quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

CORINTHIANS



Acompanhado dos filhos, ex-presidente do Corinthians acompanha vitória do Timão sobre o Al Ahly. Tenso, ele discute com um torcedor


Andrés Sanches, ex-presidente do Corinthians, está acostumado a assistir aos jogos do Timão na arquibancada, no meio da Fiel. Mas nesta quarta-feira, em Toyota, no Japão, presenciar a vitória por 1 a 0 sobre o Al Ahly, do Egito, e a conseqüente classificação à final do Mundial de Clubes teve um gosto especial para ele. Principalmente por ver, do outro lado do mundo, a forte presença de torcedores alvinegros. O público divulgado pela Fifa foi de 31.417, a maioria corintiana. Assista aos principais lances do jogo no vídeo.
- Eu fiquei impressionado, esperava que fosse ter menos torcida aqui. Mas os torcedores do Corinthians estão sempre aprontando as deles - disse, emocionado, o ex-presidente alvinegro, que recentemente pediu demissão do cargo de diretor de seleções da CBF. Atualmente, ele está fora de cargos diretivos no futebol.
Acompanhado de seus dois filhos, Sanches torceu, cantou, comemorou, foi assediado e até brigou. De verdade. Irritado com um fanático que estava à frente e não sentava, ele trocou farpas e xingou o corintiano. Talvez por conta do clima tenso dos primeiros minutos da estreia no Mundial, o clima tenha ficado ainda mais pesado. Mas Paolo Guerrero tratou de criar um cenário ideal para a conciliação dos dois: o gol.
Andres Sanches torcida Corinthians Mundial (Foto: José Gonzalez / Globoesporte.com)Andres Sanches conversa com torcedor durante o jogo (Foto: José Gonzalez / Globoesporte.com)
Quando o cronômetro marcava 29 minutos do primeiro tempo, o peruano aproveitou cruzamento de Douglas e cabeceou para fazer o gol da vitória alvinegra. Na arquibancada, o tal torcedor e Andrés Sanches aproveitaram o momento feliz e se reconciliaram, com abraços, sorrisos e pedidos de desculpas. Nada mais natural que o torcedor começasse, então, a espalhar a história entre os amigos.
Contido, mas acompanhando todas as músicas cantadas pela Fiel, Andrés Sanches teve 15 minutos de celebridade no intervalo do jogo. Percebendo a presença do ex-presidente no estádio, os torcedores caminharam até onde ele estava para pedirem fotos, autógrafos... Em determinado momento, o mandatário foi até paparicado por alguns fanáticos que lhe ofereceram bebida e comida.
- Eu estou acostumado a assistir aos jogos no meio da torcida. Sempre foi assim, inclusive durante a Libertadores - acrescentou Sanches.
O clima de estádio agrada ao corintiano, que gargalhou quando os torcedores começaram a pegar no pé de um dos auxiliares de arbitragem. Mas os sorrisos ficaram de lado quando Al Ahly pressionou o Corinthians na parte final do segundo tempo. Tenso, Sanches olhava atentamente para o campo, contando os minutos para o árbitro mexicano Marco Rodríguez encerrar a partida.
- Essa torcida é f... - finalizou Andrés Sanches.
Presidente do Corinthians de outubro de 2007 até dezembro de 2011, Sanches comandou a reconstrução do Timão desde a queda à Série B até a conquista do Campeonato Brasileiro do ano passado. Em sua gestão, o clube construiu um moderno centro de treinamentos e iniciou as obras da tão sonhada Arena Corinthians, que será palco da abertura da Copa do Mundo de 2014. Nesse período, o clube também conquistou o Paulistão e a Copa do Brasil. Sua proximidade com a Fiel, o transformou em ídolo da torcida. Não à toa até agora ele é reconhecido e reverenciado pelos alvinegros
.

CORINTHIANS


DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Guerrero
    Centroavante peruano cumpriu o papel de camisa 9 para o qual foi contratado. Na primeira chance que teve na semifinal, de cabeça, colocou o Timão na decisão.
  • deu errado
    Marcação
    O Timão sofreu com algumas falhas defensivas e só não pagou caro pela má qualidade técnica do Al Ahly, que perdeu chances de gol dentro da área.
  • torcida
    Invasão
    A Fiel foi grande maioria entre os mais de 31 mil torcedores presentes. Ela cantou muito e fez do Toyota Stadium uma filial do Pacaembu na semifinal.
Tite passou meses quebrando a cabeça para escolher o parceiro ideal de ataque para Emerson no Mundial de Clubes. Foram inúmeros jogos e treinos até concluir que o nome era Paolo Guerrero. Nesta quarta-feira, o peruano comprovou que o treinador estava certo. Em um Pacaembu improvisado no Toyota Stadium, o centroavante fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Al Ahly, do Egito, e colocou o Corinthians na decisão de domingo. Uma vitória muito mais sofrida do que se podia imaginar logo no primeiro jogo da competição. E pensar que Guerrero chegou ao Japão como dúvida: ele sofreu uma lesão no joelho direito na última rodada do Brasileirão, dia 2, e corria risco de não jogar.
A atuação corintiana esteve longe de empolgar a torcida alvinegra, esmagadora maioria entre os mais de 31 mil presentes ao estádio, como na campanha do título da Libertadores. O que se viu foi uma equipe nervosa, como há muito tempo não se via. O Timão cometeu erros em todos os setores e, por muito pouco, não se complicou diante de um adversário inferior tecnicamente.
Guerrero foi o toque de calma que o Alvinegro não teve. Bem marcado, o grandalhão dono da camisa 9 apareceu poucas vezes, mas, na única chance, escapou do bloqueio egípcio para aproveitar de cabeça um passe precioso de Douglas e garantir a vaga.
O Corinthians espera agora pelo adversário na decisão. Chelsea, da Inglaterra, e Monterrey, do México, se enfrentam nesta quinta-feira para decidir quem avança. A decisão está marcada para domingo, às 8h30m (de Brasília), em Yokohama.
Guerrero comemora gol do Corinthians contra Al Ahly Mundial (Foto: AFP)Guerrero comemora gol que colocou o Corinthians na decisão do Mundial de Clubes (Foto: AFP)
Sem pressão, com Guerrero
O Corinthians fez no início da partida o contrário do que treinou no Japão nos últimos dias. A marcação por pressão no ataque, arma mortal na conquista da Libertadores, foi deixada de lado em troca de um ritmo bem mais cauteloso nos primeiros minutos, postura que deixou apreensivo o grande número de torcedores alvinegros no estádio.
O Al Ahly também foi diferente do que mostrou na suada classificação contra o Sanfrecce Hiroshima, do Japão. A defesa, ponto fraco na estreia, se fortaleceu com um esquema tático para proteger os zagueiros e impedir jogadas de confronto direto com eles. Defender foi o máximo que fizeram. Na frente, pouca qualidade técnica à espera de um vacilo corintiano.
A dificuldade foi tanta que o Corinthians só conseguiu chutar a gol aos nove minutos, com Douglas batendo rente à trave direita de Ekramy. O armador e o volante Paulinho alternaram as posições em busca de espaços, mas não foram produtivos. Isolados, Emerson, Guerrero e Danilo quase não tiveram chance de superar a pesada e, em alguns momentos, violenta marcação.
O Timão teve pequeno crescimento quando o técnico Tite passou Emerson para o lado direito e Danilo para o esquerdo do ataque. A equipe conseguiu prender a bola por mais tempo no campo ofensivo e, consequentemente, acionar Guerrero mais vezes. Na única chance, o gol. Da cabeça do peruano veio o desvio certeiro no canto direito do goleiro após bola levantada por Douglas: 1 a 0, e Corinthians mais calmo até o intervalo.
Sufoco egípcio
A esperança da Fiel em ver um time mais solto na etapa final ficou no intervalo e encheu de sofrimento os minutos até a classificação. O Corinthians voltou a campo cometendo os mesmos erros e, para piorar, viu o adversário se arriscar mais vezes no ataque, sobretudo depois que o ídolo Aboutrika entrou substituindo Said.
Com mais trabalho, a defesa do Corinthians mostrou falhas e permitiu que os egípcios crescessem. O empate quase surgiu em dois vacilos do setor. Primeiro, Rabia, por muito pouco, não acertou o ângulo esquerdo de Cássio após vacilo de Chicão. Em seguida, Fathi invadiu a área, às costas de Fábio Santos, mas finalizou pelo lado de fora da rede.
Tite buscou alternativas para melhorar o desempenho e tirar o Corinthians da pressão. Romarinho e Jorge Henrique entraram nas vagas de Emerson e Douglas, respectivamente, para ajudar na marcação e dar força ao contra-ataque. Nada, porém, deu certo. Paulinho apareceu duas vezes em condições de finalizar na área rival, mas demorou a chutar.
A angústia tomou conta da torcida nos últimos minutos. Os ponteiros se arrastavam. Apesar dos cânticos de incentivo, o Corinthians não conseguiu controlar o jogo. Desgastado, o Al Ahly perdeu parte do ímpeto de sufocar para alívio do Timão. Vitória sofrida de quem precisará melhorar para ser campeão.
Guerrero comemora gol do Corinthians contra Al Ahly Mundial (Foto: EFE)Corintianos comemoram: resultado apertado e vaga da final do Mundial de Clubes (Foto: EFE)

NOTICIAS



Craque argentino novamente decide em vitória do Barcelona, desta vez 
sobre Córdoba, pelas oitavas de final da Copa do Rei. Volta será em janeiro

O próximo grande artilheiro que surgir no futebol terá dificuldade em superar LionelMessi quando o assunto é gols num só ano. Nesta quarta-feira, o craque argentino ampliou a sua marca já conquistada no último domingo e foi novamente decisivo na vitória sobre o Córdoba, da Segunda Divisão, por 2 a 0, no Estádio Nuevo Arcángel, fora de casa, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Rei.
Os dois gols marcados o fizeram alcançar os 88 em 67 jogos em 2012. No último domingo, o camisa 10 consagrou-se mundialmente ao superar o alemão Gerd Müller, que havia anotado 85 vezes com a camisa de Bayern de Munique e da seleção da Alemanha em 1972. A diferença é que Messi ainda entrará em campo mais duas vezes no ano: domingo, contra o Atlético de Madri, e no sábado dia 22, ambas pelo Campeonato Espanhol.
Messi, Cordoba e Barcelona (Foto: Agência Reuters)Com os dois sobre o Córdoba, Messi ampliou o recorde para 88 gols em 2012 (Foto: Agência Reuters)
O resultado deixa a equipe de Tito Vilanova com boa vantagem para decidir a vaga em casa - o duelo de volta no Camp Nou está marcado para o dia 9 de janeiro de 2013 apenas. Qualquer derrota por um gol de diferença classificará os catalães para as quartas de final, quando possivelmente irá enfrentar o Málaga ou o Eibar, da Terceirona, que eliminou o Athletic Bilbao também nesta quarta.
Mais dois na conta
Não era exatamente um time titularíssimo, mas quase isso. Sem Andrés Iniesta e Victor Valdés, poupados, o Barcelona encontrou dificuldades quando possivelmente não esperava. O Estádio Nuevo Arcángel transformou-se em caldeirão diante do líder absoluto do Campeonato Espanhol, mas o resultado, ao menos parcial, foi o mesmo de sempre.
Susto? O Barça levou. Dois deles com menos de dez minutos. Aos cinco, Pinto saiu jogando errado (como costuma aprontar às vezes) e a bola sobrou para Pedro, que chutou de longe e obrigou o goleiro a fazer boa defesa. No lance seguinte, Dubarbier ganhou de Dani Alves e cruzou para a área. Novamente Pedro apareceu concluindo de canhota, mas a bola saiu.
Barcelona comemoração (Foto: AP)Jogadores do Barcelona comemoram mais um gol de Lionel Messi (Foto: AP)
Na primeira grande chance do Barcelona saiu o gol. Foi aos 10, numa tabelinha entre Messi e David Villa. Após abrir na esquerda, o argentino apareceu completamente livre no meio para completar - a bola ainda bateu no travessão antes de entrar pela 87ª vez em 2012. O Córdoba teve a oportunidade de igualar na sequência, mas Rennella completou para o fundo das redes impedido, aos 15.
O ímpeto ofensivo dos donos da casa diminuiu consideravelmente na etapa final. Com contra-ataques perigosos, David Villa e Pedro Rodríguez desperdiçaram chances importantes para ampliar nos primeiros minutos. Até mesmo Lionel Messi, aos 24, perdeu cara a cara com o goleiro Saizar.
Mas como é muito raro vê-lo em uma tarde ruim... O atual melhor jogador do mundo estava lá para ampliar o seu recorde. Aos 28, após rápida troca de passes, Sánchez recebeu na direita e cruzou rasteiro para Messi, que optou pelo chute cruzado, alcançando o sétimo "doblete" (dois gols num jogo) consecutivo quando começou como titular
.

Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...