quinta-feira, 9 de agosto de 2012

CORINTHIANS


Corinthians tenta reunir documentos e lucrar com venda de Lucas

Departamento jurídico busca registro do jogador na Federação Paulista de Futebol para comprovar que é um dos clubes formadores do atleta


Lucas Seleção Brasileira Brasil Olimpíadas (Foto: AFP)Lucas vai defender o PSG (Foto: AFP)
O Corinthians quer participar da partilha dos milhões de reais que o São Paulo receberá com a venda do meia-atacante Lucas para o Paris Saint-Germain, da França. O Timão se apressa para reunir documentos e comprovar que foi um dos clubes formadores do jogador e, assim, receber uma fatia da maior negociação da história do futebol brasileiro - mais de R$ 108 milhões.
- Estamos fazendo um levantamento para saber o período em que ele jogou aqui. Se for direito do Corinthians, vamos atrás disso. É fato que ele se formou aqui, não tenha dúvida – afirmou o diretor jurídico do Timão, Luiz Alberto Buassab.
De acordo com as normas da Fifa, o clube formador tem direito a 5% de uma negociação internacional caso o atleta tenha atuado na agremiação dos 12 aos 23 anos. Lucas chegou ao Parque São Jorge com dez e saiu antes de completar 14, o que o vincula ao Timão por somente um ano e quatro meses. Com base nisso, o Alvinegro teria direito a 0,26% do valor, cerca de R$ 280 mil.
A disputa, porém, promete ser intensa. O departamento jurídico do São Paulo não concorda com a intenção corintiana de receber parte da transação. O clube alega que Lucas nunca foi registrado pelo Alvinegro na Federação Paulista de Futebol para competições amadoras.
É exatamente isso que o Corinthians caça em seus arquivos para comprovar à Fifa. O clube tem em mãos registros do meia-atacante em torneios da Associação Paulista de Futebol, não reconhecida pela Fifa. No entanto, precisa de documentos vinculados à FPF.
- Na época, ele atuou em um campeonato da Associação. Estamos levantando registros dele na Federação também. Se for direito, vamos atrás. Quem fala se temos direitos é a Fifa e não o São Paulo – acrescentou Bussab.
A briga pelo dinheiro se arrastará até o fim do ano. Como Lucas só se apresentará ao PSG em janeiro, a Fifa só decidirá quem ficará com o valor quando toda a documentação chegar à França

LONDRES 2012



Em jogo emocionante entre ex-campeões mundiais, Brink e Reckermann 
derrotam a dupla brasileira no tie-break e conquistam o ouro olímpico


O sonho do ouro olímpico chegou ao fim para Alison e Emanuel. Em jogo equilibrado e emocionante até o último ponto, os alemães Brink e Reckermann, campeões mundiais em 2009, venceram os brasileiros, campeões mundiais em 2011, por 2 sets a 1 (23/21, 16/21 e 16/14), nesta quinta-feira, na Arena do Vôlei de Praia, e subiram ao lugar mais alto do pódio das Olimpíadas de Londres. A prata completa a coleção de cores de medalhas de Emanuel, de 39 anos, que disputou todos os torneios da modalidade em Jogos Olímpicos, desde Atlanta 1996. Ao lado de Ricardo, ele conquistou o ouro em Atenas 2004 e o bronze em Pequim 2008. Desta vez, ele atuou com Alison, de 26 anos, que considera Emanuel seu ídolo e decidiu trocar o vôlei de quadra pelo de praia quando viu o agora parceiro conquistar o título olímpico há oito anos.
Na preliminar, os letões Plavins e Smedins derrotaram os holandeses Nummerdor e Schuil por 2 sets a 1 (19/21, 21/19 e 15/11) e levaram o bronze.
Estreante em Olimpíadas, Alison se emocionou no momento em que subiu ao pódio.
- Quando eu estava ali, um filme passou pela minha cabeça, tudo que eu passei até chegar aqui e a superação da minha carreira. Eu não imagnava ganhar uma medalha olímpica e jogar ao lado desse monstro que é o Emanuel, um cara com quem eu aprendo todos os dias - disse ao Sportv o maior bloqueador do torneio olímpico, com 41 pontos no fundamento em sete partidas.
Mais experiente, Emanuel destacou a importância de mais uma medalha em seu currículo.
- É muita alegria estar lutando por uma medalha na arena lotada com 15 mil pessoas. Foi um espetáculo. É claro que queríamos o ouro, não esperávamos a prata, mas, numa final como essa, qualquer resultado é válido, e estamos muito satisfeitos - afirmou.
O jogo começou equilibrado, com as duas equipes cometendo poucos erros. Os brasileiros aliavam boas defesas a ataques no fundo de quadra, enquanto os alemães levavam perigo com uma estratégia de saques táticos. Depois de um mergulho de Emanuel na areia, Alison tocou na medida para o companheiro encher o braço: 7 a 7. Brink e Reckermann começaram a concentrar as jogadas em cima de Emanuel, e a pressão surtiu efeito. O time verde-amarelo passou a falhar no contra-ataque, e depois de três erros de saque, a Alemanha abriu vantagem de dois pontos: 13 a 11. Os europeus administraram a diferença até a metade da parcial, quando os brasileiros empataram: 16 a 16. Alison estava muito bem no jogo, incansável nas defesas e virando todas as bolas. Na paralela do Mamute, o Brasil fez 20 a 19. Emanuel teve a chance de fechar em uma largadinha, mas os alemães reagiram e fecharam a parcial em 23 a 21.
Alison e Emanuel medalha de prata vôlei de praia olimpíadas 2012 (Foto: AP)Emanuel e Alison no pódio em Londres (Foto: AP)
O Brasil entrou com um bom volume de jogo no segundo set e, numa cortada de Emanuel, abriu dois pontos de vantagem pela primeira vez na partida. Os alemães caíram de produção e deixaram de virar as bolas como no início. Sentindo a força do Mamute, os adversários passaram a forçar os saques em cima do gigante, mas ele não se intimidou. Depois de fazer uma boa defesa, ele mandou uma bomba para o outro lado da quadra e ampliou: 10 a 7. A partir de então, só deu Brasil. Emanuel passou a cometer menos erros, e o Mamute comandou a rede. Os alemães ainda esboçaram uma reação, porém sentiram o nervosismo. Depois de um saque para fora de Reckermann, a dupla deu o segundo set de graça para o Brasil: 21 a 16.
No tie-break, Alison continuou dando show. Do alto de seus 2,03m, ele furou o bloqueio de Brink e soltou o braço para anotar o primeiro ponto. A disputa continuou acirrada, com as duas equipes trocando vantagens. Após falhas dos brasileiros em algumas defesas, os alemães assumiram a frente do placar: 7 a 5. Quando o placar marcava 14 a 11 para os europeus, os brasileiros encontraram forças para reagir de forma incrível, empatando a partida. Depois de um ataque certeiro de Reckermann, os alemães voltaram à frente e fecharam o jogo num ataque para fora de Emanuel: 16 a 14.
A vitória desta quinta-feira foi a quarta de Brink e Reckermann em nove confrontos com Alison e Emanuel. Eles formam a primeira dupla fora de Brasil e EUA a conquistar um ouro olímpico no vôlei de praia masculino.
A medalha de Alison e Emanuel é a 11ª do Brasil em cinco edições da modalidade nos Jogos Olímpicos. São duas de ouro, quatro de prata e cinco de bronze
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LONDRES 2012



Seleção se impõe sobre as asiáticas e dá de presente ao técnico a chance de brigar pela terceira conquista olímpica; rivais de sábado serão as americanas


Há exatos 20 anos, na Espanha, Marcelo Negrão jogou a bola lá no alto, desceu o braço nela, e não houve holandês que conseguisse segurar o foguete. Todo de azul naquele 9 de agosto de 1992, José Roberto Guimarães se atracou com a comissão técnica à beira da quadra e festejou aos berros o primeiro ouro da história do vôlei brasileiro em Olimpíadas. Duas décadas depois, na Inglaterra, ele estava de azul outra vez, agora com uma faixa amarela que desce das costas para as mangas. Os cabelos estão mais grisalhos, mas a coleção de metais preciosos está mais pesada, com a vitória em Pequim há quatro anos. Nesta quinta-feira simbólica, a seleção feminina deu de presente ao treinador a chance de lutar pelo terceiro ouro. Com autoridade, o Brasil despachou o Japão na semifinal por 3 a 0 (25/18, 25/15, 25/18) e avançou para decidir os Jogos de Londres contra os Estados Unidos.
Erika, Vôlei, Brasil e Japão (Foto: Agência Reuters)O Brasil de Fabiana e Dani Lins passou por cima do Japão e avançou para a final (Foto: Agência Reuters)
Com pelo menos a prata garantida, a delegação do Brasil em Londres iguala sua melhor campanha em Olimpíadas, com 15 medalhas asseguradas, mesmo número de Pequim 2008 e Atlanta 1996.
Para o vôlei, a missão de transformar a prata em ouro será dura. As americanas passaram batidas pelas coreanas na outra semi, já venceram o Brasil na primeira fase e chegam à final carregando o favoritismo na revanche da decisão de Pequim. Em 2008, o 3 a 1 no último jogo consagrou seis jogadoras que estão em Londres em busca do bi: Sheilla, Jaqueline, Fabiana, Thaisa, Paula Pequeno e Fabi. A bola sobe no sábado, às 14h30m (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV e acompanhamento de todos os lances em Tempo Real no GLOBOESPORTE.COM.
Sheila, Vôlei feminino, Brasil e Japão, Olimpíadas (Foto: Agência AP)Sheilla mais uma vez foi um dos destaques do
Brasil na partida (Foto: Agência AP)
- Dia 9 é um dia especial, né. E neste momento é mais especial ainda. A cada etapa que avançamos, procuramos lembrar do que já passamos aqui. Estávamos chegando ao fundo do poço, voltar para o Brasil daquela maneira ia arrebentar com a gente. Na angústia, o time se juntou. Mas o dever ainda não está cumprido, elas sabem disso - avisou Zé Roberto, que pode se tornar o primeiro tricampeão olímpico da história do esporte brasileiro se vencer a final.
Em busca do terceiro triunfo, Zé Roberto já é o único técnico do mundo campeão olímpico no masculino e no feminino. O americano Hugh McCutcheon, que ganhou o ouro em Pequim com os homens, pode igualar o feito se vencer a final de sábado. Enquanto as brasileiras tentam chegar ao topo do pódio pela segunda vez, para a equipe feminina dos EUA a conquista seria um feito inédito.
Apoio do início ao fim
Do lado de fora da Arena de Vôlei, os brasileiros tomavam conta. Era verde e amarelo por todos os lados, e dentro do ginásio o apoio foi constante. Espalhados pelas arquibancadas, os torcedores entoavam o tempo todo cantos que as atletas já decoraram há muito tempo: "Ê, lê lê ô", "sou brasileiro com muito orgulho", e daí em diante. Com a mesma trilha sonora de sempre, as meninas foram para cima do Japão.
Com uma pancada de Thaisa pelo meio, o Brasil pulou na frente e deu início a uma longa troca de viradas entre os dois times. Ninguém conseguiu abrir mais de dois pontos até a primeira parada, quando a seleção de Zé Roberto vencia por 8/7, com Dani Lins distribuindo bem o jogo entre as atacantes. Assim foi até a segunda parada, com o placar sempre colado, e o Brasil vencendo por 16/15. Na volta, finalmente um respiro com dois pontos de vantagem no erro das japonesas. E um lindo rali que terminou no bloqueio de Sheilla abriu 18/15, forçando o técnico Masayoshi Manabe. Não adiantou, porque o paredão estava erguido. Em mais um bloqueio, agora com Fabiana, a equipe verde-amarela abriu 20/16 e, aí sim, respirou aliviada. O que parecia drama virou uma vitória tranquila no primeiro set. Pela mão pesada de Fabiana, fim de papo: 25/18.
Na segunda parcial, não teve essa história de placar amarrado. O Brasil logo abriu 6/2 e segurou os 8/5 na primeira pausa. Na segunda, a vantagem já era de cinco pontos, com a equipe jogando solta e o ataque muito bem dividido entre Sheilla, Garay, Fabiana, Thaisa e Jaqueline. Desse jeito, ficou fácil. Com mais um bloqueio certeiro, a equipe de Zé Roberto fechou o set em 25/15.
fernanda garay Brasil x japão volei londres 2012 olimpiadas (Foto: Reuters)Garay ergue o braço: vitória com autoridade sobre as japonesas põe o Brasil na final (Foto: Reuters)
O ritmo não caiu na terceira parcial. Com Dani encontrando Sheilla, Thaisa e Garay, o Brasil manteve o pé no acelerador e não deu chance às japonesas em nenhum momento. Quando o placar chegou a 12/8, a torcida no ginásio cantava "O campeão voltou", e na segunda parada a vantagem já era de 16/11. Zé Roberto é que não relaxava. Até o fim, com 25/18, o técnico não parou de se mexer à beira da quadra: aplaudiu, deu instruções, reclamou, orientou o saque. Ele sabe que o caminho para o ouro não permite cochilos, nem quando tudo parece fácil. E a seleção já esgotou sua cota de sonecas na primeira fase. Agora só falta um passo. O maior de todos
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LONDRES 2012



Bicampeão olímpico nos 100m, Fenômeno ganha 2º ouro na prova em que também é campeão do mundo. Jamaica domina pódio, com Blake e Weir

Háquatro anos, antes de dar um beijo de boa sorte, Jennifer Bolt fez um pedido ao pé do ouvido do filho. Queria que Usain entrasse naquela pista do Ninho do Pássaro, em Pequim, e batesse o recorde de Michael Johnson nos 200m rasos. A resposta foi rápida: "Você acha que é assim tão fácil, mãe?". Não era, ela sabia. A marca estava em poder do americano desde Atlanta 1996, mas ela precisava dar uma provocada no seu menino. E ele entendeu a mensagem não como um pedido, mas como uma ordem. Foi lá, correu e riscou Johnson do livro dos recordes por dois centésimos. Nos Jogos de Londres, não foi nem preciso desafiá-lo. Bolt tinha pressa para se tornar uma lenda. Só se consideraria assim depois que conquistasse o bicampeonato olímpico em sua prova preferida. Precisou de 19s32 para isso. Nesta quinta-feira, se tornou o primeiro homem da história a vencer a prova duas vezes. Fez mais. É o único a conseguir dois títulos seguidos nos 100m e nos 200m.
Bolt chegada 200m Jogos de Londres (Foto: Adrian Dennis/AFP)Bolt na chegada dos 200m nos Jogos de Londres (Foto: Adrian Dennis/AFP)
- Foi o que vim fazer aqui. Fiz o que queria. Agora eu sou uma lenda. Estou na mesma categoria de Michael Johnson. E me sinto horando por isso porque cresci vendo-o quebrar recordes mundiais. Ele é um grande atleta. Eu não tenho nada a provar. Mostrei ao mundo que sou o melhor e, agora, só quero me divertir - disse.
E fez tudo parecer realmente uma grande brincadeira. Bolt pisou na pista com boné virado para trás, falando com os adversários como quem combina uma corridinha até ali o outro lado. Poucos segundos após a largada lá estava ele, na frente. Deu aquela olhadinha para o lado esquerdo só para se assegurar de que Yohan Blake tinha mesmo ficado para trás. Cruzou a linha de chegada com o dedo na boca, como se pedisse silêncio, e passou a fazer flexões logo depois. Levou o Estádio Olímpico ao êxtase. Parecia ter ficado mais cansado durante a interminável volta olímpica ao lado de Blake (19s44) e Warren Weir (19s84), seus compatriotas que completaram o pódio.
- Os 200m foram mais difíceis do que eu esperava. Eu sabia que seria possível quebrar o recorde mundial, mas não estava rápido o suficiente quando saí da curva. Eu senti a tensão nas costas um pouco. Mas não vou esquecer este momento depois de uma temporada difícil para mim.
Aos 25 anos, o homem mais rápido do mundo ainda não encontrou rivais capazes de freá-lo. O corpo sim, vez ou outra consegue, graças a um problema crônico nas costas. Bolt se defende como pode, procurando sempre por colchões ortopédicos, como fez durante a aclimatação para os Jogos. Poucos meses antes da disputa, houve quem acreditasse que ele não iria bem exatamente por isso. Os adversários repetiam que seria possível batê-lo. Ainda mais depois que Blake o venceu nas seletivas jamaicanas. Estavam errados.
Bolt ficou fora da última competição, se recuperou e fez o que se esperava dele. Nada de dar chance para adversário. Cortesia, ele só costuma dar para as crianças que o desafiam em qualquer lugar que vá. É abordado praticamente todos os dias por anônimos, artistas e até por príncipes. Gente que quer correr contra ele em qualquer lugar, até mesmo no meio da rua. Ele não se importa, acha graça.
Lembra direitinho até hoje a frase dita por seu técnico, Glen Mills, há tempos atrás. "Todo mundo tem talento, mas o que você faz como ele é o que conta." Bolt usa a seu favor e do atletismo também. Suas vitórias ajudaram a atrair cada vez mais os olhares do público para o esporte, ajudaram a melhorar as condições do lugar onde morava na Jamaica. Mesmo tendo saído de Sherwood Content, ele fez questão de manter na casa nova em Kingston tudo aquilo que lembrasse sua infância. As árvores e o jardim o transportam no tempo. Costuma dizer que quando se senta embaixo de uma delas se sente feliz. Naquela época, se sentia da mesma forma jogando basquete, críquete, futebol ou correndo. Desde que pudesse ser debaixo de sol, estava bom.
Bolt é assim. Gosta de luz. Atrai todas elas com o talento, a simpatia e o grande carisma. Costuma fazer piada para tudo. Ri ao dizer que é batido facilmente por qualquer um que o desafie na cozinha. Admite que já teve medo de fantasmas e que não acha lá seus dedos tão bonitos. Perfeitos mesmo, para ele, são os braços e o abdômen. Perfeito mesmo, de verdade, ele é na pista. Naquele território, Usain Bolt não é o dono, é a lenda viva.
Confira a classificação final da prova:

1) Usain Bolt (JAM): 19s32
2) Yohan Blake (JAM): 19s44
3) Warren Weir (JAM): 19s84
4) Wallace Spearmon (EUA): 19s90
5) Churandy Martina (HOL): 20s00
6) Christophe Lemaitre (FRA): 20s19
7) Alex Quiñonez (EQU): 20s57
8) Anaso Jobodwana (RSA): 20s69

LONDRES 2012



Ana Cláudia Silva, Franciela Krasucki, Evelyn Carolina e Rosângela Santos fazem o sexto melhor tempo geral, com quebra de recorde sul-americano


Com direito a quebra de recorde sul-americano, o Brasil passou à final do revezamento 4x100m. A equipe - formada por Ana Cláudia Silva, Franciela Krasucki, Evelyn Carolina e Rosângela Santos - terminou em quarto lugar na primeira das duas baterias eliminatórias, com o tempo de 42s55, que garantiu a sexta vaga para a briga por medalha, nesta sexta-feira, às 16h40m (de Brasília).
Sem contar com as estrelas Carmelita Jeter e Alyson Felix, os Estados Unidos venceram a bateria na qual o quarteto brasileiro competiu. As americanas fecharam a prova com tempo de 41s64, seguidas por Trinidad e Tobago (42s31) e Holanda (42s45), ambas equipes batendo seus recordes nacionais.
Revezamento feminino 4x100 Rosangela Santos e Evelyn Dos Santos  (Foto: EFE)Rosangela Santos e Evelyn Dos Santos pelo Brasil no revezamento 4x100m (Foto: EFE)
Como não conseguiram a classificação direta para a final, as brasileiras tiveram que aguardar os resultados da série seguinte para saber se avançariam com uma das duas últimas vagas restantes. A segunda prova foi vencida pelas ucranianas, com 42s36, seguidas pelo time da Jamaica (42s37) e as alemãs (42s69). Na comparação dos tempos, as brasileiras se classificaram com o sexto melhor tempo e as nigerianas fecharam a lista da final com o tempo de 42s74.
- Chegar a uma final olímpica não é para qualquer um. Estou no céu - disse Franciela Krasucki, que abriu o revezamento para o Brasil, em entrevista ao SporTV.
Das quatro atletas brasileiras, apenas Franciela ainda não havia entrado na pista do Estádio Olímpico. Ana Cláudia participou das preliminares dos 200m, e Rosângela Santos e Evelyn Carolina passaram para as semifinais dos 100m e dos 200 m, respectivamente. As duas quebraram seus recordes pessoais nas provas, com 11s17 de Rosângela e 22s82 de Evelyn.
Em Pequim 2008, a equipe brasileira, formada por Lucimar Moura, Rosemar Coelho Neto, Thaíssa Presti e Rosângela Santos, foi à final do revezamento 4x100m e terminou em quarto lugar, ficando a dez centésimos da medalha de bronze. No Mundial de Daegu 2011, o Brasil terminou em oitavo lugar e bateu o recorde sul-americano nas semifinais, com 42s92.
A final do revezamento 4x100m será nesta sexta-feira, às 16h40m (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV e em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM
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Brasileiro supera Dmitriy Kim, do Uzbequistão, no golden score, e enfrenta Abulibdeh, da Jordânia, na próxima fase do taekwondo em Londres

Diogo Silva foi o último a entrar no tatame, ganhou um boneco Matrioshka do adversário e deu a ele um presente de grego. Venceu Dmitriy Kim, do Uzbequistão, no golden score (dois minutos de morte súbita), após empate em 2 a 2 no tempo regulamentar, na sua estreia pela categoria até 68kg no taekwondo dos Jogos Olímpicos de Londres. Quarto colocado em Atenas 2004 e fora de Pequim 2008, o paulista agora encara nas quartas de final o terceiro cabeça de chave, Mohammad Abulibdeh, da Jordânia, por um lugar na semifinal. O duelo acontece às 12h15m (horário de Brasília).
diogo silva taekwondo Dmitriy Kim  londres 2012 (Foto: Agência AFP)Diogo (de vermelho) vence Dmitriy Kim na estreia (Foto: Agência AFP)
Presentear adversários é frequente entre atletas de países que passaram por conflitos. Depois da derrota, porém, Dmitry não quis saber de papo. Foi embora sem dar entrevistas, chateado.
- Para ele é um orgulho estar nos Jogos Olímpicos. Normalmente eles presenteiam os adversários, por questão de representação do país - conta Diogo.
Depois da reverência, Diogo atacou pouco no primeiro round. Estudou bastante, controlou a distância e, quando chutou, foi bloqueado pela defesa do uzbeque. O primeiro período terminou empatado em 0 a 0.
diogo silva taekwondo londres 2012 (Foto: Agência AFP)Diogo ganhou presente do rival (Foto: Agência AFP)
O paulista começou a se soltar no segundo round. Tentou um chute na cabeça que quase conectou, e enfim conseguiu seu primeiro ponto num contragolpe. Porém, por estar andando para trás e para fora da área de luta, recebeu também um kyongo (punição de meio ponto). Durante o round, levou seu segundo kyongo e Kim empatou. No final, o uzbeque acertou o colete mais uma vez e virou para 2 a 1.
Em desvantagem, Diogo partiu para cima no terceiro round. Kim acabou punido por passividade com um kyongo e, pouco depois, o brasileiro acertou o colete para pontuar novamente e empatar em 2 a 2. O tempo se esgotou e a luta foi para o golden score.
O paulista não teve medo e atacou. Ele acertou duas vezes na guarda e foi bloqueado uma terceira vez. Quando Kim enfim partiu para cima, Diogo acertou um belo chute rodado para se classificar às quartas de final.
- Tinha traçado uma estratégia de sair vencendo porque ele não é muito bom no ataque, ele é mais de contra-ataque. Dei azar de levar duas faltas, mas minhas lutas são sempre assim, com adrenalina a mil. Tenho psicológico legal para enfrentar isso. Sabia que ele ia vir na minha barriga no golden score. Arrisquei. Muitos atletas não têm frieza para fazer isso - disse o brasileiro, que bateu continência após a vitória - se alistou no Exército e foi campeão mundial militar no ano passado.
Diogo e Abulibdeh já se enfrentaram no Pré-Olímpico Mundial de 2007 e o brasileiro levou a melhor, também no golden score.
- Ele está no mesmo nível que todos nós aqui e vamos tentar impor nossa estratégia. Naquela primeira luta (com Abuilbdeh), não estava bem, não estava focado, tinha acabado de vencer o Pan, e agora estou bem melhor - disse o atleta sobre seu próximo adversário, em entrevista aoSporTV.
diogo silva taekwondo londres 2012 (Foto: Agência AFP)Diogo comemora a vitória e a vaga nas quartas (Foto: Agência AFP
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LONDRES 2012



No retorno de Londres, dupla diz não acreditar que treinador de Yibing Chen acusou de roubo a conquista do brasileiro


Arthur Zanetti
 está de volta ao Brasil, agora como celebridade e com uma medalha olímpica de ouro no peito. O título de campeão das argolas, porém, é contestado pelo técnico do segundo colocado, o chinês Yibing Chen. O treinador HuangYubin acusou roubo na conquista brasileira. Cansados da viagem de Londres a São Paulo, Zanetti e seu técnico, Marcos Goto, evitaram entrar na polêmica nesta quinta-feira.
Arthur zanetti medalha de ouro coletiva (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Arthur Zanetti mostra a medalha de ouro na chegada ao Brasil (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)


- Não acredito que ele tenha dito isso, porque conversei com o chinês depois da competição. Para mim, isso é picuinha da imprensa chinesa. É só fazer os cálculos. A nota de partida do Arthur era três décimos maior na final em relação à da classificatória. O Yibing Chen manteve sua nota. Essa foi a diferença – explicou o técnico Marcos Goto.
O ginasta campeão também colocou panos quentes na declaração do técnico chinês.

- Ele fez a parte dele, e eu fiz a minha. Se somar os três décimos, vai dar os 15,900 (nota que rendeu o ouro a Arthur com um décimo de vantagem em relação ao rival). É só somar.
Em entrevista coletiva, Arthur preferiu recordar momentos que o levaram ao título olímpico. Ele também aproveitou para fazer agradecimentos aos familiares e para “dividir” a medalha.
Arthur zanetti medalha de ouro coletiva (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Zanetti e a namorada Juliana comemoram
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O peso da medalha
Carregar essa medalha é um prazer enorme. Espero que abra muitas portas, não só para mim, como também para toda a ginástica. A ficha está começando a cair. No próprio avião, um monte de gente veio tirar foto e pedir autógrafos. Até fiquei assustado.

Agradecimentos
Essa medalha tem um pouco de todos, é dos meus amigos de treino, da minha namorada, da minha família, do Brasil todo. Tenho de agradecer muito à minha família inteira, principalmente ao meu pai, que fez alguns aparelhos de base. Isso ajudou muito em detalhes, o que, em uma competição de alto nível, faz a diferença.

Rio 2016
Espero, sim, estar nos Jogos de 2016, depende de o corpo aguentar. Espero continuar o trabalho para fazer o melhor para 2016. Nosso objetivo é classificar a equipe masculina inteira. Segunda-feira volto aos treinos. O ano não acabou. Vai ser o primeiro passo. A meta agora continua sendo sempre fazer meu melhor.
Arthur zanetti medalha de ouro coletiva (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Campeão celebra a conquista com a equipe e o técnico (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Lesões

É uma das piores fases, porque acaba ficando afastado daquilo que você gosta de fazer. Ter de ficar longe da ginástica é ruim, mas necessário. Fico querendo voltar logo. Mas a gente acaba se acostumando com as lesões.

Brincadeiras com altura
Sempre sofri. Tem um amigo meu que é da minha altura (1,56m) e me chama de anão. Agradeço por ter essa altura, do contrário, não conseguiria fazer argolas.

Prazeres não aproveitados
Quando era criança, sofria bastante por não poder ir em algumas viagens. Também gostava de comer doces, mas tem de aguentar, se não fica pesado e não consegue treinar. Agora, minha namorada é bem tranquila também. Gostamos de ir ao cinema, de programas mais light
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Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...