terça-feira, 26 de junho de 2012

CORINTHIANS

Tite prioriza posicionamento da defesa, principalmente na marcação aos laterais, que, segundo ele, representam o maior perigo oferecido pelo Boca


O Corinthians fez na noite desta terça-feira o reconhecimento da Bombonera, palco da primeira partida da decisão da Libertadores da América, nesta quarta, contra o Boca Juniors. No gramado, um torcedor ilustre: Thiaguinho, ex-vocalista do Exaltasamba. Corintiano fanático, ele acompanhou o treino ao lado de diretores e de Lucas, filho de Andrés Sanches, ex-presidente do clube e atual diretor de seleções da CBF.
- É um sonho de criança ver uma final de Libertadores. Até liguei para o meu pai para dizer que estou no gramado da Bombonera na véspera da final da Libertadores - contou Thiaguinho, que se disse "muito amigo" de jogadores como Jorge Henrique, Chicão e Alex.
- É a primeira vez que vejo um jogo do Corinthians fora do país. Meu palpite é 1 a 0, mas se for 0 a 0 está de ótimo tamanho. Este time está com muita cara de que vai sair vencedor - emendou o cantor.
Thiaguinho no treino do Corinthians na Argentina (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Thiaguinho, ex-Exaltasamba, vê o treino no gramado (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Em campo, o técnicoTite realizou seu tradicional treino de posicionamento da defesa - ele costuma fazer isso antes dos jogos. O treinador, porém, deu maior ênfase ao trabalho de marcação nas laterais, fazendo com que Emerson Sheik dê combate pela esquerda, e Jorge Henrique, pela direita. Tite já havia citado os dois laterais do Boca como homens fortes no apoio. Mauri, preparador de goleiros, foi o responsável por fazer os cruzamentos para que a defesa afastasse a bola da área.
Tite também trabalhou a saída para o jogo com os laterais e volantes, exigindo toque de bola rápido no meio-campo. No ataque, Sheik atuou aberto pela esquerda, Jorge Henrique pela direita, com Alex e Danilo centralizados, formando praticamente uma linha de quatro atacantes. A ideia é que, sem a bola, todos voltem para marcar.
O jogo entre Boca e Corinthians começa às 21h50m (de Brasília) desta quarta-feira. O GLOBOESPORTE.COM inicia a transmissão, ao vivo, às 21h.
Treino Corinthians na La Bombonera (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Jogadores do Corinthians fazem aquecimento na Bombonera (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

SAO PAULO

Presidente do Tricolor diz que tem ótima relação com os jogadores, com quem costuma conversar reservadamente em momentos de decisão


Juvenal Juvêncio São Paulo (Foto: divulgação / vipcomm)Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo
(Foto: divulgação / vipcomm)
Além de se julgar extremamente competente, o presidente Juvenal Juvêncio, sempre que pode, gosta de exibir o seu lado folclórico. Durante a entrevista coletiva que concedeu para explicar a saída de Emerson Leão do São Paulo, o dirigente, quando questionado se faria sucesso como o homem do banco de reservas, não teve dúvidas. Pelo que falou, seria apenas questão de tempo para a equipe recuperar o caminho dos títulos, o que não acontece desde 2008.
– Eu seria (um bom técnico). Olha, naquele tempo em que podia entrar no campo, o diretor ficava sentado no banco, ajudava. Se ele tiver autoridade, conhecimento, muda. Muda o jogo durante a partida. Eu tenho história nisso aí. É difícil, você sofre mais do que os outros. Acho que seria um bom técnico. Até porque os jogadores falam muito comigo, me ouvem muito. Quando a coisa aperta, eles chamam o Juvenal – afirmou o dirigente.
Juvenal, na grande maioria do tempo, não interfere no trabalho do treinador. O que fez com Leão no caso Paulo Miranda não é comum de acontecer. Porém, em momentos nos quais ele julga importante, costuma ter conversas reservadas com elenco, sem a participação de outros membros da diretoria ou da comissão técnica.
Acho que seria um bom técnico. Até porque os jogadores falam muito comigo, me ouvem muito. Quando a coisa aperta, eles chamam o Juvenal"
Juvenal Juvêncio
Isso ocorreu, por exemplo, antes da partida de volta contra a Ponte Preta, pela Copa do Brasil, no estádio do Morumbi. Após perder o jogo de ida por 1 a 0, em Campinas, o time entrou em campo com a obrigação de vencer por dois gols de diferença. Saiu perdendo por 1 a 0, mas teve forças para reagir e marcar os três gols que garantiram a classificação.
– Antes daquele jogo, a conversa foi fechada, só comigo. Tenho um contato muito forte com os atletas. Naquela partida, além de futebol, tivemos alma e coração. Tinha atleta no vestiário que mal tinha força para andar. Esse tipo de coisa faz a diferença no futebol de hoje – ressaltou o mandatário tricolor.
Juvenal reconhece que do seu camarote na presidência não consegue fazer muito para ajudar o time. Ele sofria ao ver o fraco futebol do time de Leão. Mas lembrou que isso não foi exclusividade do ex-técnico.
– Em 2003, quando era diretor de futebol do Marcelo (Portugual Gouvêa, ex-presidente, que morreu em 2008), ele me avisou que iria colocar o Rojas como técnico. Então coloquei o Milton Cruz junto para ajudar. Nos jogos, o chileno ficava sozinho no banco e era uma tragédia. Futebol não é fácil, não se ensina na escola. É preciso ter sabedoria para ter sucesso – finalizou.

LIBERTADORES

Sem torcida e imprensa, atletas vivem total tranquilidade em hotel a apenas dois quilômetros de distância da concorrida hospedagem corintiana.


Jogadores no Boca Juniors na concentração (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)Jogadores do Boca Juniors chegam ao hotel
(Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)
Apenas dois quilômetros separam as concentrações de Corinthians e Boca Juniors em Buenos Aires. Mas as diferenças são bem maiores que a distância. Enquanto os jogadores da equipe brasileira mal podem sair do quarto, sob o risco de enfrentarem um batalhão de jornalistas e torcedores que fazem plantão no saguão à espera de qualquer contato com os finalistas, os argentinos desfilam calma e livremente pelo local escolhido para descansarem.
O GLOBOESPORTE.COM foi à concentração do Boca, pouco antes de os atletas chegarem do último treino, fechado para a imprensa, na véspera da decisão. Quando o ônibus parou na porta do Hotel Madero, apenas dez torcedores (sete mulheres) esperavam em silêncio. O rapaz que segurava uma camisa do time e uma caneta nas mãos até desistiu de pedir autógrafos. Já uma bela morena fez questão de pedir fotos com quase todos. Os mais famosos e mais queridinhos do público feminino. Só Riquelme não tirou.
A descontração tomou conta desde o momento em que o meia Erviti segurou a porta giratória para impedir a entrada do zagueiro Schiavi. No saguão, absolutamente ninguém ousou incomodar o rápido trajeto até os elevadores. Por último, o técnico Julio César Falcioni entrou e se encontrou com um casal. A mulher está grávida. Logo o comandante do Boca chamou um integrante da comissão e pediu que arrumasse um par de ingressos para os dois.

A orientação dos seguranças, educados, era clara: é proibido tirar fotos dentro do hotel. Diante da insistência da reportagem, foi chamada a simpática Jennifer Lorenzo, gerente de relações públicas do hotel. Ela liberou as fotos no saguão, desde que não houvesse nenhum jogador do Boca. Por volta das 14 horas, os atletas desceram para o almoço. Só deixaram as sacolas nos quartos. Alguns nem sequer tiraram a chuteira, mas o craque Riquelme passou de “crocs” cinza nos pés. Jennifer notou o interesse pela foto e se antecipou:
- Não!
A refeição durou cerca de 40 minutos. O camisa 10 também foi um dos primeiros a sair do restaurante. E parou para tirar fotos. Mas não eram jornalistas, e sim a amiga grávida de Falcioni. Privilegiada. Em alguns segundos, o tímido e calado Riquelme já estava de volta ao seu quarto. Mas outros jogadores preferiram se divertir com uma diferente mesa de sinuca de pano marrom. Ledesma, Viatri e Rivero foram alguns dos que se revezaram no taco.
A cada tacada certa, um delicado peteleco na orelha do adversário. Só dois jogavam e o resto observava cantando e fazendo piadas. Até chegar Schiavi, com uma sacola na mão, sorriso no rosto e abraços fortes nos companheiros.
A presença do Boca Juniors no hotel já é corriqueira. Os seguranças admitem que modifica a rotina, principalmente na véspera de uma partida decisiva como a final da Libertadores. O cardápio sofre alterações, os cuidados são redobrados. Por exemplo, quando a reportagem decidiu fotografar, discretamente, o técnico Julio César Falcioni ao telefone em uma espécie de jardim de inverno.
A cara emburrada era a de sempre. Falcioni se manteve sério por todo o tempo. Até um dos funcionários do hotel “pedir” que a câmera fosse desligada.
Tempo suficiente para perceber que o Boca Juniors vive ambiente de paz total e descontração antes de tentar o heptacampeonato da Libertadores contra a saga corintiana pelo título inédito.
Erviti Boca Juniors (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)Erviti tira foto ao lado de torcedora na concentração (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)

FLAMENGO

Diretor do Rubro-Negro avalia o trabalho do treinador apenas como razoável e diz que análise é permanente


Zinho, Flamengo (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)Zinho concedeu entrevista e não garantiu Joel
(Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Nenhum jogador do Flamengo deu entrevista após o treino da tarde desta terça-feira. Foi uma decisão do diretor de futebol Zinho. Depois da derrota por 2 a 0 para o Grêmio, pela sexta rodada do Brasileirão, a crise voltou a ganhar força. Joel Santana está fortemente ameaçado no cargo, e a diretoria estuda a demissão do treinador. O dirigente deixou claro que Joel é o treinador do Rubro-Negro, mas não garantiu a permanência.
- O Joel é o nosso treinador. Garantir a permanência de um profissional nem a minha eu garanto. Quem decide é a presidente (sobre a permanência de Zinho). No futebol, eu sou diretor, e decido pela permanência da comissão e dos jogadores. Só se ganhar? Só se perder? A gente analisa no geral. Infelizmente no Brasil time grande é uma cobrança no dia a dia. Principalmente no Flamengo. Estou atento a tudo, dando confiança aos atletas, para a comissão técnica. Se eu garanto uma permanência? Não. Mas também não dá para dizer que vai ser demitido. Hoje é terça-feira e Joel não está demitido. Até digo a vocês que nenhum jogador vai falar aqui, a pressão está muito grande. Passei aos atletas e preservei das entrevistas. É treino, é focado. Perder não é bom. Do jeito que perdemos é pior ainda. Sem Léo Moura, sem Deivid, mais dois atletas que vão chegar. Não é desculpa, mas é desculpa. A equipe está se reerguendo. O elenco é bom, mas estamos com várias peças fora. A tendência é melhorar, fortalecer o elenco. Tenho que analisar também nesse sentido. Também não é tão simples tirar A, B e C, tem que ter peça de reposição e não está fácil.
O Joel é o treinador, mas estamos analisando tudo. Resultado, treinamento, disciplina do grupo, liderança. Tudo que o futebol exige. Se as coisas não andam, não progridem, pode haver mudança"
Zinho
A insatisfação chegou ao limite. E foi colocada à mesa em uma reunião entre diretoria e Zinho, diretor de futebol, que aconteceu na noite de segunda-feira, fora da sede da Gávea, segundo o GLOBOESPORTE.COM apurou. Zinho confirmou o encontro, mas não deu detalhes. Na avaliação dele, o trabalho de Joel é apenas razoável.
- Não analiso só o Joel. No geral, nossa equipe não fez um grande jogo. Nossa equipe está razoável, mas para ser campeão temos que melhorar bastante. É o trabalho da diretoria e dos atletas também. O trabalho é razoável. Toda semana me encontro com a direção do Flamengo, não especificamente ontem. Não sou mentiroso. Me reuni ontem como me reúno toda semana. Hoje bati um papo também, fiz a reunião com a direção. Tenho que passar o que está acontecendo. Não vou falar o que foi a pauta. Seria indelicado. Foram vários assuntos, normal de uma direção tratar. Reforços, jogadores que saíram, como está a saúde financeira do clube, o que posso realizar. Tudo isso é a pauta. Como estamos na sexta rodada, janela abriu dia 20, estou me mexendo para reforçar o time do Flamengo.
E Zinho disse que analisa tudo de forma minuciosa. E não descartou mudanças.
- O Joel é o treinador, mas estamos analisando tudo. Resultado, treinamento, disciplina do grupo, liderança. Tudo que o futebol exige. Se as coisas não andam, não progridem, pode haver mudança. É sempre beneficiando o Flamengo.
O Flamengo, porém, segue com impasse para definir o substituto de Joel Santana, mas o consenso depois do encontro foi pela troca de comando. Certo é que nomes como o de Jorginho, que está no Kashima Antlers, e o de Renato Gaúcho, desempregado desde o ano passado, estão descartados no momento.
O clube tem encontrado dificuldade para achar treinadores disponíveis no mercado. Marcelo Oliveira, do Coritiba, agrada a alguns dirigentes, mas o técnico está envolvido na final da Copa do Brasil contra o Palmeiras. O segundo e decisivo jogo será no dia 11 de julho.
Segundo avaliação feita pela diretoria, Joel, que amargou as eliminações na Libertadores e Carioca, não conseguiu dar um padrão tático ao time e tem pecado nas substituições. Outro fator que causa contrariedade são as entrevistas pós-jogos do treinador.
Joel, que tem demonstrado irritação com a pressão, tem contrato até dezembro e, com a demissão, o clube terá que pagar multa de aproximadamente R$ 1,4 milhão.
Diretor admite insatisfação de alguns jogadores
Zinho comentou ainda sobre o relacionamento entre Joel e jogadores, e admitiu que existe insatisfação entre atletas que não são aproveitados, mas sem desrespeito:
- São amigos íntimos? Não posso falar isso. Quando termina o treinamento, não sei se algum vai lá tomar um refrigerante com o Joel. Dentro do trabalho, percebo um bom ambiente. Num elenco com 30 jogadores, não dá para dizer que se dá bem com todo mudo. No geral, há um respeito. Hoje, na conversa que houve, vi que há uma boa comunicação. É um ambiente tranquilo, mas não dá para dizer que são amigos. Agora, jogador que não está jogando, dizer que está feliz da vida? Nem quero. O cara que está no banco não pode estar acomodado. Mas isso não pode virar indisciplina. Visivelmente vejo jogadores insatisfeitos, mas não há desrespeito.

CORINTHIANS

Último clube campeão sem perder nenhuma partida foi o Boca, em 1978. Apenas cinco equipe conseguiram essa marca


Corinthians comemorando, Libertadores (Foto: Marcos Ribolli  / Globoesporte.com)Corintianos comemoram classificação contra o
Santos (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Não será apenas pelo título que o Corinthians fará história se for campeão da Taça Libertadores sobre o Boca Juniors. Além de conquistar a taça que a Fiel tanto sonha, o Timão tem a chance de levantá-la sem perder uma partida sequer. A última vez que isso aconteceu foi em 1978, e com menos da metade dos jogos disputados em 2012.
Entre os anos 60 e 80, o campeão entrava direto na fase anterior à final do ano seguinte (por exemplo: em 78, o Boca não precisou disputar as fases preliminares. Jogou apenas um triangular com Atlético-MG e River Plate antes de encarar a decisão com o Deportivo Cali-COL). Nos anos 90, o campeão entrava direto nas oitavas de final do ano seguinte (o São Paulo, campeão em 92, não disputou fase de grupos em 93 e foi bicampeão). Por conta disso, várias equipes tiraram proveito para emendar uma sequência de troféus sem ter a necessidade de passar por um calvário de duelos em grupos.
O Boca, adversário alvinegro na final, foi o último a conseguir isso. Em 78, estreou uma fase antes das finais e conquistou o título invicto. A diferença é que realizou apenas seis partidas para ficar com a taça – foram quatro vitórias e dois empates.
Pouco antes, o Estudiantes obteve o feito de ser bicampeão sem perder, único até aqui. O clube foi o que mais se beneficiou. Primeiro colocado em 68, fez quatro partidas no ano seguinte e 100% de aproveitamento. Já em 70, esteve em campo o mesmo número de vezes até encontrar a taça, sendo três vitórias e apenas um empate.
Sabemos que serão dois jogos muito difíceis, mas nosso grupo está muito focado. Queremos entrar para a história do Corinthians"
Paulinho
O Santos, eliminado pelo Timão nas semifinais deste ano, também conquistou a Libertadores de forma invicta. Na temporada 63, um ano depois de seu primeiro título, confirmou o favoritismo, liderado por Pelé. Nos quatro jogos que fez, conseguiu três vitórias e um empate.
A sequência do Peixe, porém, foi quebrada em 64 por um clube que passou por todas as fases do torneio. O Independiente eliminou os paulistas e conquistou o título contra o Nacional-URU. Mesmo assim, também não jogou tanto para ser campeão. Foram sete partidas, com cinco vitórias e um empate.
O primeiro campeão invicto da Libertadores foi o Peñarol-URU, justamente na edição de estreia do torneio, em 1960. Os uruguaios ficaram com o troféu depois de sete confrontos (três vitórias e quatro empates).
A diferença do Corinthians está no número de partidas. O Timão seria campeão invicto com 14 jogos. Até o momento, a equipe dirigida por Tite acumula sete vitórias e cinco empates. Restam apenas mais dois duelos para, enfim, entrar para o grupo dos  campeões da América. Invicto, o sabor será melhor ainda.
– Sabemos que serão dois jogos muito difíceis, mas nosso grupo está muito focado nesse objetivo. Queremos entrar para a história do Corinthians – disse o volante Paulinho.

UFC COMBATE




Assim com Dana White, publicações americanas se surpreendem com as palavras do campeão dos pesos-médios, que enfim respondeu a Sonnen


Mini header anderson silva e Chael sonnen luta do século 2 (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Não foram apenas os brasileiros e Dana White que se surpreenderam com o tom das declarações de Anderson Silva durante uma coletiva de imprensa por telefone nesta segunda-feira. Acostumada a ver o Spider escutar calado quase todas as provocações e alfinetadas vindas de Chael Sonnen, há quase dois anos, a imprensa americana repercutiu com espanto as palavras agressivas do lutador brasileiro. O lutador enfim resolveu "chutar o balde", afirmando que vai dar uma lição em seu oponente no duelo do dia 7 de julho.
Anderson Silva USA Today (Foto: reprodução USA Today)USA Today ressalta as ameaças do campeão dos
UFC (Foto: reprodução USA Today)
Para o jornal ''Los Angeles Times'', o campeão dos pesos-médios do UFC deixou de lado sua postura comedida e quieta por alguns minutos. A publicação lembrou das provocações que Sonnen disparou nos últimos meses e ressaltou: ''Anderson finalmente deu o troco''.
O ''USA Today'' destacou em sua manchete uma das ameaças feita pelo Spider, que prometeu quebrar braços, pernas e os dentes de seu desafeto na revanche de Las Vegas: ''Silva ameaça os membros e a face de Sonnen antes do UFC 148''. O jornal americano também afirmou que Anderson largou por alguns minutos sua faceta pouco comunicativa diante da imprensa para ''cuspir fogo''.
Manchete os Angeles Times Anderson Silva (Foto: reprodução Los Angeles Times)Manchete do Los Angeles Times também traz
Anderson Silva (Reprodução Los Angeles Times)
A manchete do jornal ''Las Vegas Sun'' enalteceu a declaração em que Anderson garantiu que daria uma lição ao americano, uma vez que seus pais não o educaram da forma correta:'' Sem se segurar mais, Anderson Silva dá bronca e ameaça Sonnen''.A publicação de Nevada também lembrou que, normalmente, o Spider não responde as perguntas da imprensa americana com mais de uma frase: ''Sonnen tem zombado do legado de Silva e de sua herança brasileira. Depois de ficar em silêncio na maioria das vezes, Anderson chegou ao seu limite neste segunda feira. Pela primeira vez, Sonnen não estava no centro das atenções. Ele mal teve chance de falar''.
O confronto mais esperado do ano vai ocorrer no UFC 148, dia 7 de julho, em Las Vegas, valendo o cinturão dos médios do Ultimate. Na primeira vez em que se enfrentaram, Sonnen castigou o campeão por quatro rounds e meio, mas foi finalizado por um triângulo no fim.
CARD PRINCIPAL
Anderson Silva x Chael Sonnen
Tito Ortiz x Forrest Griffin
Cung Le x Patrick Côté
Demian Maia x Dong Hyun Kim
Ivan Menjivar x Mike Easton
Chad Mendes x Cody McKenzie


CARD PRELIMINAR
Gleison Tibau x Khabib Nurmagomedov
Melvin Guillard x Fabrício "Morango" Camões
Riki Fukuda x Costa Philippou
John Alessio x Shane Roller
Yoislandy Izquierdo x Rafaello Oliveira

NOTICIAS

Ex-atacante, que eliminou Corinthians no Morumbi, administra parque em Buenos Aires e vê time do coração mais experiente para o título


Dia 17 de abril de 1991, Morumbi, oitavas de final da Taça Libertadores. Jogo de volta. O zagueiro Guinei, do Corinthians, tem a bola dominada pelo lado esquerdo do gramado, mas vacila. Vacilo que só foi fatal porque um argentino se atirou loucamente à sua frente, deu um carrinho, roubou a bola e teve categoria de sobra para, de fora da área, encobrir o goleiro Ronaldo e carimbar a classificação do Boca Juniors para as quartas de final, eliminando o Timão (assista ao lance no vídeo). O jogo terminou 1 a 1. Na ida, em Buenos Aires, os argentinos haviam vencido por 3 a 1 (vídeo abaixo).
Até hoje, os torcedores corintianos não se esquecem do erro de Guinei. E os do Boca não se cansam de recordar a mistura de raça e técnica de Graciani. Quem garante é o próprio ex-atacante. O GLOBOESPORTE.COM achou Alfredo Oscar Graciani em Buenos Aires. Aposentado desde 1999, ele trabalha na Secretaria de Esportes da capital argentina, na administração do Parque Sarmiento, distante do centro da cidade.
 Chamado de Murciélago (Morcego) pela fanática torcida do Boca, Graciani parece trabalhar na caverna do Batman. Fria, escura, bem diferente da calorosa Bombonera. Quando soube que um jornalista brasileiro o procurava, pensou que fosse brincadeira.
- Nós fazíamos essa piada na minha época de jogador. Dizíamos que jornalistas estavam procurando. Havia muito menos do que hoje em dia, não é?
Até a final da atual edição da Libertadores, aquele duelo entre Boca e Corinthians era o mais importante da história dos confrontos entre os dois times. E Graciani aposta que, em 2012, a história terá o mesmo fim que em 91. Ídolo do Boca, muito mais pela identificação com a torcida do que por títulos, o ex-jogador não é um profundo conhecedor do Corinthians. Tanto que, para ele, o Emerson que joga na equipe alvinegra é o ex-volante que disputou as Copas do Mundo de 1998 e 2006, já aposentado. Mesmo assim, ele palpita e corneta o time de Tite.
Alfredo Graciani, ex-jogador do Boca Juniors (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)Graciani hoje administra um parque de Buenos Aires
(Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)
- O Corinthians não me parece uma grande equipe. Nunca foi campeão ou chegou a esta fase, essa pressão joga contra. Creio que seja muito importante para eles, pena que cruzaram com o Boca e seus jogadores, que sabem muito bem como é ganhar a Libertadores - afirmou.
O discurso tem um forte tom de paixão. Graciani costuma dizer que sua vida é o Boca. Na quarta-feira estará na Bombonera para ver o time do coração, no primeiro jogo da decisão. E para ele, a experiência de Riquelme pode fazer diferença. O camisa 10 é candidato a ser o que o Morcego foi em 91: algoz do Corinthians. Além do famoso gol do Morumbi, ele também fez no jogo em casa. Mas o que está na memória é mesmo o que contou com a “ajuda” de Guinei.
- Eu me lembro perfeitamente. O zagueiro tem a bola. Eu aperto, roubo, encaro o goleiro e coloco por cima dele. Um lindo gol! Acredito que a torcida do Boca se lembre. Era muito difícil para equipes argentinas jogar no Brasil, quase sempre perdiam. Mas contra o Corinthians fomos muito bem e esses gols são importantes para mim.
Após passar pelo Timão nas oitavas, o Boca eliminou o Flamengo nas quartas, mas parou no Colo Colo na semifinal. O time chileno conquistaria seu primeiro título da competição ao vencer o Olimpia, do Paraguai, na decisão.
Graciani: experiência faz diferença na decisão
Parceiro de Batistuta no ataque de 1991, Graciani aponta uma característica que se aprimora na equipe azul e amarela desde aquela época: saber jogar como visitante. Por isso, em sua visão pouco imparcial, uma vitória na Bombonera praticamente sela o heptacampeonato.
E para conquistar essa vitória, Riquelme, de 34 anos, é o trunfo. As cobranças de faltas, escanteios e seus passes precisos para os companheiros são as maiores esperanças do Morcego em uma equipe que também não enche seus olhos. Para Graciani, autor do gol histórico de 91, os finalistas da Libertadores praticamente se equivalem na força defensiva. Mais uma razão para apostar na experiência do Boca.
Alfredo Graciani, ex-jogador do Boca Juniors (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)Graciani vê o Boca Juniors mais preparado para o título deste ano  (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)
- Defensivamente o Corinthians é bom, tem bons zagueiros. Tenho a sensação de que as equipes são muito parecidas e, nesta fase, pesam jogadores com mais experiência, rodagem no campo de jogo e na Libertadores - definiu Graciani.
Hoje aos 47 anos, ele decidiu se aposentar aos 34 por não aceitar jogar em clubes menores, já em condições físicas piores. Virou comentarista de televisão, chegou a trabalhar no Boca e, desde 2008, atua na administração do Parque Sarmiento ao lado de outro ex-atleta do clube, Walter Pico. Ele foi colocado no cargo pelo prefeito Mauricio Macri, ex-presidente do Boca Juniors.
Pai de cinco filhos, frutos de dois casamentos, ele deu um leve sorriso ao saber que Guinei até hoje é lembrado pela falha em seu gol. Um sorriso quase cruel, que revela orgulho em um rosto que tem história e vive escondido em Buenos Aires, mas sempre dedicado ao Boca.

Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...