem jogo. Se estão convocando "europeus" é certeza que estão me vendo. Vontade eu tenho. E muita. Mas prefiro fazer meu trabalho no Bayern como estou fazendo - disse o "xodó" de Pep, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM. Na quinta-feira, Luiz Felipe Scolari anunciará sua última lista do ano, para os amistosos contra Coreia do Sul e Zâmbia.
mosaico Rafinha (Foto: Editoria de arte / Globoesporte.com)
No último sábado, Rafinha novamente começou em uma vitória do Bayern de Munique. Melhor: não saiu de campo - fato que não ocorre desde a decisão da Supercopa Europeia contra o Chelsea, ainda em agosto. Um recado claro de Guardiola.
- Rafinha é um superjogador. Fiquei surpreso com o seu desempenho hoje e nos últimos meses - afirmou o catalão após os 4 a 0 sobre o Schalke, fora de casa.
O torcedor bávaro certamente estranhou, mas agora há de se acostumar. A presença constante de Rafinha como titular significa também que o capitão Philipp Lahm assumirá a fixa função de um camisa 6 alemão. O lateral-direito - e que também pode atuar na esquerda - da seleção nacional é o responsável por ligar a defesa ao ataque neste Bayern de Munique versão 2013/2014. E nem mesmo a recuperação do ídolo Bastian Schweinsteiger foi capaz de tirá-lo dali.

Com o contrato a se encerrar ao fim da temporada, Rafinha indicou que aceitaria uma possível oferta de renovação na hora.
- Um treinador da qualidade dele me dar oportunidade é porque está gostando do meu trabalho. É bom reconhecer, já faz três anos que estou num time como o Bayern, um dos melhores do mundo. Não jogo com frequência porque o Philipp Lahm é capitão do Bayern e da seleção alemã, e um dos melhores laterais do mundo. Não é novidade pra ninguém que não estarei jogando todos os jogos. Olha a moral que ele tem, são dez anos jogando no Bayern. Não vou jogar sempre. Mas estou jogando bastante com ele no meio-campo - contou o jogador de 28 anos.
- Uli Hoeness (presidente) disse que está satisfeito comigo. Pep Guardiola também não quer que eu vá. Por que, então, eu sairia? Estou no melhor time do mundo.
Confira abaixo outros trechos da entrevista:
Rafinha bayern de munique autógrafos (Foto: Arquivo Pessoal)Rafinha dá autógrafos para a torcida do Bayern ao fim do treino (Foto: Victor Canedo / Globoesporte.com)

GLOBOESPORTE.COM: após tanto tempo na Alemanha, como se sente morando aqui?
RAFINHA: Passei a maior parte da minha vida na Alemanha. Já são oito anos, vou para o nono. Fiquei oito meses na Itália. Foi algo que no começo não achei que daria certo, pela diferença, mudança radical, sair do Brasil com 18 para 19 anos, chegar aqui na Alemanha. É totalmente diferente. Idioma, cultura, temperatura, tudo conta contra, distinto do Brasil. E chegar, me firmar, me adaptar como me adaptei, foi surpreendente. Era o que queria, mas não imaginava conseguir criar uma raiz como criei. Hoje, depois do Cacau, acho que sou eu sou um dos que estão há mais tempo aqui. É claro, não é fácil. Não troco a minha Londrina por nada nesse mundo, mas é um país maravilhoso, tudo organizado, para viver, tudo correto, não tem problema com nada, segurança.
E o futebol alemão também tem lhe dado muito orgulho...
Todo jogo, da 1ª rodada até a 34ª, são com todos os bilhetes vendidos. Não tem estádio que dá menos de 50, 40 mil pessoas. É gratificante poder jogar essa liga. O primeiro contra o ultimo dá 60 mil no estádio. A liga ganhou muita força, vieram jogadores, treinadores. A Bundesliga está entre as melhores"
Rafinha, sobre o Campeonato Alemão
Quando cheguei, a Bundesliga não era tão badalada como é hoje. Naquela época tinha muito brasileiro conhecido: Dedê, Lincoln, Bordon, Kuranyi, todos há muito tempo no país. Mas não era do jeito que é hoje. De alguns anos para cá os alemães foram bem na Liga dos Campeões, o campeonato ganhou força. Olha o que virou hoje, é uma das melhores ligas do mundo. Todo jogo, da 1ª rodada até a 34ª, são com todos os bilhetes vendidos. Não tem estádio que dá menos de 50, 40 mil pessoas. É gratificante poder jogar essa liga. O primeiro contra o ultimo dá 60 mil no estádio. A liga ganhou muita força, vieram jogadores, treinadores. A Bundesliga está entre as melhores com certeza.

Essa evolução da Bundesliga também reflete na seleção alemã, muito poderosa. Você deve ter muito a falar sobre esse time, que é um dos favoritos para a Copa.
É engraçado. Quando jogava no Schalke, por cinco anos e meio, era contra o Bayern. Agora sou a favor deles. O Bayern é a seleção alemã, do goleiro ao atacante. Entra uma ou outra peça. O que eles fizeram há seis anos, o Brasil começou a fazer ano passado. Foi reformular, novos jogadores, mudar o time todo. No começo foi difícil, mas já faz seis, sete anos que estão jogando juntos. E o time está redondinho. Graças a Deus nossa Seleção começou a fazer isso, está indo bem. O que tenho para dizer, não preciso avisar, todo mundo está vendo. Eurocopa, Copa, sempre chegando nas finais. É favoritíssima junto com Brasil, Espanha, Itália, Holanda, Argentina. São esses que sempre chegam.
Rafinha bayern de munique autógrafos (Foto: Arquivo Pessoal)Rafinha nos tempos de seleção brasileira (Foto: Arquivo Pessoal)

Por falar em Seleção, você confia em ser chamado por Felipão ainda antes da Copa?
Eu vejo por outra forma: o Dunga me convocou em 2008, quase dez vezes, joguei uma partida contra a Suécia, participei das qualificações para a Copa, Olimpíadas. E nunca fui de pedir, ficar falando. Não gosto disso. Jogo todo o fim de semana aqui, sempre tem jogo. Se estão convocando "europeus" é certeza que estão me vendo. Vontade eu tenho. E muita. Mas prefiro fazer meu trabalho no Bayern como estou fazendo. Certeza que estão me observando. Desde o começo da temporada, atuei em quase todas as partidas. Só fiquei fora de uma. Não gosto de falar que quero isso, aquilo, mas estou fazendo o meu trabalho. Tenho que jogar primeiro, fazer o meu trabalho, e depois cabe ao treinador. Quando o Dunga me levou não fiz isso. Ele não falou nada e me convocou.

O fato de o Philipp Lahm atuar mais no meio-campo também contribui a favor...
As estatísticas:

Rafinha na temporada 2012/2013: 17 jogos (oito como titular)
 
Rafinha na temporada 2013/2014: oito jogos (seis como titular)
É verdade. Mas prefiro fazer o meu trabalho bem feito. Se for da vontade de Deus achar que tem que me convocar será uma honra. Estou tranquilo, jogando todas com o Guardiola, quarta e sábado. Um treinador da qualidade dele me dar oportunidade é porque está gostando do meu trabalho. É bom reconhecer, já faz três anos que estou num time como o Bayern, um dos melhores do mundo. Não jogo com frequência porque o Philipp Lahm é capitão do Bayern e da seleção alemã, e um dos melhores laterais do mundo. Não é novidade pra ninguém que não estarei jogando todos os jogos. Olha a moral que ele tem, são dez anos jogando no Bayern. Não vou jogar sempre. Mas estou jogando bastante com ele no meio-campo.

Além disso, no que influenciou a chegada de um treinador como o Guardiola?
A trajetória do Pep dispensa comentários. Não tem nem o que falar o que ele fez no Barcelona. O time era muito bom, claro, os jogadores também, mas o sistema que ele implantou lá foi fenomenal. É um treinador de muita qualidade, que está implementando o sistema dele aqui. Para nós é maravilhoso. No ano passado ganhamos tudo, tríplice coroa, uma temporada maravilhosa, e agora chega um treinador dessa qualidade para nos motivar ainda mais. Ele vai trazer mais coisas para o nosso time conquistar mais títulos. Aqui a gente vive de título. Todo ano tem que ganhar. A gente até brinca porque é o único time do mundo que o empate é derrota. Tem que ser só vitória, a cobrança é enorme. Há três anos que estamos aqui e tem que estar ganhando sempre.
Rafinha, Pizarro e Ribéry gol Bayern (Foto: AP)Rafinha comemora gol do Bayern no último sábado
com Pizarro e Ribéry: fé no francês (Foto: AP)
O fato de ele chegar falando alemão impressionou? Como é nos treinos?
Fala em alemão mesmo. Está surpreendendo todo mundo aí. Tudo direitinho. Às vezes pergunta algo para o Pizarro quando não sabe, ou para nós, para o Dante. Ele fala e a gente traduz alguma coisa. Mas está se dando muito bem para orientar, falar de futebol. Já está fera.
E o que falar de Franck Ribéry?
Está sempre conosco, com o Dante, Pizarro, Alaba, Shaqiri. Então é uma pessoa normal, cara que não é de agora, três, quatro anos que merece esse prêmio (melhor da Europa na última temporada). Quando ele joga no Bayern é uma coisa em campo, quando não está, é outra. É peça-chave para nós. Não à toa que vem demonstrando isso tem tempo. Dispensa comentários. Fora do campo tem um coração enorme, grande amigo que pude fazer no Bayern. A prova está aí, melhor jogador da Europa, títulos, gol na final da Supercopa. É um grande amigo que tenho no clube, está sempre ajudando, brincando. Também é um pouco folgado (risos). Mas merece. Não é de agora, não. E se continuar do jeito que está tem tudo para ganhar a Bola de Ouro. O Messi é o melhor jogador do mundo, está na cara, todo mundo sabe. Mas na temporada passada o Ribéry foi melhor. Faz seis, sete anos que o Messi está no mesmo nível, não vai existir um jogador para fazer igual. O Cristiano Ronaldo é outro. Esses três aí estão em outro planeta. O Robben, Xavi, Iniesta. Estão em outro mundo, um patamar diferente. E se continuar nessa pegada até dezembro o Ribéry vai ganhar a Bola de Ouro.

Como é estar num clube que tem um histórico tão bom com brasileiros?
Jogador brasileiro é sempre bem visto. Não importa se é na Espanha, França, China, Tailândia, qualquer lugar. É o país do futebol, nós temos o Rei do futebol. Quando um brasileiro se firma no time grande o reconhecimento é maior. A gente teve Luiz Gustavo, eu, Dante, sempre jogando, conquistando títulos. Veio a tríplice coroa. Agora a Supercopa, que nenhum alemão havia conquistado. Por isso que o pessoal tem um carinho enorme. Lúcio, Zé Roberto, Paulo Rink, Élber, Paulo Sérgio. Eles fizeram história aqui no Bayern.
Rafinha bayern de munique autógrafos (Foto: Arquivo Pessoal)Rafinha se surpreendeu com o alemão de Pep Guardiola (Foto: Arquivo Pessoal)
Qual é o limite para este Bayern?
Esse é o diferencial do clube grande. Fomos campeões da Champions. Acabou o jogo e achamos que teríamos a maior festa do mundo. Sair, tomar cerveja, festejar por uns três dias. A primeira coisa que o Rummenigge (chefe-executivo) falou no vestiário: "pode tomar cerveja, durma bem, mas já acorde com outro pensamento. Nós temos uma final no sábado, não tem festa, não. Temos que conquistar esse último título que é a Copa da Alemanha""
Rafinha sobre a mentalidade do Bayern
Esse é o diferencial do clube grande. Fomos campeões da Champions. Acabou o jogo e achamos que teríamos a maior festa do mundo. Sair, tomar cerveja, festejar por uns três dias. A primeira coisa que o Rummenigge (chefe-executivo) falou no vestiário: "pode tomar cerveja, durma bem, mas já acorde com outro pensamento. Nós temos uma final no sábado, não tem festa, não. Temos que conquistar esse último título que é a Copa da Alemanha". Se fosse em outro lugar, iria desfilar em carro de bombeiro, fazer tudo. E todo mundo foi dormir. Aí você vê a mentalidade diferente. Ganhamos a tríplice coroa. Nenhum time conquistou isso na Alemanha. E aí contratou o Guardiola, Thiago Alcântara, Mario Götze. Contrataram mais ainda para trazer mais qualidade e poder continuar ganhando.

Não à toa o Bayern certamente estará mais visado nesta Liga dos Campeões...
O difícil não é ganhar, e sim se manter no topo. A Liga dos Campeões é muito difícil. Para chegar à final este ano eu tive a felicidade de disputar a minha sétima Champions, com duas finais. É difícil o caminho para chegar lá. Pode pegar uma equipe da Inglaterra que em fevereiro está bem. Uma equipe da Espanha, que está melhor em março. Uma da Itália, em abril, maio. O caminho é muito difícil, é longo, mas o time que a gente tem, a mentalidade do clube, com certeza o Bayern entra com pensamento de chegar o mais longe possível. É o favorito. Somos os atuais campeões. Respeito os outros times, mas todo o ano tem. Então todo ano tem que entrar para ser campeão. Juventus, Real Madrid, Barcelona, Manchester United, Milan, o PSG... Todos vão querer ganhar esse ano.

E você conseguiu ser campeão. É o auge da sua carreira?
É fascinante. Joguei Mundial Sub-20, participei de eliminatórias, joguei pela Seleção. Mas essa competição dispensa comentários. Quando toca aquela música, eu vou sentir saudade quando voltar ao Brasil, parar de jogar. Pois esse momento é único. Quando fui campeão, beijei aquela taça, peguei a orelhuda (risos). É gratificante. Foram 40 ou 41 brasileiros que ganharam. Daqui a dez anos, 15 anos, olhar lá a lista e ver o seu nome será histórico. Quando parar de jogar vai cair a ficha
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