domingo, 12 de agosto de 2012

BRASILEIRAO 2012


DESTAQUES DO JOGO
  • deu errado
    Recuo do Coxa
    Após abrir o placar com Éverton Ribeiro, Coritiba voltou cauteloso para o segundo tempo e permitiu a reação do Corinthians. Quando se abriu para jogar, permitiu a virada.
  • lance capital
    20 do 2º tempo
    Jorge Henrique, deslocado pela esquerda por conta da saída de Fabio Santos, lesionado, cruzou na medida para Paulinho cabecear e iniciar a reação do Timão.
  • nome do jogo
    Romarinho
    Atacante teve as melhores oportunidades do Corinthians na etapa inicial, mas só conseguiu o gol aos 45 do segundo tempo. E em grande estilo: de letra.
A CRÔNICA
Parecia que os erros dos dois lados seriam fundamentais para selar o empate entre Coritba e Corinthians, neste domingo, no estádio Couto Pereira, em Curitiba. Mas, assim como havia feito no clássico contra o Palmeiras, disputado no dia 24 de junho, no Pacaembu, e vencido pelo Timão, por 2 a 1, Romarinho tirou uma "letra" da cartola. Com o golaço, o atacante garantiu a vitória por 2 a 1, de virada, sobre o Coxa, pela 16ª rodada do Brasileirão.
Com o resultado, o Corinthians soma 21 pontos e ocupa a décima colocação na classificação do campeonato. O Coritiba, com 15, está em 15º.
A equipe paranaense volta a campo na próxima quinta-feira, às 21h, quando enfrenta o Vasco, no Rio. Já o Timão recebe o Internacional, no mesmo dia e horário, no Pacaembu.
Romarinho, comemoração Corinthians (Foto: Joka Madruga / Agência Estado)Romarinho faz golaço e garante a vitória corinthiana (Foto: Joka Madruga / Agência Estado)
Sobram erros, e Coxa aproveita
Coritiba e Corinthians abusaram dos erros no primeiro tempo e só não foram para o intervalo zerados porque a equipe da casa apresentou ligeira vantagem nos duelos de meio-campistas. Pela direita, Gil ficava de olho em Danilo, Junior Urso marcava Douglas pelo meio e, pela esquerda, Chico era o responsável por conter os avanços de Paulinho. Enquanto isso, o Timão tentava fazer a já conhecida marcação por pressão no ataque. Em função da pegada dos dois lados, a partida começou quente.
Três polêmicas aumentaram a temperatura do confronto logo no início. Em jogada pela esquerda, Fabio Santos tentou cruzamento e a bola bateu na mão de Junior Urso, mas o árbitro Leandro Pedro Vuaden não marcou a falta. Depois, em falta normal de Paulinho em Roberto, Ralf se precipitou e chutou a bola no atacante do Coxa, caído no chão. Por fim, Fabio Santos deu chutão para a zaga e a bola ficou com Cássio, gerando reclamações de um recuo aos 12 minutos, mas nada foi marcado novamente.
Aos poucos, o Timão conseguia sair da forte marcação adversária e passou a encontrar espaços principalmente pelo lado esquerdo de seu ataque. Fabio Santos e Danilo, auxiliados por Romarinho, levavam vantagem sobre Ayrton e Gil. Romarinho teve as melhores oportunidades do Corinthians, mas pecou em todas. Em uma, cruzou de forma equivocada. Na outra, finalizou no meio, facilitando para Vanderlei, e na última escorregou na hora "H".
As investidas corintianas não intimidaram o Coxa, que logo retomou o domínio da partida e abriu o placar. Éverton Ribeiro aproveitou cochilo da defesa adversária e tocou para Chico, que enfiou para Leonardo. De primeira, o atacante acertou passe às costas de Paulo André, e Éverton Ribeiro venceu Cássio, aos 46 minutos. Festa de quem soube aproveitar melhor o erro do adversário.
Timão volta ligado e vira
Na saída para o intervalo, Danilo reconheceu a pouca efetividade do ataque corintiano e pediu mais presença ofensiva. No vestiário, possivelmente a conversa com o técnico Tite foi sobre este tema, já que o treinador trocou o meia Douglas pelo atacante peruano Paolo Guerrero.
A troca surtiu efeito, e o Timão voltou mais ligado. Apesar da iniciativa corintiana, que agora conseguia segurar a bola no campo de ataque, o Coritiba chegou primeiro com Éverton Ribeiro, em bomba de fora da área que parou em Cássio, aos 11. Na sequência do lance, o escanteio cobrado por Éverton encontrou a cabeça de Leonardo que, totalmente livre, cabeceou por cima.
Tite foi obrigado a substituir Fabio Santos, sentindo lesão, pelo argentino Martinez. Jorge Henrique, então, foi deslocado para a esquerda. E assim, improvisado, o Timão melhorou e virou o jogo. Jorge, bancando o lateral, cruzou na cabeça de Paulinho, que cabeceou para o chão e venceu o goleiro Vanderlei, aos 20 minutos. Na comemoração, o volante foi beijar o escudo da camisa do Timão, que descolou e caiu.
O gol aumentou ainda mais o ritmo da partida, que se tornou eletrizante, com ótimas chances para os dois lados. O empate não servia, e as equipes faziam um jogo franco. No entanto, faltava acertar o pé no último lance. Quando parecia que o jogo terminaria empatado, o Timão conseguiu a virada. Martínez achou Paulinho pela direita. O volante cruzou rasteiro e Romarinho chegou finalizando de calcanhar, aos 45 minutos. Golaço que selou a vitória do Corinthians.

BRASILEIRAO 2012


DESTAQUES DO JOGO
  • alheio à pressão
    Ronaldinho
    Após rumores de briga com o presidente do Galo, Ronaldinho  apareceu para decidir o jogo. Foi dele a grande jogada para o gol da vitória, marcado por Jô.
  • deu errado
    falta de sorte
    No intervalo, o técnico Cristóvão sacou o inoperante Eder Luis para a entrada de Tenorio. O equatoriano começou bem, mas acabou saindo machucado.
  • adeus, recorde
    Vasco leva gol
    Fernando Prass estava há sete jogos sem levar gol. Perseguia  recorde cruz-maltino de Acácio, que ficou nove sem ser vazado. Não deu.
A CRÔNICA
Atlético-MG e Vasco entraram no gramado do Independência neste domingo como líder e vice, respectivamente, separados por apenas um ponto. Agora, a distância é de quatro (38 a 34) e pode aumentar, já que os mineiros têm um jogo a menos na tabela por conta do adiamento do confronto com o Flamengo. A vitória por 1 a 0 veio com gol de Jô e ótima atuação de Ronaldinho Gaúcho no segundo tempo. Foi a primeira derrota do Vasco fora de casa no Brasileirão. E, para piorar a vida dos cruz-maltinos, o Fluminense, que enfrenta o Palmeiras neste domingo, pode assumir a segunda colocação se vencer o Palmeiras no Engenhão.

Não bastasse a possibilidade de perda de posições na tabela, Fernando Prass viu extinta a chance de bater a marca de Acácio, que ficou nove jogos sem sofrer gols pelo Vasco - o atual goleiro completaria oito jogos neste domingo se não tivesse sido vencido por Jô. O recorde no Brasileiro é do Palmeiras, que ficou dez partidas sem ser vazado em 1973.
Na próxima rodada, o Atlético-MG vai encarar o Atlético-GO no Serra Dourada, quarta-feira, às 20h30m (de Brasília).
- Essa liderança representa a união do grupo. Quando a gente entra em campo, tem de esquecer tudo. Entrou aqui é uma guerra, e a gente tem conseguido vencer as batalhas - disse o zagueiro Leonardo Silva.
O Vasco recebe o Coritiba, quinta-feira, em São Januário, às 21h.

- Infelizmente, sabíamos que encontraríamos uma equipe de excelente qualidade. Eles conseguiram impor um ritmo forte, e nós não apresentamos o futebol que queríamos. O Atlético foi superior e mereceu a vitória - admitiu o volante vascaíno Nílton.
Jô, Atlético-MG x Vasco (Foto: Lucas Catta Prêta)Jô tirou a camisa ao marcar o gol da vitória atleticana e recebeu cartão amarelo (Foto: Lucas Catta Prêta)
Separados por apenas um ponto na tabela antes do apito incial, líder e vice entraram em campo respaldados por sólidos retrospectos. O time da casa, até então, vencera seis partidas e empatara uma atuando em seu território. A equipe da Colina, por sua vez, sustentava a invencibilidade fora do Rio, com três empates e quatro vitórias longe de São Januário.

Confusão no Galo não influencia desempenho

Os mineiros, porém, viveram momentos de tensão antes do confronto, o que explica a declaração de Leonardo Silva. O presidente do clube, Alexandre Kalil, foi à concentração na sexta-feira cobrar o elenco e teria se desentendido com a estrela da companhia, Ronaldinho Gaúcho. O camisa 49 supostamente ficaria fora da partida por ordem do mandatário, mas a escalação do Atlético-MG foi confirmada com força máxima. E o craque acabou sendo decisivo, com a jogada para o gol de Jô. O técnico Cuca minimizou o episódio na concentração.
- É um jogo do primeiro contra o segundo, então de caráter decisivo em uma competição por pontos corridos. O time está mobilizado, focado, vocês vão ver a resposta dentro do campo - afirmou o treinador.
E a resposta não tardou. O jogo começou quente no Independência, com o líder partindo com tudo. Antes do primeiro minuto, Fernando Prass foi obrigado a sair de soco do gol. Na sequência, em lance semelhante, a bola chegou à área pelo alto, em lançamento partindo quase da linha central, pelo lado esquerdo. Jô tentou da marca do pênalti, mas Dedé bloqueou. Na sobra, Guilherme completou para fora.
O Vasco, contudo, suportou bem a pressão inicial, mas a preocupação aumentou pouco depois, quando Eder Luis teve de deixar o gramado de maca, sentindo dores nas costas. William Barbio iniciou o aquecimento, mas o titular acabou retornando ao campo.
O Atlético-MG seguiu dominando as ações, com bom toque de bola que obrigava a organizada defesa cruzmaltina - que àquela altura estava há sete jogos sem ser vazada - a se deslocar mais do que o habitual e, portanto, ceder espaços. No ataque, os cariocas não conseguiam a mesma consistência. Além de uma cobrança de escanteio de Juninho Pernambucano, que por pouco não terminou em gol de Douglas, o time pouco produziu do meio para frente nos primeiros 15 minutos.
Os mineiros tiveram mais uma grande chance aos 17. Marcos Rocha deu para Bernard, que achou Jô live na entrada da área. A finalização, contudo, foi sem direção. No lance seguinte, Bernard escapou sozinho e caiu diante de Auremir. Torcida, jogador e o técnico Cuca reclamaram muito, mas o juiz mandou seguir. O treinador chegou a ser advertido pela arbitragem e, nos minutos seguintes, se sentou no banco, deixando um de seus auxiliares passar as instruções à equipe.

Vasco tenta explorar o contra-ataque
Sem volume de jogo, o Vasco aguardava para partir em contra-ataques com Eder Luis pela direita ou Carlos Alberto pela esquerda, mas a zaga do Atlético-MG se mostrava atenta e levava a melhor. Aos 31, os cruz-maltinos tiveram a melhor chance. Carlos Alberto recebeu na ponta esquerda, limpou dois marcadores e bateu para o gol. Réver bloqueou o chute com o corpo, os vascaínos pediram toque de mão, mas a arbitragem ignorou e mandou seguir.
Aos 39, em cobrança de escanteio, Leonardo Silva cabeceou sozinho para grande defesa de Prass. Na sobra, Jô empurrou para a rede, mas estava impedido. Por pouco, não foi encerrada a invencibilidade do goleiro vascaíno. Ainda houve tempo, já nos acréscimos, para Guilherme achar Bernard sozinho na área, mas a zaga chegou em cima e conseguiu o corte providencial.

Para o segundo tempo, o Galo voltou inalterado, mas o Vasco mexeu no ataque. Cristóvão Borges sacou Eder Luis, inoperante na etapa inicial, e colocou Tenorio para atuar ao lado de Alecsandro. Logo no primeiro minuto, o equatoriano passou em velocidade por Réver na esquerda e cruzou rasteiro para Alecsandro, que, pressionado, não conseguiu concluir. Um minuto depois, foi a vez de Guilherme avançar livre pela direita e finalizar para fora, com Bernard sozinho na pequena área reclamando de braços abertos.
Ronaldinho gaucho, atlético-mg e Vasco (Foto: Flickr / Atlético-mg)Discreto no primeiro tempo, Ronaldinho Gaúcho foi decisivo na vitória do Atlético-MG (Foto: Flickr / Atlético-mg)
Ronaldinho Gaúcho, até então discreto, aparece para decidir

Aos oito, Ronaldinho, que participava da distribuição do jogo mas longe de ser decisivo, deu passe de craque para Bernard, que cruzou para desvio de Fernando Prass. No rebote, Marcos Rocha pegou mal na bola. O time mineiro seguiu dominando as ações, com bom toque de bola, mas ainda pecando nas finalizações. Foram diversos lances em que boas tabelas dos atleticanos terminavam em falha sutil no último passe, permitindo a recuperação da defesa rival.
Bernard teve nova chance ao receber grande bola de Guilherme, aos 15, mas a conclusão novamente foi ruim. Cuca então tirou Guilherme para a entrada de Escudero, sua primeira modificação na equipe. Pouco depois, Cristóvão sacou Carlos Alberto e mandou o volante Fellipe Bastos a campo.

Prass fez por merecer a invencibilidade aos 20, em nova defesa difícil em cobrança de falta de Ronaldinho Gaúcho. Quatro minutos depois, porém, o encanto foi quebrado. Ronaldinho driblou o marcador e cruzou. Prass desviou parcialmente, mas Jô, de cabeça, enfim conseguiu empurrar para a rede: 1 a 0. Pouco depois, Tenorio, que entrara no intervalo, sentiu uma contusão e teve de ser substituído por William Barbio.
Prass seria novamente exigido por Ronaldinho aos 28, em nova cobrança venenosa de falta. Aos 35, Juninho Pernambucano tentou também incomodar Victor, mas mandou para fora. O Atlético-MG seguiu dominando a partida até os minutos finais, com os vascaínos limitados a algumas tentativas de contra-ataque enquanto a torcida rival reverenciava Ronaldinho Gaúcho. Com 12 vitórias em 15 jogos, o Galo é líder cada vez mais isolado no Campeonato Brasileiro.

BRASILEIRAO 2012

DESTAQUES DO JOGO
  • deu certo
    substituições
    Fernandão colocou os garotos Mike, Lucas Lima e Maurides na segunda etapa. O time buscou o gol incessantemente e foi coroado com a virada no final.
  • nome do jogo
    Mike
    O garoto entrou aos 30 minutos da segunda etapa. E, nos descontos, aos 47, colocou no canto de Edson Bastos, garantindo a vitória colorada.
  • estatística?
    bolas alçadas
    O Inter voltou a abusar das bolas na área neste domingo. Durante os 90 minutos, os colorados insistiram na  jogada em 23 oportunidades.
A CRÔNICA
O técnico Fernandão queria vencer para dar um presente aos pais colorados e estragar a festa de aniversário da Ponte Preta (que completou 112 anos no último sábado). E conseguiu. Após dois empates seguidos como mandante, na tarde deste domingo, o Inter venceu a Macaca por 2 a 1, no Beira-Rio, pela 16ª rodada do Brasileirão 2012. A Ponte Preta abriu o placar com Cicinho, aos 40 da primeira etapa. No segundo tempo, aos 14, Jajá deixou tudo igual. Aos 47, Mike virou e garantiu a vitória. De quebra, os gols colorados foram feitos por atacantes, que não marcavam há quatro partidas.
O garoto de 19 anos, após o jogo, não escondeu a felicidade ao anotar seu primeiro gol pelo Inter:

- Fui abençoado. Depois de várias tentativas, enfim, saiu o gol.
Com o resultado, o Inter chegou aos 30 pontos na competição. A Ponte Preta segue com 20. Na próxima rodada, a Macaca receberá o Bahia no Moisés Lucarelli. A partida, válida pela 17ª rodada do Brasileirão, será disputada nesta quarta-feira, às 20h30m (de Brasília). Já o Inter enfrenta na quinta o Corinthians, às 21h, no Pacaembu.
Forlán durante partida do Inter contra a Ponte Preta (Foto: Alexandre Lops/Divulgação/Inter)Forlán durante partida do Inter contra a Ponte Preta (Foto: Alexandre Lops/Divulgação/Inter)
Forlán tenta, mas é a Ponte que marca
A partida iniciou com uma repetição de um novo panorama no Beira-Rio: a irritação da torcida com Jajá. Logo aos 2 minutos, o camisa 17 tentou recuar para Bolívar, mas passou errado. Para impedir que a Ponte chegasse próxima à área colorada, o zagueiro precisou fazer a falta. O equívoco do meia-atacante deixou impacientes os colorados presentes ao estádio, que não esconderam seu descontentamento.
Atrás da vitória para "apagar" o empate diante do Náutico, o Inter começou no campo de ataque. O time de Fernandão trocava passes. No entanto, repetia os problemas apresentados diante da equipe pernambucana e não era efetivo. O primeiro lance de perigo da partida surgiu com a Macaca. Aos 13, Marcinho cobrou falta da intermediária. Muriel afastou de soco.
O Inter só foi incomodar três minutos depois. E com Diego Forlán, sumido até então. Nei cruzou da direita para o uruguaio, que bateu de primeira, mas mandou por cima do gol de Edson Bastos. Se o camisa 7 pouco tinha aparecido, o lance seria o cartão de visitas de uma blitz do atacante contra a equipe de Campinas. Aos 19, recebeu passe de Elton, mas não conseguiu dominar, deixando a bola rolar pela linha de fundo.
As jogadas coloradas passavam todas pelos pés de Forlán. No minuto seguinte, ele driblou Tiago Alves, mas não conseguiu avançar. Aos 22, pegou o rebote do escanteio cobrado por Jajá e chutou forte. A bola desviou na zaga e foi para novo escanteio. Desta vez, foi o uruguaio quem bateu. Ele colocou na cabeça de Ygor, que desperdiçou a oportunidade.
A Ponte só foi voltar a tentar algo aos 33 minutos. Somália aproveitou o espaço e arrematou. A bola, porém, foi alta, sem perigo para Muriel. Sete minutos depois, a Macaca abriu o placar. Cicinho aproveitou descuido do lado esquerdo da defesa, avançou, deixou Rodrigo Moledo para trás e, na saída de Muriel, chutou forte no canto direito.
O gol pouco mudou a situação da primeira etapa. O Inter manteve a posse de bola, mas não entrou na área da Ponte. Na saída para o intervalo, os torcedores que compareceram ao Beira-Rio vaiaram o time gaúcho.

Inter vira nos descontos
Com o placar adverso, Fernandão alterou o Inter. Ele voltou do intervalo com Maurides no lugar de Ygor. Com um centroavante de ofício, os mandantes começaram a alçar bola na área. No primeiro minuto, Fred cruzou buscando o camisa 37. A zaga afastou. Mas nada de chutar contra a meta de Edson Bastos. Aos 7, Jajá recebeu no meio-campo e viu Fred arrancar pela direita. O meia-atacante lançou o companheiro, que bateu por cima do gol da Macaca.
Como as dificuldades permaneciam, Diego Forlán procurava resolver o jogo. O uruguaio se movimentava para todos os lados, tentava o drible, arrematava. Aos 9, após bate-rebate, a bola sobrou na entrada da área. O atacante deixou quicar e chutou, mas a pontaria seguiu defeituosa, saindo pela linha de fundo. Se faltava efetividade no Inter, sobrava na Ponte. Logo no primeiro arremate da equipe na segunda etapa, Cicinho quase ampliou. Aos 12, ele recebeu passe de Marcinho e chutou. Por capricho, a bola acertou a trave de Muriel.
O desperdício da Macaca deixou o Inter ligado. Dois minutos depois, Kleber cruzou na cabeça de Jajá. O meia-atacante, criticado pela torcida, cabeceou no canto direito de Edson Bastos, empatando a partida. Aos 18, o camisa 17 quase virou. Forlán tocou para Nei, que cruzou. A zaga da Macaca afastou, mas Jajá, dentro da área, arriscou. Edson Bastos fez defesa arrojada e desviou para escanteio. A pressão colorada prosseguiu. Dois minutos depois, Forlán driblou o marcador e rolou para Lucas Lima, que chutou para fora. No minuto seguinte, Jajá pegou de fora da área e arrematou à direita do gol da Ponte.
O Inter seguiu acreditando que poderia virar o jogo e continuava desperdiçando oportunidades. Aos 26, Forlán ajeitou de cabeça para Maurides, que girou e chutou cruzado. Sem dificuldades, Edson Bastos segurou a bola. Os campinenses voltaram a incomodar aos 31. Caio dominou e arriscou de fora da área, mas Muriel defendeu. O lance não arrefeceu o ímpeto colorado. Forlán avançou pela esquerda e arrematou forte, mas o goleiro da equipe visitante mandou para escanteio.

A coroação veio nos descontos. Mike, que havia entrado aos 30 no lugar de Kleber, recebeu passe de Elton dentro da área 17 minutos depois. Com tranquilidade, o garoto colocou no canto direito de Edson Bastos, dando os três pontos ao Inter e alegrando os colorados presentes no Beira-Rio.

BRASILEIRAO 2012


DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    46 do 2º tempo
    Zé Roberto toca para Kleber, que ajeita de cabeça para André Lima completar na pequena área. Assim foi o gol da vitória do Grêmio sobre o São Paulo.
  • o que deu errado
    defesa paulista
    Após um primeiro tempo muito bom, o São Paulo voltou a ter problemas no setor defensivo na etapa final. Resultado: derrota de virada em casa.
  • nome do jogo
    Marcelo Grohe
    Em especial no primeiro tempo, o goleiro do Grêmio fez ótimas defesas e impediu que São Paulo fizesse mais gols quando teve o domínio da partida.
A CRÔNICA
A raça do Grêmio neste Campeonato Brasileiro tem chamado a atenção. Mais ainda porque ela é aliada a uma boa organização tática. Portanto, não é espanto algum o time gaúcho conquistar uma vitória por 2 a 1, de virada, sobre o São Paulo, neste domingo, no estádio do Morumbi. Foi assim nesta 16ª rodada da competição nacional.

O Tricolor paulista fez um ótimo primeiro tempo, é verdade. Mas pecou por anotar apenas um gol, marcado por Cícero. No mais, parou na excelente atuação de Marcelo Grohe. Mais organizado e efetivo, o Tricolor gaúcho teve paciência suficiente para buscar a virada. E a conquistou com gols de Werley e André Lima.
Esse último, aliás, já nos acréscimos. O gol fez a alegria dos gremistas e deixou os são-paulinos irritados. Resultado: os donos da casa saíram de campo vaiados. Agora, após 16 jogos, o Grêmio se mantém no G-4, com 31 pontos, e o São Paulo cai para a sétima colocação, com 25.
São Paulo e Grêmio voltam a atuar pelo Campeonato Brasileiro na próxima quarta-feira. Enquanto o time paulista visitará o Náutico, às 21h50, no estádio dos Aflitos, em Recife, a equipe gaúcha receberá a Portuguesa, às 19h30, no Olímpico, em Porto Alegre. Os dois jogos são válidos pela 17ª rodada, a antepenúltima do turno.  
Werley gol Grêmio (Foto: Ernesto Rodrigues / Ag. Estado)Werley comemora o primeiro gol do Grêmio (Foto: Ernesto Rodrigues / Ag. Estado)
Muita ação, só um gol
São Paulo e Grêmio fizeram um ótimo primeiro tempo. Jogo aberto, ofensivo, cheio de alternativas... O torcedor do time paulista, no entanto, gostou mais. Com bom toque de bola, os donos da casa levaram a melhor.

Logo de cara foi possível notar que o São Paulo tentaria envolver o adversário com muitos passes, esperando o melhor momento para criar. O Grêmio, no entanto, percebeu isso, adiantou a marcação e diminuiu os espaços dos anfitriões. A procura por Kleber em boa condição era grande, mas o atacante estava bem marcado.

Assim, Elano, na maioria das vezes, era a principal válvula de escape dos visitantes. Tanto que os chutes do ex-santista e algumas tentativas aparecendo como elemento surpresa na área foram as principais jogadas do Grêmio nos primeiros 45 minutos de clássico no Morumbi. Kleber, a principal referência, esteve apagado.

Paciente, o São Paulo foi criando chances aos poucos. E das maneiras mais variadas. Pelas laterais, pelo meio, com tabelinha, com cruzamentos... Cortez teve chance, Douglas também. Maicon chutou, cabeceou. Jadson também tentou. Mas coube a Cícero transformar a superioridade paulista em gol.

Aos 40 minutos, após ótimo passe em profundidade de Jadson, Cícero ficou cara a cara com Marcelo Grohe e tocou para a rede. O goleiro gremista ainda tocou na bola, mas não impediu a comemoração são-paulina. Três minutos depois, porém, o arqueiro foi fundamental ao defender, em cima da linha, cabeçada de Maicon. 
Reação gremista
E, na etapa final, Marcelo Grohe teve trabalho logo de cara. O goleiro gremista fez duas defesas heroicas em menos de cinco minutos, uma em chute de Cícero e outra em arremate de Denilson. Percebendo que se não tomasse uma atitude seria ainda mais pressionado, o Grêmio também partiu para o ataque.

Com o time gaúcho mais em cima do São Paulo, o perigo para os visitantes eram os contra-ataques. Ainda mais que o Tricolor do Morumbi tem Ademilson, jogador de velocidade. Cabia ao Grêmio, então, tentar pressionar o adversário e se proteger da rapidez são-paulina, principalmente no toque de bola.

Aos 18 minutos, uma cena curiosa no Morumbi. Depois de falta dura em Kleber, ex-São Paulo e Palmeiras, o zagueiro João Filipe, criticado por falha na derrota para o Fluminense, no meio de semana, teve o seu nome gritado pela torcida são-paulina. O lance, no entanto, lhe rendeu um cartão amarelo.

A brincadeira da torcida do São Paulo ficou sem graça pouco tempo depois, aos 21 minutos. Após cobrança de escanteio pela esquerda, Werley desviou de cabeça e empatou a partida para o Grêmio. A tentativa de reação do Tricolor paulista veio apenas aos 29 minutos, quando Rogério Ceni acertou falta no travessão.

Mais perigoso, o Grêmio tentou com Kleber, que assustou com um chute que raspou a trave esquerda do goleiro são-paulino. Quando o resultado caminhava para o empate, o time gaúcho viu os três pontos chegarem aos 46 minutos. Em um cruzamento de Zé Roberto, Kleber ajeitou de cabeça, e André Lima completou para o gol: 2 a 1. 
Marcelo Moreno Grêmio Casemiro São Paulo (Foto: Dorival Rosa / Vipcomm)Marcelo Moreno e Casemiro disputam bola no meio-campo (Foto: Dorival Rosa / Vipcomm)

LONDRES 2012



Brasileira ganha a primeira medalha do Brasil na modalidade. Prata no Mundial de 2009, lituana Laura Asadauskaite leva o ouro, e britânica é prata


Ela saiu da cidade de Afogados da Ingazeira, no sertão pernambucano, de apenas 35 mil habitantes, para ganhar o mundo e fazer história nas Olimpíadas de Londres. Depois de começar a etapa final do pentatlo moderno na liderança da prova ao lado da lituana Laura Asadauskaite, Yane Marques conquistou neste domingo a medalha de bronze, a primeira do Brasil na modalidade em Jogos Olímpicos.
Na última competição dos Jogos de 2012, a brasileira e a lituana largaram na frente, mas Asadauskaite teve um rendimento melhor na corrida e, com um ritmo forte, disparou na liderança, garantindo a medalha de ouro. A britânica Samantha Murray também conseguiu ultrapassar a brasileira, que segurou a americana Margaux Isaksen nos metros finais e, exausta, se jogou no chão após cruzar a linha de chegada. Apenas depois de alguns minutos ela conseguiu se levantar para comemorar a medalha inédita.
- Tudo que eu falei antes de chegar aqui aconteceu. Cheguei no auge da minha forma física, joguei muito bem taticamente durante a prova e, como eu dizia, se tudo corresse bem, teríamos o que comemorar. Estou orgulhosa, é uma responsabilidade. Eu queria que essa fosse a última Olimpíada com apenas um brasileiro participando no pentatlo, tenho certeza de que a partir de 2016 essa historia vai mudar - disse Yane ao Sportv.
Na última das quatro provas, o combinado (tiro e corrida), as atletas correm 3.000 metros e têm três paradas para atirar - cada um precisa acertar cinco vezes o alvo, que fica a 10 metros de distância, no tempo-limite de 70 segundos. Quem alcançar a melhor pontuação nas outras provas (esgrima, natação e hipismo) larga na frente na corrida. Os pontos são transformados em segundos, que determinam o intervalo entre a saída de cada atleta. Cada quatro pontos correspondem a um segundo, ou seja, uma diferença de 40 pontos implica um intervalo de 10 segundos entre as atletas.
A conquista do bronze premiou a regularidade de Yane, de 28 anos. Na esgrima, que abriu a disputa do pentatlo moderno, ela ficou em sexto lugar. Na natação, ela também foi a sexta melhor, pulando para a segunda colocação no geral. Em sequência, veio hipismo, etapa em que ela foi a nona colocada, mas, no geral, assumiu a liderança, ao lado da Laura Asadauskaite, atual líder do ranking mundial.
Yane, medalha de Bronze no Pentatlo (Foto: Agência AFP)Murray, Asadauskaite e Yane: as medalhistas da última competição das Olimpíadas (Foto: Agência AFP)
Na prova que unia corrida e tiro, a europeia confirmou seu favoritismo. Porém, as três medalhistas encontraram razões para comemorar muito. Com grande apoio da torcida, a segunda colocada, Samantha Murray, garantiu a última medalha britânica nos Jogos de Londres e chegou a pular no pódio, enquanto Yane, emocionada, beijava seu bronze, que tinha o doce sabor da vitória.
O pentatlo moderno compõe-se por cinco modalidades diferentes, tem mais de 10 horas de duração, contando os intervalos, e é disputado na seguinte ordem: esgrima, natação, hipismo e combinado (corrida e tiro). É proclamado vencedor aquele que obtiver o melhor desempenho geral. O esporte surgiu na Grécia Antiga em 708 a.C., tendo Lampis de Esparta como seu primeiro campeão. No início do século XX, o Barão de Coubertin decidiu estimular a realização do pentatlo moderno justamente para colocar a modalidade nos Jogos Olímpicos. O pentatlo estreou nas Olimpíadas de 1912, em Estocolmo. Cem anos depois, uma mulher forte nascida no sertão gravou seu nome na história da esporte brasileiro.

FLAMENGO


Atacante ganha chance aos 22 do segundo tempo e desperdiça oportunidade no fim da partida 

 A reestreia de Liedson com a camisa do Flamengo foi aprovada pelo atacante, que gostou da sua atuação na vitória por 2 a 0 sobre o Náutico, neste sábado, em Volta Redonda, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Porém, o camisa 31 lamentou a chance desperdiçada no fim, quando cabeceou para fora, e elegeu uma culpada: a iluminação do Estádio Raulino de Oliveira.
- Faltou um golzinho ali, na hora a iluminação me atrapalhou, bateu no meu rosto quando ia cabecear. A minha atuação e a do time foram boas. Dorival deu ajeitada no time, que vai aos poucos ficando com a cara dele. Estou pronto para 90 minutos, no que for preciso: 40 minutos, 20 – disse após a partida.
Liedson também elogiou o espírito solidário dos jogadores dentro de campo e se mostrou otimista com o futuro rubro-negro na competição.
- Todos estão se ajudando e é assim que se constrói uma equipe. Em nenhum momento alguém deixa de correr pelo outro e vamos no limite. Tem que ser assim e o resultado é conseqüência do trabalho – concluiu.
Com a vitória, o Flamengo agora ocupa a nona colocação no Campeonato Brasileiro, com 22 pontos. Na próxima rodada os rubro-negros enfrentam o Palmeiras, na Arena Barueri, quarta-feira, às 21h50m (de Brasília).

BRASILEIRAO 2012



Atacante marca duas vezes no triunfo por 2 a 0, em Volta Redonda, e se iguala a Alecsandro e Fred como goleadores máximos, com oito gols

  • o nome do jogo
    Vagner Love
    O atacante conseguiu, pela primeira vez, marcar duas vezes em dois jogos seguidos pelo Flamengo. O segundo gol nasceu de uma roubada de bola sua.
  • deu errado
    Cléverson
    Substituto de Martinez, o meia teve atuação apagada: deu apenas três passes em 45 minutos. Foi substituído por Kim, que melhorou o Náutico.
  • escorregão
    Welinton
    O zagueiro escorregou e deixou a bola na zaga para Kim, que perdeu gol na cara de Felipe. Daí em diante, foi vaiado por parte da torcida.
O Flamengo conseguiu na noite deste sábado sua segunda vitória seguida na era Dorival Júnior. Depois de bater o Figueirense por 2 a 0 no meio de semana, o time recebeu, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, a valente equipe do Náutico e conseguiu triunfar, novamente pelo placar de 2 a 0. Vagner Love, outra vez, fez os dois gols da partida. É a primeira vez que o atacante, que até quarta-feira vinha de oito jogos sem gol, marca duas vezes em duas partidas consecutivas com a camisa do Fla. Ele passou a dividir a artilharia do Brasileirão com Alecsandro, do Vasco, e Fred, do Fluminense - todos somam oito gols.
Com o resultado, o Flamengo chegou a 22 pontos e assumiu a nona colocação do Campeonato Brasileiro. O Náutico, com 17 pontos, aparece na 12ª posição na tabela após 16 rodadas.
Liedson fez sua estreia, ao entrar no lugar de Thomás aos 21 minutos do segundo tempo. Teve tempo para três finalizações, uma delas com estilo, de voleio, que fez Gideão espalmar para escanteio. Em outra, recebeu cruzamento e cabeceou mal.
- Faltou um golzinho ali. Na hora a iluminação me atrapalhou, e (a bola) bateu no meu rosto quando ia cabecear. A minha atuação e a do time foram boas - afirmou Liedson, que atuou com a camisa 31, na saída de campo.
O Náutico, que viu o adversário ficar com a bola por bem mais tempo (61% a 39%), não ficou tão atrás em relação a finalizações. Foram 12 (sendo quatro chances reais), contra 14 do Flamengo (seis chances reais).
- Está faltando atenção. Entramos desligados e acabamos sofrendo dois gols. No segundo tempo voltamos melhor, mas não deu para inverter o placar - afirmou o goleiro Gideão, autor de duas defesas difíceis, assim como o adversário Felipe.
A primeira partida deste Brasileirão no Raulino de Oliveira teve 7.073 pagantes (9.308 presentes), com renda de R$ 130.445. Irregular e fofo, o gramado apresentou falhas em algumas partes do campo, fazendo com que a bola quicasse muito.
O Flamengo voltará a campo na próxima quarta-feira, contra o Palmeiras, na Arena Barueri. No mesmo dia, o Náutico receberá o São Paulo, nos Aflitos.
Vagner Love gol Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Fla imagem)Vagner Love corre para o abraço após abrir o placar para o Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Fla imagem)
Love em noite inspirada
O técnico Dorival Júnior resolveu manter o que deu certo na rodada passada. Mandou a campo praticamente a mesma formação da vitória sobre o Figueirense, com as exceções de Wellington Silva, que substituiu o suspenso Léo Moura na lateral direita, e Wellinton, no lugar de Thiago Medeiros, machucado. Na frente, Vagner Love teve a companhia dos jovens Thomás e Negueba, abertos pelas pontas.
No lado do Náutico, Alexandre Gallo também apostou em receita de sucesso. O time foi quase o mesmo que empatou com o Inter, em Porto Alegre, no meio de semana. As mudanças foram apenas a volta de Ronaldo Alves na zaga (não pôde enfrentar o Colorado por questões contratuais) e a entrada de Cléverson no meio (Martinez cumpriu suspensão).
O jogo começou com o Flamengo buscando o ataque, mas foi o Náutico que teve as primeiras chances. Kieza teve duas oportunidades para abrir o placar, mas não foi feliz: primeiro, após bola desviada em cobrança de escanteio, o atacante não conseguiu concluir bem a gol, e Felipe agarrou sem dificuldades. Depois, em bela jogada pessoal pelo lado esquerdo da área, bateu firme e obrigou o camisa 1 rubro-negro a fazer bela defesa.
O Flamengo, entretanto, tinha Vagner Love com fome de bola. E ele mostrou seu poder de decisão ao abrir o placar aos 14 minutos. Após cobrança de lateral, Love girou em cima da marcação, penetrou na área, driblou o zagueiro Marlon e bateu firme, cruzado, para fazer 1 a 0. Gideão ainda tocou na bola, mas não foi capaz de evitar o gol.
Em vantagem, o Rubro-Negro passou a ter o domínio da partida. Com Negueba e Thomás dando trabalho pelas pontas e com um toque de bola sólido no meio de campo, o Flamengo foi senhor do jogo no primeiro tempo.
Antes de ampliar sua vantagem, o Rubro-Negro criou oportunidades de gol. Renato, em cabeçada aos 32, obrigou Gideão a fazer um milagre. Aos 43, porém, o goleiro do Náutico nada pôde fazer. Ronaldo Alves tentou driblar Love na entrada da área e perdeu a bola. O atacante penetrou e bateu cruzado, na trave. A bola voltou para o próprio Love, que teve calma para cortar para o meio e bater no canto, desta vez com endereço certo: 2 a 0. Os jogadores flamenguistas terminaram a etapa inicial ouvindo os gritos de "o campeão voltou" vindos da arquibancada.
Negueba Flamengo x náutico (Foto: Alexandre Vidal / Fla imagem)Negueba leva a melhor sobre a marcação de Elicarlos (Foto: Alexandre Vidal / Fla imagem)
Kim dá novo gás ao Náutico; Liedson estreia
Na volta para o segundo tempo, o técnico Gallo tratou de mexer no time do Náutico. Cleverson deu lugar a Kim, que em seu primeiro lance já agitou a partida. Fez boa jogada pela direita e bateu cruzado na direção de Kieza. O atacante furou na cara do gol e perdeu grande oportunidade de diminuir a desvantagem do Timbu.
O Flamengo se esforçou para tentar tomar de novo as rédeas da partida. Aos oito minutos, Thomás fez grande jogada pelo lado esquerdo da área e bateu cruzado. Ronaldo Alves cortou para escanteio, debaixo dos paus, e por pouco não fez um gol contra.
O Náutico, avançando em velocidade pelas pontas, começou a dar trabalho. Aos 15 minutos, Dorival Júnior se viu obrigado a fazer sua primeira alteração. O lateral Wellington Silva, que já tinha um cartão amarelo e mostrava dificuldade na marcação, foi retirado do jogo. Ibson entrou na partida, para compor o meio, e Luiz Antonio foi deslocado para a lateral.
Aos 17 minutos, a torcida presente no Raulino de Oliveira começou a pedir por Liedson. O atacante foi chamado logo depois por Dorival Júnior e se preparou para fazer sua estreia. Pisou o gramado aos 21 minutos, na vaga de Thomás, muito aplaudido pelos torcedores.
Na primeira jogada envolvendo o Levezinho, Vagner Love deu um passe em profundidade buscando o novo companheiro, mas a arbitragem corretamente marcou impedimento. Pelo Náutico, Kim continuava como homem mais perigoso. Aos 26, ele costurou pelo meio e soltou a bomba de fora da área. Felipe bateu roupa, mas a zaga do Fla pegou a sobra e afastou o perigo.
Os dois técnicos queimaram suas últimas substituições em seguida. Dorival tirou Negueba e lançou Bottinelli. No Timbu, Gallo mandou o time ao ataque. Rhayner saiu para a entrada de Rico, que tem características mais ofensivas. O lateral Douglas Santos deu lugar a Lúcio.
Aparentando estar mais inteiro no jogo, o Náutico foi para a pressão. Passou a rondar mais a área do Flamengo, que baixou o ritmo. E Kim teve uma chance de ouro para diminuir. Após bobeada incrível de Welinton, que escorregou e caiu, o jogador do Náutico entrou cara a cara com Felipe, mas concluiu muito mal e isolou a bola.
O Rubro-Negro passou a esperar o Náutico para tentar sair nos contragolpes. O time pernambucano, valente, tentou até o fim diminuir o placar, mas não foi capaz. Liedson, já no apagar das luzes, ainda teve a chance de marcar seu primeiro gol no retorno ao Fla, de cabeça, mas a bola saiu mascada. A torcida flamenguista, satisfeita com o que viu, ainda gritou "olé" nos minutos finais
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