sexta-feira, 2 de agosto de 2013

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Ator, torcedor do Vitória, acompanhou a partida contra o Botafogo nesta
quinta-feira, mas foi convidado a mudar de setor e ir para um camarote


O Maracanã contou com a presença ilustre do ator Wagner Moura nas arquibancadas na noite desta quinta-feira. Torcedor do Vitória mas morador do Rio de Janeiro, ele aproveitou a passagem do clube baiano pela cidade, para enfrentar o Botafogo, e compareceu ao estádio.
O curioso é que, enquanto se divertia com o filho Bem nas cadeiras, Wagner Moura foi convidado, no melhor "estilo Capitão Nascimento", seu personagem do filme "Tropa de Elite", a sair do local, mas para subir para um camarote do estádio do Maracanã. Seguido pelo filho, prontamente acompanhou a funcionária. Apesar da cortesia recebida, no final, Wagner Moura não teve muito o que comemorar, já que o Botafogo venceu o Vitória por 2 a 0.
Wagner Moura costuma desfilar com a camisa do Vitória e sempre participa de campanhas institucionais promovidas pelo clube rubro-negro. Após dez jogos, o Vitória soma 15 pontos e ocupa a sétima colocação.
Ator Wagner Moura no Maracanã (Foto: Reprodução SporTV)Wagner Moura compareceu ao Maracanã com o filho Bem, para assistir ao Vitória (Foto: Reprodução SporTV
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BRASILEIRAO 2013


Time carioca, sem Juninho, segura 1 a 0 até os 41 minutos do segundo tempo, mas cede à pressão no fim. Pedro Ken e Walter marcam os gols

  • o nome do jogo
    Walter
    Acima do peso, o atacante levou perigo ao Vasco. Marcou um gol em suas três finalizações, maior número do jogo, e fez duas jogadas de linha de fundo.
  • deu certo
    início vascaíno
    Dorival escalou Fillipe Soutto, e não Edmilson, no lugar de Juninho. O time começou bem, trocando passes rápidos, mas caiu de rendimento após o gol.
  • estatística
    finalizações
    O Goiás, que teve 57% de posse de bola, concluiu a gol 13 vezes. O Vasco, que recuou após abrir o placar, teve apenas quatro finalizações.
De tanto insistir e lutar, o Goiás foi premiado ao arrancar um empate por 1 a 1 com o Vasco perto do fim da partida, na noite desta quinta-feira, no Serra Dourada. Walter, de pênalti, acalmou os ânimos dos torcedores aos 41 do segundo tempo e evitou a derrota. O time carioca abriu o placar com Pedro Ken no início, mas deixou a eficiência de lado e não foi capaz de garantir a terceira vitória seguida no Brasileirão - desta vez, sem Juninho - e a primeira fora de casa.
Apesar do mando de campo esmeraldino, o estádio ficou dividido. Foram 17.926 pagantes (com renda de R$ 399.245,00), e os cruz-maltinos compareceram em peso. O resultado deixa o  Goiás em 11º lugar, com 13 pontos. No domingo, visita o Atlético-PR, às 16h (de Brasília). Já o Vasco está em oitavo, com 14, e tem pela frente o Botafogo, às 18h30m (de Brasília), no mesmo dia, no Maracanã.  

- Faltou um pouco de capricho nos contra-ataques, tivemos oportunidades, mas não conseguimos a chances de gol - avaliou o camisa 23, na saída do gramado.
O lateral Fagner, que fez sua reestreia pelo time carioca, lamentou não ter matado o jogo nos espaços que surgiram.
O gordinho Walter, um dos destaques do jogo, lamentou que o Goiás tenha saído atrás no placar mais uma vez, a exemplo do que acontecera na derrota por 2 a 1 para o Bahia e na vitória pelo mesmo placar sobre a Portuguesa.
- Nosso time vem sempre jogando bem e não vem vencendo. Precisamos ter um pouco mais de calma, pois toda vez estamos tomando o gol primeiro e precisamos correr atrás. Foi um jogo difícil, e o empate não é um mau resultado.
Walter e Renato Silva Goias x Vasco (Foto: Renato Conde / Ag. Estado)Walter e Renato Silva duelam no campo de ataque dos esmeraldinos (Foto: Renato Conde / Ag. Estado)
Início promissor do Vasco
Talvez ainda seja cedo para afirmar, mas parece que o Vasco respira mesmo novos ares na temporada. Não só com a chegada de Juninho o time ganhou novas armas. A confiança e a atitude também cresceram. O início do jogo contra o Goiás, o primeiro fora do Rio de Janeiro com Dorival Júnior, reforça essa tese, pelo menos. Com trocas de passe rápidas e domínio territorial, acuou o rival na primeira metade da etapa. André, de cabeça, e Eder Luis, de longe, quase marcaram.
Antes que o Esmeraldino se acertasse em campo, saiu o primeiro gol. Yotún cruzou da esquerda aos 15, e Pedro Ken, sozinho, completou para a rede, já na pequena área. Com a vantagem, aos poucos, o Vasco passou a dar espaços, e o Goiás cresceu. Mais através das bolas aéreas, em que a marcação era falha. Walter, apesar de demasiadamente parrudo, se mexia muito e incomodava a defesa. Aos 30, Diogo Silva fez milagre em cabeçada de Hugo.
Goiás pressiona e leva o empate
Com uma sucessão de erros, o mandante diminuiu o ímpeto antes do apito final e irritou a torcida. A ponto de apenas Walter ser poupado das críticas da torcida no intervalo. Mas o panorama mudou com o recomeço da partida. Limitando-se aos contra-ataques, os cariocas chamaram o Goiás, que buscava a pressão. Mas chance clara, de fato, só veio em chute de Hugo, que passou rente à trave. A ampla posse de bola fazia pouca diferença.
Eder Luis Vasco x Goiás (Foto: Adalberto Marques / Ag. Estado)Eder Luis tenta a jogada para cima de Vitor
(Foto: Adalberto Marques / Ag. Estado)
Mais experiente e tranquilo com o placar, o Vasco se segurava e só vacilava no último passe, incapaz de matar o jogo. Na realidade, finalizou apenas quatro vezes. Aproveitava-se, porém, da desorganização esmeraldina, cada vez mais abusando dos cruzamentos - agora já sem efeito. Júnior Viçosa entrou no lugar de Hugo, que ouviu uma sonora vaia. Dorival, por sua vez, mostrou que queria resolver a partida e mandou o atacante Edmílson no lugar do volante Wendel, cansado.
Leonardo e Fagner ainda entraram para esfriar o rival. Quando tudo se encaminhava para que a ausência de Juninho quase não fosse lembrada no Vasco, um pênalti ofereceu a oportunidade de colocar igualdade no placar. O lance foi polêmico porque, ao desviar em Tartá, a bola tira Rafael Vaz de ação e encontra William Matheus em impedimento. Diogo Silva ainda conseguiu tirar dos pés dele, mas chegou atrasado numa segunda dividida e derrubou Viçosa. Walter cobrou e empatou, para alívio dos goianos, que ainda tentaram virar, mas não dava mais tempo
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BRASILEIRAO 2013


Camisa 10 pede calma com avaliações sobre o jovem Vitinho, autor de um dos gols no 2 a 0 sobre o Vitória nesta quinta-feira, no Maracanã


Vitinho e Seedorf comemoram, Botafogo x Vitória (Foto: Pedro Martins/Agência Estado)Vitinho e Seedorf comemoram gol do Bota
(Foto: Pedro Martins/Agência Estado)
A vitória do Botafogo por 2 a 0 sobre o Vitória, nesta quinta-feira, que deu ao Alvinegro a liderança do Campeonato Brasileiro, teve a presença de 19 mil torcedores. Seedorf, que havia feito uma convocação na véspera, ficou feliz com a resposta da arquibancada e também com o desempenho do time dentro de campo.
E o camisa 10 fez sua parte. Deu duas assistências, para Vitinho e Elias, e mais uma vez comandou a equipe. Ele destacou a importância de o Bota somar pontos e deixar alguns dos concorrentes pelo título para trás.
- A torcida atendeu. Chegaram e vai crescer. Entendemos que este horário tem muita gente trabalhando, mas já foi muito melhor. Nós correspondemos dentro de campo. Todos os pontos que fizermos agora podem valer muito lá na frente, o caminho pode começar a ser indicado agora. Já estamos a oito, dez pontos de alguns favoritos. Todos deram o máximo, conseguimos um bom padrão. O adversário era bom, mas enfrentaram um Botafogo forte e determinado - analisou o craque.
 Seedorf comentou sobre Vitinho e disse que é preciso ter calma com o promissor meia, de 19 anos.
- Foi um gol do grupo, uma jogada linda, trabalhada. Ele tem que crescer muito ainda. Não podemos colocar a ênfase no Vitinho. Fez um ótimo jogo, mas precisa crescer ainda.
O resultado deixou o Botafogo com 20 pontos. No domingo, o time volta ao Maracanã, desta vez para disputar o clássico com o Vasco
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Pelo Troféu Joan Gamper, atacante faz primeiro jogo no estádio catalão, justamente contra o Peixe, clube que o revelou


Neymar e Neilton - Barcelona (Foto: Reprodução/Instagram)Neymar dá camisa do Barça para seu sucessor
no Santos, Neilton (Foto: Reprodução/Instagram)
Neymar, a criatura. Santos, o criador.Barcelona, o anfitrião. Há muito tempo o Troféu Joan Gamper, amistoso que marca a apresentação do elenco do Barça aos torcedores catalães, não era aguardado com tanta expectativa. Nesta sexta-feira, às 16h30m (de Brasília), o camisa 11 vai jogar, pela primeira vez, ao lado do quatro vezes melhor jogador do mundo, Lionel Messi, além de estrear em sua nova casa: o Camp Nou. A TV Globo exibe o jogo ao vivo para todo o país. O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partida em tempo real com informações e vídeos a partir das 15h30m (de Brasília).
O amistoso faz parte da negociação entre Santos e Barcelona por Neymar. Além da compensação financeira ao Santos (€ 17,1 milhões, cerca de R$ 52 milhões), foram acertados dois jogos entre as equipes, um na Espanha, outro no Brasil – ainda sem data e local definidos. Caso a partida em solo brasileiro não ocorra, o Peixe recebe € 4,5 milhões (R$ 13,63 milhões). Todas as despesas da viagem do Santos para a Catalunha estão sendo bancadas pelo Barça.
A escalação do Barça não foi revelada - não se sabe nem se Neymar será titular, ao lado de Messi. O ex-santista entrou em campo durante o segundo tempo do amistoso com o Lechia Gdansk, na Polônia, na última terça-feira - o jogo terminou empatado em 2 a 2, e o argentino já havia sido substituído quando Neymar entrou. A parceria entre os dois é aguardada desde que eles se encontraram pela primeira vez, em um amistoso da seleção brasileira contra a Argentina, em 2010.
Jogo também marca a estreia do técnico argentino Gerardo Martino no Camp Nou
Os torcedores que adquiriram os ingressos só para observar a dupla de perto, no entanto, terão de ter um pouco de paciência, já que Neymar, assim como os espanhóis que iniciaram a pré-temporada apenas esta semana – como os também badalados Xavi e Iniesta – devem ser opção somente no decorrer do encontro , que tem substituições ilimitadas.
Os Meninos da Vila, por sua vez, aguardam com ansiedade o reencontro com Neymar, mas reconhecem: será estranho ter o ex-companheiro do outro lado do gramado. A amizade é grande. Tanto que, na noite anterior ao jogo, o jogador do Barça visitou a delegação do Alvinegro no hotel, jantou com os atletas e os presenteou com camisas do time catalão.
Outro atrativo do jogo é a estreia de Gerardo "Tata" Martino no comando do Barcelona. O argentino assumiu o time após a saída de Tito Vilanova, que luta contra um tumor na glândula parótida. Ausente contra Valerenga, da Noruega (7 a 0) e Lechia Gdanski, da Polônia (2 a 2), o ex-técnico do Newell's Old Boys, que conduziu os "Leprosos" às semifinais da Libertadores deste ano, estará pela primeira vez no banco do Camp Nou.
O detalhe é que Martino poderia estar do outro lado. Isso porque o Santos tentou a contratação do argentino após demitir Muricy Ramalho, mas não teve sucesso. Sem ele, o Peixe investiu em Claudinei Oliveira, treinador promovido da equipe sub-20 e que, mesmo em meio a seguidas especulações, seguiu no cargo para liderar a nova safra de Meninos da Vila, encabeçada por jovens como Leandrinho, Giva e Neilton - este último o mais assediado pela imprensa espanhola desde a chegada santista a Barcelona, na terça-feira.
BARCELONA X SANTOS
Pinto (Victor Valdés), Montoya (Daniel Alves), Sergi Gómez (Piqué), Bartra (Mascherano) e Adriano (Jordi Alba), Song (Sérgio Busquets), Dos Santos (Xavi) e Sergi Roberto (Iniesta), Alexis, Messi e NeymarAranha; Rafael Galhardo, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Cícero, Leandrinho e Montillo; Thiago Ribeiro e Neilton
Técnico: Gerardo MartinoTécnico: Claudinei Oliveira
Horário: 15h30 (de Brasília); Local: Camp Nou, Barcelona
O amistoso é encarado de formas diferentes nos dois lados. No Barcelona, é a oportunidade de, pela primeira vez na pré-temporada, reunir o elenco todo para readquirir ritmo de jogo Já o Santos, em meio ao Campeonato Brasileiro (e que, por conta da viagem a Espanha, teve os jogos contra Internacional e Náutico adiados), além da experiência rara de encarar o Barça no Camp Nou, tem a esperança de apagar a imagem deixada no último encontro diante dos catalães: a final do Mundial de Clubes de 2011, vencida pelo clube espanhol por 4 a 0.
Em 1998, na única vez que os dois times decidiram o Joan Gamper, o Barcelona levou a melhor: depois de um empate em 2 a 2 no tempo normal (Anderson Lima e Adiel para o Alvinegro; Rivaldo e Figo para os catalães), vitória nos pênaltis por 5 a 4. No reencontro, cercado de expectativas que giram em torno de Neymar, será a chance da revanche santista?
Neymar Messi treino Barcelona (Foto: MIguel Ruiz / FC Barcelona)Messi e Neymar, agora parceiros, em treino do Barcelona (Foto: MIguel Ruiz / FC Barcelona
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Bicampeão mundial da prova fica atrás apenas do algoz francês Florent Manaudou nas eliminatórias. Marcelo Chierighini se classifica em oitavo

A saída ainda não está do jeito que Cesar Cielo queria. Ainda assim, o bicampeão mundial dos 50m livre garantiu com tranquilidade a classificação para as semifinais da prova mais rápida da natação, nesta sexta-feira, no Mundial de esportes aquáticos de Barcelona. Com o segundo melhor tempo, atrás apenas do algoz francês Florent Manaudou, o brasileiro começou bem sua luta pelo tricampeonato inédito e avançou para a disputa da tarde. Em oitavo lugar no geral, Marcelo Chierighini também garantiu a classificação. As semis serão disputadas ainda nesta sexta, a partir das 13h (horário de Brasília).
Cesar Cielo, da natação, no Mundial de Barcelona (Foto: Satiro Sodré / SS Press)Cesar Cielo faz o segundo melhor tempo das eliminatórias dos 50m livre (Foto: Satiro Sodré / SS Press)
Nadando na última das 11 séries das eliminatórias dos 50m livre, Cesar Cielo teve uma prévia nesta sexta do provável duelo contra o francês Florent Manaudou na final. Medalhista de  ouro nos 50m borboleta em Barcelona, o brasileiro nadou na raia ao lado do atual campeão olímpico da prova. Ele acompanhou o ritmo do rival até o fim, mas bateu em segundo, em 21s76. O favorito ao título fez 21s72.
- Foi uma manhã tranquila. Achei os tempos até um pouquinho acima do que eu estava esperando. Não pensei que 22s2 fosse entrar tão fácil assim (nas semifinais). Foi tranquilo, mas tenho que melhorar a saída. Ficou claro que a saída do Manaudou está muito boa. Acho que não é nem a minha saída que não está boa. A dele é que está muito boa. Tenho que melhorar os meus primeiros 15 metros de prova em relação a ele. Hoje à tarde, vou tentar buscar um bom tempo, quem sabe o melhor tempo da vida sem os trajes - disse Cielo, que pode ser o primeiro nadador a conquistar três títulos mundias nos 50m livre.
Marcelo Chierighini e Cielo , da natação, no Mundial de Barcelona (Foto: Satiro Sodré / SS Press)Marcelo Chierighini e Cesar Cielo largam lado a lado (Foto: Satiro Sodré / SS Press)
Um dia depois de disputar a final dos 100m livre, Marcelo Chierighini voltou para a piscina do Palau Sant Jordi nos 50m livre. O brasileiro, que terminou em sexo na prova mais longa, nadou ao lado de Cielo nesta manhã e terminou em terceiro lugar, com o tempo de 22s01. Na classificação geral, avançou para as semifinais em oitavo.
- Nos 100m livre, não me senti bem pela manhã. Mas me senti bem agora. Vi que dá para  melhorar a minha saída. Acho até que dei uma tremidinha ali. Tenho que ver o vídeo depois. Mas dá para fazer melhor. Estou empolgado para as semis - disse Chierighini.
Nos 100m borboleta, Thiago Pereira também garantiu vaga nas semifinais, com o 12° tempo das eliminatórias: 52s23. O russo Evgency Korotyshkin fez 51s55 e foi o mais veloz entre todas as séries, seguido pelo francês Chad Le Clos, com 51s88, e o húngaro Laszlo Cseh, com 51s89.
O Brasil ainda teve representantes em outras três provas, mas em nenhuma delas conseguiu avançar. Nos 50m borboleta, Daynara de Paula ficou em 20° lugar (26s68) e, nos 800m livre, Carolina Queiroz terminou em 26° (8m52s10). O revezamento 4x200m livre masculino brasileiro, formado por Nicolas Oliveira, Fernando Santos, João de Lucca e Vinícius Waked, fez o 11° tempo (7m15s97) das eliminatórias. O quarteto saiu da piscina chateado e discutindo sobre o que havia acontecido de errado.
- A última vez que conseguimos classificar para essa final foi em 2007. Então faz tempo que a gente está tentando. Está faltando um pouquinho mais de união e uma preparação para esse grupo de revezamento para tentar ter um desempenho melhor - disse Nicolas Oliveira.

UFC COMBATE


Brasileiro reclama de chance pelo cinturão dada a Alexander Gustafsson, segundo do ranking, em vez dele próprio, que é o primeiro: 'Acho frustrante'

Lyoto Machida aparece como candidato número 1 ao cinturão no ranking oficial do UFC na categoria dos meio-pesados (até 93kg), enquanto Alexander Gustafsson é o segundo. Mas isso não foi suficiente para dar ao brasileiro a chance de ser o próximo desafiante do campeãoJon Jones, e o o sueco acabou ficando com a vaga no UFC 165, dia 21 de setembro, no Canadá. Prestes a enfrentar o americano Phil Davis, sétimo colocado desse mesmo ranking, no UFC 163, na noite deste sábado, no Rio de Janeiro, Lyoto se disse frustrado com a escolha da organização por Gustafsson em vez dele próprio e fez um desabafo:
- Talvez eles (UFC) queiram o Jon Jones mais tempo como campeão. Vou chegar ali, vou estar muito bem preparado e não quero dar chance - disse em entrevista ao Combate.com.
Lyoto Machida UFC MMA (Foto: Ivan Raupp)Lyoto Machida vai estar em ação no UFC Rio 4, neste sábado (Foto: Ivan Raupp)
O ex-campeão da divisão, que já teve uma oportunidade de enfrentar Jon Jones, no UFC 140, quando foi finalizado no segundo round, colocou em xeque a maneira como as coisas foram feitas pelo Ultimate em relação à disputa de título:
- Não chegaram realmente a falar comigo, mas fiquei sabendo que o Jon Jones estava machucado (ele lesionou o dedão do pé na vitória sobre Chael Sonnen). Aí tinha uma luta (contra Phil Davis) e eu aceitei. Foi interessante que de repente marcaram a luta do Gustafsson. Não sei se já estava programado tudo isso, ou se realmente aconteceu.
Lyoto contou ainda que programou o aumento de peso na preparação para Davis e defendeu seu estilo de luta, criticado por muitos. Disse que a derrota de Anderson Silva para Chris Weidman abre caminho para que ele desça de vez para os médios (até 84kg) e comentou a bela e divertida relação de amizade com Glover Teixeira em meio a uma possível luta contra o mineiro, que também figura entre os tops da categoria. A seguir, veja a entrevista completa:
COMBATE.COM: Você está morando nos EUA agora. Voltar ao Brasil é especial?
LYOTO MACHIDA: Muito especial. Só de pisar no aeroporto, de falar mais português... É um momento muito feliz.
Quais são as principais diferenças entre EUA e Brasil? Prefere morar lá ou aqui?
Agora estou preferindo morar lá. Estou numa fase da minha carreira em que preciso treinar bem. Não que no Brasil não tenha treino, mas lá é um pouco diferente. Lá eu não construí um círculo de amizades ainda, então consigo focar mais e treinar melhor. Consigo encontrar as pessoas certas para o que eu quero. Sparring grande, por exemplo.
Eu acho frustrante sim, porque a gente quer seguir a regra. Vamos seguir o ranking. Poxa, quero
fazer de tudo para ganhar. É como uma classificação no futebol ou
no tênis"
Sobre Gustafsson enfrentar Jon Jones
Esta será sua primeira luta no Brasil pelo UFC. Por que acha que demorou tanto para isso acontecer?
Acho que tudo tem seu momento. Naqueles momentos foram outros lutadores no card principal. A minha oportunidade apareceu, e fiquei muito feliz de ter essa chance.
O UFC criou um ranking, mas dificilmente o segue na hora de escolher um desafiante ao cinturão. É muito frustrante isso, principalmente para você, que está sentindo isso na pele?
Eu acho frustrante sim, porque a gente quer seguir a regra. Vamos seguir o ranking. Poxa, quero fazer de tudo para ganhar. É como uma classificação no futebol ou no tênis. Você tem que seguir aquele ranking para ter um parâmetro, vamos dizer assim. Então, não se tem mais parâmetro. Você é o quinto e de repente está lutando pelo cinturão.  E às vezes sem motivo. Uma coisa é o primeiro não poder, o segundo estar machucado, o terceiro descer de categoria e você ser o quarto ou o quinto e disputar o cinturão. Outra coisa é você ser o primeiro e estar preparado, e darem a oportunidade para o segundo ou o terceiro. É frustrante isso para o lutador. Mas no fundo eu prefiro olhar cada oportunidade como única para mim. Lutar no Brasil é uma oportunidade única e estou feliz com isso. Sempre pensei positivamente. Se eu tiver que lutar pelo cinturão, vou estar mais bem preparado, mais bem tarimbado.
O Gustafsson é um cara que está atrás de você no ranking. Como você recebeu essa notícia de que ele disputaria o cinturão, e não você?
Foi muito interessante, né? Porque eles marcaram a minha luta, e uma semana depois marcaram a luta do Gustafsson. Foi tipo assim: "Lyoto, você vai ficar sem opção, porque o Jon Jones está machucado". Foi mais ou menos isso. Não chegaram realmente a falar comigo, mas fiquei sabendo que o Jon Jones estava machucado (ele lesionou o dedão do pé na vitória sobre Chael Sonnen). Aí tinha uma luta e eu aceitei. Foi interessante que de repente marcaram a luta do Gustafsson. Não sei se já estava programado tudo isso, ou se realmente aconteceu.
Por que você acha que o UFC está te travando em relação a essa disputa de cinturão?
Não sei. Talvez eles queiram o Jon Jones mais tempo como campeão. Vou chegar ali, vou estar muito bem preparado e não quero dar chance.
Lyoto Machida e Phill Davis Coletiva UFC rio (Foto: Andre Durão)Lyoto Machida e Phill Davis se encaram após a coletiva do UFC 163 (Foto: Andre Durão)
Você aceitou enfrentar o Phil Davis por que viu que não ganharia essa chance pelo cinturão ou por que não queria ficar muito tempo parado?
Porque eu não quero ficar muito tempo parado. Acho que o lutador tem que estar lutando. Não fico muito satisfeito em ficar seis meses, oito meses sem lutar. O interessante é estar lutando. A nossa carreira é rápida, então tenho que estar lutando. Não posso ficar esperando só uma grande oportunidade. Se ficar, você acaba não fazendo nem uma nem outra.
Você acha que o Davis vem para amarrar a luta? Treinou bastante wrestling? Está preparado para o caso de ser amarrado?
Treinei (risos). É difícil falar, porque é a estratégia de cada um. Procuro fazer a minha luta.
Jorge Guimarães, seu empresário, publicou uma foto em que você aparece com 100kg, acima dos 96kg que costuma pesar. Você está querendo ficar mais forte daqui em diante?
Eu me programei para subir um pouco o peso, porque sabia que ia descer com os treinos. Aí eu aumentei a alimentação, fiz uma dieta mais rígida, com cinco ou seis refeições por dia, muita proteína, e subi um pouco de peso. Meu objetivo era esse, porque sei que na véspera (da pesagem) eu sempre começo a cair, pela adrenalina da luta. Para eu evitar essa queda muito grande, desta vez eu subi. Já vim calculando que estaria aqui esta semana com 97kg, 96kg.
No treinamento, meu pai às vezes fica no córner dele para poder me dar dificuldade. Aí ele: 'Glover, faz isso, faz aquilo'. Aí a gente diz de sacanagem que na luta meu pai vai para o córner dele"
Sobre possível luta contra o amigo Glover
Qual o seu palpite para Jon Jones x Alexander Gustafsson?
Acho que o Jon Jones é o favorito. Ele é o cara que está na frente, é o campeão e já defendeu várias vezes o cinturão. É o favorito.
A sua última luta, contra o Dan Henderson, foi bastante criticada. Você acha que ficou devendo ou as críticas foram exageradas?
Acho que naquele momento foi aquilo que aconteceu. As pessoas às vezes cobram, mas ele é um cara duro, ninguém pode negar. Cada luta é diferente, tem seu momento e suas peculiaridades. Penso assim. Nessa luta deu para fazer isso, e nessa outra luta não deu para fazer isso. Mas quero dizer que sempre venho muito bem preparado fisicamente. Nunca lutei despreparado. Sempre levei minha carreira muito a sério, em respeito a mim, aos meus fãs e a todos os telespectadores e lutadores também. Sempre gostei de me preparar bem.
Você tem um estilo de jogar no contra-ataque, é muito estrategista. Muita gente te elogia, dizendo que luta de forma inteligente, mas ao mesmo tempo muitos te criticam e te chamam de conservador demais. Como você recebe essas críticas?
Sou um lutador que tento dar o meu melhor, tento o nocaute. Mas muitas vezes não acho o caminho certo e tenho que ganhar a luta. Não deixo de ser um estrategista. O importante é ganhar a luta. A gente tenta o caminho até buscar. Mas muitas vezes é difícil. Muita gente não entende que o cara vem fazer o antijogo com você. Se eu cair no chão com um cara e for fazer o antijogo, é difícil alguém pegar. O cara faz a pegada e você tira. Agora, se o cara topa fazer o jogo de passar a guarda... Quando eu treino com o Roger (Gracie), se eu aceito o jogo dele, ele me pega. É jogo contra jogo ali. Às vezes o lutador tem que fazer o antijogo. Eu não consigo achar brecha, porque ele está muito fechado. É o time que jogou e botou 11 em campo, sendo que sete estão ali trás, para se defender o tempo inteiro e tentar o contragolpe. Seria mais ou menos essa analogia.
Você dizia que ainda não era a hora de baixar de categoria porque o Anderson Silva, seu amigo, era o campeão dos médios. Agora que ele perdeu o cinturão, isso abre caminho para você finalmente descer?
Acho que sim, abre um caminho sim. Acho que o Anderson vai voltar a lutar pelo cinturão, mas sempre falei para o UFC que eu poderia transitar nas duas categorias. Sou um cara que não é tão grande para os meio-pesados. Consigo bater o peso de baixo. Nunca fiz isso, mas acredito muito que consigo fazer. E eu conseguiria transitar nas duas categorias. É uma possibilidade.
Essa derrota do Anderson para o Chris Weidman surpreendeu muita gente. Você tirou algo de lição dela?
É difícil falar. Esse é um momento mais do Anderson. A gente tenta ver uma coisa que possa aprender, mas é um momento mais pessoal, mais dele. O aprendizado maior é da pessoa que está passando por isso.
O pessoal sempre comenta sobre uma possível luta entre você e o Glover Teixeira, que é muito seu amigo. Falando de uma forma geral, você tem alguma restrição de enfrentar alguém no UFC? Quais são os caras que você prefere não enfrentar?
O Glover é um cara que eu realmente não gostaria de enfrentar. E o Anderson (Silva) também. Ele (Spider) tem os mesmos empresários que eu (Jorge Guimarães e Ed Soares), e a gente entrou praticamente junto no UFC. Ele entrou seis meses antes só. Nós fomos os primeiros a fazer parte dessa nova era do UFC e temos uma boa relação. Também temos uma categoria de peso diferente, e esse é o principal motivo de eu não querer enfrentar o Anderson. Mas o Glover é o cara que eu considero mais fora de cogitação para enfrentar.
Lyoto Machida x Dan Henderson  ufc mma (Foto: Getty Images)O brasileiro venceu Dan Henderson em sua última luta (Foto: Getty Images)
Vamos supor que você ganhe do Phil Davis e o Glover ganhe do Ryan Bader. Aí o UFC pode querer casar uma luta entre vocês dois. Como faz?
É uma situação complicada. Às vezes a gente fica impossibilitado de dizer "não" dessa forma.
Tem a história de que o seu pai, Seu Machida, apoia que vocês se enfrentem, né?
É, meu pai apoia. Ele vê diferente, vê uma luta mais profissional e tudo mais. Mas a questão não é só ser profissional. Ele (Glover) frequenta a minha casa, a gente sai para jantar junto, a gente é amigo e tem uma relação boa, conversa sobre muita coisa. É complicado você passar de um ponto ali, que pode estremecer uma relação. Ele sempre me ajuda. Passou dez dias agora comigo e me ajudou para esta luta. A gente viveu momentos fora da luta também. Em último caso pode ser que a gente talvez possa fazer alguma coisa.
O Glover contou que vocês conversam sobre isso na brincadeira. Como é isso?
A gente fala que, quando for lutar, eu vou ligar para ele e falar: "Olha, estou treinando isso" (risos). No treinamento, meu pai às vezes fica no córner dele para poder me dar dificuldade. Aí ele: "Glover, faz isso, faz aquilo". Aí a gente diz de sacanagem que na luta meu pai vai para o córner dele.
O UFC 163, ou UFC Rio 4, será realizado neste sábado, a partir das 19h30m (de Brasília), com transmissão ao vivo do canal Combate. O Combate.com fará a cobertura de todos os detalhes em Tempo Real e transmite ao vivo a primeira luta do card, entre os meio-médios Viscardi Andrade e Bristol Marunde. Nesta sexta, canal Combate e Combate.com farão a transmissão também ao vivo da pesagem, a partir das 16h.
UFC 163 (UFC Rio 4)
3 de agosto de 2013, no Rio de Janeiro
CARD PRINCIPAL
José Aldo x Chan Sung Jung
Lyoto Machida x Phil Davis
Cezar Mutante x Thiago Marreta
Thales Leites x Tom Watson
John Lineker x José Maria No Chance
CARD PRELIMINAR
Vinny Magalhães x Anthony Perosh
Amanda Nunes x Sheila Gaff
Serginho Moraes x Neil Magny
Ian McCall x Iliarde Santos
Rani Yahya x Josh Clopton
Ednaldo Lula x Francimar Bodão
Viscardi Andrade x Bristol Marunde

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