domingo, 31 de março de 2013

ESTADUAIS 2013


DESTAQUES DO JOGO
  • destaque
    Gil
    Zagueiro do Corinthians teve boa atuação, foi rápido e cuidou bem do veloz ataque são-paulino.
  • deu certo
    Dois meias
    Esquema do São Paulo com dois meias foi bem sucedido. Jadson e Ganso tiveram boa atuação e time fez boa partida.
  • deu errado
    Início do Timão
    Formação inicial do ataque do Timão, com Sheik na esquerda, Danilo no meio e Romarinho na direita.
A CRÔNICA
Luis Fabiano, Guerrero, Jadson, Sheik, Ganso, Danilo, Osvaldo, Pato, Rogério Ceni, Paulinho... Se em um domingo de Páscoa um clássico com tantos bons jogadores terminasse 0 a 0, o Paulistão teria de ser benzido. Mas inesperado mesmo é que a vitória fosse decidida por um erro, em vez do talento de um deles. Rafael Toloi recuou a bola de maneira absurda para Rogério Ceni, que teve de dividir com Alexandre Pato. E aí? O goleiro chutou o pé do atacante, ou o atacante entrou de sola no goleiro? O árbitro deu pênalti.

O São Paulo foi melhor no primeiro tempo, criou ótimas jogadas e contou com talento e dedicação de seus jogadores. Jadson marcou logo no início, e o time controlava o jogo até Danilo, sempre ele, letal nos Majestosos, acertar um lindo chute de pé direito e salvar sua má atuação. Na etapa final, fez diferença a consistência do Corinthians, que nem se esforçou muito para ganhar, mas não cometeu nenhum erro grave como o de Toloi.
Pato bateu e decidiu. Virada do Corinthians, que nem foi melhor no jogo, não foi brilhante, mas não perdeu as oportunidades que teve e errou menos. Vitória que mantém uma escrita de sete anos sem perder para os donos da casa no Morumbi. E que coloca o Timão em situação de menos aperto na tabela do Paulistão: está em quinto, com 29 pontos. O Tricolor segue líder, seis pontos à frente do rival e com um jogo a menos. O jogo teve público total de 20.930 pessoas, com renda de R$ 708.080,00.
Pausa no Paulistão. A Libertadores vem aí. O São Paulo está em situação muito ruim. Vai jogar na quinta-feira na tão temida altitude de La Paz contra o Strongest. Se não vencer, corre o risco de ir para a última rodada precisando derrotar o Atlético-MG no Morumbi, e ainda dependendo de outros resultados para se classificar. Já o atual campeão Corinthians, em posição mais confortável, terá o Millonarios pela frente, na quarta, em Bogotá. Se vencer, praticamente carimba sua vaga. Do contrário, ainda poderá fazer isso diante do frágil San José, na última rodada, no Pacaembu.
Chuta, Ganso? Chuta, Danilo!
Paulo Henrique Ganso fez um bom primeiro tempo. Com movimentação, dedicação de saltar aos olhos na marcação, ótimos passes, inteligência, mas... Teve três chances para chutar a gol, e em todas preferiu tentar encontrar um companheiro. Danilo, por outro lado, tinha atuação pífia até receber com liberdade do lado esquerdo, ajeitar para o pé direito e... Gol! Golaço! Não era o pé bom, mas não importa. Danilo tem talento, tem estrela nos duelos entre São Paulo e Corinthians, onde já fez muitos gols com as duas camisas. Ganso também tem talento. Precisa usá-lo mais.
Quem chutou, e também marcou, foi Jadson, o melhor jogador do São Paulo desde que Lucas se foi. Logo no começo do Majestoso, para afastar qualquer suspeita de um novo 0 a 0 em clássicos no Paulistão. Uma jogada ótima, que teve o drible e o passe de Osvaldo, a visão de Ganso ao deixar a bola passar, e a calma do camisa 10. Com um sistema de marcação frágil, apenas Denilson como volante e Maicon mais recuado, o Tricolor foi melhor, muito por conta da dedicação dos homens de frente.
Luis Fabiano, por exemplo, apareceu em duas boas finalizações que Cássio defendeu, mas também em desarmes e entradas firmes. Firmes, não violentas. Leais. Mas o Timão, sabendo de sua fama, fez de tudo para enervá-lo e jogá-lo contra o árbitro. Por sinal, reclamaram demais os corintianos, que cercaram Leandro Marinho em dois lances: pediram falta em Alessandro no lance que originou o gol são-paulino, e reclamaram do empurrão de Gil no Fabuloso. Em nenhum deles tinham razão.
Tite começou a partida com Romarinho na direita, Danilo centralizado e Sheik na esquerda. Nenhum deles ia bem, o que comprometia também a atuação de Guerrero. A versatilidade dos atletas permite ao técnico invertê-los. De repente, Emerson estava na direita, Romarinho pelo meio e Danilo na esquerda, onde recebeu para fazer um senhor golaço. Quando recebeu, aliás, o lateral-direito Paulo Miranda, que joga porque é marcador, estava voltando lentamente no meio.
Na jogada mais bonita do primeiro tempo, a bola passou pelos pés de Ganso e Paulo Miranda até chegar em Jadson, e o meia fazer lindo passe para Osvaldo, que bateu de primeira, para fora. Paulinho e Romarinho também tiveram chances pelo Timão. Um clássico cheio de ótimos jogadores, muito melhor do que os outros do Paulistão.
Falta ou pênalti? Pênalti!
Ritmo mais lento. O segundo tempo não teve a intensidade do primeiro. Um vai viajar para a Colômbia, o outro para a Bolívia. Era esperado. Ainda assim, a qualidade dos jogadores em campo fazia com que chances fossem criadas. Luis Fabiano recebeu dois bons passes e finalizou com perigo, mas em ambas as vezes estava impedido.
O banco do Corinthians era melhor. Sai Guerrero, entra Pato. Que time tem esse privilégio? Foi o jovem quem ajeitou de cabeça para Paulinho e causou o lance mais inusitado do jogo. Rogério Ceni, goleiro mais talentoso com os pés, furou, mas se recuperou a tempo de evitar o segundo gol corintiano.
Com a formação inicial, o São Paulo não tinha outra proposta além de tentar a vitória. São jogadores fadados ao ataque. O contra-ataque, então, ficou para o Timão. Mas nenhum time cumpriu sua proposta com apetite suficiente. Por falar em apetite, uma cena que deve ter enchido os dirigentes tricolores de orgulho: Ganso deu um carrinho, levantou socando o ar de raiva pela marcação da falta, e levou cartão amarelo. Corre sangue nas talentosas veias do meia.
Tudo parecia caminhar para o quinto empate consecutivo em clássicos quando Toloi, que havia acabado de desarmar Sheik e Pato com maestria, errou o recuo para Rogério Ceni. O goleiro dividiu com Pato, ficou caído, e ainda teve de amargar o pênalti e um cartão amarelo. Foi a vez dos tricolores reclamarem demais com todos os árbitros possíveis. Queriam uma falta do atacante, que antes do choque entre sua chuteira e a do capitão são-paulino, já havia tocado na bola.
Pato não tomou conhecimento das reclamações de Ceni. Bateu forte, no canto superior direito do goleiro, e fez sinal pedindo silêncio na comemoração. Shhhhhh! Um desabafo do jogador, que ouviu a torcida adversária chamar os corintianos de "assassinos" em provocação pela morte do garoto Kevin Espada, no jogo do Timão na Bolívia, pela Libertadores. Torcedores do Corinthians estão presos em Oruro por serem suspeitos de terem disparado o sinalizador que matou o menino.
Sem pressão, o anfitrião tentou empatar no fim. Não conseguiu. Vitória  do Corinthians em um bom jogo, que poderá se repetir na fase final.

ESTADUAIS 2013


DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Neymar
    O atacante teve o nome gritado pela torcida durante todo o jogo e acabou com o jejum de gols. Fundamental para a equipe do início ao fim da partida.
  • minuto chave
    42 do 2º tempo
    Montillo cobra escanteio, Durval dá passe de calcanhar e Cícero fuzila o goleiro Fernando Leal, para dar a vitória ao Santos no interior.
  • público
    Mais de 12 mil
    O Oeste mandou o jogo para Bauru de olho nos lucros, e se deu bem. A torcida compareceu em bom número, com 12.592 pagantes.
A CRÔNICA
Foram quase dois meses de uma separação conflituosa. Reclamações dos dois lados, polêmicas, discussões... Neymar não marcava um gol desde o dia 10 de fevereiro (seis jogos, sendo quatro pelo Santos e dois pela Seleção). Na noite deste domingo, o atacante reencontrou o caminho da rede, marcou e ajudou o Santos a vencer o Oeste de Itápolis por 2 a 1, no estádio Alfredo de Castilho, em Bauru. Cícero ampliou o marcador. Festa completa na cidade onde Pelé, maior ídolo da história do clube da Baixada, deu seus primeiros passos no futebol.
Atrapalhado por suspensões e pelos compromissos com a seleção brasileira, Neymar viveu situação de instabilidade no Campeonato Paulista. Ele chegou a ser vaiado por alguns torcedores no empate por 2 a 2 com o Mogi Mirim, na última quinta-feira. Saiu cabisbaixo, reclamou da falta de gratidão e prometeu dar a volta por cima. Disse que logo mostraria quem é quem. Dito e feito.

Terceiro colocado do Campeonato Paulista, com 32 pontos, o Santos volta a campo na próxima quinta-feira, quando enfrenta o São Caetano, às 19h30m (horário de Brasília), no estádio do Pacaembu. Na 11ª posição, o Oeste de Itápolis enfrenta o Linense, no estádio Gilberto Siqueira Lopes, sábado, às 18h30m.
O tratamento dado ao craque pela torcida do interior foi completamente diferente. Protagonista desde o início, ele acenava para os santistas a cada vez que se aproximava dos alambrados. Na comemoração, se dirigiu a eles para celebrar o gol. O Oeste quase atrapalhou o clima santista, empatando aos 40 minutos do segundo tempo, mas Cícero fez questão de confirmar a festa em preto e branco no lance seguinte.
Expectativa grande, nada de gols
A cidade de Bauru tem participação em uma fatia considerável da história do Santos. Foi na cidade do interior paulista, a mais de 400 quilômetros da Baixada, que ninguém menos que Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, deu seus primeiros chutes em uma bola de futebol. De lá, ele partiria para o clube onde construiria sua carreira e se tornaria o Rei. Desta vez, o público foi em bom número ao estádio Alfredo de Castilho para ver um dos sucessores mais célebres de Pelé: Neymar.
A fase que o camisa 11 do Santos atravessa é uma das piores de sua carreira. Sem marcar desde o dia 10 de fevereiro, quando fez o único gol de sua equipe na derrota por 3 a 1 para o Paulista de Jundiaí, Neymar chegou a ser vaiado por alguns torcedores dentro da Vila Belmiro, na última quinta-feira. De volta após os compromissos pela seleção brasileira, o atacante não correspondeu às expectativas e se mostrou inconformado com a insatisfação dos alvinegros.
– Depois de tudo que eu fiz pelo clube? – disse, após se deparar com a revolta vinda das arquibancadas, devido ao empate por 2 a 2 com o Mogi Mirim.
Neymar chamou a responsabilidade desde o primeiro minuto da partida contra o Oeste de Itápolis. Protagonista de praticamente todas as chances do Santos no campo de ataque, ele mostrou estar se entendendo com Giva – definido por Muricy Ramalho como o “parceiro ideal” do craque no setor ofensivo do Peixe. Correu, chutou, tabelou, reclamou... Com os holofotes sobre ele, se portou como o protagonista da partida. Mas o gol não veio.
Mandante, mas longe de sua casa, o Oeste adotou a cautela. Chegou com perigo à área do Santos em alguns momentos, mas somente baseado em contra-ataques. O Peixe, ágil como de costume, mas apostando pouco nas jogadas pelas laterais, centralizou o jogo em Cícero. Em boa fase, o meio-campista deu dinamismo à equipe, mas esbarrou na marcação cerrada do time do interior. Um óbvio zero a zero.
Fim de jejum, susto e alívio
No intervalo do jogo, o técnico Muricy Ramalho tentou dar mais movimentação ao Santos: com a saída do lateral-direito Bruno Peres, que sentiu dores, ele colocou Felipe Anderson. Logo em seu primeiro lance, ele recebeu passe de Neymar e fez bom cruzamento para a área, mas ninguém apareceu para completar. O Santos tinha a partida nas mãos, mas não sabia o que fazer com ela.
Sem Arouca, peça importante de transição entre a defesa e o ataque, cortado pelo departamento médico na véspera da partida em Bauru, o Peixe sofria para criar jogadas de perigo. Com Montillo apagado, Neymar voltava ao meio-campo para criar individualmente, se valendo de sua velocidade. Ainda assim, um chute de fora da área de Guilherme Santos se mantinha como lance de maior apreensão.
Em suas chuteiras, Neymar estampa as palavras “ousadia” e “alegria” – lema que norteia sua carreira desde 2009. Trajetória que começou há quatro anos, contra o mesmo Oeste de Itápolis, no Pacaembu. Honrando a inscrição, ele continuou partindo para cima. A cada toque na bola, os flashes nas arquibancadas se multiplicavam. E chegaram ao seu ápice quando o jejum de gols, enfim, se encerrou.
Montillo disparou pela esquerda e deixou a bola nos pés de Neymar. Agradecendo a gentileza, o craque dominou na entrada da área, limpou a marcação e colocou a bola onde ele mais gosta: na rede. Chute preciso, no ângulo esquerdo de Fernando Leal, que se esticou, mas não encontrou nada. Na comemoração, ele estendeu os braços e foi ao delírio com o público de Bauru. Total reconciliação de um casamento feliz: Neymar, Santos e gols.
Com total vocação para atrapalhar a festa, o Oeste calou a torcida adversária aos 40 minutos dos segundo tempo. Em cruzamento rasteiro para a área, Rafael não conseguiu alcançar a bola. Gilmar teve o trabalho apenas de empurrar para a rede. Frustração completa para Neymar e para todo o time do Santos, que se limitou a observar o que acontecia. Por pouquíssimo tempo.
No lance seguinte, reviravolta do Peixe. Alívio. Em cobrança de escanteio de Montillo, Durval tocou de calcanhar para Cícero, que encheu o pé e recolocou o Santos em vantagem. Um desfecho inesperado, emocionante e digno da recepção dos bauruenses à equipe.

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DESTAQUES DO JOGO
  • audax decisivo
    no início e fim
    A defesa do Fla repetiu a semi da Taça GB contra o Bota e levou gols decisivos no começo e no fim. O primeiro foi aos dois minutos, e o último, aos 46.
  • confuso
    Jorginho
    O técnico do Fla sacou Hernane e começou com Nixon, mas antes do fim do  primeiro tempo mudou de ideia e tirou o garoto, que saiu vaiado pela torcida.
  • inacreditável
    Wellington
    O atacante do Audax entrou no segundo tempo e perdeu dois gols feitos dignos do Inacreditável F.C. Sorte que o time não precisou deles para vencer.
A CRÔNICA
O Flamengo precisava vencer para ainda sonhar com a Taça Rio. Era preciso encurtar a desvantagem para o Resende, líder do Grupo B da Taça Rio com 12 pontos após a vitória por 1 a 0 sobre o Bangu, também neste domingo, e para o Fluminense, que tem 10. Mas o fraco futebol apresentado pela equipe nesta tarde, em Moça Bonita, foi resumido na derrota do começo ao fim: o time levou um gol aos dois minutos do primeiro tempo e o outro aos 46 da segunda etapa, após ter empatado. O Audax Rio soube se aproveitar das deficiências da equipe, venceu por 2 a 1 e saiu merecidamente com os três pontos.

Na saída do estádio, cerca de 50 torcedores do Flamengo iniciaram tumulto perto do ônibus da equipe. Os maiores alvos foram o zagueiro Alex Silva e o goleiro Felipe, que saiu mais cedo do treino de sexta-feira após, na véspera, ter sido visto em uma boate. Ainda na saída do campo, Gabriel, autor do gol rubro-negro, resumia a decepção geral diante de outra péssima atuação.
Os poucos torcedores presentes ao estádio - 3.100 presentes, 2.005 pagantes, que geraram a renda de R$ 49.640 - viram André Costa e Hyuri marcarem os gols do Audax, e Gabriel, o do Flamengo. O time rubro-negro, na quarta-feira, tenta esquecer a missão quase impossível que terá pela frente na fase final da Taça Rio para estrear na Copa do Brasil contra o Remo, no Mangueirão, em Belém. Domingo, o quarto colocado no Grupo B (quatro pontos, seis abaixo da zona de classificaçã, a três rodadas do fim) volta a campo pelo Carioca para enfrentar o Duque de Caxias, no Moacyrzão, em Macaé. O Audax Rio, com quatro pontos, pegará o Macaé, em Moça Bonita.
- É um resultado vergonhoso. Temos que levantar a cabeça e trabalhar na sequência do ano. Trocaria o gol pela vitória, mas infelizmente não ganhamos o jogo.
Audax comemoração jogo Flamengo (Foto: Rudy Trindade / Ag. Estado)André Castro abre o placar em Moça Bonita aos 2 minutos do primeiro tempo. Era o sinal de uma tarde feliz para o Audax Rio, e o início de mais um pesadelo rubro-negro (Foto: Rudy Trindade / Ag. Estado)
Audax surpreende
Os erros do Flamengo de antes se repetiram neste domingo, ainda que a escalação tenha sido outra. A punição não poderia ter sido tão rápida e determinante. O gol logo de cara do Audax deu o tom do que foi a derrota, até então parcial nos 45 minutos iniciais: uma equipe limitada, tensa e confusa. O técnico Jorginho tentou surpreender ao sacar Hernane e Wallace e optar por Nixon e Renato Santos. Na briga pela camisa 10, o escolhido foi Rodolfo. Carlos Eduardo ficou no banco. Só que quem acabou surpreendido foi o próprio time rubro-negro. Com dois minutos de jogo, o Audax se aproveitou das falhas da marcação na defesa adversária e abriu o placar. Em bola jogada na área, o lateral João Paulo cabeceou para trás, e ela foi na medida para o inimigo: André Castro se aproveitou e, livre, bateu à direita de Felipe: 1 a 0 para o clube da Baixada Fluminense.
Se a pressão já era grande antes, só aumentou depois do gol. Com muitos garotos em campo, o time rubro-negro passou a querer resolver tudo na pressa. O que só fazia aumentar a impaciência da torcida e as falhas de um time limitado tecnicamente. Elias e Gabriel, contratados para melhorar o nível, pouco apareciam. Rafinha não dava sequência às jogadas - prendia demasiadamente a bola e caía em quase todos os lances. Rodolfo estava longe de corresponder às expectativas, e Nixon errava demais na frente, deixando o torcedor com saudades de Hernane. Os jogadores tinham medo até de arriscar o chute - o primeiro só saiu aos 21 minutos, com Rodolfo.
Jorginho jogo Flamengo Audax (Foto: Fábio Castro / Agif / Agência Estado)Jorginho mexe no time e grita, mas o Fla continua
devendo (Foto: Fábio Castro / Agif / Agência Estado)
Com jogadores experientes - Fabiano Eller e o volante Andrade davam tempero e boa marcação à defesa -, o Audax esperava o momento certo para jogar nos erros do adversário. O time estava bem postado na partida. Leandro Bonfim e Diego Salles se movimentavam bem no meio-campo. Denilson dava velocidade ao contra-ataque. Mas a equipe nem conseguiu criar outra chance de gol. E a experiência do lado rubro-negro só aparecia com Léo Moura, único com lucidez para tentar algo, como no centro desperdiçado por Nixon. Pouco depois do lance, o atacante saiu de campo, aos 41 minutos. Jorginho fez um mea-culpa ao sacá-lo para lançar Hernane, mas a atitude fez também o jovem sair debaixo de vaias. E o Brocador, com moral com a torcida, arrumou tempo para isolar uma chance clara, aos 44. Parecia não ser o dia do Flamengo.
Fla empata, mas perde no fim
E realmente não era. Na verdade, não tem sido. De qualquer forma, o time melhorou um pouco com uma referência na área. E entrou para o segundo tempo em função do Brocador. Bolas para ele. Só que o atacante não consegue esconder suas limitações técnicas. Ao menos, o jogador prendia mais a zaga adversária, e a equipe passou a arriscar mais. Na primeira jogada que fez efetiva na partida, Gabriel acertou. Ao receber na entrada da área, bateu de perna direita sem defesa para Rafael e empatou, aos oito minutos.
Era a hora de o Audax, muito recuado na primeira etapa, sair para o jogo. Diego Salles e Rômulo deram vez a Hyuri e Wellington, que pouco após sua entrada perdeu um gol digno do Inacreditável Futebol Clube ao receber presente do rubro-negro Elias. Jorginho também resolveu mexer no Fla e trocou Rodolfo por Carlos Eduardo. Nada que fizesse efeito. Até porque os erros na defesa rubro-negra continuavam assustando a torcida. Numa bola cruzada por toda a área, o time da Baixada quase ampliou o placar.
As duas equipes se soltaram, mais na base da vontade do que da técnica. Elias mandou cabeçada na trave. Rafinha saiu, Ibson entrou. O Flamengo atacava, mas sem plano de jogo nem cabeça fria. Nos contra-ataques, o Audax, bem mais arrumado taticamente, assustava. Wellington perdeu outro gol digno do Inacreditável. Era a senha de que algo ruim poderia acontecer ainda ao Flamengo. E numa bola perdida por Carlos Eduardo no ataque, o contra-ataque foi mortal: o veloz Hyuri, aos 46, marcou o gol que fez os rubro-negros saírem debaixo de vaias e em difícil situação no Carioca. E os poucos torcedores da Baixada saíram felizes, numa tarde de Páscoa para não esquecerem.

ESTADUAIS 2013


DESTAQUES DO JOGO
  • foi bem
    Josué
    Apresentado no início da semana, teve pouco tempo para se entrosar. Mas mostrou qualidade, ao atuar bem no jogo de estreia e, ainda fazer um gol.
  • foi mal
    arbitragem
    Dois erros grosseiros ao assinalar impedimentos inexistentes marcaram negativamente a atuação do trio que atuou no Independência.
  • momento ruim
    Bernard
    O atacante do Atlético-MG e um dos destaques do time na temporada se machucou e deve desfalcar o time por cerca de três semanas.
A CRÔNICA
Caiu no Horto, 'tá' morto! O cântico que vem ecoando desde a temporada passada no Independência novamente foi ouvido no jogo do Atlético-MG. E nem o clima de Domingo de Páscoa amenizou o massacre. Arrasador, o time de Cuca goleou o Tupi por 4 a 1, na 11ª vitória consecutiva no ano, a 42ª partida sem derrota como mandante. Resultado que garante o Galo nas semifinais do Mineiro, a três rodadas do fim da primeira fase. A única notícia ruim ficou por conta de Bernard, que saiu de campo com o ombro esquerdo lesionado.
Réver, Jô, o estreante Josué e Ronaldinho Gaúcho fizeram a alegria do torcedor atleticano, que compareceu em bom número ao estádio, mesmo sob chuva em boa parte da tarde em Belo Horizonte. Alonso descontou para o time visitante, no fim da partida. A vitória fez o Galo da capital manter a distância para o rival Cruzeiro na classificação, com 21 pontos, contra 22 do rival. O Tupi permanece na sexta colocação, com 12.
Diego Tardelli jogo Atlético-MG Tupi (Foto: Paulo Fonseca / FuturaPress)Tardelli tentou, mas não conseguiu deixar o dele na goleada  (Foto: Paulo Fonseca / FuturaPress)


O Atlético-MG volta as atenções para a Taça Libertadores e encara o Arsenal (ARG) na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Independência. O Tupi terá a semana toda para se preparar para o duelo contra o Araxá, em Juiz de Fora, no sábado, às 16h.
Réver abre o placar com belo gol

Mas uma escrita vem sendo mantida. Se os atacantes não conseguem marcar, aparece Réver. Aos 17 minutos, depois de uma troca de passes na entrada da área, o capitão alvinegro bateu de chapa, de primeira, e colocou no ângulo. Tadeu nada pôde fazer. Foi o quinto gol do defensor no Mineiro, que divide a artilharia da competição com Fábio Júnior, do América-MG, e o sexto dele na temporada. Ficou a um de se igualar a Luizinho, ex-jogador do Galo na década de 80, como o zagueiro que marcou mais vezes na história do clube - o recordista tem 21.
O dia era de estreia no Atlético. O experiente Josué chegou ao clube no início da semana passada, contratado ao Wolfsburg, da Alemanha, e assumiu a vaga de Pierre, suspenso. O time comandado por Cuca ainda teve Richarlyson na lateral esquerda - Junior César foi para o banco de reservas. E o zagueiro Leonardo Silva, também suspenso, deu lugar a Gilberto Silva.

Como já vem sendo marca registrada, o Galo começou a partida na pressão. Antes dos primeiros 15 minutos, chegou com perigo ao ataque em três oportunidades, sendo duas com Jô, que parou no goleiro Tadeu, e uma com Bernard, que finalizou na zaga, e a bola passou perto do gol.
Sem balançar a rede desde o dia 7 de março, quando marcou o primeiro da vitória por 2 a 1 sobre o Strongest (BOL), em Belo Horizonte, Jô desencantou aos 25. Ronaldinho Gaúcho cobrou a falta no travessão, e a bola ganhou altura. O camisa 7 subiu mais que todo mundo e tocou de cabeça, por cima do goleiro, igualando-se a Réver na artilharia alvinegra na temporada, com seis gols.
O time de Juiz de Fora não conseguia fugir da pressão do Atlético-MG e era completamente envolvido pela constante movimentação atleticana. Com a vitória parcial, o clima era de festa para a torcida, mas um lance assustou quem estava no estádio: Bernard dividiu com o zagueiro Thales e caiu de mau jeito, sofrendo uma luxação no ombro esquerdo, que se deslocou. O torcedor lamentou bastante quando R10 fez sinal pedindo mudança. Luan entrou em campo sob o temor alvinegro de perder um dos titulares para a Libertadores. O departamento médico do clube alertou que o jogador é dúvida para a partida de quarta-feira.
O técnico do Tupi, Felipe Surian resolveu mexer para tentar mudar a sorte. Michael Douglas e Paulinho deixaram a equipe para as entradas de Maguinho e Igor. E as substituições surtiram efeito na questão territorial, já que o Galo Carijó passou a ocupar mais espaço no campo de defesa do time da casa.
Estreante pé-quente
Jô passaria Réver na artilharia logo aos seis minutos da segunda etapa se não fosse o erro do auxiliar Marcus Vinicius Gomes, que assinalou impedimento inexistente no gol do atacante atleticano. Quatro jogadores do Tupi davam condição ao jogador do Atlético-MG.
O estreante do dia não poderia ter melhor tarde. Além de fazer a torcida nem sentir falta de Pierre, tamanha a vontade e pegada na marcação no meio-campo, Josué mostrou oportunismo. Aos 13, aproveitou rebote de chute de Jô e tocou para o gol, ampliando a vantagem do Galo.
Mas faltava o 'dele'. Depois de ter sido poupado diante do Nacional, em Patos de Minas, Ronaldinho Gaúcho voltou ao time com a sua marca registrada: o toque de classe que desconcerta o goleiro. O lance começou em um impedimento do atacante Diego Tardelli não marcado pelo mesmo assistente que anulou o gol de Jô. O camisa 7 ainda fez um corta-luz antes do toque fatal de R10 na entrada da área, aos 18. Na comemoração, careta em homenagem ao ex-jogador Lela, pai dos irmãos Alecsandro e Richarlyson, seus colegas de time.
O Tupi ainda conseguiu diminuir, com Alonso, fazendo o gol de honra em cobrança de falta aos 43 minutos, à la Ronaldinho - bola por baixo da barreira. Mas foi só. E a torcida atleticana comemorou mais um chocolate atleticano no domingo de Páscoa.

ESTADUAIS 2013


A CRÔNICA
No segundo clássico do Campeonato Pernambucano, o Santa Cruz não tomou conhecimento do líder Náutico e, mesmo jogando no estádio dos Aflitos, casa do rival, venceu por 2 a 0, gols de Natan e do artilheiro Dênis Marques. No duelo entre o melhor ataque, do Timbu, e a defesa menos vazada, do Tricolor, o que fez a diferença mesmo foi o novo esquema montado por Marcelo Martelotte, O técnico apostou no trio de meias Natan, Raul e Renatinho e acabou surpreendendo a marcação alvirrubra.

A vitória também encerra um incômodo jejum para os tricolores. Havia sete anos e meio que o Santa Cruz não derrotava o Náutico no campo do adversário. A última vez foi em 2005, pela Série B do Campeonato Brasileiro, quando o time do Arruda venceu exatamente pelo mesmo placar de 2 a 0. O duelo deste domingo pode ter sido o último Clássico das Emoções nos Aflitos, já que, após a Copa das Confederações, o Timbu mandará seus jogos na Arena Pernambuco. Para que ocorra outro confronto antes, é preciso que as duas equipes se enfrentem nas semifinais ou finais do estadual deste ano.
Com a vitória, o Santa Cruz chegou aos 19 pontos e assumiu a liderança isolada da classificação do segundo turno, com um ponto a mais que Náutico e Sport. Os dois têm 18, mas o Alvirrubro é o vice-líder, graças ao maior número de vitórias (6 a 5). A duas rodadas do término do segundo turno, Santa Cruz e Náutico já estão classificados para as semifinais do Pernambucano.
jogo lance Náutico Santa Cruz (Foto: Aldo Carneiro / FuturaPress)Raul domina a bola diante da pessão de Martinez (Foto: Aldo Carneiro / FuturaPress)
O Náutico volta a campo no próximo sábado, na abertura da décima rodada, nos Aflitos, às 20h (de Brasília), contra o Ypiranga, que ainda briga por uma vaga nas semifinais. O Santa Cruz joga no domingo, às 16h, em Caruaru, diante do Porto, que também briga por um espaço no G-4. Antes, na quarta-feira, o Tricolor estreia na Copa do Brasil. Duela com o Guarani de Juazeiro, no Ceará.
Santa Cruz mais objetivo no primeiro tempo
Náutico x Santa Cruz Renatinho  (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Renatinho sofre com a marcação no 1º tempo
(Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
O Santa Cruz começou o jogo assustando na bola parada. Raul cobrou escanteio pela direita, e César desviou de cabeça na primeira trave. A bola passou próxima à trave direita de Felipe. Aos quatro minutos, o Tricolor teve a primeira chance clara. Dênis Marques viu a entrada de Renatinho e fez o passe. O meia entrou livre e buscou o canto direito, mas telegrafou o chute. Felipe fez uma defesa milagrosa.
A primeira chegada do Náutico só aconteceu aos oito minutos. Rogério cruzou da direita, Tiago Cardoso rebateu para o meio, e Elton tentou pegar de primeira, mas chutou torto, para fora. O Alvirrubro investia muito nas jogadas individuais de Rogério, que sempre esbarrava na boa cobertura dos zagueiros César e William Alves.
O Santa Cruz ficou muito próximo do gol outra vez, aos 23. Raul desceu pela esquerda e chutou prensado. A bola correu o meio da área e achou Renatinho. O meia tocou de primeira para Dênis Marques, que, livre de marcação, chutou cruzado. Felipe fez novo milagre e, com os pés, salvou o Náutico.
O Tricolor se movimentava mais no ataque e chegava com mais perigo. Aos 27, Raul enfiou para Everton Sena, na direita. O lateral foi à linha de fundo e cruzou rasteiro. Felipe defendeu para o meio da pequena área, e Renatinho pegou o rebote, com o camisa 1 completamente batido. Alison se jogou na frente do chute e conseguiu impedir o gol coral.
O Náutico só voltou a chegar aos 35. Em um cruzamento da esquerda, Rodrigo Souto subiu mais alto e cabeceou para o chão. Tiago Cardoso defendeu. Aos 37, Elton recebeu dentro da área e bateu de primeira. O chute saiu fraco, e o camisa 1 tricolor defendeu fácil. A última chance do primeiro tempo foi do Santa Cruz. Natan foi derrubado na entrada da área. Na cobrança de falta, Dênis Marques mandou rente ao travessão.
Natan e Dênis Marques 'matam' o jogo
Náutico x Santa Cruz Natan (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Natan comemora o primeiro gol do Tricolor
(Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
O Náutico começou mais em cima na etapa final, mas logo o Santa Cruz equilibrou as ações e acabou criando a primeira boa chance. Aos nove minutos, Natan driblou Elicarlos na direita e passou para Raul. O camisa 7 bateu de primeira, cruzado, e a bola raspou a trave direita de Felipe antes de sair.
O Timbu voltou a ter um pouco mais de controle e começou a criar chances. Aos 26, Alemão quase marcou de cabeça. No minuto seguinte, Vinícius Pacheco entrou driblando pela esquerda e obrigou Tiago Cardoso a fazer uma difícil defesa. Aos 29, Elton recebeu dentro da área e soltou a bomba. Mas Tiago Cardoso salvou.
O Santa Cruz, visivelmente, perdeu intensidade, enquanto o Náutico passou a ter mais tempo no campo de ataque e a criar mais oportunidades de gol. O time da casa trocava passes na frente da área, enquanto o tricolor apostava nos contra-ataques. Em um deles, Alemão segurou Dênis Marques, quando o camisa 9 partiria sozinho. No lance seguinte, saiu o primeiro gol. Everton Sena lançou para Natan, o meia levou a melhor sobre Alemão e tocou na saída de Felipe.
Com a vantagem no placar, o Santa Cruz deu o golpe final aos 35. Jefferson Maranhão deu uma bela assistência para Dênis Marques, que entrou na área e deslocou Felipe para fazer 2 a 0. O gol tirou o ânimo do Náutico, que não teve mais forças para reagir. Vitória do novo líder do Pernambucano 2013.

ESTADUAIS 2013



Diretoria contrata profissional de coaching, que motiva e trabalha lado psicológico dos jogadores, para palestras antes de jogo contra o Tigre


A vitória por 2 a 1 sobre o Linense na noite de sábado serviu para devolver o sorriso ao Palmeiras. No vestiário, o técnico Gilson Kleina, aniversariante da noite, foi alvo de brincadeiras dos jogadores. Mas o clima mais ameno ainda está longe de ser a cura definitiva da fase instável do Palmeiras. Após a goleada sofrida por 6 a 2 para o Mirassol, a diretoria recorreu a um auxílio também fora de campo para tentar fazer os jogadores reagirem rapidamente, a tempo de se recuperarem psicologicamente para o jogo contra o Tigre, terça-feira, pela Libertadores. Lulinha Tavares, profissional do coaching esportivo, foi contratado para dar três palestras ao grupo até o dia do confronto pela competição sul-americana.
Gilson Kleina ovada vestiário Palmeiras (Foto: Cesar Greco / Ag. Estado)Gilson Kleina leva ovos dos jogadores e entra na brincadeira (Foto: Cesar Greco / Ag. Estado)
O coaching é uma prática utilizada em diversos setores da sociedade para, entre outras coisas, aprimorar lideranças e, no caso do esporte, ajudar atletas e equipes a extraírem o máximo de seu potencial, estipularem metas e atingirem seus objetivos. Lulinha tem experiência com o futebol. Já trabalhou no Figueirense, durante a boa campanha no Campeonato Brasileiro de 2011. Lá se tornou próximo de Jorginho, que comandava o time na época e hoje é técnico do Flamengo.
Recentemente, Lulinha também fez uma reunião com os jogadores do Rubro-Negro, a convite do treinador. Além de ter decidido manter Gilson Kleina, na reunião após a derrota para o Mirassol, a diretoria concluiu que esse tipo de palestra poderia ser útil no momento.
- É uma coisa que já vínhamos pensando há algum tempo e poderá ser feita em outros momentos da temporada, quando acharmos necessário. Ele não será contratado do clube, fizemos um acordo apenas para uma sequência de palestras motivacionais até terça - explicou o diretor executivo José Carlos Brunoro.
Quando ainda trabalhava no clube catarinense, Lulinha disse ao site do Figueirense que ajudava os atletas a refletirem, planejarem e agirem em busca de criar e atingir metas. Nas conversas, ele questiona os jogadores sobre objetivos na carreira e tenta discutir a personalidade de cada um. Em um de seus perfis na internet, o coach diz “treinar os atletas para serem vencedores e enfrentarem os conflitos da profissão”.
A partida contra o Tigre é vista como fundamental para o futuro do Palmeiras na Libertadores. A equipe ocupa a terceira colocação de seu grupo e precisa de uma vitória para superar o Sporting Cristal, assumir a vice-liderança e entrar na zona de classificação às oitavas de final
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