quinta-feira, 8 de maio de 2014

BRASILEIRAO 2014


Capitão tricolor diz que time do Morumbi, por ser muito ofensivo, precisa de atenção no duelo contra o líder do Campeonato Brasileiro, marcado para a Arena Barueri


Rogério Ceni Treino São Paulo (Foto: Marcos Ribolli)Rogério Ceni Treino São Paulo (Foto: Marcos Ribolli)
Com a vaga garantida na terceira fase da Copa do Brasil, o São Paulo agora volta o foco para o Campeonato Brasileiro. No domingo, a equipe fará o clássico paulista da quarta rodada contra o Corinthians, às 16h (horário de Brasília), na Arena Barueri. E, para ter chance de vitória, o goleiro e capitão Rogério Ceni diz que o time precisa melhorar e atuar de maneira mais organizada.
- Temos muito a melhorar.  A formação que jogamos é muito ofensiva. Nossos volantes poderiam jogar de meias em qualquer time. O Ganso é um meia clássico e ainda temos três atacantes, é natural que se exponha. É um futebol bonito, de talento, mas que às vezes não cumpre a obrigação na parte defensiva, que precisa ser aprimorada – afirmou o camisa 1.
Autor de um dos gols da vitória sobre o CRB, na noite da última quarta-feira, o capitão tricolor também analisou a equipe comandada por Mano Menezes, que ocupa a liderança da Série A do nacional.
- O Corinthians está em primeiro e taticamente é uma equipe bem postada, que toma poucos gols. O jogo será em um campo rápido, pequeno, com dimensões parecidas com as do Pacaembu. Será preciso tomar cuidado, afinal será um jogo complicado – ressaltou o jogador.
Rogério Ceni tem presença garantida no confronto marcado para o final de semana. O duelo será na Arena Barueri porque o estádio do Morumbi será palco de dois shows da banda One Direction.

LIBERTADORES


Comentarista destaca a má atuação do setor ofensivo no revés por 1 a 0
fora de casa, mas ainda vê a Raposa favorita por vaga na semifinal

Por Buenos Aires
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Único representante brasileiro na Libertadores, o Cruzeiro saiu em desvantagem nas quartas de final contra o San Lorenzo, com a derrota por 1 a 0, em Buenos Aires, na última quarta-feira. O revés foi marcado pela atuação apática dos mineiros, segundo o comentarista Lédio Carmona. Para o jornalista, a equipe celeste aceitou a pressão dos adversários (assista ao vídeo).
- O Cruzeiro não foi Cruzeiro. Fez cerimônia demais, reverenciou demais o San Lorenzo. Marcou bem, mas arriscou poucos contra-ataques, não teve velocidade. Jogou muito abaixo do que pode. O San Lorenzo jogou o que sabe, sempre dentro de seu limite. Foi assim que venceu o Grêmio. Acho que o Cruzeiro ainda é favorito, tem mais time, vai jogar em um Mineirão lotado. Mas vai ter de jogar o que não jogou no Nuevo Gasómetro - disse o comentarista.
Ceara, San Lorenzo e Cruzeiro (Foto: Agência Reuters)Cruzeiro não resistiu ao San Lorenzo fora de casa e ficou em desvantagem (Foto: Agência Reuters)
O gol do San Lorenzo foi marcado aos 19 minutos do segundo tempo, pelo zagueiro Gentiletti. Outro lance que simbolizou a derrota foi a substituição do atacante William. Na ida para o vestiário, o jogador atirou uma garrafa de água no chão. A atitude foi relevada pelo técnico Marcelo Oliveira, que não viu a ação como um desrespeito por sua decisão. Lédio Carmona concorda e afirmou que isto foi reflexo da má atuação do atacante.
- É muito bom jogador, mas é mais um que não jogou bem. Se o técnico for levar a ferro e fogo todas essas reações de cabeça quente, não vai ficar ninguém em elenco nenhum no futebol brasileiro - afirmou o jornalista.
Agora, o Cruzeiro tentará garantir uma vaga na semifinal na próxima quarta-feira, quando recebe o San Lorenzo no Mineirão, em Belo Horizonte, às 22h. O atual campeão brasileiro precisa vencer o jogo por no mínimo dois gols de diferença para ficar com a classificação. Em caso de 1 a 0 para os donos da casa, o confronto será decidido nos pênaltis.

SELEÇAO BRASILEIRA


Felipão convoca apenas quatro que atuam no país, e clubes de São Paulo ficam sem representante na Seleção pela primeira vez na era do futebol profissional


Felipão Scolari coletiva seleção Brasil (Foto: André Durão)Felipão não chamou nenhum jogador do futebol paulista para a Copa do Mundo (Foto: André Durão)
Os torcedores dos clubes paulistas que quiserem acompanhar seus jogadores na Copa do Mundo, terão de assistir a jogos do Uruguai ou do Chile. Luiz Felipe Scolari anunciou na quarta-feira sua lista de 23 convocados para o Mundial e não chamou nenhum atleta que atua em São Paulo. 
Um fiasco para o futebol mais rico do país. Um fato inédito desde 1934, quando discussões sobre a transição do amadorismo para o profissionalismo impediram a presença paulista no Mundial da Itália. Fred, do Fluminense, Victor e Jô, do Atlético-MG, e Jefferson, do Botafogo, foram os únicos jogadores convocados que atuam em território nacional. 
Diversos atletas de equipes paulistas chegaram a ser testados por Felipão. Luis Fabiano, Osvaldo e Pato, todos do São Paulo, Jadson, Ralf e o goleiro Matheus Vidotto, hoje no Corinthians, Arouca e Leandro Damião, do Santos, e o palmeirense Leandro. Todos ficaram pelo caminho.
Ironicamente, ao lado de Felipão no anúncio da lista, estava Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol. Ele deixará o cargo em janeiro de 2015 e, a partir de abril, assumirá a CBF em substituição a José Maria Marin.    A confirmação da Seleção sem esses jogadores comprova o mau momento do futebol no estado, que, pela primeira vez em 15 anos, ficou sem um clube na Libertadores. Por outro lado, neste início de Campeonato Brasileiro, o Corinthians lidera. 
Como forma de consolo, Palmeiras, Santos e São Paulo deverão ceder atletas a outras seleções nos próximos dias. O palmeirense Valdivia e o santista Mena são frequentemente convocados por Jorge Sampaoli no Chile, enquanto o são-paulino Alvaro Pereira disputará sua segunda Copa do Mundo pelo Uruguai. Eguren e Victorino, do Verdão, também são cotados para defender a Celeste.
Info paulistas fora da Seleção (Foto: Info globoesporte.com)Depois de 17 Copas, São Paulo não terá representantes na Seleção (Foto: Info globoesporte.com)

A presença de paulistas sempre foi habitual, mas o declínio já havia sido indicado em 2010, quando apenas Robinho, em passagem relâmpago pelo Santos, esteve na África do Sul. O atacante era um dos destaques da seleção brasileira comandada pelo técnico Dunga. 
Não foi a primeira vez que só um atleta do estado vestiu a amarelinha num Mundial. Em 1998 e 1990, Zé Carlos e Ricardo Rocha, ambos do São Paulo, foram convocados. No último título nacional, o penta em 2002, havia cinco jogadores do estado. O principal destaque foi o goleiro palmeirense Marcos. 
Mais antigamente, São Paulo chegou a ser o grande fornecedor da Seleção. O recorde de convocações ocorreu no bi mundial, em 1962. Foram 14 paulistas, com destaque para os santistas Gilmar, Mauro, Mengálvio, Zito, Coutinho, Pepe e Pelé. As vagas não se restringiram aos quatro grandes. Portuguesa, Ponte Preta, Guarani e até a Portuguesa santista, com o meio-campo Argemiro, em 1938, foram fonte de mão-de-obra. 
Nos dois primeiros Mundiais, a ausência de paulistas se deu por motivos políticos. Em 1930, Rio de Janeiro e São Paulo se viam envolvidos em disputas de poder econômico. O cenário era o pano de fundo para o desentendimento entre a CBD (Confederação Brasileira de Desportos), que comandava o futebol no Brasil e não convidou para integrar a comissão técnica na Copa do Uruguai nenhum membro da Apea (Associação Paulista de Esportes Atléticos).
Em represália, a Associação vetou a participação de jogadores do estado. Os cariocas formaram toda a seleção brasileira. Quatro anos depois, na Copa da Itália, o futebol já estava se profissionalizando em São Paulo, prática condenável pela CBD. Em nova briga, mais uma vez a equipe viajou muito desfalcada e não durou mais do que uma partida.

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