domingo, 1 de setembro de 2013

BRASILEIRAO 2013

DESTAQUES DO JOGO
  • deu certo
    Inversão
    Tite colocou Romarinho na esquerda e Pato na direita. Nos novos setores, o primeiro criou a jogada e cruzou para que o segundo abrisse o placar.
  • nome do jogo
    Pato
    Atacante marcou duas vezes no primeiro tempo, o segundo com muita categoria, e deixou o Timão com a vitória na mão. Foi uma boa atuação, com oportunismo.
  • deu errado
    Ataque do Fla
    Carlos Eduardo, Rafinha e André Santos não conseguiram abastecer Marcelo Moreno, que voltou para buscar jogo. Melhorou com Gabriel no segundo tempo.
A CRÔNICA
por Alexandre Lozetti

Alexandre Pato nasceu em 2 de setembro de 1989, um dia depois de o Corinthians festejar seus 79 anos. E não é que, neste mundo moderno de 2013, um jovem e um senhor de idade ainda conseguem soprar velinhas juntos. Ele foi o principal dos 39.361 convidados (36.541 pagantes) que foram à grande festa no Pacaembu. Abriu o caminho para que o Timão goleasse impiedosamente o Flamengo por 4 a 0, numa superioridade de futebol e competitividade muito maior do que a diferença de história e número de torcedores entre os clubes mais populares do país.
Pato comemorou seus 24 anos de forma antecipada no dia dos 103 do Timão. Fez um de seus melhores jogos no ano, na tarde que também marcou a primeira goleada da equipe na competição e seu melhor público no ano. O atacante fez dois gols no primeiro tempo - chegou a 102 na carreira -, e participou do terceiro na etapa final, antes de ser substituído. Mais uma vitória com a cara do campeão mundial: uma defesa sólida, quase intransponível, e eficiência invejável nas conclusões.
Alexandre Pato corinthians gol Flamengo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Alexandre Pato comemora um de seus dois gols no jogo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
A torcida alvinegra se reencontrou com os antigos ídolos Elias e Chicão, muito aplaudidos, Mano Menezes e André Santos, recebidos com respeito e discrição, e o goleiro Felipe, vaiado do início ao fim. Vaias que deram o tom do que (não) jogou o Flamengo no Pacaembu. Com os setores muito distantes, frágil pelos lados e sem criatividade, em momento algum o time carioca esboçou brigar pela vitória.
O jogo também deixou claro os objetivos dos times no Brasileirão. O Corinthians quer o título. São dez partidas sem derrota, ainda que o número de cinco empates nessa série seja significativo. Já o Flamengo, há cinco rodadas sem vencer, cada vez mais vê as equipes da zona de rebaixamento pontuarem e se aproximarem.

André Santos Flamengo ibson corinthians Brasileirão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Os times voltam a campo nesta quarta-feira pelo Campeonato Brasileiro. O Corinthians visita o Internacional, às 21h50, em Novo Hamburgo, enquanto o Beira-Rio segue fechado para obras. Já o Flamengo voltará a atuar no Maracanã, às 19h30, diante do Vitória. Classificados, os times de maior torcida do país também aguardam o sorteio da Copa do Brasil que vai definir datas e ordem dos mandos dos jogos das quartas de final. O Timão terá o Grêmio pela frente, enquanto o Mengão vai disputar dois clássicos contra o Botafogo.
Ex-flamenguista Ibson protege a bola do ex-corintiano André Santos (Foto: Marcos Ribolli)
Jogo de xadrez
Os gaúchos Tite e Mano Menezes vestiam camisas em tons de cinza escuro e calças pretas. Pareciam jogadores de xadrez. E muito das estratégias dos times passou pela escalação do meia Paulinho improvisado na lateral direita do Flamengo. Tite ainda dava entrevista, antes do jogo, quando chamou Fábio Santos à beira do campo e falou em seu ouvido. Queria ajeitar a marcação e o apoio por seu lado, o mesmo do rival rubro-negro.
"Vai, Paulinho!", gritou o treinador do Fla logo nos primeiros minutos. E ele foi, recebeu de Rafinha, mas errou o domínio e a finalização, que saiu por cima do gol de Cássio. Pato, que começou o jogo pela esquerda, não acompanhou o lateral. Era uma ordem de Tite para que ele não se desgastasse muito: marcar só até o meio-campo. Ordem que se mostraria sábia alguns minutos depois.
O comandante campeão do mundo sabe como ninguém mexer em seus peões. O tabuleiro estava confuso, travado, até que ele tirou Pato do lado esquerdo e colocou Romarinho por ali. Uma tabela de seu novo "ponta" com direito a toque de calcanhar de Douglas resultou no cruzamento e na finalização de Pato, ainda mais livre: 1 a 0.
Paulinho flamengo ralf corinthians brasileirão (Foto: Alexandre Vidal / FlaImagem)Paulinho se arrisca pela direita, com Ralf na marcação (Foto: Alexandre Vidal / FlaImagem)
A bronca de Mano era com André Santos. Ele perguntou ao jogador, que deveria ser uma das peças rubro-negras mais importantes, se ele ficaria parado, esperando a bola chegar. Quando ela chegou, ele perdeu. E no contra-ataque, Douglas fez o que o adversário não fez: armou com precisão. Um lançamento preciso para que Pato driblasse Felipe e, apesar do pouco ângulo, esbanjasse categoria no tapa para o gol vazio.
Com as atuações inoperantes de Carlos Eduardo, Rafinha e André Santos, Marcelo Moreno saiu muito da área para buscar o jogo, mas foi seguido pelo zagueiro Felipe, firme. O Flamengo assistiu à festa, ao olé, e aos parabéns dos aniversariantes corintianos para o aniversariante Pato.
E pro Corinthians nada? Tudo!
Gabriel voltou no lugar de Carlos Eduardo. O ex-meia do Bahia era o trunfo de Mano para dar mais criatividade ao Fla, que assumiu postura mais adiantada no início do segundo tempo. Mas o Corinthians é especialista em levar a partida no ritmo que quer. A zaga, muito eficiente e bem protegida, sofre pouco. O resto do time marca e aproveita as oportunidades para oferecer perigo ao adversário.
torcida corinthians flamengo brasileirão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Torcida corintiana faz festa no Pacaembu
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Nessa toada, o Timão permitiu que o Flamengo se aproximasse mais de sua área, mas seguiu mais perigoso, sobretudo nos lançamentos de Douglas para Pato, mantido do lado direito, onde terminou o primeiro tempo. Entre um escanteio e outro, num rebote, Ralf quase fez belo gol em chute de primeira.
No xadrez de Tite e Mano, as chances de gol eram raras. A bola parada se tornou esperança das duas equipes. Bola que, por sinal, parou nas mãos de Fábio Santos, em tentativa do Fla, e Chicão, após cruzamento de Pato. O árbitro Wilton Pereira Sampaio ignorou os desvios, já que os braços estavam próximos ao corpo. Porém, quando Elias tentou o passe, e a bola bateu no estômago e na coxa do zagueiro Felipe, ele deu falta e cartão amarelo. Chicão agradeceu, e cobrou com muito perigo, à esquerda de Cássio.
Se contra o Luverdense, no meio da semana, o Corinthians já administrou o placar de 2 a 0 construído no primeiro tempo, imagine no clássico nacional... Edenilson até cochilou e perdeu dentro da área para André Santos, mas foi salvo por Cássio. O jogo caminhava para ficar sonolento em seu final, até que o ataque corintiano apareceu de novo.
Sheik estava prontinho para entrar no lugar de Pato. Viu, da beira do campo, o atacante participar do terceiro gol. O ex-corintiano Chicão cortou o cruzamento de Edenilson e o chute do quase aniversariante, mas não teve o que fazer no rebote que sobrou para Romarinho. A zaga do Fla só admirou.
Sheik estava em campo. E, dessa vez, dentro da área, foi derrubado por João Paulo. Guerrero bateu o pênalti com força e precisão: 4 a 0.

BRASILEIRAO 2013

A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
No confronto dos times que vivem um jejum de vitórias, não encontram mais o caminho do G-4 e que contavam com os retornos cruciais de seus camisas 10, Alex e D'Alessandro, Coritiba e Inter ficaram num empate em 0 a 0 nada proveitoso para as duas equipes na tarde deste domingo, no Couto Pereira, pela 17ª rodada do Brasileirão.
O empate deixou o time paranaense na sexta colocação, com 25 pontos, um a mais que o Colorado, sétimo colocado. O resultado aumentou a aflição dos dois clubes, que não conquistam três pontos há um bom tempo. O Coxa chegou a cinco jogos sem vitórias, enquanto a série amarga do Colorado alcança sete partidas na Série A, sendo seis empates seguidos. Isto sem contar o fato de não superar o rival no Paraná desde 2003, ainda no início da era dos pontos corridos.

alex coritiba e Dalessandro internacional Brasileirão (Foto: Giuliano Gomes / Agência Estado)Em mais uma tentativa de recuperação, o Inter recebe o embalado Corinthians, às 21h50m de quarta, no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo. Já o Coritiba visita o Botafogo, outro integrante do G-4, como o Timão, às 19h30m de quinta, no Rio de Janeiro, pela 18ª rodada.
D'Ale e Alex voltam aos seus times, mas seca continua (Foto: Giuliano Gomes / Agência Estado)
Casal 20: camisas 10 voltam aos seus times
Não é a toa que o Coritiba deixou de vencer as últimas quatro partidas, despencando da liderança e tendo aproveitamento de time rebaixado. Estava sem Alex, lesionado. No entanto, o meia voltou nesse domingo cinzento e chuvoso no Couto Pereira justamente para devolver cores mais vivas ao time de Marquinhos Santos. Como já era esperado, a maioria das ações do Coxa partiu de sua conhecida canhota. Foram duas faltas cobradas com certo perigo. No entanto, foi com a cabeça, aos 26 minutos, que o camisa 10 quase abriu o placar. No lance, ele acabou sendo atrapalhado pelo companheiro Geraldo no momento de sair do chão.
Por falar em camisa 10, D'Alessandro também estava voltando ao time do Inter, após ser poupado contra o Salgueiro, pela Copa do Brasil. Sem ele, o Colorado ainda não ganhou nesta temporada - na quinta, por exemplo, ficou no 2 a 2 com o time da Série D. Aos oito minutos, descobriu-se o motivo. Mesmo sem ângulo, subverteu a lógica e tentou a cobrança direta de falta. Quase marcou um golaço, se não fosse a mão certeira de Vanderlei no ângulo direito.

Melhores chances após os 30

Mas o futebol pode ser tão escorregadio quanto os dribles dessa dupla cerebral. E, curiosamente, as melhores chances dos times, no equilibrado primeiro tempo, passaram longe dos maestros. Aos 30, Jorge Henrique finalizou de longe, com curva e veneno. Mais uma vez, Vanderlei salvou. Cinco minutos depois, Willians resumiu uma tarde de falhas pessoais ao recuar a bola no pé de Bill, que tocou para Junior Urso. O gol só não saiu porque Ygor se atirou em carrinho providencial. E assim terminou a etapa inicial, sem cartões amarelos nem reclamações sobre a arbitragem. Antes de a partida começar, porém, a direção colorada fez um protesto pelo fato do quarto árbitro Paulo Roberto Alves Junior ser filho do supervisor do Coritiba.
- Estamos chegando, tendo posse de bola... É só caprichar um pouco mais - pediu D'Ale.
- Precisamos sair mais rápido no contra-ataque, que vamos vamos pegar eles desarrumados - analisou Chico.
E foi o próprio zagueiro que quase abriu o placar. Aos 3 minutos do segundo tempo, após escanteio de Alex, cabeceou no travessão de Alisson. Aos 6, Alex resolveu fazer tudo sozinho. Roubou a bola de Willians, arrancou e levou carrinho forte do jovem Alan. Na cobrança de falta, caprichou na técnica, mas economizou na força, e o goleiro pegou.
O Coxa seguiu pressionando. A aposta era quase sempre em cruzamentos. Num deles, aos 16, Lincoln desviou de cabeça, mas Alisson antecipou-se a Julio Cesar e tirou com um soco. O Inter também assustou os donos da casa, com Gabriel, em chute cruzado bastante forte, mas sem direção. Aos 33, Bottinelli, que havia entrado há pouco, só não marcou porque Alan salvou de bico na pequena área. O mesmo Alan que acabou expulso aos 36. A expulsão brecou as chances de o Inter ir à frente, mesmo com o ingresso de Scocco. O placar, portanto, seguiu no zero. Assim como o calvário de ambos. A vitória está cada vez mais longe da vida de Coritiba e Inter no Brasileirão. Mesmo com os maestros em campo.

BRASILEIRAO 2013

DESTAQUES DO JOGO
  • chutaço
    Marquinhos
    O atacante entrou no segundo tempo da partida e por pouco não vez um golaço. O jogador pegou de primeira na entrada da área e carimbou a trave do Criciúma.
  • paredão
    Galatto
    O goleiro garantiu o triunfo do Criciúma ao fazer belas defesas no segundo tempo, quando o Vitória pressionou o Tigre no campo de defesa.
  • pegou no pé
    Elizeu
    O volante foi escalado por Caio Jr. como titular, mas não agradou a torcida. A cada vez que pegava na bola, o jogador ouvia vaias e acabou substituído no intervalo.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
O Vitória estava invicto dentro de casa no Campeonato Brasileiro. O Criciúma, por sua vez, não tinha vencido nenhuma partida longe de Santa Catarina na Série A. Tudo, no entanto, mudou após 90 minutos de bola rolando neste domingo. No Barradão, em Salvador, o Tigre bateu o Rubro-Negro pelo placar de 1 a 0 e deu adeus a fama de visitante acanhado. Marcel, de pênalti, marcou o único gol da partida, válida pela 17ª rodada do Brasileirão 2013. O resultado acabou provocando a demissão do técnico Caio Júnior.

- Saí limpo na jogada, ele me puxou. Acho que foi pênalti. Graças a deus saiu o gol. Me machuquei um tempo atrás e voltei para ajudar - comentou o atacante, que ainda não havia balançado as redes na Série A.
Apesar das reclamações no lance capital da partida, Marcel afirma que foi puxado por Victor Ramos e que o árbitro Francisco de Assis Almeida Filho acertou ao marcar o pênalti em favor do Criciúma.
O atacante Dinei culpou o primeiro tempo do Vitória pela derrota.
- A derrota é resultado da primeira etapa que fizemos. Não tivemos um bom desempenho. O Criciúma fez o gol e passou o segundo tempo todo defendendo. Tentamos até o final. Infelizmente não deu - afirmou.
Com o resultado, o Criciúma chega aos 20 pontos e se distancia um pouco da briga contra o rebaixamento. Já o Vitória, amarga uma sequência negativa de três derrotas seguidas, incluindo a partida contra o Coritiba, pela Copa Sul-Americana, realizada na última quarta-feira. A equipe treinada por Caio Junior estacionou nos 22 pontos e a briga pelo G-4, que até pouco tempo era tratada com naturalidade dentro da Toca do Leão, cada vez mais se transforma em um sonho distante.
Elizeu vitória e Marcel Criciúma Brasileirão (Foto: Eduardo Martins / Agência Estado)O Criciúma venceu a primeira longe de Santa Catarina (Foto: Eduardo Martins / Agência Estado)
O Vitória volta a campo na próxima quarta-feira, às 19h30m (horário de Brasília), quando encara um clássico de rubro-negros com o Flamengo, no Maracanã. O Criciúma, por sua vez, enfrentará o São Paulo, na quinta-feira, às 21h, no Morumbi. Os dois confrontos são válidos pela 18ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro 2013.
Estreias apagadas e pênalti
A expectativa da torcida do Vitória pelos estreantes era grande. As arquibancadas do Barradão firacaram coloridas de vermelho e preto com 10.629 pessoas acompanhando de perto a primeira partida de Juan e Alemão com a camisa rubro-negra, além de Ayrton, que ainda não havia atuado pelo time baiano em Salvador. E foi dos pés do camisa 2 que saiu a primeira jogada de perigo do jogo. O lateral aproveitou uma falta sofrida por Vander na entrada da área, chutou com muito veneno e tirou tinta da trave esquerda do gol defendido por Galatto.
O ímpeto do Vitória, no entanto, parou por aí. Após o bom início, o Rubro-Negro se perdeu na partida, a medida que o Criciúma subia de produção. O Tigre até demorou um pouco para fchegar com perigo ao ataque. Mas quando conseguiu, não poupou a equipe baiana. Após contra-ataque em velocidade, Marcel driblou Victor Ramos e foi puxado pelo zagueiro dentro da área. Pênalti assinalado pelo árbitro cearense Francisco de Assis Almeida Filho e convertido pelo próprio atacante da equipe catarinense, que chutou forte, no canto direito, sem chance de defesa para Wilson.
Atrás no placar, o vitória acusou o golpe. Nervoso, o time treinado por Caio Junior passou a errar tudo o que tentava. O Rubro-Negro sequer conseguia sair do campo de defesa com a bola dominada, o que facilitou o trabalho do Criciúma. Sem pressa, o time de Santa Catarina apertou a marcação e apenas controlou a vantagem no marcador até o intervalo.
Estreia e muita emoção
Com o Vitória sem conseguir chegar ao ataque, Caio Junior decidiu mudar. O volante Elizeu, vaiado pela torcida durante todo o primeiro tempo, deixou o campo de jogo ainda no intervalo substituído por Dinei. A alteração surtiu efeito. O Rubro-Negro passou a incomodar mais a meta defendida por Galatto, principalmente com Alemão, que quase empatou a partida com um chutaço de fora da área. A bola bateu pelo lado de fora da rede e iludiu muitos torcedores no Barradão.
Para frear o time do Vitória, o Criciúma passou a fazer várias faltas. Algumas perto da área. O lateral Ayrton e o zagueiro Fabrício, no entanto, desperdiçaram as cobranças. Apesar de recuado, o Tigre também conseguiu levar perigo ao gol de Wilson. Em mais uma jogada de contra-ataque, Marcel recebeu cruzamento, finalizou de cabeça e obrigou o goleiro rubro-negro a fazer bela defesa.
Com o passar do tempo, o time baiano tratou de impor uma blitz sobre a defesa catarinense. Maxi Biancucchi, Marquinhos, Alemão, Dinei, a cada lance de ataque, um novo atacante tentava concluir em direção ao gol. Quase um expectador no primeiro tempo, o goleiro Galatto se transformou em um dos principais nomes da partida, com várias defesas importantes. Já nos minutos finais, Marquinhos carimbou a trave do Tigre. O atacante aproveitou uma bola afastada pela defesa e acertou um lindo chute de fora da área. A bola acertou a trave e, na sobra, Ayrton mandou para longe. No fim, prevaleceu a solidez defensiva do Criciúma, que segurou o resultado e garantiu os primeiros três pontos fora de casa no Brasileiro.

BRASILEIRAO 2013

DESTAQUES DO JOGO
  • malandragem
    Ceni
    O goleiro segurava uma bola quando o Bota bateu rápido uma falta e ia em direção à área. Ceni a arremessou e obrigou o juiz a parar a jogada.
  • a decepção
    Elias
    O atacante teve pouca participação: apenas 11 passes (nove certos) e uma conclusão. Foi substituído por Alex já no fim da partida.
  • mudança
    segundo tempo
    O jogo foi morno no primeiro tempo, com o Bota se expondo pouco. No segundo, o time saiu e pressionou, mas permitiu que o São Paulo contra-atacasse.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Um jogo sem sal e de resultado nada saboroso para Botafogo e São Paulo no Maracanã. Após 90 minutos divididos em uma metade monótona e a outra de muita correria e pouca inspiração, cariocas e paulistas não saíram do 0 a 0 em duelo válido pela 17ª rodada do Brasileirão. Com isso, o Glorioso, que sonhava voltar à liderança, perdeu posições na tabela de classificação para Grêmio e Atlético-PR e caiu para o quarto lugar, com 30 pontos. O Tricolor prolonga por mais uma rodada sua agonia na zona de rebaixamento. Perdeu uma posição e está em penúltimo, com 15 pontos.
Mais incisivo, o Botafogo esteve mais perto do triunfo, mas um chute de Seedorf no travessão foi o momento mais empolgante para o torcedor. Na próxima quinta, o compromisso é novamente no Maracanã, diante do Coritiba, às 19h30m (de Brasília).

O São Paulo, que tentava a segunda vitória consecutiva, encara o último colocado Náutico na terça-feira, às 21h, na Arena Pernambuco, em jogo atrasado da décima rodada. Na quinta, volta a entrar em campo para receber o Criciúma. Rogério Ceni comentou o acúmulo de jogos nos próximos dias em decorrência da excursão ao exterior.
- A gente sabe que está apertado este campeonato. É sempre bom fazer a leitura quando empatamos. Principalmente no segundo tempo, apertamos o São Paulo, comandamos, mas não fizemos gol. Mas sabemos que todos vão deixar pontos. O campeonato é longo. Se jogarmos dessa maneira, vamos voltar a levar três pontos - avaliou Seedorf.
- Fizemos uma loucura na exposição física que tivemos ao jogar três partidas em quatro dias lá fora. Se a CBF não ajuda a gente com a tabela, também não ajudamos. A CBF não parece preocupada com os clubes, mas temos nossa parcela de culpa.
O público no Maracanã foi de 23.585 pagantes (28.591 presentes), o maior do Botafogo como mandante neste Brasileirão, superando por pouco o jogo contra o Goiás, no Mané Garrincha (23.322).
Lance do jogo entre são paulo e botafogo brasileirão (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)Bolívar estica a perna para impedir o avanço de Ganso (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Equilíbrio e pouca emoção
O Botafogo teve maior posse de bola, e o São Paulo, maior iniciativa. Mas ninguém conseguiu dar muita emoção nos 45 minutos iniciais no Maracanã. Com o calor do Rio de Janeiro, a etapa foi levada em ritmo lento e praticamente sem trabalho para os goleiros Renan e Rogério Ceni. Mesmo com 60% de posse de bola, o Glorioso permaneceu pouco no campo de ataque e, ainda assim, criou as melhores chances, ambas com Seedorf. Primeiro, o holandês cobrou escanteio com veneno para defesa de Ceni no susto. Já no minuto final, tentou um drible a mais na entrada da área e foi desarmado por Antonio Carlos.
O São Paulo, por sua vez, sofreu com a fragilidade de seu ataque. Bem postado, trocava passes no campo ofensivo, mas criava pouco. Com o Botafogo organizado defensivamente, Ganso não encontrava espaço para armação e não contava com a colaboração de Osvaldo e Lucas Evangelista. Antonio Carlos, recém-chegado do próprio Botafogo, foi quem desperdiçou a melhor chance, logo aos seis minutos. Após cruzamento da esquerda, errou chute com a esquerda e furou também com a perna direita, na sobra de bate e rebate.
Botafogo pressiona, São Paulo melhora, mas...
Na volta para o segundo, o Botafogo se mostrou mais disposto a conquistar a vitória que o deixaria - ao menos até o jogo do Cruzeiro - na liderança do Brasileirão. Explorando bem o lado esquerdo de ataque, a equipe da casa pressionou o São Paulo, apertou a saída de bola e chegou a acertar o travessão em lindo chute de Seedorf. A disposição ofensiva dos alvinegros foi boa também para os paulistas, que tiveram espaços para explorar os contra-ataques e colocaram Osvaldo e Lucas Evangelista na partida. Na base da velocidade, a dupla dava trabalho, mas pecava nas finalizações.
Cada vez mais no ataque, o Botafogo pressionava e levava perigo. Renato e Lodeiro quase marcaram, mas viram a bola passar perto da trave direita de Rogério Ceni. Acuado, o São Paulo tentou ganhar força ofensiva com a entrada do veloz Negueba. Não deu certo. A defesa paulista, por outro lado, foi eficiente e segurou o resultado que não foi bom para ninguém.

NOTICIAS


Japonesas ganham três das cinco lutas e conquistam o título


As meninas da seleção brasileira de judô lutaram até o fim. A medalha de ouro do Mundial por equipes só foi decidida no último combate da decisão contra o Japão. E foi por uma diferença mínima, de um shido, que Maria Suelen Altheman perdeu para Megumi Tachimoto e viu as rivais fecharem a série melhor de cinco em 3 a 2 para ficarem com o título no Rio de Janeiro. As medalhas de bronze ficaram com França e Cuba. As japonesas, campeãs por equipes no Mundial de Salvador, ano passado, agora são tetracampeãs mundiais (2002, 2008, 1012 e 2013).
- Era muita vontade de vencer. No último mundial fomos bronze, agora chegamos com vontade de levar o ouro, mas não veio. Mas estamos no topo, entre as melhores. Estou muito orgulhosa da equipe e vamos buscar o ouro da próxima vez. A Suelen tinha dificuldade de lutar com a japonesa, não abaixamos a cabeça. Todos que estão ali deram o máximo. Suelen competiu no sábado, está um pouco cansada, mas todos deram o que tinham. Nossa equipe é muito forte, e teremos muitas alegrias pela frente - disse Rafaela Silva.
A prata por equipes confirma também a grande campanha das mulheres brasileiras neste mundial. No individual feminino, o Brasil ficou com o título geral do torneio: um ouro, duas pratas e dois bronzes, resultado amplamente superior ao masculino, com apenas uma prata e a nona colocação geral. No masculino por equipes, sob os olhares dos medalhistas olímpicos Tiago Camilo e Leandro Guilheiro, ambos fora do Mundial por conta de problemas médicos, a seleção foi eliminada logo de cara. A Alemanha fez 3 a 2, de virada, e avançou para terminar o dia com o bronze.
Mundial de judô equipe feminina do Brasil prata (Foto: Marcio Rodrigues / MPIX / Fotocom.net)Equipe feminina do Brasil conquista a prata no Mundial (Foto: Marcio Rodrigues / MPIX / Fotocom.net)
Estreia: alemãs levam passeio
A campanha até o pódio teve a Alemanha como primeira rival. Érika Miranda abriu o duelo vencendo Mareen Kraeh por wazari após dominar o combate. Em seguida, a campeã mundial no peso até 57kg Rafaela Silva bateu por um yuko Miryan Roper. A Alemanha venceu com Martyna Trajdos levando a melhor sobre Ketleyn Quadros, que lutou no peso de cima, por imobilização, mas Maria Portela bateu por ippon Laura Vargas Koch e fez 3 a 1. Maria Suelen ainda marcou o 4 a 1 ao vencer por yuko Jasmin  Kuelbs (veja no vídeo ao lado).
Quartas: francesas vendem derrota caro
 Nas quartas de final, o Brasil pegou uma das melhores escolas do judô atual. Teve pela frente a França e só conseguiu avançar para as semifinais na última luta, com Maria Suelen Altheman. No primeiro duelo, Eleudis Valentim venceu por wazari Lucile Duport. Na segunda luta, Rafaela Silva passou por cima de Helene Receveaux com um ippon (veja ao lado). Mas a França não se entregou.
Mariana Silva foi derrotada por Clarisse Agbegnenou por ippon, e na quarta luta Gevrise Emane venceu Maria Portela por um shido. Tudo igual: 2 a 2. Maria Suelen Altheman então pegou a poderosa Lucie Louette, e com dois minutos de luta conseguiu o que seria um ippon. Chegou a comemorar, mas a arbitragem voltou atrás e marcou um wazari. A francesa não desistiu, e teve um yuko a seu favor, deixando a luta emocionante até o último segundo.

Semifinal: Mayra decide contra sul coreana
Na semifinal, o Brasil começou perdendo. Na frente por uma punição, Érika Miranda perdeu por yuko diante da coreana Da Sol Park quando faltavam apenas dois segundos para o fim. Mas o time não se abateu. Rafaela Silva empatou a disputa. Contra Jan-Di Kim, a campeã do mundo venceu por um wazari e igualou tudo. A terceira a lutar foi Mariana Silva. Ela pegou Da-Woon Joung, mas apesar de equilibrar o duelo, perdeu por wazari: 2 a 1.
Raçuda, Maria Portela tinha uma grande responsabilidade pela frente. Precisava vencer Seongyeon Kim para o Brasil continuar na briga. E o fez. No "golden score", aos 36 segundos, a sul coreana levou um shido e o duelo ficou em 2 a 2. Na última luta, Mayra Aguiar, que substituiu Maria Suelen Altheman nesse combate, venceu Jung Eun Lee, mesmo lutando uma categoria acima da sua. Depois de vencer, Mayra bateu no peito e avisou que no Brasil não seria derrotado pelas coreanas (veja no vídeo acima).
Final: japonesas vencem por 3 a 2 no último duelo
Érika Miranda abriu a final sob forte apoio das arquibancadas. A brasileira, porém, durou apenas um minuto e meio nas mãos da japonesa Yuki Hashimoto, sendo imobilizada e perdendo por ippon. Com 100% de aproveitamento no Mundial de judô e vivendo um momento mágico que lhe rendeu o título de campeã mundial, Rafaela Silva bateu Anzu Yamamoto por wazari e empatou tudo.
No duelo de 63kg, Katherine Campos foi imobilizada por Kana Abe e perdeu por ippon, com o Japão abrindo 2 a 1. Mas Maria Portela entrou no tatame e com muita vontade, venceu Haruka Tachimoto por uma punição e levou a batalha para o último duelo, entre Maria Suelen e Megumi Tachimoto. Faltando pouco menos de dois minutos para o fim do duelo, Suelen levou uma punição e a japonesa ficou na frente. A brasileira ainda tentou reverter, mas não conseguiu (veja os melhores momentos no vídeo acima).

Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...