sexta-feira, 8 de junho de 2012

FLAMENGO

Desaparecimento do exame, realizado em folga do time, que comprovaria álcool no sangue de R10 pode complicar a estratégia jurídica do clube

Por Janir Júnior e Richard SouzaRio de Janeiro
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Um mistério ronda o Flamengo. Ninguém sabe onde foi parar o suposto exame que teria encontrado álcool no sangue de Ronaldinho. Esta semana, depois que o vice-presidente jurídico do clube, Rafael de Piro, revelou a existência do polêmico hemograma, a presidente Patricia Amorim foi informada de que a "prova" havia desaparecido. Incrédula, a dirigente determinou que todos os esforços fossem feitos para encontrar o exame. Até agora... em vão. Os médicos rubro-negros não comentam o assunto.
O episódio traz outro dado que pode complicar a estratégia jurídica rubro-negra. A coleta de sangue não foi feita num dia de treino. Ronaldinho estava com dados desatualizados e foi convocado para o exame num dia em que estaria liberado de atividades. Foi realizado um hemograma completo. Nele, alguns índices (alterações na taxa de enzimas hepáticas) sugeriram o consumo recente de bebidas alcóolicas. Mas, como não havia treino previsto, há o temor de que R10 possa usar isso como defesa.
arte materia exame ronaldinho (Foto: arte esporte)De Piro, Patricia e Ronaldinho: personagens de uma polêmica novela (Montagem: Globoesporte.com)
Além do exame, que foi realizado no Ninho do Urubu, o clube garante que tem, pelo menos, duas advertências por indisciplina assinadas pelo jogador. Mas outras evidências de "postura antiprofissional" que o Flamengo esperava anexar ao processo ainda não foram encontradas. Duas delas, na visão rubro-negra, tinham potencial para demonstrar os prejuízos decorrentes das atitudes do jogador: um e-mail de um dos patrocinadores dizendo que não iria renovar o contrato por causa de R10 e supostas provas e notas fiscais de que o craque teria ficado seis dias "internado" em um motel da zona sul do Rio de Janeiro - saindo apenas para treinar.
Existe o exame, vamos levantar e certamente será usado. É mais uma prova inequívoca do comportamento inadequado dele. O fato de ter sido encontrado álcool no sangue dele é um negócio bastante grave"
Rafael de Piro
Até o dia 8 de novembro, data marcada para a audiência de conciliação e, em caso de insucesso no acordo, instrução e julgamento do problema, o caso correrá em segredo de Justiça. Antes disso, porém, na última terça-feira, o vice jurídico do Rubro-Negro, Rafael de Piro comentou sobre o exame e seu uso no processo.
- Isso foi feito. Não sei dizer quando, mas sei que foi feito. O exame constatou álcool no sangue do Ronaldinho. Acho que ele nem sabia do resultado do exame. Isso está comprovado e é prova mais do que clara. Já pedimos ao departamento médico e deve chegar para mim hoje (terça-feira) ou amanhã (quarta). Existe o exame, vamos levantar e certamente será usado. É mais uma prova inequívoca do comportamento inadequado dele. O fato de ter sido encontrado álcool no sangue dele é um negócio bastante grave. Estamos levantando essas provas. É um exame, o vídeo. Vamos jogar com todas as forças - disse Rafael de Piro.
De Piro não informou qual foi a taxa de álcool encontrada no sangue do atleta - nem a data em que o exame foi feito. No Brasil, a taxa de álcool permitida para dirigir - por exemplo - é de 0,2 g por litro de sangue. E, por enquanto, o advogado continua esperando pelo exame.
O vice-presidente jurídico do Flamengo não informou a data da realização do exame nem qual foi a taxa de álcool encontrada
Além disso, o corpo jurídico do clube diz que usará o vídeo que mostra o encontro do atacante com uma mulher na concentração em Londrina, em janeiro, para questionar a postura de Ronaldinho. À época, Vanderlei Luxemburgo pediu uma punição severa ao ex-camisa 10, mas o clube fez apenas uma advertência e não tomou nenhuma medida mais enérgica. Agora, porém, tentará usar as provas contra o meia-atacante.
O Flamengo tem uma dívida assumida com o jogador de cerca de R$ 5 milhões. Mas os advogados de Ronaldinho cobram na Justiça o valor de R$ 40.177.714,00, pois existe uma cláusula no contrato de imagem do ex-camisa 10 que garantiria a rescisão unilateral e o pagamento dos meses restantes do compromisso – que terminaria no fim de 2014 – em caso de atraso superior ou igual a dois meses.

FORMULA 1

Brasileiros têm sexta-feira de opostos nos treinos livres para o GP do Canadá. Inglês da McLaren é o mais rápido nas duas atividades do dia

Por GLOBOESPORTE.COMMontreal, Canadá
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Hamilton é o mais rápido na sexta-feira no Canadá (Foto: AFP)Lewis Hamilton foi o mais rápido dos treinos livres
de sexta-feira  no Canadá (Foto: AFP)
Disposto a focar na temporada 2102 e deixar para depois a decisão sobre seu futuro na McLaren, Lewis Hamilton é que atraiu as atenções nesta sexta-feira, ao dominar os treinos livres para o GP do Canadá deste fim de semana. Mais rápido na primeira atividade (1m15s564), o piloto da McLaren melhorou a marca à tarde e fechou com o melhor tempo do dia: 1m15s259.
Mas não foi só no britânico que os olhares se concentraram. Se na parte da manhã as atenções foram divididas com uma raposa e um esquilo que invadiram a pista de Montreal, nesta tarde, o desempenho da Ferrari e a forte batida de Bruno Senna também foram destaque.
Após a boa exibição em Mônaco, Felipe Massa deu mais um sinal de reação na temporada ao fechar a sexta no Canadá com o terceiro melhor tempo (1m15s410), a 0s151 de Hamilton e a menos de um décimo do companheiro de Ferrari, Fernando Alonso. O espanhol, aliás, esteve, por duas vezes, próximo de bater a marca do inglês da McLaren. No entanto, perdeu milésimos preciosos no terceiro setor e fechou com 1m15s0313, a 0s054 da volta mais rápida do dia.
felipe massa ferrari gp do Canadá (Foto: Agência Reuters)Felipe Massa ficou com o terceiro melhor tempo do dia (Foto: Reuters)
Dia bom para Massa, péssimo para seu compatriota Bruno Senna. O brasileiro, definitivamente, não teve uma boa sexta-feira. Após ter problemas com a asa móvel e ficar em 21º na parte da manhã, o piloto foi a primeira vítima do famoso “Muro dos Campeões”(conheça a história aqui). Aos 48 minutos da atividade, ele perdeu a traseira da Williams na saída da última chicane do circuito e bateu com força na barreira de pneus, abandonando o treino e ficando apenas com o 17º tempo. Em razão do acidente, a atividade ficou parada por 14 minutos para a retirada das partes do carro que ficaram na pista.
Carro de Bruno Senna ficou bastante danificado após batida no 'Muro dos Campeões' (Foto: AP)Carro de Bruno Senna ficou bastante danificado após batida no 'Muro dos Campeões' (Foto: AP)
Os pilotos voltam ao Circuito Gilles Villeneuve às 11h de sábado para o terceiro treino livre, com transmissão do SporTV. O treino classificatório será disputado às 14h de sábado e a corrida às 15h de domingo, ambos com transmissão ao vivo da TV Globo e em Tempo Real com vídeos pelo GLOBOESPORTE.COM.
Confira os melhores tempos dos dois treinos livres de sexta-feira para o GP do Canadá:
1- Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m15s259
2 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m15s313
3 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m15s410
4 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m15s531
5 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m15s544
6 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m15s651
7 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m15s697
8 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m15s782
9 - Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) - 1m15s799
10 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) -1m15s812
11 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) -1m15s897
12 - Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1m15s898
13 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) - 1m15s987
14 - Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) - 1m16s360
15 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault) - 1m16s562
16 - Heikki Kovalainen (FIN/Caterham-Renault) - 1m16s981
17 - Bruno Senna (BRA/Williams-Renault) - 1m17s022
18 - Vitaly Petrov (RUS/Caterham-Renault) - 1m17s075
19 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Ferrari) - 1m17s124
20 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) - 1m17s580
21 - Pedro de la Rosa (ESP/HRT-Cosworth) - 1m18s182
22 - Timo Glock (ALE/Marussia-Cosworth) - 1m19s084
23 - Narain Karthikeyan (IND/HRT-Cosworth) - 1m19s354
24 - Charles Pic (FRA/Marussia-Cosworth) - 1m19s902

EUROCOPA 2012

Envolvente no primeiro tempo, seleção russa leva susto na etapa final, mas sai com goleada e já lidera o Grupo A da Eurocopa

Por GLOBOESPORTE.COMBreslávia, Polônia
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Foi da Rússia o melhor futebol do primeiro dia de Eurocopa. Mesmo que com alguns momentos de sonolência, mesmo que com eventuais falhas defensivas, o time comandado por Dick Advocaat foi envolvente no ataque. Girando feito uma roleta (uma roleta russa), embaralhou a República Tcheca e goleou por 4 a 1 nesta sexta-feira, em Breslávia.
Destaque para Dzagoev, autor de dois gols, e para Pavlyuchenko, que foi a campo na etapa final para fazer mais um e dar o passe para outro. Shirokov também marcou. Pilar descontou para os tchecos.
Com o resultado, é da Rússia a liderança do Grupo A da Eurocopa, já que Polônia e Grécia empataram por 1 a 1 em Varsóvia. A República Tcheca fica na lanterna ao fim da primeira rodada.
Dzagoev, Russia x República Tcheca (Foto: Agência Reuters)Russos celebram: goleada sobre a República Tcheca na estreia (Foto: Agência Reuters)
Roleta russa
A Rússia foi a campo sustentada por 14 jogos de invencibilidade - sequência que lhe rendeu algum respeito na Europa, mas ressalvado pela lembrança de que faz décadas que o país não consegue incomodar de verdade no continente. Os primeiros minutos de jogo nesta sexta-feira referendaram os incrédulos com a seleção de Dick Advocaat. Na largada da partida, foi a República Tcheca quem atacou.
Nada de muito empolgante, é bem verdade. Mas os tchecos trocaram passes na frente, avançaram em bloco, chegaram a preocupar a Rússia. Em vão. Como um gato à espera do movimento do inseto a ser abatido, o time de Arshavin foi fatal. Em um piscar de olhos, já estava na frente.
Quando a República Tcheca começava a ter motivos para se animar, a Rússia marcou. Foi aos 14 minutos. Zyryanov, pela direita, mandou na cabeça de Kerzhakov, que acertou a trave. O alívio tcheco durou um segundo. No rebote, Dzagoev concentrou todos os músculos de seu corpo em um chute seco, potente, fora do raio de Cech.
Aí começou a aparecer a roleta russa. Os meias mostraram uma movimentação pouco comum ao futebol do país. Pareciam girar em torno de um eixo, chamado Arshavin, e em busca de um ponto final, Kerzhakov. A República Tcheca, precisando casar a necessidade ofensiva com os cuidados defensivos, ficou a ver navios.
E levou o segundo gol. Arshavin, livre pelo lado esquerdo, recebeu, pensou na vida, analisou a crise europeia, contou os torcedores nas arquibancadas, teve tempo de fazer o que bem quisesse antes de acionar, em diagonal, os colegas que migravam para a área. A bola caiu nos pés de Shirokov. Foi dele o complemento: 2 a 0.
Era cedo - apenas 23 minutos de jogo. Em vez de diminuir o placar, a República Tcheca teve que cuidar para não levar mais. Até o final do período, o predomínio continuou sendo russo.

Reação, depois goleada
O jogo parecia decidido. Só parecia. A República Tcheca buscou forças onde parecia não ter. E conseguiu diminuir cedo no segundo tempo. A partida ganhou nova carga.
O sistema defensivo da Rússia deu bobeira aos seis minutos. Plasil ganhou liberdade para dominar e perceber a boa chegada de Pilar, às costas da zaga. O passe foi preciso. E o meia conseguiu driblar o goleiro Malafeev antes de empurrar a bola para o gol.
Renasceram as emoções da partida. Ela ficou aberta: lá e cá, lá e cá. A diferença é que a Rússia conseguia chegar até o portão da área adversária. Kerzhakov, repetidas vezes, poderia ter aumentado a vantagem de sua equipe. E, repetidas vezes, errou.
Dick Advocaat cansou de ver seu atacante perdendo gols. Saiu Kerzhakov, entrou Pavlyuchenko. Enquanto isso, crescia a República Tcheca, ora com chegadas perigosas, ora com chutes de longe. Era viva a possibilidade de mais um gol.
Dito e feito. Mas para a Rússia. Pavlyuchenko, em um de seus primeiros gestos na partida, acionou Dzagoev. Ele encaixou mais um chute forte, cruzado, sem esperança para Cech. Era a vitória russa.
Mas a vitória viraria goleada. E novamente com Pavlyuchenko. Ele recebeu na entrada da área, avançou com a bola e mandou uma pancada. Cech, coitado, ficou mais uma vez sem ter santo para rezar diante da roleta russa.
RÚSSIA 4 X 1 REPÚBLICA TCHECA
Malafeev, Anyukov, Berezutski, Ignashevich e Zhirkov; Shirokov, Denisov, Zyryanov, Dzagoev (Kokorin) e Arshavin; Kerzhakov (Pavlyuchenko).Cech, Selassie, Hubník, Sivok e Kadlec; Plasil, Jirácek (Petržela), Pilar, Rosicky e Rezek (Hübschman); Milan Baros (Lafata).
T: Dick AdvocaatT: Michal Bilek
Gols: Dzagoev, aos 14, e Shirokov, aos 23 minutos do primeiro tempo; Pilar, aos seis, Dzagoev, aos 33, e Pavlyuchenko, aos 36 minutos do segundo tempo.
Estádio: Estádio Municipal de Breslávia (Polônia). Árbitro: Howard Webb (Inglaterra).

EUROCOPA 2012

Com forte apoio da torcida no estádio Nacional, donos da casa saem na frente, mas cedem empate após falha de goleiro titular, que ainda é expulso

Por Marcos FelipeDireto de Varsóvia, Polônia
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Polônia e Grécia não são seleções famosas por um futebol de alto nível. No entanto, fizeram na abertura da edição 2012 da competição uma partida digna de gigantes e com emoção de sobra. No moderno e lotado Estádio Nacional de Varsóvia, os donos da casa contaram com forte apoio da torcida, saíram na frente, mas acabaram permitindo o empate helênico no segundo tempo: 1 a 1. A partida ofereceu à Euro seu primeiro herói: o goleiro polonês Tytoń, que foi a campo depois de o titular, Szczęsny, ser expulso. Em seu primeiro lance na partida, o arqueiro suplente pegou um pênalti e evitou a derrota de seu país.
Os dois gols da partida foram parecidos, com falhas dos goleiros. O da polônia teve Lewandowski, principal destaque do time, eleito craque da partida, como autor. O da Grécia foi feito por Salpingids.
O resultado, válido pela primeira rodada do Grupo A, manteve o incômodo tabu para os anfitriões da Euro. Nas duas últimas edições, em 2004 e 2008, Portugal e Suíça, assim como a Polônia agora, saíram sem sentir o gostinho da vitória em seus domínios.
Torcida da Polônia (Foto: Agência Reuters)Torcida da Polônia faz festa impressionante no estádio, mas sai sem vitória (Foto: Agência Reuters)
Caldeirão polonês
Szczesny polonia x grecia eurocopa (Foto: AFP)Goleiro Szczesny afasta uma das raras chances da
Grécia no primeiro tempo (Foto: AFP)
Depois do show da cerimônia de abertura, que encantou a todos no estádio, um outro show - este nas arquibancadas. Mostrando um patriotismo impressionante, torcedores poloneses cantaram o hino de pé e segurando seus cachecóis alvirrubros.
Para ajudar ainda mais, o estádio, com a cobertura fechada, parecia, de fato, uma panela de pressão. E nesse clima, sob um barulho ensurdecedor dos fãs que não paravam de gritar “Polska, Polska, Polska”, a seleção da Polônia começou o jogo de forma intensa, encurralando os gregos e criando oportunidades atrás de oportunidades.
A mais clara delas veio logo aos quatro minutos. O meia Murawski pegou rebote na entrada da área e obrigou o goleiro grego Kostas Chalkias a se esticar todo e espalmar para escanteio.
Gol do Borussia Dortmund
Essa blitz polonesa acabou dando resultado aos 18 minutos. E numa jogada que ajudou o Borussia Dortmund a ganhar os dois últimos títulos do Campeonato Alemão: cruzamento do meia Kuba e cabeçada mortal do atacante Lewandowski.
A dupla da equipe germânica contou também com a colaboração de Chalkias, que saiu mal do gol, permitindo que o camisa 9 polonês levasse o estádio Nacional de Varsóvia ao delírio.
“Jeszcze jeden!”
O gol não diminuiu o ritmo dos donos da casa, que, sob os gritos de “Jeszcze jeden!” (uma espécie de “mais um”, em polonês), seguiram criando chances.
E se a vida da Grécia já estava difícil – acuado, o time do técnico português Fernando Santos até conseguia ter mais posse de bola, mas só conseguia ameaçar a meta rival em esporádicas jogadas aéreas -, o árbitro Carlos Velasco Carballo complicou ainda mais no fim do primeiro tempo.
Após contra-ataque, Murawski se jogou na frente do zagueiro Sokratis Papastathopoulos aos 44. O juizão espanhol enxergou falta na jogada e mostrou o segundo amarelo ao defensor grego que, assim como toda a equipe, saiu de campo reclamando efusivamente da arbitragem. Os helênicos ainda pediram um pênalti aos 46, alegando mão de Perquis – que não houve.

Polônia volta devagar, e Grécia empata
Na volta para o segundo tempo, mesmo com um homem a mais, a Polônia entrou num ritmo mais cadenciado. E acabou pagando caro por isso logo aos seis minutos, curiosamente, numa jogada muito parecida com a do gol marcado na etapa inicial.
O lateral-direito Torossidis cruzou para o centroavante Gekas. Ao tentar cortar o lance, o goleiro Szczesny, do Arsenal, se atrapalhou com o zagueiro Wasilewski e a bola sobrou para Salpingids. O atacante do PAOK, que havia entrado no intervalo na vaga de Ninis, de carrinho, empurrou para o gol vazio.
Festa dos poucos gregos que, por instantes, calaram os barulhentos poloneses no abarrotado Estádio Nacional de Varsóvia.
O tento sofrido deu uma leve desanimada nos anfitriões que, embora seguissem donos do jogo, viam os gregos chegarem com mais perigo do que no primeiro tempo.
Goleiro reserva salva a Polônia
E, aos 24, o lado vermelho e branco ficou mudo. Após lançamento despretensioso, Salpingidis entrou como um raio na área e acabou derrubado por Szczesny. Pênalti tão claro que o arqueiro do Arsenal nem reclamou quando recebeu o vermelho.
No entanto, os deuses gregos pareciam estar do lado polonês. O goleiro reserva Tyton, que entrou na vaga do meia Rybus, defendeu o pênalti cobrado pelo experiente capitão Karagounis. Delírio alvirrubro.
Em igualdade de condições, poloneses e helênicos se lançaram ao ataque em busca do gol da vitória, que acabou não saindo. Mas, mesmo sem um vencedor, a primeira partida da Eurocopa deixou a impressão de que o torneio promete, no mínimo, muita emoção. Não por acaso, as duas equipes saíram de campo aplaudidas.
POLÔNIA 1 X 1 GRÉCIA
Szczęsny, Piszczek, Wasilewski, Perquis e Boenisch; Polanski, Murawski, Rybus (Tytoń), Obraniak e Kuba; Lewandowski.Chalkias, Torossidis, Papastathopoulos, A. Papadopoulos (K. Papadopoulos) e Holebas; Maniatis, Karagounis e Katsouranis; Ninis (Salpingidis), Samaras e Gekas (Fortounis).
T: Franciszek SmudaT: Fernando Santos
Gols: Lewandowski, aos 17 minutos do primeiro tempo; Salpingidis, aos seis minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Papastathopoulos, Holebas, Karagounis (Grécia).Cartões vermelho: Papastathopoulos (Grécia); Szczęsny (Polônia).
Estádio: Nacional de Varsóvia (Polônia). Árbitro: Carlos Velasco Carballo (Espanha). Público: 56.070.

CORINTHIANS

Corintianos pediram a saída de Luis Paulo Rosenberg, que criticou a equipe durante evento nesta semana em São Paulo

Por Carlos Augusto FerrariSão Paulo
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No intervalo da partida contra o Figueirense, nesta quinta-feira, no Pacaembu, parte da torcida do Corinthians protestou contra o vice-presidente Luis Paulo Rosenberg. Durante a semana, em um evento em São Paulo, o dirigente declarou que todo o marketing feito pelo clube se dirigia à torcida, visto que o time é medíocre.
– Rosenberg, vai se f..., nessa história o medíocre é você! – gritavam os alvinegros, que deixaram o setor amarelo e foram até a grade que separa a área laranja, pedindo também a saída do dirigente.
Torcida do Corinthians, Protesto (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com)Torcida do Corinthians faz protesto contra Rosenberg (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com)
Na área vip do estádio, a filha de Rosenberg, de nome não identificado, se exaltou com os cânticos e respondeu com: “Ele fez o estádio, fez tudo por vocês!”. Ela precisou ser contida por pessoas que estavam sentadas ao redor e deixou o local logo em seguida.
As declarações de Rosenberg caíram como uma bomba internamente no Corinthians, uma semana antes das semifinais da Libertadores, contra o Santos. Nenhum dirigente falou sobre o assunto até o momento, mas, internamente, a postura do vice repercutiu negativamente entre a cúpula encabeçada por Mário Gobbi Filho.
Rosenberg foi diretor de marketing do Corinthians na gestão Andrés Sanches, sendo responsável por diversas campanhas, mas também por polêmicas, principalmente envolvendo o rival São Paulo.

Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...