quarta-feira, 7 de novembro de 2012

CORINTHIANS



Zagueiro do Corinthians repudia as ameaças de torcedores aos jogadores do rival, que pode ser rebaixado. Ele espera alguma reação da entidade


Paulo André Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)P. André: Timão já sofreu ameaças semelhantes
às sofridas pelo Verdão (Foto: Agência Corinthians)
Ameaçados pelo rebaixamento no Campeonato Brasileiro, os jogadores do Palmeiras têm sofrido também com a pressão dos torcedores. De maneira até violenta. A situação é tão delicada que até no rival Corinthians há solidariedade com o momento vivido pelo Verdão. Paulo Andrélidera o coro.
Inconformado com as ameaças que os jogadores do Palmeiras estão sofrendo, o zagueiro do Timão cobra uma posição do sindicato dos atletas.
– É indiferente para mim se o Palmeiras vai cair ou não, mas eu gostaria que o nosso sindicato fosse mais atuante, porque estamos vendo muitos episódios de agressão, ameaça, falta de respeito. Eles poderiam ser mais atuantes nesses casos, que já se tornaram corriqueiros – declarou o alvinegro.
Paulo André, porém, ressaltou que a classe dos jogadores também precisa ser mais unida para cobrar alguma reação do sindicato dos atletas.
– A relação é distante com o sindicato. É um pouco de falta de interesse dos atletas também – acrescentou o zagueiro do Timão.
No clube do Parque São Jorge há quase quatro anos, Paulo André sabe bem como é o clima de pressão em maus momentos. Mas não quer ver isso como algo normal.
– Todo mundo já foi ameaçado e pressionado um dia. Aqui no Corinthians já aconteceu isso. Mas o pior é que temos uma inversão de valores e achamos normal, tudo bem acontecer isso. É preciso mudar – finalizou o zagueiro.
O Corinthians volta a campo pelo Campeonato Brasileiro neste sábado, às 21h (horário de Brasília), no estádio do Pacaembu, contra o Coritiba. O Timão tem 50 pontos e está em oitavo
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PALMEIRAS



Pirata lamenta cobranças excessivas dos palmeirenses, diz que pensaria duas vezes na permanência e revela drama na passagem pelo Equador


Craque da Galera - Barcos Votação Largo Tudo 2012, 480 (Foto: Divulgação)Barcos conta que passou por situação semelhante
no Equador (Foto: Divulgação)
O atacante Hernán Barcos não se tornou um dos líderes do elenco do Palmeiras por acaso. Com 27 gols dentro de campo e uma postura firme fora dele, o Pirata não deixa de se posicionar em relação aos assuntos que têm tomado conta do cotidiano alviverde nas últimas semanas. Nesta quarta-feira, o argentino repudiou qualquer forma de violência e ameaça a jogadores. Por causa das fortes cobranças, alguns nomes passaram a circular com seguranças particulares.
Barcos não sofreu qualquer cobrança nos últimos dias, até por ser uma das principais esperanças do Palmeiras para fugir do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, disse que pensaria em deixar o Brasil se começasse a se sentir inseguro.
Se é para viver assim, vou embora. Imagine viver fora do meu país, andando em carro blindado, com arma na mão? É melhor ir para casa"
Barcos
– Se é para viver assim, vou embora. Imagine viver fora do meu país, andando em carro blindado, com arma na mão? É melhor ir para casa – disparou o Pirata.
Pouco depois, ele revelou que já teve problemas graves no Equador, no período em que jogava pela LDU – eram ameaças anônimas de sequestro da filha do jogador. Lá, ele conseguiu contornar a situação e continuar jogando.
– Depende de muitas coisas, não é assim também, ser ameaçado e sair. Teve um momento no Equador em que sofri, disseram que iriam sequestrar minha filha. Acabei fazendo algumas coisas por segurança, mudei de bairro e solucionei o problema. Se me ameaçam ou algo do tipo, vou me cuidar um pouco, mas não andar com segurança ou carro blindado. Agora, se eu ficar com medo, é muito difícil – explicou o atacante.
Para evitar novos problemas, Barcos tentou passar uma mensagem à torcida. A quatro jogos do fim do Brasileirão, ele espera que os alviverdes apóiem o time e acreditem na salvação.
– Uma ameaça não faz o jogador correr mais, pelo contrário, ele fica com uma pressão extra. Ameaçar não é a solução, até porque temos família. É um trabalho como qualquer outro. Deixamos tudo pela camisa do Palmeiras, mas fora de campo somos normais, nossas famílias sofrem – disse o Pirata.
Com Barcos em campo, o Palmeiras enfrenta o Fluminense neste domingo, às 17h (horário de Brasília), em Presidente Prudente. Com 33 pontos, o time está a sete de distância para o Bahia, primeiro fora da zona de rebaixamento
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