Verdão ultrapassa o Sport e diminui risco de rebaixamento de 93% para 83%. Probabilidade de queda aumenta para Bahia, Fla, Ponte e Portuguesa
Atrás de arrancada semelhante a que livrou o Fluminense do rebaixamento em 2009 paraescapar da degola este ano, o Palmeiras deu um ótimo primeiro passo. Contra o Bahia, adversário direto na fuga do Z-4, ganhou por 1 a 0 fora de casa e diminuiu o risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro após a 31ª rodada. Com 93% de probabilidade de cair para a Série B em 2013 após a derrota para o Náutico por 1 a 0 no último domingo, diminuiu a porcentagem para 83%, segundo o matemático Tristão Garcia, idealizador do site Infobola.
O risco é menor do que o do Sport, que tem até um ponto a mais na classificação (30 contra 29). O Leão derrotou a Ponte Preta por 3 a 1, mas reduziu suas possibilidades matemáticas de queda só de 93% para 87%. Explica-se: dos sete jogos restantes para o fim da competição, o Alviverde faz quatro em casa, enquanto o Rubro-Negro pernambucano tem só três partidas pela frente como mandante.
Tristão diz que a pontuação necessária para se livrar do rebaixamento, sem depender de outros resultados, ainda se mantém em 45 pontos. Mas equipes com menos podem conseguir escapar, já que o campeonato nunca teve até a 31ª rodada uma média tão baixa de pontos no Z-4 desde a implantação do atual formato do Brasileirão, por pontos corridos e com 20 clubes. Apesar do risco do Palmeiras ainda ser grande, o matemático ressaltou que o time tem dois pontos a mais do que o Fluminense tinha em 2009 (29 contra 27). A diferença é que o Tricolor Carioca estava cinco atrás da primeira equipe fora da zona da degola, um a menos do que o Verdão tem atualmente em relação ao próprio Bahia, 16º colocado.
- Para mim, o grande vencedor dessa rodada foi o Palmeiras. Fiz um teste que, se ele perde esse jogo, o risco iria para 98%, se empatasse, para 95%. Ou seja, só restava vencer. Já o Sport tem péssima campanha fora de Recife (uma vitória, quatro empates e dez derrotas). E nesta reta final, ele só tem três jogos em casa. Vai ter que fazer fora de casa o que não fez até agora - explicou.
Com a derrota por 2 a 0 para o São Paulo, o Atlético-GO só escapa da degola com um milagre, já que o time é o lanterna do Brasileiro com 23 pontos e segue com 99% de risco. Já o Figueirense, com o triunfo de virada por 3 a 2 sobre o Internacional, conseguiu respirar, somou 28 pontos e diminuiu suas chances de rebaixamento de 97% para 89%. Mas, para o matemático, o Palmeiras é quem tem mais possibilidades de ameaçar os times que ocupam a 'zona de conforto' fora do Z-4, mas ainda sob riscos: casos do Bahia (35 pontos, foi de 7% para 21%), do Flamengo (37 pontos, foi de 5% para 8%), Ponte Preta (37 pontos, foi de 2% para 6%) e Portuguesa (38 pontos, foi de 2% para 5%).
- Quem pode sair de lá e assustar todo mundo é o Palmeiras. Se reagir forte, aí coloca em risco todo mundo da zona de conforto, Bahia, Flamengo... O Bahia triplicou seu risco porque perdeu em casa para um inimigo que poderia manter afastado. O Flamengo precisa abrir o olho, é o penúltimo do returno (perde o último lugar para o Atlético-GO). O risco é baixo porque, dos sete jogos restantes, faz cinco no Rio e tem abaixo dele o Bahia, que só jogará três em casa.
Segundo Tristão, a rodada trouxe ainda mais um time para brigar contra o rebaixamento: o Náutico, com 40 pontos. O matemático explicou que o Timbu tinha porcentagens mínimas, mas a derrota por 2 a 1 para o Coritiba, que é um concorrente direto, deixou ambos com 1% de risco de queda. Apesar da vitória e de chegar a 41 pontos, o Coxa segue ameaçado pois tem uma tabela difícil pela frente, incluindo os três primeiros colocados do campeonato.
- Os dois têm chances muito pequenas (de rebaixamento), mas o Coritiba pega uma sequência contra Grêmio, Fluminense e Atlético-MG, depois ainda tem Corinthians fora, Vasco... O Náutico perdeu um confronto por posição e foi ultrapassado. Mas agora vai para a rodada boa, em casa contra a Portuguesa, e tem tudo para liquidar essa parada - afirmou
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