quinta-feira, 26 de julho de 2012

LONDRES 2012



Depois de um primeiro tempo empolgante, abrindo 3 a 0, equipe de Mano Menezes permite dois gols do rival na estreia nos Jogos Olímpicos


Era para ser uma estreia tranquila, com placar elástico, sem nenhum tipo de problema. Era... A realidade é que o primeiro jogo da seleção de Mano Menezes nas Olimpíadas de Londres acabou com minutos finais dramáticos. Depois de abrir 3 a 0 na etapa inicial, o Brasil permitiu que o Egito fizesse dois gols no segundo tempo e levou sufoco. Mesmo assim, a vitória por 3 a 2, em Cardiff, no País de Gales, fez o Brasil iniciar com o pé direito a briga pelo ouro inédito.
Foram dois tempos muito distintos da Seleção. No primeiro, quando abriu 3 a 0 com Rafael, Leandro Damião e Neymar, o Brasil foi avassalador sob a batuta de Oscar. Depois, acomodado com a vantagem, errou muito e permitiu uma reação até então inimaginável do Egito. De qualquer maneira, no geral, o time de Mano Menezes fez por onde merecer a vitória.
Também nesta quinta-feira, pelo Grupo C, a Bielorrússia venceu a Nova Zelândia por 1 a 0. Agora, a seleção brasileira volta a campo nas Olimpíadas de Londres no próximo domingo, às 11h (de Brasília), contra a Bielorrússia, em Manchester, com transmissão ao vivo do SporTV e acompanhamento em Tempo Real no GLOBOESPORTE.COM. O Egito, por sua vez, enfrenta a Nova Zelândia, às 8h (de Brasília), no mesmo local.
Neymar, Brasil x Egito (Foto: Agência Reuters)Neymar agradece aos céus depois de marcar belo gol pela seleção brasileira (Foto: Agência Reuters)
Do nervosismo ao show
Sabe aquele nervosismo de estreia que os jogadores e técnicos tanto falam no futebol? Então, a seleção brasileira o sentiu por pelo menos dez minutos em seu debut nas Olimpíadas de Londres. Depois, no entanto, fez do duelo com o Egito uma espécie de treinamento dentro da competição.
O público para o primeiro jogo do Brasil nos Jogos era fraco. As buzinas tocadas por alguns torcedores, porém, davam a impressão de que o estádio estava mais cheio. Com a grama soltando um pouco, os jogadores brasileiros demoraram a se encontrar, mas quando encaixaram o jogo...
Rafael Chutando contra o gol do Egito (Foto: Agência Reuters)Rafael no momento em que chuta para fazer o gol
(Foto: Agência Reuters)
É verdade que o Egito levou perigo nos primeiros minutos, ajudado por falhas do zagueiro Thiago Silva e do goleiro Neto. Mas os africanos não tiveram o mesmo sucesso dos brasileiros. Aos 16 minutos, para dar pontapé inicial ao triunfo, Oscar deu ótimo passe para Rafael, de perna esquerda, abrir o marcador.
Mais tarde, aos 25 minutos, foi a vez de Leandro Damião concluir mais uma bela jogada de Oscar. Destaque da partida, o camisa 10 aproveitou bobeira da zaga egípcia e cruzou para o atacante completar: 2 a 0. Damião não marcava pela Seleção desde setembro do ano passado, quando fez na vitória sobre Gana, por 1 a 0.
Em uma partida tão boa do Brasil, você pode se perguntar: mas e Neymar, onde ele estava? O craque do Santos não teve um primeiro tempo dos mais brilhantes, mas quando apareceu foi decisivo. Aos 29 minutos, fez ótima jogada e deu lindo passe para Hulk, que cruzou para belo gol de cabeça do santista.
A verdade é que o Brasil não precisou de muito esforço para marcar três gols ainda no primeiro tempo de sua estreia nas Olimpíadas de Londres.
Leandro Damião gol Brasil (Foto: Reuters)Depois de dez meses, Leandro Damião volta a marcar pela seleção brasileira (Foto: Reuters)
Que susto!
Com ótima vantagem no placar, o Brasil iniciou a segunda etapa com ritmo mais lento. Melhor para o Egito, que logo aos seis minutos conseguiu diminuir. Ramadan bateu falta cruzada para área, Fathi desviou, acertou a trave e no rebote Aboutrika mandou para o fundo do gol de Neto.
O time verde e amarelo, no entanto, reagiu logo em seguida com ótima cabeçada de Neymar. Mas o Egito, em ritmo acelerado, só não marcou o segundo porque Salah, aos 11 minutos, demorou a concluir. Sozinho, ele não foi rápido e viu o lateral-esquerdo Marcelo, que vacilou no lance, chegar para cortar.
A postura ofensiva do Egito, de certa forma, assustou o time brasileiro, acomodado com a vantagem e errando muito. Pior ainda porque ao mesmo tempo em que atacava com perigo, o time africano fazia rapidamente a recomposição na defesa e impedia que o toque de bola do Brasil tivesse efeito.
Foi em mais uma falha brasileira, aliás, que o Egito fez o segundo gol aos 30 minutos. Juan e Marcelo se atrapalharam, e Salah, oportunista, chutou colocado, sem chance para Neto. Na sequência, Mano fez duas alterações. Alexandre Pato e Danilo entraram nas vagas de Leandro Damião e Sandro.
O Egito ainda teve algumas chances de empatar a partida, mas o Brasil segurou o ímpeto dos africanos e, contornando as falhas, segurou a vitória nas estreia olímpica.
Mohamed Salah comemora gol do Egito contra o Brasil (Foto: Agência Reuters)Mohamed Salah comemora o segundo gol do Egito contra a seleção brasileira (Foto: Agência Reuters)


BRASIL 3X2 EGITO
Neto, Rafael, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro (Danilo), Rômulo e Oscar; Neymar, Hulk (Ganso) e Leandro Damião (Alexandre Pato).Elshenawy; Eldin, Aboutrika, Hegazi e Fathi; Mohsen (Salah), Meteab, Ramadan e Gomaa (Ahmed Shehab); Hossam e El Neny (Magdy).
Técnico: Mano Menezes.Técnico: Hany Ramzy.
Gols: Rafael, aos 16, Leandro Damião, aos 25, e Neymar, aos 29 minutos do primeiro tempo; Aboutrika, aos 6, Salah, aos 30 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Hulk (BRA); Gomaa, Eldin, Ramadan (EGI).
Local: Millenium Stadium, em Cardiff, no País de Gales. Árbitro:Gianluca Rocchi (Itália)
Auxiliares: Elenito di Liberatore (Itália) e Gianluca Cariolato (Itália).

LONDRES 2012



Donos da casa, que não participavam de um torneio mundial desde 1960, saem na frente, mas acabam levando um gol no fim do segundo tempo

Sem participar de um grande evento esportivo mundial desde 1960, a seleção olímpica britânica voltou aos Jogos Olímpicos na tarde desta quinta-feira e quase comemorou a data histórica com uma vitória. No lotado estádio Old Trafford, do Manchester United, o time do técnico Stuart Pearce, que perdeu para a seleção brasileira por 2 a 0 em amistoso realizado no último dia 20 de julho, chegou a abrir o placar com o experiente Craig Bellamy, do Liverpool, mas acabou levando um gol no fim do segundo tempo, esfriando a festa dos torcedores.
A Grã-Bretanha (união de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda) conquistou o ouro no primeiro Torneio Olímpico de Futebol Masculino da história, em 1900, repetindo a façanha em 1908 e 1912. Em seguida, participou de seis edições consecutivas, mas sem o mesmo brilho. Em 1972, no entanto, a Federação Inglesa de Futebol passou a reconhecer apenas jogadores profissionais. Essa mudança impediu vários atletas de representarem a Grã-Bretanha com a camisa da seleção olímpica.
Com o resultado, Grã-Bretanha e Senegal marcam um ponto. O Uruguai, que venceu os Emirados Árabes mais cedo por 2 a 1, lidera o Grupo A, com três. Os britânicos voltam a jogar no domingo, contra os árabes, às 15h45 (de Brasília). Mais cedo, às 13h, Senegal pega os uruguaios. O torneio olímpico de futebol masculino conta com 16 seleções, divididas em quatro chaves. Os dois primeiros de cada grupo avançam às quartas de final.
Craig Bellamy comemorando gol contra o Senegal (Foto: Agência Reuters)Craig Bellamy correpara comemorar o primeiro gol contra a seleção do Senegal (Foto: Agência Reuters)
Apoiado pelos torcedores que lotaram o estádio Old Trafford, o time da casa começou melhor e logo teve a primeira chance com o experiente Ryan Giggs, de 38 anos. Ele recebeu no bico da grande área e chutou forte para a boa defesa de Mane. Porém, o goleiro não conseguiu impedir o primeiro gol da Grã-Bretanha no ataque seguinte. Craig Bellamy, um dos três jogadores convocados com mais de 23 anos, aproveitou um rebote da zaga e bateu de primeira para abrir o placar.

Senegal assustou aos 26. O goleiro Butland chutou errado e a bola caiu no pé do atacante Gueye. Ele avançou em direção ao gol e tentou encobri-lo, mas acabou perdendo uma chance clara para empatar. Após o lance, o goleiro levantou os braços pedindo desculpas.

A Grã-Bretanha foi melhor durante todo o primeiro tempo. Aos 39, o time ainda teve mais uma boa oportunidade para aumentar. O atacante Sturridge recebeu belo lançamento dentro da área, mas na hora de finalizar, chutou torto para fora.

Senegal pressiona no início do segundo tempo
Senegal voltou melhor para a etapa final. O técnico Diouf colocou o apoiador Kouyate no lugar do volante Gueye e o resultado foi visto logo nos primeiros minutos. Aos oito, Souare recebeu na entrada da área e chutou forte. A bola passou raspando o travessão da Grã-Bretanha. No ataque seguinte, o lateral Ciss arriscou de fora da área e obrigou o goleiro Butland a fazer uma ótima defesa. Silêncio no estádio Old Trafford.

O time local não conseguia repetir a boa atuação do primeiro tempo e sofria para retomar a posse de bola e, consequentemente, armar alguma jogada de perigo. Os torcedores sentiam o momento ruim e reclamavam. Senegal aproveitava a força física para dominar o jogo.

As 25, um lance polêmico. Giggs lançou para Bellam, que entrou na área e foi derrubado de maneira forte. Os jogadores britânicos correram para reclamar com o árbitro de um pênalti, mas ele ignorou e apenas deu tiro de meta. Começou uma confusão entre os jogadores dos dois times, que acabaram acalmados por outros companheiros.
Cansado, Craig Bellamy, de 33 anos, pediu para ser substituído e saiu de campo sendo aplaudido de pé pelos torcedores. Mas, de tanto pressionar, Senegal chegou ao empate faltando nove minutos para o fim. Konate invadiu a área e, com categoria, tocou na saída do goleiro. O placar não mudou até o apito final do árbitro
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LONDRES 2012



Nicolás Lodeiro começa na reserva, entra no segundo tempo, muda o jogo e faz o gol da virada da Celeste, que sofreu para derrotar Emirados Árabes

Bicampeão olímpico, o Uruguai entrou em campo para sua estreia nos Jogos de Londres como franco favorito contra o estreante Emirados Árabes. A Celeste venceu, porém sofreu. Após a derrota da Espanha para o Japão, quem acompanhou a partida na primeira etapa teve a impressão de que esta seria uma quinta-feira de zebras, tamanha a pressão dos árabes. Coube a um botafoguense, que ainda nem sequer pisou no Engenhão, mudar o panorama do jogo. Recém-contratado pelo Botafogo, o meia Lodeiro saiu do banco no segundo tempo para marcar o gol do triunfo uruguaio por 2 a 1, em Manchester.

A vitória colocou o Uruguai na liderança do Grupo A, que ainda conta com Grã-Bretanha e Senegal. As duas seleções jogam nesta quinta-feira, às 16h, com transmissão ao vivo do SporTV.
Gol de Nicolas Lodeiro para o Uruguai, Emirados árabe x Uruguai (Foto: Agência AFP)Nicolás Lodeiro marca o gol da virada. Meia mudou o jogo no segundo tempo (Foto: Agência AFP)
Vaias para Suárez
O jogo foi disputado no estádio Old Trafford, do Manchester United. Uma espécie de casa do inimigo para os uruguaios, já que os torcedores do clube inglês odeiam Luis Suárez – principal jogador da Celeste e atacante do Liverpool. Em outubro do ano passado, o uruguaio foi acusado de racismo no clássico inglês pelo francês Evra e acabou sendo suspenso por oito partidas. No reencontro dos times, em fevereiro, Suárez se negou a cumprimentar Evra, causando a revolta dos torcedores.

As consequências foram sentidas no jogo desta quinta-feira. Todas as vezes em que tocava na bola, Suárez era fortemente vaiado, desde o início do jogo.

Pressão árabe
Com uma geração promissora e dois atacantes titulares da seleção principal (Suárez e Cavani), o Uruguai entrou em campo com pompa. Mas bastou a bola rolar no Old Trafford para todo o favoritismo dos sul-americanos cai por terra. Em campo, o que se viu foi um time jovem, rápido e habilidoso dos Emirados Árabes, que envolveu os uruguaios, tendo algumas oportunidades claras de gol.

Aliada à experiência de Ismail Matar, um dos três jogadores acima de 23 anos dos Emirados Árabes, os jovens Omar e Sanqqur mostraram entrosamento e habilidade e em certos momentos da primeira etapa chegaram a infernizar a zaga celeste.
Na base da correria, os três criaram várias oportunidades de gol. Em uma delas, a seleção árabe abriu o placar, com uma pintura. Omar puxou um contra-ataque e, do meio de campo, lançou Ismail Matar de trivela. O atacante se livrou do goleiro Campaña e estufou a rede: 1 a 0.
Adbulaziz e Suares, Emirados Árabes x Uruguai (Foto: Agência Reuters)Odiado pela torcida do Manchester, Suárez foi vaiado durante todo o jogo (Foto: Agência Reuters)
O gol animou a torcida inglesa que, por conta de Suárez, apoiava os Emirados Árabes. Porém, não acordou o time uruguaio, que seguiu sob pressão dos árabes. O próprio Matar quase ampliou de cabeça.
Mudança no fim da primeira etapa

Quando o primeiro tempo já se aproximava do fim, o Uruguai chegou à igualdade. Em cobrança de falta próxima à área, o meia Gaston Ramirez, do Bologna, acertou o ângulo, para o alívio dos uruguaios, que foram para o intervalo com o empate.

Na volta do intervalo, o técnico Óscar Tabárez trocou Aguirregaray por Lodeiro. O novo reforço do Botafogo entrou bem e deu nova movimentação à Celeste Olímpica. O Uruguai tomou a iniciativa, enquanto os Emirados Árabes pouco lembravam a equipe ousada e ofensiva do primeiro tempo.

Primeiro, um outro jogador com ligação com o Botafogo quase marcou. O volante Arévalos Rios, que jogou no clube carioca no ano passado, arriscou de fora da área e obrigou o goleiro Khaseif a operar um milagre. Aos dez, porém, não teve jeito. Após rápida triangulação pela esquerda, Lodeiro invadiu a área e chutou cruzado para virar a partida: 2 a 1.
Comandado por Lodeiro e Suárez, o Uruguai continuou melhor em campo, mas não evitou os sustos até o fim. No entanto, com a defesa bem mais organizada do que no primeiro tempo, conseguiu segurar os Emirados Árabes e garantiu a vitória na estreia nos Jogos de Londres.

O Uruguai volta a jogar no domingo, às 13h, contra Senegal. No mesmo dia, os Emirados Árabes enfrentam a Grã-Bretanha, às 15h45m. O torneio olímpico de futebol masculino conta com 16 seleções, divididas em quatro chaves. Os dois primeiros de cada grupo avançam às quartas de final.
Na outra partida que começou no mesmo horário, Gabão e Suíça empataram por 1 a 1, em partida válida pelo Grupo B. Mais cedo, pela mesma chave, México e Coreia do Sul ficaram no empate sem gol
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LONDRES 2012



Recordista mundial dos 100m e 200m rasos mostra bom humor na entrevista coletiva e desconversa sobre distribuição de camisinhas na Vila


Bolt durante coletiva em Londres (Foto: AP)Bolt ficou descontraído na coletiva (Foto: AP)
O primeiro sinal de que o caminho poderia estar certo estava num muro próximo do local escolhido pela Associação Olímpica da Jamaica para a entrevista coletiva: o rosto deUsain Bolt pintado no muro de uma casa. Pouco mais de 300m depois, a pose clássica das comemorações, imitada por anônimos, apontava a direção nas paredes do amplo galpão próximo da Brick Lane, região que hoje é o centro nervoso de Londres e que no século 19 ficou marcada como cenário dos crimes de Jack, "O Estripador". Lá dentro, cerca de 400 jornalistas esperavam pelo homem mais rápido do mundo. Com sorriso aberto, chegou com 40 minutos de atraso. Culpa da viagem de Birmingham, onde treinava com a equipe, e do processo de entrada na Vila. A espera compensou. Assim como faz nas pistas, Bolt - o porta-bandeira de seu país na cerimônia de abertura -, deu show. Desta vez, sentando num banco.
Ao lado de Asafa Powell, amigo e rival, mostrou descontração. Os dois riram um bocado de vezes durante a conversa com os jornalistas. O recordista mundial dos 100m e 200m rasos não se furtou a responder perguntas sobre sua condição física. Nas últimas semanas, Bolt não treinou diante das câmeras. Desistiu de participar da última competição antes das Olimpíadas devido a uma lesão no tendão que teria prejudicado seu desempenho nas seletivas olímpicas. Na ocasião, viu Yohan Blake vencer as duas provas em que é rei. Cutucado, disse que não deixaria de ser amigo dele caso venha a ser batido novamente. Lembrou que ele e Asafa não deixaram de ser, arrancando risadas dos presentes. Foram as primeiras de muitas.
usain bolt londres 2012 olimpiadas (Foto: AFP)Ao lado de Asafa Powell, Bolt respondeu a todas perguntas com bom humor (Foto: AFP)
Bolt se fez de desentendido e pediu para que uma repórter chinesa repetisse a pergunta sobre se seria o fim do mundo pensar em não ser imbatível como seus fãs imaginam. Manteve-se assim, com o mesmo humor, até o fim do compromisso.
- Não será o fim do mundo. Mas não tenho pensado em perder (risos). Sei o que preciso para ser campeão, conheço a competição e meus adversários. Vim para defender meus títulos. Perder é a palavra errada. Vou ficar desapontado se isso acontecer. Meu objetivo e meu foco nos últimos dois anos foi o mesmo: vencer aqui. Sempre sou forte mentalmente e mal posso esperar para competir. Todo mundo sabe que meu grande sonho é me tornar uma lenda. Esse é meu alvo ultimamente - ri.
Simples assim. Apesar da confiança de sempre, Bolt sabe que os adversários estão na sua cola. Blake é um deles. Por isso mesmo, espera que os 100m sejam difíceis em Londres. Admite que as derrotas na reta final de preparação foram boas para deixá-lo ainda mais atento. Disse também não estar preocupado com os novos blocos de partida.
- Eu não posso definir qual era meu preparo físico naquela seletiva. Não estava no meu melhor, mas estava bem. Não posso reclamar. Eu tinha um problema no tendão, que também me causava dor nas costas. Mas isso já está resolvido. Há duas semanas e meia que treino bem e estou em condições normais para competir. Já perdi outras vezes, mas é sempre bom refletir quando isso acontece. Isso abre meus olhos, faz eu sentar, pensar em algumas coisas. Sei também que a prova dos 200m vai ser a mais rápida de todos os tempos. Aprendi a não me preocupar com a largada. Eu não sou bom na largada, nunca vou ser e tenho que fazer o que faço melhor, que é correr.
Bolt durante coletiva em Londres (Foto: AFP)Bolt afirmou que vai evitar andar pela Vila Olímpica
para evitar o assédio de outros atletas (Foto: AFP)
Mesmo que a passagem pela Vila tenha sido breve, Bolt já sentiu que terá de correr também do assédio dos outros atletas, que não escondem o desejo de tirar uma foto ao seu lado. Apesar de extrovertido e boa-praça, ele evita andar pelo local "porque tem muita gente". A essa altura, com o boné virado para trás, Bolt se divertia com as perguntas feitas a Asafa. Levou a mão ao rosto e deu uma gargalhada quando o amigo disse não ter entendido o sotaque de um repórter jamaicano. Afastou-se dele, quando a outra questão foi sobre as 150 mil camisinhas distribuídas na Vila. Ria sem parar. Asafa disse que não usaria porque era virgem. Pediu que a pergunta fosse feita a Bolt, que desconversou.
- Não sabia que ia ter camisinhas na Vila. Alguém me disse isso quando estava vindo e fiquei surpreso, porque não vi nenhuma em Pequim.  Mas não terei como usar, porque o calendário será muito agitado. 
Feliz, Bolt disse que será uma honra estar à frente da delegação da Jamaica nesta sexta-feira.
- Faço tudo pelo meu país e vou aparecer na TV - risos.
Após 40 minutos de entrevista, os velocistas se levantaram, se despediram e foram aplaudidos. O show agora será no Estádio Olímpico
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LONDRES 2012



Cerca de 80 mil pessoas veem símbolo olímpico no parque inglês. Príncipe William e esposa Kate prestigiam passagem da chama no Palácio de Buckingham

Um dia antes da cerimônia de abertura dos Jogos de Londres, uma multidão estimada em 80 mil pessoas assistiu à chegada da tocha olímpica ao Hyde Park, um dos principais pontos de lazer da capital inglesa, nesta quinta-feira. A chama também passou pelo Palácio de Buckingham, onde foi recebida pelo príncipe William e sua esposa, Kate Middleton, além do irmão Harry.
Multidão Hyde Park em Londres (Foto: Agência AFP)Multidão de 80 mil pessoas prestigiaram a chegada da tocha no Hyde Park (Foto: Agência AFP)
O prefeito de Londres, Boris Johnson, fez discurso para o público no Hyde Park e prometeu o sucesso dos Jogos na cidade. O responsável em trazer o fogo olímpico até o parque foi o músico Tyler Rix, dando início ao show de comemoração da chegada da tocha ao local.
- Nunca vi nada assim na minha vida. A empolgação cresce o tempo todo. Pessoas do mundo inteiro estão vindo para ver a melhor cidade do mundo. Os estádios estão prontos, assim como a infraestrutura e os nossos atletas.
Tyler Rix coma  tocha olimpíca no Hyde Park (Foto: Getty Images)Tyler Rix acendeu a pira instalada no Hyde Park
(Foto: Getty Images)
O prefeito também fez questão de salientar a união dos países que fazem parte do Reino Unido. Os políticos locais tentaram ao máximo cativar Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte para também se sentirem parte do evento.
- Em termos de o país estar se unindo, creio que o tour da tocha demonstra que esses não são os Jogos de Londres nem os Jogos da Inglaterra. São os Jogos do Reino Unido - afirmou.
Durante parte do desfile pela cidade nesta quinta, a tocha foi transportada dentro de um dos típicos ônibus vermelhos de dois andares. A tocha também passou por importantes locais de Londres, como a Catedral de São Paulo, em Trafalgar Square, e Downing Street. A tocha só volta às ruas londrinas nesta sexta, quando será levada até o Estádio Olímpico durante a cerimônia de abertura dos Jogos.
Principe e Catherine com a tocha olímpica em Londres (Foto: Reuters)Principe William e esposa Kate recebem a tocha olímpica no Palácio de Buckingham (Foto: Reuters
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CORINTHIANS



Atacante peruano estreou com a camisa do Timão na vitória diante do Cruzeiro, por 2 a 0, ao entrar no fim da partida no Pacaembu


Paolo Guerrero jogou apenas sete minutos na vitória do Corinthians por 2 a 0 diante do Cruzeiro, nesta quarta, no Pacaembu, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro(veja os melhores momentos do jogo no vídeo ao lado). Mesmo assim, o treinador alvinegro Tite aprovou a estreia do peruano e destacou a participação do atacante no período curto em que ele ficou em campo.
– Não seria o ideal ele jogar apenas seis, sete minutos. Mas eu precisava de um jogador de retenção. Não posso abrir mão de um jogador desse peso em uma partida dessa importância. Demonstrou boa vontade, disposição. Mais do que falar. É só ver o primeiro lance dele. Saiu da área correndo atrás do volante e pressionou. Retomamos a bola. Mostrou um espirito competitivo – disse o treinador.
– Em cinco minutos você mostra o que precisa. Ele apresentou esse conceito de competição muito grande. Mas foi importante porque também quebra o gelo da estreia –  emendou Tite. 
O peruano chegou ao Corinthians no início do mês e não treinou nem duas semanas antes de estrear. A regularização junto à CBF ocorreu nesta terça. Guerrero foi apresentado na segunda-feira passada e, segundo ele próprio, a condição ideal para entrar em campo se daria em 15 dias, ou seja, para a rodada do próximo fim de semana, contra o Bahia, em Salvador.
Mas, por conta da importância da partida desta quarta, Tite conversou com o atleta e com o preparador físico Fábio Mahseredjean e, em conjunto, resolveram relacioná-lo para o jogo. O preparador disse que o atacante teria condições de atuar por 30 minutos. Guerrero se colocou à disposição para ajudar no que fosse preciso.
Guerrero Corinthians x Grêmio (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Guerrero, em ação pelo Corinthians contra o Cruzeiro (Foto: Agência Estado)
Tite já sabe as características do jogador e não planeja colocá-lo para jogar fora de posição, ou seja, o técnico pretende utilizá-lo como centroavante, sendo a referência na área que, nos últimos jogos, o Corinthians não vem tendo.
– Vai jogar nas características dele em termos táticos. Sabíamos do jeito que ele joga quando fomos contratar. Ele faz o papel de pivô, cabeceia bem, retém a bola lá na frente.
Tite não quis comentar sobre a escalação para o jogo contra o Bahia, mas Guerrero deve ser novamente relacionad
o

NOTICIAS



Em jogo 'pegado', Grêmio vence e tira invencibilidade do Fluminense. Atlético-GO derrota São Paulo e sai da lanterna. Timão bate o Cruzeiro.

Campeonato Brasileiro Série D 2012: (Primeira Fase - 2ª e 5ª rodadas)
Araguaína-TO 0 x 0 Santos-AP (2ª rodada)
Remo 2 x 2 Atlético-AC (5ª rodada)
Copa Sul-Americana 2012: (Primeira fase - jogos de ida)
Copa Paulista 2012: (Primeira - 3ª rodada)

BRASILEIRAO 2012



Com futebol eficiente e sem destaques individuais, Corinthians chega ao quarto jogo invicto. Na Raposa, falta criatividade e ataque pouco aparece

  • lance capital
    22 do 1º tempo
    Sandro Silva derruba Jorge Henrique na entrada da área, e Vuaden marca pênalti. Chicão bate com categoria, no canto direito de Fábio, e abre o placar.
  • estatística
    público
    A Fiel continua em lua de mel com o time após título da Libertadores. Assim como contra a Lusa, o Pacaembu encheu: foram 28.759 pagantes.
  • estreante
    Guerrero
    O atacante foi ovacionado pela torcida desde o aquecimento e entrou aos 41 minutos do segundo tempo no lugar de Emerson.

Pode um campeão da América estabelecer como meta ficar entre os dez melhores do Brasil? Pode. Agora pode! Era o que Tite queria. Enquanto as forças estavam voltadas para a Libertadores, seu Corinthians chegou a ficar na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O "inferno", como gosta de chamar o técnico gaúcho. A meta inicial era modesta: chegar ao G-10.
Pronto. Com a vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, no Pacaembu, a equipe alvinegra conseguiu seu objetivo. É a décima colocada com 15 pontos, embora tenha de torcer para que o Flamengo não vença a Portuguesa nesta quinta-feira, no Engenhão. Ainda não é o "paraíso", mas dá tranquilidade para, nas próximas rodadas, tentar se aproximar dos que estão à frente.
Um deles, justamente o Cruzeiro (sexto colocado com 20 pontos), que não jogou bem, pecou pela falta de criatividade e perdeu chance de entrar na zona de classificação para a Libertadores, ocupada momentaneamente por Vasco, Atlético-MG, Fluminense e Grêmio. A equipe vinha de duas vitórias consecutivas e parecia ter recuperado o embalo sob o comando de Celso Roth, mas abusou das faltas, principalmente na etapa inicial, insistiu em tentar furar a forte defesa corintiana pelo meio e não ofereceu real perigo em momento algum.
A atuação do Timão também não foi de encher os olhos, mas não fugiu do padrão ao qual Tite acostumou sua torcida: com disciplina tática, dedicação na marcação, movimentação constante e coragem com a bola nos pés. Enquanto Danilo, Paulinho, Emerson e Fábio Santos aproveitavam cada metro de campo, Montillo teve lapsos do seu bom futebol e os atacantes Borges e Wellington Paulista pouco pegaram na bola. O esquema com três volantes foi desfeito ainda no primeiro tempo, mas nem assim o time criou.
No fim de semana, ambos voltam a jogar no domingo pelo Campeonato Brasileiro. O desafio do Timão será o lanterna Bahia, às 16h, no Pituaçu. Já a Raposa receberá o Palmeiras, às 18h30, no Independência.
Mais faltas, menos gols
De trás para frente. O Cruzeiro terminou o primeiro tempo com 17 faltas contra sete do Corinthians. Em determinado momento da partida, o placar indicava 15 a 2. Com uma tática "Rothiana" de parar o jogo, a equipe mineira só conseguiu equilibrar no início, quando se posicionou mais à frente e Montillo teve certa liberdade para jogar. O camisa 10 estava veloz, com deslocamento e toques rápidos, mas foi freando, freando... E, de repente, o campeão da Libertadores já tinha domínio total.
Chicão gol Corinthians (Foto: Ale Vianna / Ag. Estado)Chicão celebra o primeiro gol do Corinthians (Foto: Ale Vianna / Ag. Estado)
Danilo participou muito do jogo e dava aquela velha impressão de ser impossível lhe roubar a bola. Gira pra cá, pra lá, protege, levanta a cabeça... Numa de suas jogadas características, acertou um chute forte de fora da área, teve até auxílio de um desvio na zaga, mas Fábio espalmou. A movimentação dos corintianos confundiu o Cruzeiro, que mesmo assim perdeu a grande chance de abrir o placar. Em cobrança de escanteio, Leandro Guerreiro ficou de frente para o gol e, de pé esquerdo, chutou para fora.
Tantas faltas da Raposa, em algum momento, trariam prejuízo. Quando Sandro Silva, que gosta de toques refinados, errou o domínio dentro da área, errou também o tempo da bola e acertou as pernas de Jorge Henrique: pênalti bem batido por Chicão. E o volante cruzeirense, que já tinha cartão amarelo, foi poupado pelo árbitro Leandro Vuaden. Mas não por Celso Roth. Era tão óbvio que ele seria expulso, que logo foi substituído por Fabinho. Esquema ofensivo incapaz de fazer os mineiros ameaçarem até o fim do primeiro tempo.
Com a cara deste Corinthians
Um centímetro. Um milímetro. Impossível medir quanto faltou para Emerson matar o jogo logo no comecinho do segundo tempo. E sorte de Vuaden que ele não alcançou o cruzamento de Fábio Santos... É que o goleiro Fábio deu um bico para a frente e a bola foi amortecida na mão do lateral-esquerdo, dentro da área. No passe, a bola quicou e fugiu do Sheik, que se esticou no chão para lamentar a chance perdida.
O Corinthians manteve a postura do primeiro tempo até o Cruzeiro voltar a adiantar sua formação. Quando notou que estava exposto aos contra-ataques, o time paulista ficou mais precavido.
Montillo, que estava sumido, apareceu, mas muito nas bolas paradas. Sim, o feitiço virou contra o feiticeiro e os mineiros passaram a ser parados com faltas. O argentino tentou cruzar, mas não achou a cabeça de nenhum companheiro. Tentou bater direto, mas não achou o ângulo de Fábio. A tentativa de pressão quase resultou na expulsão de Paulo André. Assim como Sandro Silva, ele fez falta digna de cartão amarelo, mas como já tinha recebido no primeiro tempo, foi 'perdoado' pelo árbitro.
Celso Roth trocou Diego Renan de lateral, da esquerda para a direita, e ele até conseguiu levar perigo, como numa dividida que acertou, sem intenção, o goleiro Cássio. As aparições ofensivas do Corinthians eram raras, mas perigosas, sempre com participação de Sheik e Romarinho. Velozes no contra-ataque, eles chegavam rapidamente à área e, quando conseguiam a finalização, paravam nas mãos de Fábio. Um fim de jogo morno que Tite e Paulinho resolveram esquentar.
O técnico, ao chamar o peruano, de cabelo esquisito, artilheiro da última Copa América... Ele foi aplaudido pela Fiel desde o aquecimento e voltou a animar a arquibancada quando foi chamado pelo professor. Os sete minutos foram suficientes apenas para as primeiras gotas de suor na camisa 9 e a apresentação à grama do Pacaembu. Guerrero ainda terá tempo para mostrar que é guerreiro como seus companheiros.
E Paulinho... Bem, Paulinho resolveu comemorar seus 24 anos em grande estilo. Segundos antes do apito final, acertou um belo chute. Soprou as velinhas e fez mais de 30 mil convidados voltarem para casa com um presente
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Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...