domingo, 11 de novembro de 2012

BRASILEIRAO 2012


DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Fred
    Fred resolveu condensar em um jogo todo o ótimo campeonato que faz. Marcou dois gols e levou Maurício Ramos a marcar contra. Acabou com a partida.
  • pelo alto
    desespero
    No desespero para vencer o jogo de qualquer jeito, o Palmeiras alçou 32 bolas na área do adversário, o dobro do Fluminense no mesmo quesito.
  • lance capital
    Cavalieri
    Aos 30 minutos do 2º tempo, com o jogo empatado, Maurício Ramos mandou uma pancada, e Cavalieri espalmou. Pouco depois, o Flu fez mais um.
Melhor ataque. Melhor defesa. Maior número de vitórias. Goleador do campeonato. E campeão. Quatro vezes campeão - tantas vezes campeão, como diz seu hino. A contagem regressiva do Fluminense terminou neste domingo, em Presidente Prudente, com a vitória de 3 a 2 sobre um Palmeiras agonizante, que cambaleia rumo à Série B. A supremacia foi tão grande, a campanha foi tão superior, que os tricolores se permitem o luxo de transformar em festa as três rodadas finais do Brasileirão.
Fred foi decisivo, destruidor. Fez dois gols e forçou Maurício Ramos, do Palmeiras, a marcar outro contra. De nada adiantaram os gols de Barcos e Patrick Vieira para o Verdão. O rebaixamento é iminente para os paulistas. O título é definitivo para os cariocas.
- Estou muito feliz porque, depois de uma história de luta e sacrifício no clube, a gente vê uma equipe jogar com tanta dedicação desde a primeira partida, quando poupamos jogadores para a Libertadores - afirmou Fred, ainda em campo.
E vale o clichê: parece que tem que ser sempre com um sofrimento danado, sempre com uma emoção desumana. O Fluminense abriu 2 a 0, cedeu o empate e fez mais um perto do final. O empate do Atlético-MG com o Vasco em São Januário não deixou ressalvas. Não há mais tempo, espaço, rodadas que tirem o título do Tricolor.
Com o resultado, o time do multicampeão Abel Braga foi a impressionantes 76 pontos. Tem dez a mais do que o Grêmio, que assumiu a vice-liderança ao bater o São Paulo. O Palmeiras, com 33, vive o inferno. É o 18º, sete abaixo do Bahia, o primeiro fora da linha da queda - e que joga neste domingo.
No próximo domingo, o Fluminense recebe o Cruzeiro às 17h, no Engenhão. No mesmo dia, o Palmeiras visita o Flamengo em Volta Redonda.
Fred Fluminense campeão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Fred nas alturas: atacante marca dois gols e tem 19 no nacional (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
A diferença é Fred
Se Fred tiver uma chance, até pode acontecer de perder. Se tiver uma segunda, vá lá, existe a chance de a bola não entrar. Mas uma terceira há de ser fatal. O primeiro tempo em Presidente Prudente parecia avisar que chegaria o momento em que o centroavante desequilibraria a balança da partida, bastante parelha. Pois chegou.
O camisa 9, tão decisivo ao longo de todo o campeonato, alcançou todas as variantes em sua luta pelo gol. Na primeira chance, viu Bruno espalmar; na segunda, observou a bola bater na trave; na terceira, finalmente celebrou.
Ele cheira a gol. Porque o natural seria que o passe matemático de Rafael Sobis, aos 45 minutos, já rendesse gol na conclusão de Wellington Nem. Mas não. Bruno espalmou. E Fred estava lá, munido desse ímã que parece ter nas chuteiras - sempre hipnotizando a bola na sua direção.
O gol foi precedido por forte equilíbrio das duas equipes - os mandantes perderam Henrique, que levou uma pancada de Bruno nas costelas. Se o Fluminense tinha Fred à espreita, o Palmeiras contava com Barcos sempre disposto a incomodar. De costas, acossado por Gum, ele conseguiu girar, mas concluiu para fora aos 18 minutos. Pouco depois, teve uma chance rara. Na pequena área, mal marcado, subiu livre. E cabeceou para fora.
A afobação do Palmeiras foi visível. No início do jogo, até conseguiu controlar o jogo, deixar a bola sob seu domínio - mas sempre acelerando as jogadas mais do que a partida pedia. No desespero, exagerou em jogadas aéreas. Tentou otimizar seus ataques, buscou atalhos, correu contra o relógio. Acabou tendo apenas 42% de posse nos 45 minutos iniciais e não mais que quatro finalizações. O Flu arriscou a gol dez vezes.

Diego Cavalieri Fluminense campeão (Foto: Nelson Perez / Flickr do Fluminense)Cavalieri comemora título: goleiro foi outra vez fundamental (Foto: Nelson Perez / Flickr do Fluminense)
O sofrimento, sempre ele
Não poderia dar mais certo. Mal começava o segundo tempo em Presidente Prudente, e o Vasco alcançava o gol de empate com o Atlético-MG em São Januário. A combinação de resultados dava o título ao Fluminense. Não precisava de mais nada. Era só esperar o tempo passar, manter tudo como estava. Mas os tricolores queriam mais. E tiveram mais - para o bem e para o mal.
Fred, aquele que cheira a gol, aquele que tem ímãs que chamam bolas nas chuteiras, foi novamente decisivo - involuntariamente, mas foi. Aos oito minutos, ele se deslocou para a ponta direita e decidiu cruzar para a área, onde estava Sobis - que antes, em posição duvidosa, tivera um gol anulado. No meio do caminho, a bola desviou em Maurício Ramos e encobriu Bruno. Era o segundo gol. Era a mão na taça. Era o prenúncio do título.
Será? Faltava combinar com o Palmeiras. Por mais trôpego que estivesse, por maior que fosse o desespero alviverde, ainda havia vida no adversário. E havia Barcos. Após cobrança de escanteio, a bola ficou viva na área e rumou na direção do Pirata. Ele não perdoou. Renascia a esperança.
Eram 15 minutos. Quatro depois, o empate. Novo cruzamento da direita, novo cabeceio, desta vez de Patrick Vieira. E novo gol! Incrível: o 2 a 2 mudava tudo, tirava o título antecipado do Fluminense, renascia o Atlético-MG em São Januário, dava alento ao Palmeiras.
O gol revolucionou a partida. Com ele, o Alviverde resolveu se jogar de vez para o ataque. Passou a agredir o Fluminense, que ganhava espaço para o contra-ataque - em um deles, Marcos Júnior foi puxado, mas a arbitragem não marcou nada. Maurício Ramos, aos 30 minutos, só não virou a partida porque Diego Cavalieri fez defesa assombrosa.
O Fluminense seguia ameaçando. Fred teve uma chance. Não fez. Mas faria depois. Faria porque sempre faz, porque cheira a gol, porque tem ímãs nas chuteiras. Eram 43 minutos do segundo tempo. Jean, novamente gigantesco, cruzou da direita, e o centroavante fez.
Gol do Fluminense, gol do título, gol do campeão, do tetracampeão, do clube tantas vezes campeão. Gol da equipe que mais fez gols e que menos tomou. Gol da equipe de Diego Cavalieri, de Jean, de Gum, de Thiago Neves, de Abel Braga. E de Fred...

CORINTHIANS


DESTAQUES DO JOGO
  • arbitragem
    foi pênalti?
    Em lance duvidoso, Ronan Marques da Rosa marcou pênalti após uma dividida entre Guerrero e Denis Neves. Chicão cobrou e abriu o placar.
  • deu certo
    abafa
    O Corinthians apostou em sufocar o Coritiba no início e teve resultado. Em 19 minutos, fez três gols e garantiu mais uma vitória no Brasileiro
  • deu errado
    defesa do Coxa
    Desorganizado, o setor deu muito espaço aos rápidos atacantes do Corinthians e viu qualquer chance de vitória acabar logo no início do jogo.
Dezenove minutos de jogo, 71 minutos de festa dos 22 mil torcedores do Corinthians presentes no Pacaembu. De um lado, a intensidade que Tite tanto cobra para vencer o Mundial de Clubes. Do outro, a sonolência que Marquinhos Santos não projetou nem em pesadelo. Com três gols antes da metade do primeiro tempo, o Timão transformou a noite de sábado da Fiel em um baile e goleou o Coxa sem piedade por 5 a 1, pelo Campeonato Brasileiro. Sobrou tempo para a Fiel gritar "olé" e provocar o arquirrival Palmeiras, com os gritos de "você vai cair, Porco!".

Foi a terceira vitória seguida dos paulistas, que pularam para sexto, com 53 pontos, contra 45 dos paranaenses, em 11º. O resultado, porém, pouco importou para os times que não lutam pelo título e muito menos correm risco de rebaixamento. A nota triste do jogo foi a invasão a campo de um torcedor corintiano que, mesmo sem uma das pernas, conseguiu pular o alambrado e precisou ser derrubado por um policial.
O gramado encharcado pela forte chuva que caiu sobre São Paulo antes da partida não foi suficiente para segurar o Corinthians. Rapidamente, o Timão impôs velocidade diante de um Coxa vulnerável na marcação. Chicão marcou em cobrança de pênalti duvidoso sofrido por Guerrero. Fábio Santos e Paulinho, em chutes com desvios na zaga, aumentaram. Deivid descontou. No segundo tempo, Guerrero e Paulinho, ambos de cabeça, fecharam o placar.
- Jogamos para c*** - disse o centroavante peruano, mostrando que já sabe falar palavrão em português.
Mais do que a vitória, a boa atuação serviu para Tite aprovar o esquema com um centroavante no ataque. Favorito a uma das vagas, Guerrero teve boa atuação e ganhou ainda mais pontos para ser titular no Japão. Martinez e Jorge Henrique também crescem neste momento de decisão. Danilo, Emerson e Douglas são os outros candidatos a uma vaga no time.
Restam apenas três rodadas para o encerramento do Campeonato Brasileiro e ambos os clubes apenas cumprem tabela. No domingo, o Corintihans visita o Internacional, às 19h30m, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Já o Coritiba recebe o Vasco, no mesmo horário, no Couto Pereira.
Chicão gol Corinthians (Foto: Ale Cabral / Futura Press)Chicãocomemora o primeiro gol do Corinthians (Foto: Ale Cabral / Futura Press)
Timão começa com tudo
O Coritiba bem que tentou surpreender o Corinthians, mas a estratégia durou apenas três minutos. Foi o tempo que o Timão precisou para se ajustar e disparar no placar. Na primeira jogada de ataque efetiva, Guerrero escapou de um marcador, dividiu com Denis Neves na área e o árbitro Ronan Marques da Rosa marcou pênalti. Chicão bateu, Vanderlei quase pegou...Timão 1 a 0.
O gol fez o Corinthians abrir a defesa paranaense e encontrar os espaços que necessitava para aumentar o controle. A sorte também não esteve do lado alviverde. Aos 18, Fábio Santos pegou rebote fora da área e chutou forte. A bola desviou em dois defensores e enganou o goleiro. O Timão queria mais. No minuto seguinte, Paulinho apareceu pela direita e bateu cruzado. De novo, a bola encontrou um jogador adversário e morreu na rede.
Com três gols em menos de 20 minutos, o Alvinegro tirou o pé do acelerador e passou a administrar o placar. Melhor para o Coxa, que não desistiu de reagir e passou a atacar mais vezes. Em uma das poucas falhas da defesa corintiana, Victor Ferraz cruzou rasteiro da direita e Deivid apareceu na segunda trave para desviar e descontar.
A reação, porém, não veio. O Corinthians despertou novamente e impediu qualquer pressão dos visitantes. A vantagem poderia voltar a três gols novamente se um desvio de Martinez após escanteio de Douglas não tivesse encontrado o travessão.
Passeio na etapa final
Com a vitória praticamente garantida, a Fiel aproveitou para provocar o rival Palmeiras. No retorno dos jogadores do intervalo, os torcedores corintianos passaram a cantar “Você vai cair, Porco”, em alusão ao péssimo momento do Verdão na luta contra o rebaixamento.
Dentro de campo, o Timão não diminuiu o ritmo, mas passou a esperar o Coritiba tentar atacar para aproveitar os espaços. Deu certo. Em lindo chute de fora da área, Paulinho só não ampliou graças a Vanderlei. Logo em seguida, Danilo, que entrara no lugar de Martinez, cruzou na medida para Guerrero fazer de cabeça o quarto gol.
O Coxa se descontrolou definitivamente. Se no ataque as chances já eram mínimas, a defesa colaborou mais um pouco para o Corinthians aumentar a goleada. Após cobrança de escanteio de Douglas, Paulinho subiu entre os defensores rivais e fez 5 a 1.
A partir disso, o Pacaembu entrou em êxtase. Gritos de “olé” ecoaram pelas arquibancadas a cada troca de passes. Pereira ainda foi expulso depois de cometer falta em Jorge Henrique. A três jogos do Mundial, a Fiel conta as horas para ver o Timão no Japão. E Tite vai quebrar a cabeça para decidir quais serão os atacantes titulares.

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