quinta-feira, 29 de agosto de 2013

COPA DO BRASIL 2013


Pato faz gol de falta, inédito há mais de um ano no Corinthians, Fábio Santos garante vaga, mas equipe decepciona. Grêmio é o próximo rival

  • momento decisivo
    35 min
    Com a camisa de Gylmar dos Santos Neves, Cássio fez grande defesa em cabeçada de Tosin, e impediu que o Luverdense empatasse e complicasse o jogo.
  • nome do jogo
    Douglas
    Ele não marcou, mas comandou o Corinthians durante toda a partida, e fez o cruzamento para o segundo gol, marcado pelo lateral-esquerdo Fábio Santos.
  • arbitragem
    Cartões
    Quase toda a defesa do Luverdense recebeu amarelo no primeiro tempo. No segundo, com o Timão sem ação, todos conseguiram terminar o jogo.
Quem diria que o Corinthians, atual campeão do mundo, eliminaria o Luverdense, atual campeão mato-grossense, por apenas um gol? Um golzinho só, de falta, feito inédito em 2013. Há mais de um ano, desde julho de 2012, mês do título da Libertadores, o Timão não marcava dessa forma. E foi assim, com muito mais equilíbrio do que se imaginava, que a equipe paulista garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Brasil.
Antes da partida, um gato preto caminhou sorrateiramente pelas numeradas do Pacaembu. Contra o gato, veio o Pato. Ele sofreu a falta, bateu, teve ajuda do goleiro, e quebrou o jejum de 13 meses. A vitória por 2 a 0, completada depois por Fábio Santos, deixou a torcida ansiosa até o fim. Um chute despretensioso, uma falha da zaga, um gol do Luverdense jogaria tudo por água abaixo após a zebra da última semana, quando o time de apenas nove anos de idade venceu o primeiro jogo por 1 a 0.
O Timão, assim como tem ocorrido no Campeonato Brasileiro, esteve muito longe de empolgar. Criou mais chances até chegar, no fim do primeiro tempo, ao placar que o interessava. Depois, cozinhou o resultado, opção bem duvidosa para um campeão mundial que enfrenta uma equipe da terceira divisão.
De bom, fica a atuação de Douglas, por cujos pés passaram quase todas as boas jogadas ofensivas do Corinthians. O meia aproveitou bem as ausências dos suspensos Romarinho e Sheik, e certamente colocou dúvidas na cabeça de Tite para a sequência do ano, para uma equipe que parece em declínio. A marcação nas laterais é algo que terá de ser corrigido para a próxima fase. O rival será o Grêmio, que bateu o Santos por 2 a 0 em Porto Alegre.

Pato gol Corinthians x Luverdense (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Enquanto o Luverdense pode voltar cheio de orgulho para Lucas do Rio Verde, o Timão vai receber o Flamengo, no Pacaembu, pelo Brasileirão, no próximo domingo. A meta é tentar voltar ao grupo dos quatro primeiros colocados da competição, a famosa zona da Libertadores.
Pato faz sua comemoração misteriosa após fazer gol de falta (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Eficiência x Coragem
O Corinthians conseguiu resolver sua situação ainda no primeiro tempo, mas há de se louvar a coragem do Luverdense. Mesmo com a vantagem no placar, construída uma semana antes, o time comandado por Júnior Rocha ousou tentar dominar o campeão do mundo em sua casa. Os anfitriões demoraram mais de dois minutos para conseguirem passar do meio de campo. Mas quando passaram...
Não há coragem que supere a diferença de qualidade. Ousado, o Luverdense só causou algum suspiro em sua torcida nos lançamentos de Rafael Tavares. A grande chance veio em falha da zaga alvinegra, que errou a linha de impedimento, e viu Cássio, com a camisa de Gylmar dos Santos Neves, fazer grande defesa em cabeçada de Tosin.
Mesmo sem o domínio esperado, o Corinthians conseguiu criar chances e mais chances. Poderia ter feito três, quatro, até cinco gols. Fez só dois, suficientes para ir tranquilo ao vestiário. Alexandre Pato sofreu falta de Raul Prata. Ele mesmo bateu, e teve a generosa colaboração do goleiro Gabriel Leite, que espalmou para dentro.
Nos últimos minutos, um gol improvável. O meia Douglas cruzou, o volante Ibson desviou de letra, e o lateral-esquerdo Fábio Santos completou, caído. Inversão total de papéis para que a verdade entre os times ficasse estabelecida, e, finalmente, o Timão alcançasse o placar que o classificaria.
Pato e Douglas, por sinal, conduziram o Corinthians. O atacante chamou a responsabilidade, fez jogadas individuais, e o meia teve inteligência para armar o ataque. É que Guerrero não esteve numa noite feliz. Desperdiçou duas oportunidades, uma incrível, após arrancar livre, driblar o goleiro, mas perder para Gilson, na cobertura.
Corinthians x Luverdense (Foto: Marcos Ribolli)Guerrero não fez boa partida e perdeu chances de
gol no Pacaembu (Foto: Marcos Ribolli)
Preguiça x Limitações
O Corinthians já tinha o placar que precisava. O Luverdense precisava de apenas um gol. Nenhum dos treinadores mexeu nas equipes no intervalo, mas o jogo perdeu muito da emoção da etapa inicial. Os visitantes tentaram se manter no campo de ataque, e voltaram a sofrer com as limitações técnicas. Já o Timão se acomodou com a vantagem, e ficou à espreita, à espera de erros do adversário.
A defesa do time de Lucas do Rio Verde demonstrou uma enorme vontade de entregar quando foi pressionada, no início do segundo tempo, mas os atacantes corintianos não aproveitaram os vacilos. Logo a marcação voltou a recuar, e o Luverdense voltou a ficar por mais tempo com a bola.
Os atacantes Misael e Tosin saíram machucados, e o ímpeto do surpreendente campeão do Mato Grosso diminuiu. Samuel e Tatu receberam poucas bolas. Vibração, mesmo, dos 28.576 pagantes, só quando o placar anunciou os gols de Paulo Baier e Éderson, do Atlético-PR, que eliminaram o Palmeiras da Copa do Brasil.
E para quem esperou tanto por um gol de falta, quase saiu outro. Douglas bateu bem, mas a bola raspou a rede por cima da trave. Pato, muito pior do que no primeiro tempo, pediu para sair. Tite não deixou. Disse que ele iria jogar.
Sem pressão do Luverdense, sem ousadia do Corinthians, os torcedores esperaram o apito final do árbitro no gelado Pacaembu. Vaga garantida, obrigação cumprida, futebol fraco
.

COPA DO BRASIL 2013


Volante, dúvida até momentos antes do jogo, anota o gol decisivo aos 43 minutos do segundo tempo. Adversário nas quartas será o Botafogo

  • o nome do jogo
    Elias
    Sua escalação era duvidosa e a atuação no primeiro tempo foi discreta. Mas cresceu no segundo tempo, junto com o time, e garantiu a classificação.
  • deu errado
    contragolpes
    O Cruzeiro se estruturou para atuar nos contra-ataques, mas não conseguiu encaixar boas jogadas. Só teve duas, menos até que o Fla (que teve três).
  • estatística
    bolas aéreas
    O Flamengo encontrou dificuldade para armar jogadas e abusou das bolas levantadas. Foram 32 durante a partida, contra apenas três do Cruzeiro.
A confirmação da escalação de Elias só aconteceu minutos antes da partida e foi comemorada na arquibancada como um gol. Mano Menezes resolveu apostar no volante, que sentia dores na coxa mas foi decisivo. Fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro aos 43 minutos do segundo tempo, resultado preciso que levou o Flamengo às quartas de final da Copa do Brasil para enfrentar o Botafogo, depois da derrota por 2 a 1 na partida de ida, em Belo Horizonte.
O empurrão decisivo no segundo tempo foi dado pela torcida, que levou o time à frente no maior público em jogos de clubes do novo Maracanã: 47.103 pagantes, com renda de R$ 2.266.070. Depois do apito final, a festa passou da arquibancada para o campo, com os jogadores acompanhando os gritos de "que torcida é essa" e "o Maraca é nosso". Pela primeira vez desde que estádio reabriu, a torcida rubro-negra parece ter mesmo voltado para casa. 

Elias, que chorou após marcar o gol, levou seu terceiro cartão amarelo na competição e está fora do primeiro jogo das quartas. Por isso, disse que o árbitro Jailson Macedo Freitas "acabou um pouquinho" com a sua noite.
Os jogos contra o Botafogo estão previstos para as semanas de 23 e 30 de outubro, com a ordem dos confrontos ainda a ser sorteada pela CBF. Se forem realizados no mesmo estádio, não haverá vantagem do gol fora de casa, segundo o regulamento da Copa do Brasil.
- É um gol muito importante, não tem como explicar. Chorei bastante e não sabia para onde correr.
No Cruzeiro, o zagueiro Dedé foi sucinto e lamentou o lance que decidiu o jogo:
- Elias veio por trás, como homem-surpresa. É a forma dele de jogar. Vamos para o Brasileiro
A chance para os mineiros se reerguerem será novamente contra cariocas. Enfrentam o Vasco pela 17ª rodada do nacional, às 18h30m de domingo. No mesmo dia, mas às 16h, o Flamengo encara o Corinthians no Pacaembu.
Elias gol Flamengo x Cruzeiro (Foto: Alexandre Vidal / Flaimagem)André Santos e Elias repetem coreografia da torcida após o jogo (Foto: Alexandre Vidal / Flaimagem)
Fábio pouco trabalha
A dificuldade de criação do Flamengo, um problema crônico nas últimas partidas, ficou mais evidente com a necessidade de conseguir uma vitória para se classificar. Não que o Cruzeiro jogasse fechado. Os times de Marcelo Oliveira, por hábito, não são armados desta forma. Mas, ainda assim, Fábio pouco foi incomodado. Na verdade, não houve uma defesa sequer na etapa inicial. A Raposa, com vantagem do empate, jogava com segurança, procurando se expor pouco e sair em velocidade. Os contra-ataques não foram muitos, mas deram boas chances. A primeira com Willian, que concluiu de dentro da área, e Felipe espalmou de forma atabalhoada para escanteio. Na cobrança, Dedé cabeceou, e João Paulo salvou em cima da linha.
Por necessidade, o Rubro-Negro ficou mais com a bola nos primeiros 45 minutos (55% a 45%), mas tirou pouco proveito disso. Elias, o principal nome na temporada, entrou no sacrifício. Só foi escalado após um teste no vestiário, mas era claro que não estava 100%. Carlos Eduardo, sumido do jogo, não colaborou, assim como Rafinha, que correu muito e pouco produziu. Bem postado, o Cruzeiro parecia deixar o Flamengo cansar, rodando de um lado para o outro da área. Procurava retomar a bola em sua intermediária e, rapidamente, saía com Ricardo Goulart, Éverton Ribeiro e Willian.
Marcelo Moreno e Dedé Flamengo x Cruzeiro (Foto: Alexandre Vidal / Flaimagem)Quem chega primeiro? Dedé e Moreno disputam lance no Maracanã (Foto: Alexandre Vidal / Flaimagem)
Fla cresce, e Elias decreta a classificação
Como Cáceres sentiu um lesão em choque, Mano resolveu aproveitar a substituição forçada e arriscou um pouco mais, lançando o atacante Paulinho, que ocupou a lateral, passando Luiz Antonio para o meio-campo. O Flamengo ficou mais incisivo e, pela primeira vez no jogo, pressionou o Cruzeiro, que se defendia bem. A torcida se animou e começou a jogar junto. Marcelo Oliveira se impacientou no banco, pedindo para seus jogadores tentarem segurar a bola, sem sucesso. A Raposa cedia espaços, e o Flamengo quase marcou aos 16, em cabeçada de Elias que passou rente à trave.
Pouco depois Carlos Eduardo marcou, mas o árbitro já havia assinalado falta de Marcelo Moreno em Fábio pelo alto. Marcelo Oliveira trocou Borges por Vinícius Araújo para tentar dar mais presença de ataque. Logo depois colocou Martinuccio na vaga de Éverton Ribeiro, e o argentino em seu primeiro lance fez o gol, mas a arbitragem acertou ao marcar impedimento. Vinícius Araújo teve a chance de garantir a classificação, entrou sozinho, mas errou no drible em Felipe e saiu com bola e tudo pela linha de fundo. A punição veio aos 43 minutos, em formato de festa para os rubro-negros. Paulinho cruzou da direita, e Elias colocou o time nas quartas de final
.

COPA DO BRASIL 2013


Ao contrário do jogo da ida, Peixe perde gols fora de casa e é castigado por um Tricolor de mira certeira, que pega o Timão nas quartas

  • momento decisivo
    42 min
    O jogo iria aos pênaltis, se não fosse boa tabela entre Maxi e Pará, que serviu Werley: o 2 a 0 já no fim bastou ao Tricolor passar de fase e pegar o Corinthians.
  • fez a diferença
    torcida
    Mesmo com frio e fim de mês, a torcida do Grêmio foi em bom número à Arena: quase 27 mil no total, arrancando elogios de Renato e do elenco pelo apoio.
  • deu azar
    Montillo
    O argentino jogava bem, era um verdadeiro tormento ao Grêmio. Mas, aos 24 do 1º tempo, sentiu lesão muscular, deixou o campo e não foi substituído à altura.
Grêmio e Santos inverteram os papéis na noite desta quarta-feira. Se na Vila Belmiro o Tricolor havia empilhado chances de gol e as perdido, foi o Peixe quem abusou da má pontaria na Arena. Melhor aos gaúchos que venceram por 2 a 0 e avançaram às quartas de final da Copa do Brasil.

grêmio santos copa do brasil arena souza gol (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Souza e Werley balançaram a rede adversária – o suficiente para reverter a derrota de 1 a 0. O Grêmio, agora, enfrentará o Corinthians na continuidade do sonho do pentacampeonato. O Santos tem a sequência do Brasileirão. É o campeonato do próximo compromisso das equipes. O Grêmio enfrenta a Ponte Preta, sábado, na Arena. O Santos, um dia depois, vai ao Maracanã desafiar o Fluminense.
Souza abriu o placar na Arena (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Pressão de um, chances do outro
Decidido a reverter a vantagem do adversário, o time local cumpriu o prometido: partiu ao ataque, pressionou e... parou por aí. O maior volume de jogo tricolor não se transformou em chances claras de gol – à exceção de um escanteio cavado aos 30 segundos, que inflou o estádio, e uma cabeçada de Barcos para fora. Pelo contrário. O expôs aos perigosos contragolpes dos visitantes, que tiveram as melhores oportunidades no primeiro tempo.
Foi assim que o Peixe teve um gol anulado e outro incrivelmente perdido. O primeiro lance começou com escapada de Montillo, que lançou Thiago Ribeiro. A zaga gremista estava desarrumada. Este, livre, cruzou a Gabriel, igualmente sem marcação, só completar para a rede. Porém, em impedimento bem assinalado. Léo Cittadini, que entrara na vaga do meia argentino, machucado, cabecearia para fora, dentro da pequena área, após cruzamento de Cícero.
Pois a lesão de Montillo fez o Santos perder a rápida escapada. O Grêmio cresceu de novo. Mas faltava armação. A troca de passes se limitava à intermediária. A chegada ao ataque era na base dos lançamentos e cruzamentos. Insuficiente. Tudo ficou ao segundo tempo.
Werley salva Grêmio no final
E nada de mudança após o intervalo. Logo a seis minutos, o Santos voltou a assustar. Agora por uma falha de Bressan, que recuou mal. Dida foi driblado por Gabriel, que chutou fraco. Deu tempo a Werley afastar. O Grêmio parecia perdido. Até que uma boa troca de passes começou a mudar a história do confronto. Souza lançou Barcos na esquerda. O centroavante foi à linha de fundo e cruzou para trás: Souza, que acompanhara a corrida, desviou de primeira para vencer Aranha. Gol. 1 a 0 aos nove minutos.
Mas quem disse que a vantagem, que àquela altura era suficiente para levar a decisão aos pênaltis, faria o Grêmio jogar mais? Nada. Gustavo Henrique, de cabeça, quase empataria. A entrada de Maxi Rodríguez foi a tentativa de Renato Gaúcho de melhorar a criação. Mas o uruguaio não entrou bem. Everton Costa, aos 37, em rebote, chutaria para fora.
Até que uma linda tabela resolveu a parada. Ao Grêmio. Pará e Maxi trocaram passes na direita. O lateral foi à linha de fundo. Serviu Werley.
 

COPA DO BRASIL 2013


Autor de 21 gols na temporada, atacante dá os passes para os companheiros marcarem na vitória por 2 a 0 no Serra Dourada

  • estatística
    zero gol
    O Goiás, contra adversários de Série A, tinha dificuldade de não sofrer gol em casa. Em sete jogos no Brasileiro, só conseguiu isso em um.
  • vacilos
    não foi falta...
    Os dois gols do Goiás nasceram de jogadas em que um tricolor esperou a marcação de falta: Willian no primeiro eIgor Julião no segundo.
  • arbitragem
    passou mal
    Luiz Flávio de Oliveira teve cãibra e pediu atendimento aos 41 do segundo tempo. E ouviu reclamação especialmente de Felipe, que parecia revoltado.
Quando o seu atacante tem 21 gols na temporada e vive boa fase, é natural que você deposite nele a esperança de inverter um resultado adverso. Mesmo que ele fure um lance perto da pequena área. Walter não marcou, mas colaborou com duas assistências na vitória por 2 a 0 do Goiás sobre o Fluminense, na noite desta quarta-feira, no Serra Dourada. Renan Oliveira e William Matheus não desperdiçaram os passes e ajudaram a classificar o time esmeraldino - que havia perdido por 1 a 0 no Rio de Janeiro - para as quartas de final da Copa do Brasil.

O próximo adversário sairá do confronto entre Nacional-AM e Vasco, que fez 2 a 0 na primeira partida, em Manaus, e pode perder por até um gol no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira. Os confrontos das quartas estão previstos para as semanas de 23 e 30 de outubro, e a ordem dos jogos ainda será sorteada pela CBF.

- Fizemos uma grande partida, valeu pela dedicação de todos. Estamos nos doando. Vamos comemorar porque foi uma vitória heroica. Temos que manter até o final esse espírito - vibrou Dudu Cearense.

O fim da partida registrou um lance incomum: o árbitro Luiz Flávio de Oliveira passou mal, pediu água e foi atendido pelo departamento médico do Goiás até retomar o jogo. Segundo o quarto árbitro, ele sentiu cãibra. Para
 compensar, apontou seis minutos de acréscimo.Já na escalação Vanderlei Luxemburgo voltou a indicar mudança no time do Fluminense. Desde a sua estreia contra o Cruzeiro, no fim de julho, o técnico vem tentando de tudo um pouco na escalação. Entre ausências por lesão, suspensão e convocação, tentou achar uma formação com o que de melhor tinha à disposição. E usou cinco esquemas diferentes. Iniciou com o 4-4-2, passou pelo 3-5-2, arriscou um 4-3-3, retraiu-se mais em um 3-6-1 e chegou ao 3-4-3 nesta quarta. Não contava era com a inversão da vantagem pelo adversário e uma retranca nos minutos finais. Para Gum, o pecado foi não mandar para a rede as chances.

- Infelizmente não saiu o gol. Tomamos dois gols de contra-ataque. Estamos chateados, dói muito porque queríamos a classificação. Apertamos eles e erramos. Fico chateado porque, independentemente da data especial, quando o jogo começou isso foi esquecido, e só pensamos em ajudar a equipe a buscar a classificação - analisou o zagueiro, que completou 200 partidas com a camisa tricolor.
As duas equipes jogam no sábado pela 17ª rodada do Brasileirão. O Goiás recebe às 18h30m o Atlético-MG, eliminado da Copa do Brasil pelo Botafogo nesta quarta. E o Fluminense pega no Maracanã o Santos, às 21h.
Renan Oliveira gol Goiás x Fluminense (Foto: Carlos Costa / Ag. Estado)Renan Oliveira comemora o primeiro gol no Serra Dourada (Foto: Carlos Costa / Ag. Estado)
Um lance fatal
Como quem quisesse se redimir do pênalti perdido no jogo de ida, Walter começou chamando a responsabilidade. Bola lançada na área, ele aparecia. Se era para fazer o pivô, ele protegia a bola e deixava para algum companheiro em melhor condição. Chutou de fora da área rente à trave também. O Goiás utilizou bastante Renan Oliveira pela esquerda, Vítor pela direita, mas parava na defesa tricolor em insistentes cruzamentos - com exceção de uma bola na trave, em conclusão de Hugo.
O Fluminense tinha dificuldade para encontrar o elo do meio para o ataque e só ameaçou num bom passe de Diguinho para Fred, que demorou a finalizar. O volante depois sentiu uma fisgada na coxa esquerda e pode aumentar de seis para sete o número de jogadores no departamento médico. Willian entrou em seu lugar e pediu falta ao cair em um lance. O juiz mandou seguir, e o alerta da bola no travessão virou sinal vermelho quando Walter tocou para Renan Oliveira. O meia correu em velocidade, passou com facilidade por Anderson e tocou na saída de Diego Cavalieri para fazer 1 a 0, aos 45 minutos do primeiro tempo.

No corpo e na raça

O Goiás ainda precisava de mais um gol para ficar em vantagem e não demorou para alcançar o objetivo. Um chutão despretensioso da defesa foi na direção de Walter. Igor Julião tinha o domínio do lance, mas abdicou de ir atrás da bola para proteger com o corpo e chamar a falta. Walter ganhou e tocou a bola para William Matheus, que se enrolou um pouco mas conseguiu fazer seu terceiro gol na carreira. 

Antes de ser substituído por Neto Baiano, Walter ainda furou feio um lance quase na pequena área. No outro lado, Fred mandou na trave num suspiro de esperança para os tricolores. E o time de Enderson Moreira se fechou. Resolveu defender com unhas e dentes a classificação sem se preocupar muito com o ataque. Os jogadores do Flu ainda reclamaram de cera dos goianos e se irritaram quando Luiz Flávio de Oliveira parou a partida para ser atendido, aos 41 minutos
.

COPA DO BRASIL 2013


Atlético-MG fica na frente duas vezes, mas, com eficiência, time carioca segura ímpeto do campeão da Libertadores e fará clássico com Flamengo

  • artilheiro
    R. Marques
    Com mais um gol importante, o atacante se igualou a Rodrigo Silva, do ABC, na artilharia da Copa do Brasil. Cada um marcou cinco vezes.
  • duelo
    maestros
    Seedorf foi muito mal: perdeu a bola no segundo gol do Galo e participou pouco do jogo. Ronaldinho começou muito bem, mas caiu após o intervalo.
  • torcida
    'é campeão'
    Os torcedores do Galo, apesar da queda, lembraram o título da Libertadores. Os do Bota devolveram e gritaram "eliminado" em seguida. 
Novo encontro entre Atlético-MG e Botafogo, nova batalha cheia de gols. Melhor para os cariocas, que arrancaram o 2 a 2 na noite desta quarta-feira, no Independência, e avançaram às quartas de final da Copa do Brasil - na ida, no Maracanã, a vitória por 4 a 2 adiantara o serviço. Eliminar o rival, aliás, é uma sina do Glorioso, que teve êxito nos últimos cinco confrontos de mata-mata (três pela Copa do Brasil e dois pela Sul-Americana).
O Galo esteve à frente do marcador duas vezes, com Marcos Rocha e Fernandinho, mas viu o visitante igualar o placar com Rafael Marques e Dória. Agora, o time de Oswaldo de Oliveira enfrenta o arquirrival Flamengo, que eliminou o Cruzeiro no Maracanã, por uma vaga nas semifinais. 
O público pagante foi 16.048 para uma renda de R$ 680.605. O estádio viveu clima de decisão, e os torcedores lembraram a conquista da Libertadores, apesar da queda na Copa do Brasil, com gritos de "é campeão", reconhecendo o esforço do time.

- Não temos que provar nada para ninguém. Sai e entra jogador, e o Botafogo é o mesmo. Foi uma partida muito difícil, e todo o time está de parabéns. A maioria dos times que vieram jogar aqui na Libertadores tremeu, e nós não. Colocamos a bola no chão, tivemos tranquilidade, e por isso o bom resultado - analisou.
Sem Vitinho pela primeira vez, vendido ao CSKA, da Rússia, o Alvinegro sinalizou que pode ser competitivo. O goleiro Jefferson desabafou sobre o assunto logo após a classificação, obtida mesmo com o desfalque e a má atuação de Seedorf:
Os jogos contra o Flamengo estão previstos para as semanas de 23 e 30 de outubro, com a ordem dos confrontos ainda a ser sorteada pela CBF. Se forem realizados no mesmo estádio, não haverá vantagem do gol fora de casa, segundo o regulamento da Copa do Brasil.
Réver agradeceu o apoio dos atleticanos, lamentou a má sorte e alguns supostos erros do árbitro.
- A torcida fez a sua parte. O torcedor viu que não faltou vontade. Guerrilhamos até onde conseguimos, mas o resultado não veio. Agora é trabalhar e dar sequência no Brasileiro. Não podemos jogar toda a culpa da nossa eliminação em cima do árbitro. Se ele errou, faz parte. O árbitro também é ser humano e tem o direito de errar - ressaltou o zagueiro.
A sequência do Atlético-MG no Brasileiro será contra o Goiás, que teve melhor sorte na Copa do Brasil e se classificou frente ao Fluminense. O jogo será às 18h30m de sábado. O Botafogo recebe o São Paulo no dia seguinte, no Maracanã, às 16h.
Fernandinho e Seedorf Atlético-MG x Botafogo (Foto: Washington Alves / VIPCOMM)Fernandinho e Seedorf em disputa: apesar da vaga, holandês foi mal (Foto: Washington Alves / VIPCOMM)
Pressão põe o Galo na frente
Um Galo tipo Libertadores. A postura no início da partida relembrou o time ágil e envolvente no setor ofensivo e por pouco não complicou o adversário. Foram chances criadas em sequência, quase sempre via bola aérea, mas pararam no reflexo de Jefferson. O Botafogo, com mais posse de bola e menos erros de passe, aos poucos acalmou o adversário, mas sem muita participação de sua linha de frente. A bola chegava a Rafael Marques e Lodeiro, mas Seedorf não aparecia.
Uma falta na entrada da área gerou muita reclamação dos atleticanos, que queriam Bolívar expulso, e alguma ansiedade na torcida. Ronaldinho bateu rasteiro, tentando repetir seu gol de 2011, e parou na barreira. Mas era muita pressão. Dez minutos depois, Fernandinho fez grande jogada, passou como quis por Rafael Marques e Edílson na direita e rolou para Marcos Rocha completar na área: 1 a 0. Jefferson, desta vez, ficou indeciso e vacilou. A vantagem levou empolgação para a arquibancada do Independência.
Rafael Marques gol botafogo (Foto: Pedro Vilela / Ag. Estado)Rafael Marques ganha abraço de Lodeiro após
marcar seu gol (Foto: Pedro Vilela / Ag. Estado)
Riscos, gols e vaga do Bota
A festa, no entanto, foi interrompida. Depois de bela arrancada de Julio Cesar, Alex concluiu mal, mas acertou uma assistência para Rafael Marques, que, implacável, fez seu 16º gol na temporada e o quinto na Copa do Brasil, tornando-se artilheiro. A partir daí, o jogo ficou aberto de vez. Um grande jogo, diga-se, recheado de riscos e alternativas, como nas outras duas vezes em que Atlético-MG e Botafogo se encontraram recentemente.
Num cochilo de Seedorf, Tardelli roubou-lhe a bola, deu um drible da vaca em Dória e deixou Fernandinho na boa para deixar os mandantes de novo em vantagem, aos 11 da etapa final. Faltava um golzinho para avançar, mais uma vez. E tempo de sobra. Eficiente, lá foi o Botafogo calar a torcida e mostrar que não entregaria a vaga facilmente. Dória aproveitou-se de bate-rebate na área após cabeçada sua e colocou 2 a 2 no placar.
O Galo não abdicou de lutar, mas agora agredia de forma desordenada e sofria com contragolpes do Botafogo, que teve boas chances nos minutos finais. Cuca e Oswaldo de Oliveira fizeram alterações até os acréscimos, quando Réver isolou uma bola incrível
.

COPA DO BRASIL 2013


'Zerado' em mata-mata, Palmeiras vai do céu ao inferno em cinco dias

Antes nas nuvens, Palmeiras perde invencibilidade de 12 jogos no ano, cai na Copa do Brasil e acumula terceira queda em confrontos eliminatórios


Era raro encontrar algum palmeirense descontente com a situação do time até o último sábado (24). Invicto há 12 partidas na temporada e líder da Série B, a equipe vivia lua de mel com os torcedores. Cinco dias depois, porém, será difícil achar um fanático alviverde contente, mesmo com o aniversário de 99 anos completado na última segunda-feira.
Neste curto espaço de tempo, o Palmeiras perdeu a série de invencibilidade, na derrota por 1 a 0 para o Boa Esporte, no último sábado, pela Segundona, quando atuou com time misto. E na quarta-feira foi eliminado pelo Atlético-PR, após revés por 3 a 0, nas oitavas de final da Copa do Brasil, em atuação considerada vergonhosa pelo presidente Paulo Nobre e pelo técnico Gilson Kleina.
A eliminação, aliás, encerra as participações do Palmeiras em torneios de mata-mata de forma melancólica em 2013, já que o time não venceu nenhum confronto nesse sistema de disputa.
No Paulistão, o Palmeiras caiu nos pênaltis para o Santos, nas quartas de final. Depois, na Taça Libertadores da América, foi eliminado nas oitavas de final pelo Tijuana, e agora caiu na mesma fase na Copa do Brasil.

COPA DO BRASIL 2013


Vitória e classificação contra o Cruzeiro marcam o início de uma nova era dos rubro-negros no estádio


Vozes que viram braços e empurram. Que impulsionam um time com reconhecidas limitações, mas fazem do impossível algo palpável. Foram 53 mil rubro-negros no Maracanã na noite desta quarta-feira. Pareciam muito mais. A velha e boa casa, agora moderna e bem cuidada, continua acolhedora e mágica. Em tempos de consórcio, de discussões sobre preços de ingressos assustadores, ficou claro que a posse do Maraca vai muito além de contratos e cifras desproporcionais. É amor.
Foi apenas o terceiro jogo do Flamengo no palco reconstruído. Antes, o time enfrentara Botafogo e Fluminense no Brasileirão. Pela segunda vez, o Rubro-Negro mandou uma partida desde o seu retorno ao estádio, mas o melhor jogador do time esteve nas cadeiras. Coube a Elias o gol decisivo da vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, que fez a equipe de Mano Menezes avançar às quartas da Copa do Brasil (assista ao vídeo), mas é inegável : o golaço foi marcado fora de campo.

Houve irritação e algumas vaias após alguns erros, principalmente de André Santos e Carlos Eduardo, mas foram 90 minutos de apoio. Ora com vozes, ora com mãos tremendo em clima de suspense, os torcedores do Flamengo não desistiram da classificação nem por um instante. Não houve desânimo. Ninguém arredou o pé antes que a bola entrasse. A impressão que se tinha é de que seria assim até o gol sair. Se precisso fosse, amanheceriam lá. Homens, mulheres e crianças à espera daquilo que foram buscar: vitória e vaga.  
Flamengo, Maracanã (Foto: Alexandre Vidal)Time e torcida: receita para mais uma vitória heroica do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal)
O relógio foi cruel. Apressado, fez o primeiro tempo passar quase sem ser notado. Foram 45 minutos de muita pressão, mas de pouca eficiência do Flamengo diante da forte defesa cruzeirense. Além disso, alguns sustos com o ataque celeste. Seria preciso gritar mais na etapa final, fazer os jogadores correrem como nunca, cantar em volume máximo. Foi exatamente isso. Chance atrás de chance, o Rubro-Negro batia e voltava contra os zagueiros rivais. Aos 20 minutos, o grito de gol até saiu, mas rertornou rápido e amargo para a garganta. Moreno fez falta no goleiro Fábio, Carlos Eduardo completou para a rede, mas a arbitragem anulou corretamente. Nove minutos depois, silêncio ensurdecedor. Vinícius marcou para o Cruzeiro, que também teve o lance anulado de maneira acertada. 

Algo dizia que aquela comemoração efusiva dos torcedores do Flamengo com a notícia da escalação de Elias teria algum fundamento. Vê-lo em campo deu confiança, trouxe a garantia de que seria possível. Mesmo que ela não se confirmasse. Aos 43 minutos do segundo tempo, o volante e os 53 mil rubro-negros festejaram juntos. Jogada de Paulinho pela direita, cruzamento rasteiro para a área, chute colocado, curva venenosa, e gol de vitória e classificação.
Aos 43. Foi assim também em 2001, na decisão do Carioca contra o Vasco. No velho Maracanã, o gol de falta de Petkovic desmontou o adversário. Um a um, eles caíam em campo incrédulos e desanimados. Desta vez foram os cruzeirenses que levaram um soco no estômago.
Flamengo, Maracanã (Foto: Alexandre Vidal)O Rubro-Negro tem no Maracanã uma fonte inspiradora (Foto: Alexandre Vidal)
A torcida do Flamengo, enfim, voltou ao Maracanã. Agora, aguarda uma decisão da diretoria sobre o futuro do time no estádio. A possibilidade de mandar jogos em Brasília ainda existe, já que a relação com o Consórcio Maracanã S.A não é das mais amistosas. O Mané Garrincha, em Brasília, principal casa da equipe no Brasileirão, também está cotado.  Após a partida, Mano Menezes mostrou-se grato e encantado com os torcedores, mas reconheceu que a sintonia depende muito do desempenho do time.    
- Nós vamos jogar o próximo jogo do Brasileiro aqui no Maracanã (contra o Vitória, dia 4 de setembro). Só é possível manter a magia, a empatia com o torcedor, repetindo isso. Aí ele se indentifica com a equipe, empurra mesmo, tem um amor muito grande por quem veste a camisa do seu clube. Estamos aqui para isso. Sabemos das limitações, que não somos os melhores da temporada ainda, mas podemos crescer e nos transformar. Em competições como essa, você precisa ser só melhor na hora que enfrenta o adversário. Não precisa ser o melhor o mês todo. Assim como fomos melhores que o Cruzeiro – disse o treinador rubro-negro, que afirmou que seria um pecado que o público voltasse para casa sem a vaga.
Nas quartas de final, o Flamengo vai enfrentar o Botafogo. E o Botafogo vai enfrentar o Flamengo e um bocado de gente. Os jogos serão nos dias 23 e 30 de outubro
.

BRASILEIRAO 2013


Comentaristas analisam os jogadores que foram pouco aproveitados em seus clubes e ainda podem se transferir e continuar na Primeira Divisão

Por Rio de Janeiro
montagem Wellington Silva Fluminense Ramón Flamengo Rafael Marques Atlético-MG  Obina Bahia  (Foto: Editoria de Arte)Wellington Silva, Ramon, Obina e Rafael Marques
são algumas boas opções. (Foto: Editoria de Arte)
Após o fechamento da janela de jogadores vindos do exterior, restou principalmente o mercado interno. Além dos atletas das outras divisões, os 20 clubes na disputa pelo título nacional podem contratar jogadores da Primeirona que não tenham entrado em campo em sete partidas pelo time atual. São diversos nomes em todas as posições, por isso o GLOBOESPORTE.COM ouviu comentaristas para destacar os principais. As transferências podem ser realizadas até 4 de outubro, dois dias antes da 25ª rodada.
Os clubes estão avaliando o mercado com as últimas opções para se reforçar. Na terça-feira, o São Paulo contratou o atacante Welliton, que pertence ao Spartak de Moscou e estava emprestado ao Grêmio, com apenas três jogos no nacional. No dia seguinte, o Tricolor paulista liberou o lateral-esquerdo Juan, que havia entrado em campo cinco vezes, para o Vitória.
Entre os jogadores que não estouraram a cota, estão nomes de jovens promessas, que têm passagens de destaques pelas divisões de base dos clubes e até da seleção brasileira, mas que não são aproveitados. Bons exemplos são o atacante Giva, do Santos, e o goleiro Rafael, do Cruzeiro. O primeiro vinha sendo titular, mas passou a ser poupado após a goleada para o Barcelona. O segundo já conquistou um Sul-Americano e um vice mundial sub-20 com a seleção, mas está na reserva do ídolo Fábio.
Outro caso é o de jogadores mais conhecidos, com mercado até na Europa, mas que por algum motivo não completaram sete jogos, como lembrou o comentarista Caio Ribeiro.
- Não adianta pensarmos em jogadores como Leandro Damião, Dagoberto ou Martinuccio, pois esses dificilmente serão liberados pelos seus clubes. Temos que ver quais são aqueles jogadores que, por diferentes motivos, perderam espaço e podem ser envolvidos em algum tipo de negociação.
montagem Marcelo Grohe Grêmio Tinga Cruzeiro Elias Atlético-PR Bahia  Bruno Mendes Botafogo  (Foto: Editoria de Arte)Bruno Mendes, Marcelo Grohe, Elias e Tinga ainda não completaram seis partidas por seus clubes
Além do número limite de seis partidas, o jogador só pode se transferir se tiver disputado o Brasileirão por apenas um clube. Cada equipe só poderá receber cinco atletas que já tenham disputado a Série A nesta temporada, sendo no máximo três de um mesmo clube.
Outra possibilidade de reforços são jogadores que estavam atuando fora do Brasil e rescindiram seus contratos antes do fim da janela internacional, no dia 19 de julho.
Além de Caio Ribeiro, comentarista da TV Globo, também foram ouvidos Alex Escobar, apresentador da edição carioca do "Globo Esporte", Léo Figueiredo e Maurício Saraiva, comentaristas do SporTV, Tiago Medeiros, repórter da TV Globo em Pernambuco, e Sidney Garambone, editor de Qualidade do Esporte da TV Globo. Confira o que eles disseram.

NOTICIAS


Alemão diz que errou ao abandonar o Furacão em 2006: 'Se pudesse mudar uma decisão na minha carreira, como jogador ou técnico, seria esta'


Lothar Matthäus carlos alberto torres  (Foto: Felippe Costa)Lothar Matthäus está no Rio de Janeiro para
compromissos profissionais (Foto: Felippe Costa)
“Não fui correto”. É assim que Lothar Matthäus intitula-se ao lembrar da rápida e polêmica passagem como treinador do Atlético-PR, entre janeiro e março de 2006. No Brasil para assuntos profissionais, o alemão abriu o coração e, pela primeira vez, afirmou ter tido uma atitude errada quando deixou o Furacão sem dar tchau à torcida, disse que esta é a única decisão que gostaria de mudar em toda a sua carreira e, sete anos depois, pediu desculpas aos rubro-negros.
Depois do Atlético-PR, Matthäus passou pelo comando do Red Bull Salzburg (Áustria), do Maccabi Netanya (Israel) e seleção da Bulgária, mas não trabalha como treinador desde 2011. Atualmente, é comentarista em uma TV alemã. Segundo o ex-jogador, ele foi obrigado a sair do país por problemas particulares e se arrepende até hoje.

- Não fui correto. No fim, eu realmente me sinto...  Não digo que me sinto envergonhado. Mas eu deixei algo que não poderia ter deixado. Tudo foi tão bem em Curitiba, os jogadores eram talentosos. Dagoberto, Michel Bastos... Um time muito bom, um presidente bom (Mário Celso Petraglia), grande  torcida. Se pudesse mudar uma decisão na minha carreira, como jogador ou técnico, seria esta. Gostaria de pedir desculpas aos torcedores do Atlético.

Em 28 de janeiro de 2006, a diretoria do Furacão surpreendeu a todos ao anunciar, em um contrato que valia R$ 3 milhões, a chegada de Matthäus, até então a maior aquisição da história do clube. A torcida logo se empolgou, recebendo o novo treinador com bandeiras da Alemanha na Arena da Baixada. Além disso, os dirigentes ofereceram uma gama de regalias ao ex-jogador, como escola para a enteada, dois carros e uma mansão em um condomínio de luxo de Curitiba. Em sua apresentação, dois dias depois, chegou a dizer que "gostaria que a parceria durasse mais de um ano. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que o presidente do clube me mantenha.”
Se eu pudesse mudar algo na minha carreira, nos 35 últimos anos, eu gostaria de mudar esta decisão"
Lothar Matthäus
A promessa ficou longe de ser cumprida. Menos de dois meses depois, oitos jogos, seis vitórias e dois empates, Matthäus reclamou de salários atrasados, mas o clube negou. No dia 7 de março, o site oficial do Furacão anunciou que o treinador se ausentaria do clube "por alguns dias para resolver assuntos pessoais na Alemanha". O treinador deixou o treino da manhã no CT do Atlético e viajou para São Paulo, onde fez voo de conexão para Frankfurt. No dia 20 de março, a diretoria anunciou o desligamento de Matthäus do cargo.
- Não aconteceu nada. Eu tive que voltar para a Alemanha por assuntos particulares. Não foi por mim, foi outra pessoa que me deu essa ideia de sair de Curitiba de um dia para o outro. Este foi o meu maior erro. Se eu pudesse mudar algo na minha carreira, nos 35 últimos anos, eu gostaria de mudar esta decisão. Eu não mudaria a final da Liga dos Campeões de 1999 (Bayern perdeu por 2 a 1 para oManchester United nos acréscimos). Quando você perde, você perde - explicou o alemão, no Rio.
Apesar de curta, a passagem de Matthäus por Curitba teve algumas polêmicas. A imprensa paranaense noticiou que Marijana, então esposa do técnico, foi quem pediu seu retorno à Alemanha, com ciúmes do marido no Brasil. O treinador se envolveu ainda em uma briga com um fotógrafo no saguão do hotel onde morava na capital paranaense (Matthäus teria até levado um soco na discussão). Nove dias após o anúncio da saída do alemão, o Atlético-PR publicou no site oficial as contas telefônicas que não foram pagas pelo ex-jogador, nos valores de R$ 3.068,71 e R$ 9.938,91.
Mosaico da bandeira da Alemanha para Matthäus no Atlético-PR (Foto: Reuters)Empolgada com chegada de Matthäus, torcida do Furacão fez mosaico da bandeira alemã (Foto: Reuters)
Em 20 de março de 2006, o clube divulgou duas cartas trocadas entre a diretoria e o treinador, ambas datadas de 16 de março. No texto enviado pelo clube, os dirigentes pedem o retorno imediato de Matthäus a Curitiba (lembrando que viajou dia 7 daquele mês e havia prometido aos jogadores que estaria de volta no dia 12). "Caso não o faça, seremos forçados a contratar outro treinador, pois não poderemos manter a equipe sem comando técnico como vem ocorrendo até a presente data, a par de que será considerado rescindido, por justa causa, o contrato de prestação de serviços", diz a carta. Abaixo, a resposta do alemão:
Aos Srs. Mario Celso Petraglia - Presidente
Alberto Maculan Vicentini - Diretor Superintendente
Clube Atlético Paranaense
Ref. sua correspondência de 16.03.06
Prezados Srs. Mario Celso Petraglia e Alberto Maculan Vicentini,
Infelizmente tenho de informar que, por força de motivos particulares de grande urgência, sou forçado a interromper minha atividade de técnico do CAP.
Portanto, venho solicitar aos srs. que gentilmente rescindam o contrato firmado entre nós em 01.02.06 - decisão com a qual estou de acordo.
Gostaria de deixar registrado meu agradecimento a todos aqueles que me apoiaram durante minha missão, mas em especial ao sr. Márcio Bittencourt, que por diversas vezes tentou dissuadir-me de desta que viria a ser uma das mais difíceis decisões que já tive de tomar.
Budapest, 19.03.06
Lothar Mathaus Atlético-PR 2006 (Foto: Reuters)Cena rara no Atlético-PR: Matthäus comandou time por apenas oito partidas em 2006 (Foto: Reuters)
Agora na TV, Matthäus diz que Guardiola precisa de tempo

Em alta como comentarista de futebol em um canal alemão, Matthäus afirma que não pretende voltar tão cedo a comandar uma equipe. Mas mudaria de ideia caso surgisse uma proposta tentadora.

- Estou tão feliz com minha vida hoje. Faço dois jogos por semana. O principal jogo sempre é meu, no fim de semana. E nos dias de semana faço Liga dos Campeões. É bom, vejo o futebol ao vivo, no estádio, não no estúdio. Gosto muito, não tem tanta pressão como técnico. Se chegar uma boa proposta, e se eu puder continuar como me sinto, posso mudar.

Ex-jogador do Bayern de Munique e um dos maiores ídolos do futebol alemão, Matthäus também comentou sobre a nova fase do clube com Josep Guardiola. Segundo o campeão mundial de 1990, o novo comandante ainda não teve tempo para mostrar seu estilo, mas que ele não encontrará no clube alemão o mesmo perfil de jogadores que tinha no Barcelona.
Bayern não tem o Messi. O Barcelona é um com o Messi e outro sem ele. O Bayern não depende de um jogador."
Lothar Matthäus
- Todo mundo o conhece do Barcelona. Ele continua em um clube organizado e com dinheiro,  que pode investir. Ele está no melhor time do mundo, pois o Bayern foi campeão da Liga dos Campeões. Agora temos que ver se o mesmo sistema do Barcelona poderá ser colocado no Bayern. Precisamos de tempo para isso. Mas ele não pode copiar o estilo. É impossível, pois a mentalidade dos jogadores é diferente. Bayern não tem o Messi. O Barcelona é um com o Messi e outro sem ele. O Bayern não depende de um jogador.
Alemanha, Brasil e Espanha favoritos em 2014

Ao analisar as chances dos países para a Copa do Mundo de 2014, Matthäus afirmou que a seleção da Alemanha chegará ao Brasil como uma das favoritas, ao lado do time de Luiz Felipe Scolari e Espanha.
- Espero uma grande Copa do Mundo. Brasil é diferente do que o Catar, por exemplo. Aqui as pessoas amam futebol. Além disso, o Brasil é um país lindo e as pessoas da Europa poderão ver os jogos e curtir muito. Estarei aqui para ver os jogos. A Alemanha é um dos países favoritos para o Mundial. Temos um grupo de jogadores de alto nível. Brasil mostrou na Copa das Confederações que pode chegar. A Espanha é atual campeã. O Uruguai também fez uma bela apresentação na última Copa. Ainda temos Itália, Holanda, França... Mas Brasil, Espanha e Alemanha são favoritos.
lothar matthaus novo treinador da Bulgária (Foto: agência AP)Último trabalho de Matthäus como técnico foi na seleção búlgara, entre 2010 e 2011 (Foto: agência AP
)

Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...