sexta-feira, 24 de agosto de 2012

AVISO

               CHEGAMOS NESTA MARCA MARAVILHOSA GRAÇAS A SUA COOPERAÇAO
                            MUITO OBRIGADO A TODOS POR NOS DAR ESSE CREDITOS

UFC COMBATE


Luta entre Glover Teixeira e Rampage Jackson passa a ser evento co-principal da edição que será realizada no dia 13 de outubro


Wagner Caldeirão com o olho machucado UFC (Foto: Divulgação / UFC)Caldeirão saiu com o olho machucado em agosto
(Foto: Divulgação / UFC)
Com a saída de Vitor Belfort do card principal do UFC Rio III, que ocorrerá no 13 de outubro, e contusão de Alan Belcher, que enfrentaria o brasileiro no evento, o UFC confirmou a inclusão da luta entre o wrestler americanoPhil Davis e o brasileiro Wagner Caldeirão. O combate chegou a ocorrer no UFC: Shogun x Vera, no dia 4 de agosto, mas terminou sem resultado por Davis ter colocado o dedo no olho de Caldeirão, impedindo o brasileiro de continuar na luta.
Belfort saiu do evento no Rio porque enfrentará Jon Jones no UFC 152, que acontece dia 22 de setembro, em Toronto, no Canadá. Com isso, a luta entre o brasileiro Glover Teixeira e o americano Rampage Jackson, pelos meio-pesados, que seria originalmente a terceira principal, foi reposicionada para o lugar da luta anterior, tornando-se o co-evento principal do UFC Rio III.
Phil Davis, UFC (Foto: Reprodução / Facebook)Phil Davis perdeu apenas para Rashad Evans
(Foto: Reprodução / Facebook)
Caldeirão, que tem este apelido por ter participado do quadro Lata Velha, do programa Caldeirão do Huck, está invicto há oito lutas, sendo sete vitórias por nocaute e seis no primeiro round.
Davis, por sua vez, perdeu para Rashad Evans no UFC de 28 de janeiro deste ano, em Chicago. Foi seu primeiro revés em 10 lutas profissionais de MMA
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CORINTHIANS



Como esperado, treinador promoveu os retornos de Alessandro, Chicão e Emerson à equipe titular na atividade desta quinta-feira, no CT


Emerson treino Corinthians (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com)Emerson em treino do Timão nesta quinta-feira
(Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com)
Sem surpresas, o técnico Tite começou a ensaiar o Corinthians que enfrentará o rival São Paulo, domingo, às 16h, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro. No treino desta quinta-feira à tarde, no CT Joaquim Grava, as novidades foram os retornos do lateral-direito Alessandro, do zagueiro Chicão e do atacante Emerson.
As modificações já eram aguardadas após a derrota por 3 a 2 para o Santos, no último domingo, na Vila Belmiro. Os defensores regressam após cumprirem suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Eles entram nas vagas de Guilherme Andrade e Wallace, respectivamente.
Já Sheik reaparece como titular depois de seis rodadas ausente. O jogador sofreu uma torção no tornozelo esquerdo na vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, dia 25 de julho, e não mais atuou. Ele fica com o lugar de Paolo Guerrero, que sofreu um problema semelhante na perna direita e sequer treinou nesta quinta.
Depois de três dias de intenso trabalho físico, Tite comandou uma atividade com bola em campo reduzido para simular algumas situações de jogo. A tendência é de que o treinador volte a colocar os titulares em campo no trabalho de sábado pela manhã, o último antes do clássico.
O meia-atacante Chiquinho, contratado do Ipatinga-MG nesta semana, treinou com o grupo e aguarda a regularização da documentação na CBF para ficar à disposição da comissão técnica.
O Corinthians treinou com a seguinte formação: Cássio, Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Douglas e Danilo; Romarinho e Emerson. No fim das atividades, Tite ainda testou a equipe com uma alteração significativa no ataque. Nos últimos minutos, Martinez entrou no lugar de Romarinho e pode ser surpresa para o clássico.
Chiquinho treino Corinthians (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com)Chiquinho treinou nesta quinta-feira no CT Joaquim Grava (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com
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CORINTHIANS



Desde que deixou de usar o Morumbi como casa, em 2009, Corinthians só acumula vitórias diante do rival em partidas no Paulo Machado de Carvalho

Andrés Sanches prometeu em 2009 que o Corinthians nunca mais jogaria como mandante no Morumbi, estádio do São Paulo, depois de entrar em atrito com Juvenal Juvêncio. A intenção era impedir que o rival lucrasse com o uso do estádio pelo Timão. O “boicote”, até então financeiro, atingiu em cheio o futebol. Neste domingo, a partir das 16h, o Alvinegro defende um tabu de seis vitórias consecutivas sobre o Tricolor em partidas no Pacaembu.
A série de triunfos diante de um dos principais adversários começou justamente após o racha entre as diretorias. O São Paulo se recusou a dividir o número de entradas para o primeiro duelo válido pelo Paulistão daquele ano, irritando Sanches. O presidente corintiano na ocasião ordenou que não mais alugaria a “casa” tricolor, elevando ainda mais a rivalidade.
Naquele mesma temporada, o Timão recebeu os são-paulinos duas vezes no Pacaembu e obteve 100% de aproveitamento. Primeiro, fez 2 a 1, pelas semifinais do estadual, abrindo caminho para chegar à decisão e ao título. Meses depois, venceu por 3 a 1, pelo Campeonato Brasileiro.
Embalado pelas conquistas do Paulistão e da Copa do Brasil na temporada anterior, o Corinthians seguiu soberano no estádio mais tradicional da metrópole em 2010. Os clubes se encontraram em outras duas oportunidades no local, com dois triunfos alvinegros: 4 a 3, pelo Paulista, e 3 a 0, pelo Brasileiro.
A maior prova de que a mudança de casa funcionou favoravelmente ao Corinthians aconteceu em 2011, pelo torneio nacional. Com uma grande atuação, principalmente no segundo tempo, o Timão arrasou o rival por 5 a 0. Liedson brilhou ao marcar três gols. Danilo e Jorge Henrique completaram. Esta foi a maior goleada do Timão sobre o São Paulo na história, igualando o feito de 1996, em Ribeirão Preto.
Invencibilidade do Timão contra o São Paulo no Pacaembu
DataPlacarTorneio
12/4/092 x 1Paulistão
21/6/093 x 1Brasileiro
28/3/104 x 3Paulistão
22/8/103 x 0Brasileiro
26/6/115 x 0Brasileiro
12/2/121 x 0Paulistão
 Já em 2012, com Mário Gobbi na presidência, o Corinthians manteve a postura de não voltar ao Morumbi. Deu certo. O Timão levou vantagem mesmo sem ter sua força máxima em campo. Em meio à disputa da primeira fase da Taça Libertadores, o Timão preservou alguns titulares no clássico, mas conseguiu vencer por 1 a 0, pelo Paulista.
O período de jogos no Pacaembu contribuiu diretamente para o Alvinegro atingir 11 jogos sem derrota para o São Paulo entre fevereiro de 2007 e março de 2011. A sequência só foi quebrada em 27 de março do ano passado, quando o Tricolor venceu por 2 a 1, na Arena Barueri, em partida marcada pelo centésimo gol de Rogério Ceni.
Para o técnico Ney Franco, o retrospecto recente não pode influenciar o Tricolor dentro de campo. O comandante ainda ressaltou a importância do clássico neste momento do Brasileirão.
– Temos de esquecer o que ocorreu no passado. É outro momento, outro técnico. Temos ajustes a fazer, problemas para resolver, mas teremos tempo para arrumar tudo, fazer um grande jogo e buscar a vitória. O bom de jogos como esse é que você não precisa nem tocar o assunto motivação. Isso ocorre naturalmente – afirmou o treinador.
Apesar do histórico favorável, o Corinthians não quer se apegar a ele para o confronto do fim de semana e pensa apenas em reagir após a derrota por 3 a 2 para o Santos, no último domingo, na Vila Belmiro.
– A história é para a estatística. Quando o juiz apita é um novo jogo com atletas diferentes. Nosso estilo aguerrido de marcação, talvez, encaixa e acaba sendo favorável contra o São Paulo. No domingo, as vitórias que tivemos não vão nos ajudar em nada – disse o zagueiro Paulo André.
corinthians x são paulo (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)Corintianos e tricolores discutem em jogo do Paulistão deste ano (Foto: Marcos Ribolli/ Globosporte.com
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NOTICIAS



Com efisema pulmonar, ex-jogador falece aos 74 anos em virtude de problemas respiratórios. Velório ainda sem horário e o local definido

Felix brasil seleção na copa de 1970 treino (Foto: Agência Estado)Félix com a camisa da Seleção (Agência Estado)
Morreu, na manhã desta sexta-feira, aos 74 anos, o ex-goleiro Félix, campeão mundial com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970 ao lado de Pelé, Tostão, Clodoaldo, Gerson e Rivellino. O ídolo do Fluminense sofria de efisema pulmonar e estava internado no Hospital Vittoria, no Jardim Anália Franco, na Zona Leste, em São Paulo. Ele faleceu em decorrência de várias paradas cardiorrespiratórias. Muito abatida, a família ainda não definiu o horário e o local do velório.
Félix Miéli Venerando, cujo apelido era "Papel" (por conta do seu corpo magro que possibilitava voos espetaculares), nasceu em Caratinga, em Minas Gerais, mas iniciou a carreira no futebol paulista. Defendeu o Nacional AC, da capital paulista, o Juventus e logo em seguida, a Portuguesa. No entanto, foi no Rio de Janeiro que o goleiro viveu seu auge. Félix defendeu o Fluminense entre 1968 e 1976, quando se aposentou.
No Tricolor, Félix disputou 319 partidas e conquistou os títulos do Campeonato Carioca de 1969, 1971, 1973, 1975 e 1976, o Torneio de Paris de 1976 e o Campeonato Brasileiro de 1970.
No ano do título mundial do México, Félix recebeu o Prêmio Belfort Duarte, que homenageava o jogador de futebol profissional que passasse dez anos sem sofrer uma explusão, tendo jogado pelo menos 200 partidas nacionais ou internacionais. Em 1982, Félix ainda teve uma curta experiência como treinador no Avaí.
Felix posado com a seleção na copa de 1970 (Foto: Agência Estado)Félix posa com a seleção na copa de 1970 (Foto: Agência Estado)

UFC COMBATE


Lutador carioca deixa card do UFC Rio III, onde iria encarar Alan Belcher, e sobe para os meio-pesados a fim de ganhar a chance de disputar o cinturão


Mais uma bomba caiu no colo dos fãs de MMA em menos de 24 horas: Vitor Belfort será o novo adversário de Jon Jones no UFC 152. A decisão foi tomada após Lyoto Machida entrar em contato com o Ultimate nesta quinta-feira e recusar enfrentar o americano no dia 22 de setembro, em Toronto, alegando que precisaria de mais tempo para se preparar para a revanche - foi finalizado por Jones no fim do ano passado. Belfort, então, recebeu o convite para subir de categoria e ganhou a chance de disputar o cinturão dos meio-pesados (até 93kg). As informações foram publicadas pelo site americano "MMA Fighting", e Vitor confirmou tudo ao SPORTV.COM:
Vitor Belfort UFC (Foto: Adriano Caldas / Globoesporte.com)Belfort anunciou que será o desafiante de Jon Jones no UFC 152 (Foto: Adriano Caldas / Globoesporte.com)
- Vou lutar contra o Jones. Recebi uma ligação do Lorenzo (Fertitta) e do Dana (White) "P" da vida com alguns lutadores que não aceitaram o combate. E, como eu vim da era Carlson Gracie, nem pensei. Aceitei na hora, pois eu não vou amarelar. Estou muito motivado. Estou no início do meu camp, mas minha mente está pronta como nunca, madura, segura e muito alegre de poder enfrentar o segundo campeão mais jovem da história. Como um brasileiro de verdade, como diz o Hino, verás que o filho teu não foge à luta. Essa luta já está assinada por mim. Agradeço todo o carinho dos fãs, pois eu não tenho como controlar o resultado, mas posso controlar minha atitude mediante a ele. Estou confiante e aproveito a oportunidade para deixar um dizer do livro de provérbios 1:33: "Mas quem me ouvir terá segurança, viverá tranquilo e não terá motivo para ter medo de nada". Brasil, vamos nessa! Conto com vocês. - afirmou por e-mail, fazendo referência ao fato de ele próprio ter sido campeão de um torneio peso-pesado do UFC com apenas 19 anos, menos do que os 23 que consagraram Jones no Ultimate.
Antes disso, o dia já havia começado bem agitado. Primeiro, Dana White anunciou o cancelamento do UFC 151, que seria realizado em 1º de setembro, após a lesão de Dan Henderson e a posterior recusa de Jon Jones em lutar contra Chael Sonnen. Por isso o substituto havia passado a ser Lyoto Machida, só que para o UFC 152.
Vitor Belfort, que estava competindo como peso-médio (até 83,9kg) desde 2008, estava escalado para enfrentar Alan Belcher no UFC Rio III, em 13 de outubro. Dana White ainda não decidiu quem irá substituí-lo contra o americano no Brasil. Já em relação a Lyoto, o manda-chuva afirmou que ele agora provavelmente terá de enfrentar mais um lutador top da categoria para chegar à disputa de título
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PALMEIRAS



Mago rebate críticos, admite que balançou com proposta da Arábia, mas desdenha do Flamengo. Ex-estudante de jornalismo, quer ser comentarista


O nome de Valdivia nunca é ouvido com indiferença, qualquer que seja o interlocutor. Amado, odiado, controverso, o chileno completou dois anos de Palmeiras nesta semana. Em meio a tantas polêmicas, ele sobrevive na equipe de Luiz Felipe Scolari e tenta engatar, enfim, uma boa sequência como titular (assista a mais no vídeo ao lado).
Enquanto não consegue isso, ele fala, dá opiniões, marca sua posição. Migué para se transferir? Ele assegura que não existiu e nem existe. Amigo de Felipão? Talvez, apesar das diferenças. E mesmo com a cobrança de parte da torcida, ele acredita que a maioria ainda está ao seu lado.
– Acredito que 80% dos palmeirenses ainda confiam e sentem carinho por mim. Se ainda estou aqui e lutando, aguentando tudo isso, é por causa dessa maioria. E esses 20% que querem que eu vá embora vão mudar de ideia – garante.
Nesta entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, é possível perceber um Valdivia articulado, complementando a fala com gestos, às vezes suaves, às vezes bruscos. São respostas longas, às vezes com pausas de mesma duração. Pensativo, o Mago se controlou, mas não deixou de falar sobre assuntos espinhosos: o sequestro-relâmpago, a proposta da Arábia Saudita, a sondagem do Flamengo, as informações que vazam diariamente de dentro do clube, as lesões, a relação com Felipão, o futuro.
Valdivia entrevista Palmeiras (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)Valdivia sorri durante entrevista: 'A magia vai voltar', assegura (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)
Às vezes, Valdivia hesitava. Não queria responder. Em outros momentos, desandou a falar. Uma prévia do que pode aparecer na televisão chilena – e até brasileira, por que não? – em um futuro não tão distante. De criticado, Valdivia quer passar a crítico. Quer retomar a faculdade de jornalismo que abandonou depois de oito meses, no Chile. Quer ter um programa esportivo na televisão, opinar, receber convidados do mundo da bola.
– Mas sem trairagem, como muitos fazem por aí – reclamou.
Confira abaixo a íntegra da entrevista:
GLOBOESPORTE.COM: Houve um grande desgaste físico e psicológico na Copa do Brasil. Isso faz efeito até hoje? A falta de reposição também prejudica?
Valdivia: Você vê o Santos. Com Neymar e Ganso é outro Santos, há dois ou três jogos eles estavam lá embaixo, agora estão pensando até em título. É um pouco de tudo. Na Copa do Brasil, a gente se esforçou ao máximo para trazer o título, as consequências estão aí. Tem jogador machucado, Luan, Wesley, outros. A cada semana sempre tem alguém novo no departamento médico. Isso não acontece só no Palmeiras, já citei o exemplo do Santos. Eu sempre cito que quando você tem um elenco, é muito mais fácil levar várias competições. Machuca um, entra outro e não tem muito problema. Mas quando acontece o que aconteceu com o Palmeiras, que não tem muito de onde pegar, dificulta um pouco. Não é só isso que está atrapalhando nossa posição no Brasileiro, é um pouco de tudo.
Valdivia no Verdão:
165 jogos, 33 gols, dois títulos
1 Paulistão (2008)
1 Copa do Brasil (2012)
Falta reposição no elenco? 
Elenco a gente tem, só que precisa de mais. Com esse elenco que a gente tem, fomos campeões da Copa do Brasil, ganhamos do Grêmio lá no Olímpico e não perdemos para o Coritiba no Couto Pereira. Esse mesmo elenco foi campeão. Precisa de mais. A gente teve a felicidade de ninguém ter uma lesão maior, só agora que teve Assunção e Fernandinho. Tem jogador com dor no joelho, dor muscular, na Copa não aconteceu nada disso.
Você ou algum outro jogador tem atuado com dores? É comum para você?
Eu já joguei assim muitas vezes. Já joguei gripado também, estou um pouco mal agora. Mas é dor comum, dor muscular, isso vai ter sempre. Fiquei fora por 20 dias entre tratamento e recondicionamento para poder voltar a jogar. Aí joguei 90 minutos contra o Flamengo, mais um jogo contra o Atlético-GO, e é normal que o jogador passe a ter incômodo muscular. É muito comum você jogar com dor. A maioria dos jogadores atua assim, é normal.
Essas dores são decorrentes das antigas lesões?
Não, nada. Quando fico fora de algum jogo já falam que é a mesma coxa de sempre, a esquerda, a da fibrose. Não é assim. Isso já sumiu, é parte do passado e não quero nem lembrar. Não tem lesão. O que me deixa fora de algum jogo é produto do cansaço que o corpo vai sentindo pelo fato de ficar três, quatro dias sem treinar, porque ainda não estou 100%. Queria jogar sempre sem dor muscular, mas não dá pelo fato de todos os problemas que tive no passado. Como fiquei fora de vários jogos e voltei a jogar só agora, é normal, mas lesão grave eu não tive mais.
Valdivia, Palmeiras x Coritiba (Foto: Marcos Ribolli  / Globoesporte.com)Valdivia homenageia Barcos: 'Clima é o mesmo da Copa do Brasil' (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
A biopsia realizada há quatro meses o ajudou? 
Desde aquilo eu não tive mais lesões, então ajudou. (Teve um problema muscular na coxa esquerda, que o tirou de campo por 20 dias)
Como é o esquema de treinamentos hoje? Dá para encarar a maratona de jogos entre Brasileiro e Sul-Americana? 
Meus treinamentos são controlados. Eu não treino menos do que os outros. Mas quando é uma atividade mais puxada, que vai exigir do músculo, eu faço algo diferente, mas faço. A intenção é jogar todas, eu não quero ser poupado, mas preciso. Agora, por exemplo, fiquei fora contra o Botafogo, pela Sul-Americana, porque o Felipão prefere me ter contra o Santos. E aí eu jogo domingo, quarta, domingo, e fico uma quarta descansando. Devemos fazer isso de novo. Depois disso, mais preparado, acho que dá para ter uma sequência maior. Dá para jogar duas vezes por semana, mas tem de dosar algumas coisas.
Forcei muito a coxa para jogar, tomei infiltrações muitas vezes (...) Quando você faz um ultrassom e não dá nada, tem de jogar, não importa a dor, porque senão os caras pensam que você está dando migué"
Valdivia
Como você lida com as acusações de 'migué'? Você já fez isso para não jogar alguma partida?
Nunca! Forcei muito a coxa para jogar, tomei infiltrações muitas vezes. Mas para mim é complicado falar isso, não é o jogador que tem de falar... (longa pausa). Não é o jogador que tem de vir a público falar disso. Forcei a coxa porque o momento não era bom, todo mundo precisava dar algo a mais no ano passado. Quando eu queria dar esse algo a mais, não conseguia. Quando era para parar por um tempo e tratar, vinha aqui no Palmeiras, fazia exames e não dava nada, porque não ia dar nada mesmo. Nunca rompeu o músculo, só tinha as dores. Só depois de forçar umas quatro vezes é que rompe. Mas quando você faz um ultrassom e não dá nada, tem de jogar, não importa a dor, porque senão os caras pensam que você está dando migué. Era para descansar, fortalecer e voltar recuperado 100%. Mas como o exame não dava nada, eu tinha de ir para o jogo. O momento não era bom, Felipão dizia que precisava de mim, de um gás para ajudar. Em 2010 e 2011 o momento não era bom, eu estava aí, pronto para ajudar. Estou falando isso porque você me perguntou, mas já joguei 500 vezes machucado e vocês não falam nada.
A repercussão dessas lesões foi bem negativa...
Tudo foi negativo, mas não me arrependo de ter feito isso, de ter forçado para ajudar o Palmeiras. Quem me conhece sabe o que eu fiz, quem não me conhece prefere falar do que ouve por aí. Tento não dar muita importância para aqueles que preferem falar coisas ruins.
De onde você acha que surgem essas "coisas ruins"? Por que tanta polêmica em torno do Valdivia?
Isso tudo cansa, por isso que prefiro não me importar mais com essas coisas. Apenas ouço os verdadeiros amigos e a família. No mundo do futebol é muito difícil fazer amigos. Se perguntar para uns 500 jogadores, 350 vão te dizer que não é fácil fazer amizades no futebol. Tem os interesseiros, no mundo da bola tem muita inveja. Não é fácil. Tenho muito amigo jogador, e desses amigos a gente cuida. Amigo é quem entra na minha casa, conhece meus pais, meus filhos.
fases Valdivia cabelo Palmeiras (Foto: Montagem sobre foto da Agência Estado)A cada campeonato, um visual diferente (Montagem sobre fotos da Agência Estado)
Você tem esses amigos no Palmeiras? Eles que o mantêm no clube?Tenho amigos dentro e fora do Palmeiras, mas o que me motiva mais é o clube, o carinho do torcedor. Acredito que 80% dos palmeirenses ainda confiam e sentem carinho por mim. Se ainda estou aqui e lutando, aguentando tudo isso, é por causa dessa maioria. E esses 20% que querem que eu vá embora vão mudar de ideia.
O Felipão, hoje, é considerado um amigo? A relação entre vocês está tranquila?
É boa hoje, ontem, um mês atrás, ano passado... Não temos problemas, ou brigas, apenas não concordo com algumas coisas que ele pensa. É uma questão normal. Mas problema de um querer socar o outro, não tem. Nada a ver. Nossa relação é boa desde sempre. Mas as pessoas preferem falar que não jogo, dou migué, brigo com o treinador, porque isso vende mais, repercute mais. Se sou amigo dele? Bom, amigo... Se falo que não, já pensam que sou inimigo. Portanto, amigo.
Então dá para dizer que você está confortável no Palmeiras?
Sim. Não queria voltar para o Chile depois do sequestro-relâmpago, como disseram por aí, mas a necessidade de ficar perto da família me fez pensar isso. Isso me fez duvidar se adiantava ou não ficar aqui. Nunca me senti carente nem inseguro, nem agora, nem depois do que aconteceu. Nunca precisei de seguranças, de carro blindado, então nunca me senti incomodado com isso. Acho que todos os países têm dificuldades e problemas, perigos, riscos. Não sei se aqui é pior. Não foi a violência que me fez pensar em ir embora, mas sim a necessidade de ficar perto da família.
Valdivia no treino do Palmeiras (Foto: André Pera / Futura Press)Valdivia admite diferenças com Felipão, mas diz que se dá bem com ele (Foto: André Pera / Futura Press)
Você se sente uma referência dentro do grupo, mesmo jogando pouco?
A referência é muito simples. De quem o pessoal pega mais no pé? Barcos, eu... Automaticamente você já percebe que é referência. Barcos, Assunção, Bruno, que a gente espera que seja o novo Marcos. O próprio torcedor e a imprensa já sabem de quem cobrar mais. Minha responsabilidade está assumida faz tempo, o que pegam no meu pé não é brincadeira.
Flamengo,
não, de jeito nenhum. É a segunda vez que me procuram. Para jogar em outro time do Brasil, não me vejo. Pelo que eu vi, o salário era muito maior do que aqui. Mas estou bem aqui, feliz"
Valdivia
Mas os gols e assistências estão mais raros, não? No Brasileirão, nenhum gol ou assistência.
Fazedor de gols eu não sou, eu sou o jogador que deixa os outros na cara do gol. Mas às vezes você dá o passe e o cara não faz o gol. O que era para ser assistência não é mais. Não é a mesma coisa deixar o Barcos ou outro jogador na cara do gol. Essa é outra questão. Se deixar o roupeiro na cara do gol, vai perder, o Barcos eu tenho certeza de que faz. É um pouco de tudo isso. Tenho de melhorar, claro. Mas na maioria dos jogos recebo marcação individual, você vê aí a importância que tem no time. Do outro lado os caras fazem questão de te dar essa importância.
Continua apanhando muito?
Sim, sim, isso aí não muda nada. Se for na maldade é problema, mas se for uma pancada de jogo, pela frente, não tem problema. Por trás é na maldade. Mesmo assim, a magia vai voltar, já está aí, quando o Palmeiras precisava de uma saída, de um escape, eu resolvi. Contra o Grêmio (pela Copa do Brasil) fui lá e fiz o gol. Sempre estou aparecendo nos momentos que é para aparecer. Na final eu fiz um gol contra o Coritiba de pênalti (e depois foi expulso), contra o São Paulo já não fiz, mas não tinha a mesma magnitude.
Como você se sente ao ver tantas situações internas sendo expostas? O caso do João Vitor, por exemplo.
Que caso do João Vitor?
Ele admitiu que chegou com “hálito de cachaça” em um treino nesta semana.
Eu não vi isso, só vi que ele deixou o treino por causa de uma dor. Mas se ele falou, não sei. Não é coisa minha.
Mas os vazamentos incomodam? Já sabem quem é que passa isso para fora?
Não sabemos, mas se precisar a gente faz uma rodinha lá no vestiário e descobre. Mas não é ninguém do grupo, jogador, essas coisas. Estamos muito unidos, a brincadeira continua, o bom ambiente está igual à Copa do Brasil. Isso posso garantir.
A pergunta é recorrente, mas será feita de novo. Vai ficar no Palmeiras para a Libertadores?
Sim... Ah, eu quero. Mas se o treinador e a diretoria não quiserem, temos de arrumar uma saída.
valdivia camisa flamengo palmeiras (Foto: Reprodução)Valdivia vestiu a camisa do Flamengo após o jogo
da semana passada (Foto: Reprodução)
Você pensou em ir para o Flamengo quando o Palmeiras recebeu a sondagem?Flamengo, não, de jeito nenhum. É a segunda vez que o Flamengo me procura. Para jogar em outro time no Brasil, não me vejo. Pelo que eu vi, o salário era muito maior do que aqui. Mas estou bem aqui, feliz, gosto daqui, agradeço dia a dia o carinho do torcedor. Sou muito de pele, não pretendo sair para algum outro time.
Mas aquela história de colocar a camisa do Flamengo pegou mal, não?
Nada a ver, coloquei porque estava com frio. É a mesma coisa se jogar o Chile com o Brasil e eu colocar a camisa do Brasil. Qual o problema? Procura aí na internet, você vai achar um monte de casos como esse. Aí um torcedor falou para eu tirar e eu pensei: "Ah, realmente é melhor tirar". E aí colocam que torcedor me xingou...
E a proposta do Al-Ahli, da Arábia Saudita, fez você pensar em mudar de ares?
Quando chegou a proposta da Arábia, o Palmeiras ouviu, gostou, só que o clube pediu uma garantia bancária, fato que os árabes, por terem muito dinheiro, não dão. Como eles não deram, o Palmeiras não me vendeu. A verdade é essa. No momento eu estava em casa, sempre sendo meio questionado pela família para voltar a ver meus filhos. Pensei um pouco, mas não estava muito afim. Sei como é na Arábia, é muito difícil. Quando joguei nos Emirados eu procurei perguntar como era a vida nos outros países lá, fui jogar nesses países e é difícil. A Arábia é um dos países mais complicados para morar. Perguntei ao Marcinho, da Ponte Preta, que jogou no time que me queria. Contou um pouco, quando ele chegou lá prometeram casa, carro, ouro, e ainda está esperando tudo isso. A família demorou para ir, ele morou numa casa que não era a que ele queria, atrasavam quatro meses de salário. Mulher não podia dirigir, não podia sair com roupa normal. É muita coisa... Nos Emirados é diferente, tem Dubai e Abu Dhabi, é normal. Vale a pena visitar.
Valdivia treino palmeiras (Foto: Luis Moura / AE)Valdivia diz que já jogou com dores, mas nunca deu "migué"  (Foto: Luis Moura / AE)
Às vezes você é mais notícia pelo que faz fora do que dentro de campo. Como você encara isso?Não me sinto perseguido. Gostaria que falassem mais do que faço em campo, mas às vezes a gente dá brecha. Esse fato de por a camisa do Flamengo para mim... Não importa. Aì o torcedor pediu para eu tirar a camisa, tirei. Aí dizem que fui xingado pelos torcedores. Nada a ver. Você vê aí a maldade. Vende mais uma notícia ruim do que uma boa a uma notícia simples. Eu sei disso, fiz oito meses de jornalismo, conversava com muita gente, sei o que vende mais, o que interessa, o que não interessa.
Jornalismo? Quando foi isso?
Quando eu estava no Chile, início de carreira, comecei a fazer faculdade porque me interesso muito pelo assunto, gosto de saber como funciona. Parei porque não dava para conciliar com o futebol, não tinha tempo. Aí optei pelo futebol, mas pretendo retomar quando encerrar a carreira.
Pensa em ser comentarista, apresentador, algo do tipo?
É o que eu quero, vou comentar, cornetar. Primeiro comentarista, depois quero ter meu programa de TV, com entrevistas, essas coisas. Seria bem legal. Mas no meu programa não vai ter trairagem. Se o cara jogou mal, vou dizer que jogou mal. Mas o que ele faz fora de campo não me interessa
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Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...