sábado, 4 de agosto de 2012

LONDRES 2012



Seleção sofre para ficar na frente de Honduras, mesmo com um jogador a mais, e conta com desempenho decisivo da dupla para avançar nos Jogos


Honduras deu mais trabalho do que se imaginava. A torcida adversária se aliou aos britânicos para perseguir Neymar. A atuação dos comandados de Mano Menezes ficou longe de encher os olhos. Ingredientes de um filme dramático, mas com final feliz. A seleção brasileira fez 3 a 2 neste sábado, em Newcastle, e se classificou para a semifinal das Olimpíadas de Londres. Garantiu ao menos a disputa pelo bronze e ficou a dois passos da tão sonhada medalha de ouro. Na terça-feira, em Manchester, enfrentará o vencedor da partida entre Grã-Bretanha e Coreia do Sul, que jogam ainda neste sábado, às 15h30m (de Brasília).
Em Newcastle, Leandro Damião perdeu a chance de tornar o jogo tranquilo aos 30 segundos, mas depois participou dos três gols. Fez dois e sofreu o pênalti convertido por Neymar. Ah, Neymar... O craque vai deixar a Inglaterra detestado. Neste sábado, enlouqueceu os marcadores e torcedores com seus dribles e as faltas sofridas. Com exceção de alguns tradicionais exageros, o jogador realmente foi alvo dos hondurenhos. Sem violência.
A cada vez que pegava na bola, Neymar ouvia muitas vaias. No início, só da torcida de Honduras, que estava em bom número no St. James Park, em Newcastle. Depois, os locais se uniram e o som ficou mais forte, lembrando o ocorrido no amistoso contra a Grã-Bretanha, em Middlesbrough, quando suas simulações foram condenadas pelo público.
O camisa 11 nem ligou. No momento de maior dificuldade, assumiu a responsabilidade de ser a grande estrela do futebol olímpico e foi importantíssimo para que o Brasil desse mais um passo rumo ao ouro.
Se na terça-feira, em Manchester, a seleção brasileira enfrentará o vencedor da partida  Grã-Bretanha x Coreia do Sul,  Honduras volta para casa com a sensação de dever cumprido. Com um futebol quase amador e com um jogador a menos, fez o Brasil sofrer até o último minuto para conseguir a classificação.
Neymar, Brasil e honduras, Futebol (Foto: Agência EFE)Muito vaiado em toda a partida, Neymar marca um gol de pênalti e tem atuação decisiva (Foto: Agência EFE)
Gol do Brasil? Só com um a mais
Mano Menezes começou com uma novidade. O goleiro Gabriel, que chegara a Londres sem credencial, apenas para treinar, e ganhou vaga na lista graças à lesão de Rafael, botou Neto no banco de reservas.
Aos 30 segundos de jogo, o Brasil teve chance de fazer 1 a 0. Leandro Damião, outro que voltou ao time no lugar de Alexandre Pato, ganhou facilmente do zagueiro e saiu na cara de Mendoza. Bateu de fora da área, e a bola saiu à esquerda do gol. Aos dez minutos, então, a Seleção estaria com o jogo definido se Oscar e Neymar tivessem aproveitado outras chances. Mas a realidade, quem diria, era mais dura. Aos 12, Honduras estava na frente.
Um lance despretensioso, que começou num raro erro de passe de Thiago Silva, contou com erro de marcação de Rafael e Juan e terminou num inacreditável chute de Martinez, no ângulo de Gabriel. Festa hondurenha em Newcastle. E a aparente tranquilidade do início da partida começou a se transformar em drama.
O domínio brasileiro sumiu. As rápidas trocas de passes entre os jogadores de frente e o perigoso apoio dos laterais deram lugar ao nervosismo. Por isso, Neymar resolveu assumir a responsabilidade. Ainda sem brilho, chamou a bola para si e tentou arrancadas. Foi a chave para os adversários começarem a abusar das faltas.
Wilmer cisanto, Futebol, Brasil e Honduras (Foto: Agência Reuters)Árbitro alemão expulsa Crisanto após hondurenho
fazer duas faltas seguidas (Foto: Agência Reuters)
Em menos de um minuto, Crisanto dificultou demais a vida de seu país. Fez duas faltas (a segunda em Neymar) e recebeu dois cartões amarelos - o segundo muito rigoroso - do árbitro alemão Felix Brych. Expulso.
Com um a mais, o Brasil voltou a crescer, mas o gol foi chorado demais e contou com a colaboração da zaga. Hulk avançou pela direita e cruzou. Mendoza saiu mal, Peralta ajeitou, Velasquez ficou olhando e Damião, de carrinho, empatou.
Com medo da compensação do árbitro, Mano Menezes trocou Sandro, com cartão amarelo, por Danilo ainda na primeira etapa. E a virada parecia questão de tempo. Parecia...
Neymar e Damião salvam má atuação
O cabeludo Espinoza era o melhor de Honduras em campo. E logo no comecinho do segundo tempo jogou um balde de água fria em quem pensava que os últimos 45 minutos das quartas de final, com o Brasil tendo um a mais, seriam só para cumprir tabela. Juan errou na saída de bola, e Gabriel demorou uma eternidade para saltar em direção à bola, que saiu de fora da área e foi entrando, sem força, no canto direito: 2 a 1. Zebra?
Zebra, nada. Leandro Damião dividiu com Velasquez e foi ao chão. O árbitro alemão deu pênalti e aumentou ainda mais as vaias para Neymar. O garoto ajeitou, e, a cada passo rumo à bola, os gritos contra ele aumentavam. A finalização certeira calou quase todo o estádio.
comemoração Leandro Damião, Brasil e Honduras, Futebol (Foto: Agência AP)Leandro Damião comemora o seu quarto gol nas Olimpíadas: vice-artilheiro em Londres (Foto: Agência AP)
O atacante do Santos, que trocou duas vezes de chuteiras no jogo, continuou tirando os rivais para dançar, centralizando o jogo em si, sofrendo faltas, provocando cartões amarelos e irritando hondurenhos e europeus nas cadeiras do St. James Park. E tinha também a ajuda valiosa de Leandro Damião. Após bela tabela, o centroavante girou com facilidade em cima do capitão Leveron e, finalmente, fez o que poderia ter feito com 30 segundos: colocou o Brasil em vantagem. O camisa 9 agora é vice-artilheiro das Olimpíadas, com quatro gols, um a menos que o senegalês Konate, já eliminado.
Mais uma vez a sensação era de que o Brasil, em vantagem numérica e no placar, ia disparar e ampliar o placar. Engano. A melhor chance de gol antes do apito final foi dos bravos hondurenhos, depois de péssima saída de gol de Gabriel. Espinoza, caído, só não empatou porque a zaga dividiu e provocou novo escanteio. Já nos acréscimos, o meia-atacante foi expulso, abraçou os brasileiros e deixou o campo muito aplaudido.
Sob os olhares atentos de Joseph Blatter, presidente da Fifa, e dos homens fortes da CBF, José Maria Marín e Marco Polo del Nero, em vez de garantir a vitória, a Seleção preferiu esperar o tempo passar. As substituições não surtiram efeito, o goleiro escalado continuou sem transmitir segurança... Muito menos do que poderia ser feito contra dez atletas de Honduras. E muito, muito menos do que o Brasil vai precisar nos próximos jogos, na luta pelo ouro inédito.
BRASIL 3 X 2 HONDURAS
Gabriel, Rafael, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro (Danilo), Rômulo e Oscar; Neymar, Hulk (Lucas) e Leandro Damião (Alexandre Pato)Mendoza, Orlin Peralta (Mejia), Velasquez, Leveron e Figueroa; Garrido (Lopez), Arnold Peralta, Crisanto, Espinoza e Martinez; Bengston (Lozano)
Técnico: Mano MenezesTécnico: Luis Suárez
Gols: Martinez, aos 12 minutos do primeiro tempo; Leandro Damião, aos 37 minutos do primeiro tempo; Espinoza, aos 2 minutos do segundo tempo; Neymar, aos 5 minutos do segundo tempo; Leandro Damião, aos 14 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Velasquez, Orlin Peralta, Figueroa (HON); Sandro, Rômulo, Leandro Damião, Oscar, Marcelo (BRA).
Cartões vermelhos: Crisanto e Espinoza (HON)
Estádio: St. James Park, em Newcastle (Inglaterra). Árbitro: Felix Brych (Alemanha). 
Auxiliares
: Mark Borsch e Stefan Lupp (Alemanha)

LONDRES 2012



Com Yao Ming na tribuna, seleção masculina chega à terceira vitória e deve decidir a vice-liderança do grupo B na segunda-feira, contra os espanhóis


Trinta e um anos, 2,29m de altura, muitos quilos sobrando pelo corpo, e um tornozelo que parece feito de porcelana chinesa. Yao Ming estava no ginásio, mas de camisa social, cumprindo suas funções de jogador aposentado e comentarista na tribuna de imprensa. A poucos metros dali, na quadra da Arena de basquete, a China sentia falta dele. E o Brasil aproveitava para passear. Após a derrota cruel para a Rússia, com cesta espírita nos segundos finais, a seleção de Rubén Magnano pegou um adversário que não assusta ninguém e teve seu primeiro jogo realmente tranquilo nas Olimpíadas de Londres. Venceu por 98 a 59 e turbinou o encontro com a Espanha, na segunda-feira, que deve decidir a vice-liderança do grupo B. E Yao que se vire para explicar a derrota humilhante em bom mandarim.
Marquinho e Jianlian Yi, Basquete, Brasil x China (Foto: Agência Reuters)Marquinhos foi um dos destaques do Brasil contra a China neste sábado (Foto: Agência Reuters)
Classificada para as quartas de final, a equipe verde-amarela fecha a fase contra os espanhóis na segunda, às 16h (de Brasília). O SporTV transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real. Com a invicta Rússia garantida em primeiro, o duelo vale o segundo lugar da chave, que pode render um cruzamento com a Argentina nas quartas e, caso passe, um confronto com os Estados Unidos nas semifinais. Quem ficar em terceiro pode pegar França e, se passar, Rússia.
- Deu para soltar mais alguns jogadores, inclusive eu, e usar outros que não vinham jogando tanto. Já, já, a gente vai precisar muito deles. Estamos crescendo. A estreia foi bem tensa, no segundo jogo já melhoramos um pouco, e contra a Rússia nem se fala. Hoje começamos muito fortes, e isso facilitou - afirmou o ala Marquinhos, cestinha brasileiro com 14 pontos.
Leandrinho e Giovannoni colaboraram com 13 cada, Tiago Splitter fez 12, e Marcelinho Machado ajudou com dez. Anderson Varejão fez nove pontos e liderou os rebotes com 13. O cestinha chinês foi Fangyu Zhu, com 13 pontos. O astro Yi Jianlian teve atuação discreta, com cinco pontos e seis rebotes.
Yao Ming não estava em quadra, mas Bob Donewald Jr estava à beira dela. O técnico da seleção da China é o polêmico americano que já passou pelo time do Guarujá, em São Paulo, e foi um dos pivôs de uma pancadaria num amistoso em 2010. Na ocasião, o Brasil era representado pelo time de Joinville, e o jogo contra a seleção de Donewald acabou em briga generalizada, à beira de um incidente diplomático.
Thiago Splitter, Basquete, China e Brasil (Foto: Agência AP)Tiago Splitter parte para a cravada: boa atuação
do pivô brasileiro em Londres (Foto: Agência AP)
Sem sustos desde o início
Desta vez, o espírito olímpico não tem do que reclamar. A partida transcorreu sem sobressaltos, e desde o início o Brasil abriu a vantagem que garantiu o conforto para o restante do duelo. O lance que abriu o jogo até deu a entender que a tarde não seria fácil. Varejão precisou brigar por várias sobras de bola até subir e fazer 2 a 0. Foi só para soltar. Com direito a duas cravadas de Splitter, o placar pulou rápido para 11 a 3. Cortando a defesa chinesa feito faca na manteiga, o Brasil contou com boas atuações de Tiago e Leandrinho para fechar a parcial em 25 a 9.
No segundo quarto, um pequeno susto. O ataque emperrou, e a seleção demorou quatro minutos para fazer uma cesta. Veio numa enterrada de Nenê, que mais uma vez saiu do banco, como tem acontecido ao longo do torneio em Londres. Na metade do período, já cabiam duas dezenas de pontos no abismo entre um time e outro. Leandrinho ainda tentou um lance espetacular, arremessando por trás da tabela, mas a bola quicou no aro e não entrou. Nem era preciso. Dominando a tábua de rebotes, o Brasil foi para o intervalo com 42 a 21 no bolso.
Quando voltou do vestiário, nada de pé no freio. A vantagem passou da casa dos 30, enquanto Yao Ming continuava gastando seu mandarim na transmissão chinesa, certamente sem muitas explicações para o que acontecia na quadra. Na virada para o quarto final, o placar já era de 70 a 38.
Leandrinho Barbosa e Liu Wei, Basquete, China x Brasil (Foto: Agência AFP)Leandrinho protege a bola no ataque: o ala-armador fez 13 pontos para o Brasil (Foto: Agência AFP)
A fome continuou no último período, com um toco espetacular de Varejão, que o locutor do ginásio creditou para Splitter. Sem problema, já que o pivô catarinense era um dos melhores em quadra, com 12 pontos àquela altura. Os chineses não se encontravam, erravam lances bobos, e o Brasil aproveitou para emplacar uma vantagem avassaladora. Quebrou a casa dos 40 de diferença com uma cesta de três de Marquinhos. Yao, com seus fones de ouvido, já recolhia os papéis na mesa. E a trupe de Magnano tomava fôlego com autoridade para encarar os espanhóis na segunda-feira
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UFC COMBATE


UFC deste sábado decide próximo desafiante a cinturão dos meio-pesados, e tem ainda estreia de Wagner Caldeirão e Rani Yahya contra Josh Grispi


Após as especulações sobre quem será o próximo adversário de Anderson Silva terem esfriado, pelo menos até o próximo UFC Rio, em 13 de outubro, o UFC abre neste sábado a temporada de caça a outro grande campeão do evento: o meio-pesado Jon Jones. As duas lutas principais do UFC deste sábado, em Los Angeles, decidirão, segundo Dana White, quem será o desafiante ao título da divisão. No coevento principal desta noite, o brasileiro ex-campeão Lyoto Machida enfrenta o americano Ryan Bader, e logo em seguida, na luta principal do evento, o também ex-campeão Maurício Shogun encara o veterano Brandon Vera. Segundo Dana White, o dono da vitória mais empolgante será o próximo desafiante ao cinturão, que provavelmente ainda pertencerá a Jon Jones, mesmo com o campeão enfrentando Dan Henderson em 1º de setembro, no UFC 151. O Combate transmite o UFC: Shogun x Vera ao vivo, a partir de 17h45m deste sábado, e o SPORTV.COM faz o acompanhamento em Tempo Real do evento na íntegra.
UFC Mauricio Shogun x Brandon Vera (Foto: Getty Images)Maurício Shogun e Brandon Vera fazem a luta principal da noite em Los Angeles (Foto: Getty Images)
Inicialmente, Dana White havia determinado que o vencedor do combate principal, entre Shogun e Vera, seria o desafiante ao cinturão dos meio-pesados. Porém, diante da repercussão negativa por parte dos fãs, que alegaram que tanto Shogun quanto Vera vinham de derrotas e não mereceriam uma disputa direta de cinturão, o "big boss" voltou atrás e decidiu incluir o duelo entre Lyoto Machida e Ryan Bader na disputa.
- Fazemos o UFC para os fãs, e se eles mostraram tanta veemência ao dizer que não apenas Shogun e Vera deveriam estar entre os candidatos à disputa do título, nós os atendemos. O lutador que conseguir a vitória mais empolgante entre os meio-pesados será anunciado como o próximo desafiante ao cinturão da categoria - disse.
Lyoto Machida e Ryan Bader pesagem UFC (Foto: Reprodução/Twitter)Lyoto Machida e Ryan Bader lutam no coevento
principal da noite (Foto: Reprodução/Twitter)
Muito aplaudidos pelos fãs na pesagem - mais do que os rivais americanos -, Maurício Shogun e Lyoto Machida são tidos como favoritos nas bolsas de apostas por 3 contra 1. Mas isso está longe de abalar os nervos dos seus rivais, especialmente de Brandon Vera.
- Nunca me senti tão motivado quanto agora. Tenho lido muita coisa, e visto muita gente falar um monte de besteiras, me colocando como derrotado antes da luta. Agradeço a Dana White pela chance que recebi, e garanto que não vou decepcionar quem acreditar em mim - disse Vera.
Como o evento deste sábado será transmitido ao vivo em TV aberta para os EUA, o card principal terá apenas quatro combates. Os outros dois serão entre os leves Joe Lauzon e Jamie Varner, e entre os meio-médios Mike Swick e DaMarques Johnson.
Wagner Caldeirão pesagem UFC (Foto: Reprodução/Youtube)Wagner Caldeirão faz sua estreia no UFC contra o
experiente Phil Davis (Foto: Reprodução/Youtube)
No card preliminar, dois brasileiros se apresentam em Los Angeles. O destaque vai para a estreia do meio-pesado Wagner Caldeirão, membro da Team Nogueira, contra o perigoso Phil Davis. Em sua estreia no UFC, Caldeirão tem pela frente um dos lutadores mais respeitados da categoria, que recentemente lutou contra Rashad Evans pelo direito de desafiar Jon Jones. Considerado um nocauteador, Caldeirão ficou famoso após participar do quadro "Lata Velha", do programa "Caldeirão do Huck", da TV Globo. Seu apelido vem justamente do nome do programa. Já Rani Yahya, que vem de derrota para Chad Mendes no UFC 133, encara Josh Grispi, que perdeu as duas lutas que fez no UFC (contra Dustin Poirier, no UFC 125, e contra George Roop, na final do TUF 13), e corre sério risco de ser demitido em caso de nova derrota.
Confira a programação completa do evento desta noite:

CARD PRINCIPAL
Mauricio Shogun x Brandon Vera
Lyoto Machida x Ryan Bader
Joe Lauzon x Jamie Varner
Mike Swick x DaMarques Johnson
CARD PRELIMINAR
Cole Miller x Nam Pham
Phil Davis x Wagner Caldeirão
Josh Grispi x Rani Yahya
Phil De Fries x Oli Thompson
Manny Gamburyan x Michihiro Omigawa
Ulysses Gomez x John Morag
a

LONDRES 2012



Ao lado de Emanuel, Mamute brilha na rede e elimina os alemães Erdmann e Matysik. Na próxima fase, vão enfrentar os poloneses Fijalek e Prudel


Para se destacar jogando ao lado de um dos maiores nomes do vôlei de praia mundial não é fácil. Precisa ter técnica, personalidade e raça. Uma altura de 2,03m e grande habilidade no bloqueio também ajudam. Alison está ignorando a ansiedade da estreia em Jogos Olímpicos e se tornando um monstro na rede brasileira em Londres. Com Emanuel, o Mamute despachou mais uma dupla adversária neste sábado. A vitória sobre os alemães Erdmann e Matysik por 2 sets a 0 (21/16 e 21/14) garantiu a vaga nas quartas de final das Olimpíadas.
- O bloqueio foi fundamental. Nossa estratégia estava toda voltada para ele, e deu certo. Mas a confiança que nós tivemos também é uma coisa que não se pode esquecer - disse Emanuel, ao SporTV.
Alison vôlei de praia olimpíadas 2012 (Foto: AP)Alison brilha no bloqueio e ajuda a dupla a conquistar mais uma vitória em Londres (Foto: AP)
Na próxima fase, os brasileiros vão enfrentar os poloneses Fijalek e Prudel, que passaram pelos suíços Chevallier e Heyer nas oitavas, por 2 sets a 0, 21/18 e 21/17.
- Esperamos um time forte. Mas temos que acabar o dia agora, aproveitar um pouco essa vitória também e depois estudar - concluiu Alison.
Alison brilha no bloqueio... de novo
O histórico de Alison no bloqueio fez a dupla alemã adotar uma nova estratégia de ataque. Com bolas em diagonal fechada, bem perto da rede, conseguiram passar pelo paredão no início do set e complicaram o jogo para os brasileiros, que não conseguiam abrir mais do que dois pontos de vantagem.
Emanuel vôlei de praia olimpíadas 2012 (Foto: AP)Emanuel dá segurança na defesa (Foto: AP)
Até que Emanuel acertou o posicionamento na defesa e Alison virou a mão no bloqueio para ampliar o placar. A sorte também começou a sorrir. Quando Erdmann pesou o ataque, Emanuel só deixou o braço e a bola voltou direto para a quadra adversária. O saque entrou e, com cinco pontos diretos, a dupla verde e amarela fechou o primeiro set (21/16).
O duelo continuou equilibrado na segunda parcial. Então, a estrela de Alison voltou a brilhar. Em um único lance, fez uma bela defesa e assustou Erdmann ao subir para bloquear. Nem precisou. O alemão atacou na rede. Na comemoração, o Mamute chamou a torcida em Londres.
E só cresceu no jogo. Uma sequência de bloqueios de Alison - foram seis em todo o jogo - que deixou a dupla alemã sem opções no ataque fez com que o Brasil abrisse uma vantagem de nove pontos no placar (16 a 7).Os alemães reagiram e até conseguiram um bloqueio em Emanuel. Mas não deu para os europeus. Com 21 a 14, Emanuel e Alison fecharam a partida e garantiram a passagem para as quartas de final.
Brasil tem duas duplas masculinas nas quartas de final
Outra dupla brasileira em Londres, Ricardo e Pedro Cunha se classificaram para as quartas nesta sexta-feira ao vencer os espanhois Gavira e Herrera. Na fase seguinte, eles enfrentarão os vencedores do duelo deste sábado, às 13h (de Brasília), entre os alemães Brink e Reckermann, e Samoilovs e Sorokins, da Letônia.

 

LONDRES 2012



No Pan de 1995 e na Copa América de 2001, equipe sucumbiu diante dos hondurenhos. Grupo de Mano Menezes quer mudar histórico de tropeços


O confronto Brasil e Honduras não traz boas recordações ao torcedor brasileiro. Em duas ocasiões, no Pan-Americano de 1995, disputado em Mar del Plata, na Argentina, e na Copa América de 2001, na Colômbia, a Seleção acabou eliminada pelos rivais. Mas agora, 11 anos depois, o grupo comandado por Mano Menezes quer escrever uma história diferente, uma trajetória de vitórias. Neste sábado, às 13h (de Brasília), a equipe nacional vai encarar o adversário da América Central, no St. James Park, em Newcastle, em partida válida pelas quartas de final do torneio masculino de futebol das Olimpíadas.
O confronto deste sábado será transmitido ao vivo pelo Sportv e em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM. E se para os brasileiros, a derrota naquela Copa América foi motivo de preocupação por conta da proximidade com a Copa do Mundo de 2002, para os hondurenhos o triunfo foi celebrado com festa no país. O jornalista Diego Paz, do principal site de notícias de Honduras, falou da importância daquela vitória.
- Fizemos uma enquete em nossa página na internet sobre qual vitória foi mais importante para o nosso país e aquele jogo ganhou do triunfo que obtivemos sobre a Espanha nessas Olimpíadas. Foi uma grande celebração em nosso país. Os jogadores retornaram como heróis – contou o repórter, que acompanhou o último treino da Seleção antes do duelo pelas quartas de final.
Mano, Brasil, Olimpiadas (Foto: Mowa Press)Mano quer que o Brasil conte uma nova história na partida deste sábado (Foto: Mowa Press)
Naquela competição na Colômbia, Luiz Felipe Scolari estava apenas em seu quinto jogo como treinador da Seleção, que não conteve o ímpeto dos hondurenhos. No fim, derrota por 2 a 0, com gols de Saul Martinez, e adeus às chances de título. Vale lembrar que um ano depois, a equipe comandada por Felipão foi campeã do mundo na Coreia do Sul e no Japão.
- Aquele jogo foi uma história atípica. Nem sempre o melhor vence. O time de Honduras de hoje é bem melhor do aquele de 2001. Eles têm jogadores que atuam fora do país. Em qualquer fase da Seleção, o treinador é cobrado. Mas não vejo que a pressão de hoje seja a mesma daquela época. Acho que o Brasil está bem. Honduras não deve ser desrespeitada, mas temos que ir para cima deles – disse o ex-jogador Beletti, que participou daquele confronto.
Questionado sobre a decepção do povo brasileiro com a derrota de 2001, Mano Menezes afirmou que o tropeço doeu, mas que, logo em seguida, o time canarinho correspondeu com a conquista da Copa do Mundo. E foi justamente por conta disso que o comandante afirmou que o jogo não deve ganhar uma pressão psicológica maior do que já tem.
- Não vejo necessidade de colocar algo a mais na partida. É um confronto que vale vaga na semifinal. A Seleção está no tempo certo, não tem necessidade de criar uma ou outra situação. Não vou deixar que isso aconteça justamente para não atrapalhar o rendimento do grupo.
Mas antes da partida de 2001, na Colômbia, o Brasil já tinha caído ante os hondurenhos, no Pan-Americano de 1995. Naquela ocasião, a equipe foi derrotada nos pênaltis por 8 a 7 após empate por 0 a 0 no tempo normal. O treinador da seleção brasileira era Pupo Gimenez, que trabalha atualmente no São Paulo.
Mano não divulga equipe titular. Dúvida entre Pato e Damião
Leandro Damião comemora gol do Brasil contra a Nova Zelândia (Foto: AFP)Leandro Damião deve ser o titular da Seleção
no jogo deste sábado, em Newcastle (Foto: AFP)
Mano preferiu não revelar a equipe titular. Assim como fez nos últimos jogos, o técnico só vai divulgar o time horas antes do início do confronto. A dúvida está em quem será o comandante do ataque. Alexandre Pato e Leandro Damião disputam uma vaga ao lado de Hulk e Neymar. A tendência é que o goleador colorado seja o titular diante dos hondurenhos.
Vale lembrar que, até aqui, Damião participou de duas partidas entre os titulares. O atacante marcou duas vezes e deu uma assistência. Pato iniciou um confronto na equipe principal e também correspondeu com gols. O artilheiro do Milan balançou a rede na vitória por 3 a 1 sobre a Bielorrússia, em Manchester.
- Se constroem trajetórias e trajetórias. Essa primeira fase foi segura. Então não tenho que fazer tantas alterações na condução dessa próxima partida. Temos que seguir na mesma linha. Os momentos bons são propícios para construir uma equipe forte. Estamos crescendo e o entendimento do jogo está ficando mais sólido. Todos estão participando com comprometimento.
Com isso, a tendência é que o Brasil entre em campo com a seguinte formação: Neto, Rafael, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo e Oscar; Neymar, Hulk e Leandro Damião. Vale lembrar que na véspera do confronto, o time canarinho treinou cobranças de pênaltis e teve aproveitamento de 73%.
Formação da safra atual de Honduras começou em 2007
A equipe sub-23 de Honduras que surpreendeu a favorita Espanha no Grupo D das Olimpíadas não foi formada da noite para o dia. Alguns atletas do grupo comandado por Luís Suarez atuaram juntos nas categorias de base da equipe nacional. Tudo começou em 2007, no Mundial sub-17, disputado na Coreia do Sul.
Naquela ocasião, o time contava com cinco atletas que hoje estão nos Jogos Olímpicos. Na competição, conquistada pela Nigéria, Honduras foi eliminada na primeira fase sem uma vitória sequer.
Bengtson gol honduras (Foto: EFE)Bengtson (camisa 11) é o artilheiro de Honduras nas Olimpíadas de 2012  (Foto: EFE)

Dois anos depois, no Mundial sub-20, mais uma experiência com o grupo. Desta vez, sete atletas que estão na Inglaterra participaram da competição no Egito. O time foi eliminado mais uma vez. Porém, com uma vitória.
- Essa seleção tem sido preparada há muito tempo. Grande parte jogou junto durante dois mundiais seguidos nas categorias de base – explicou Enrique Lança, do Diário El Tiempo.
Mas o grande nome de Honduras no torneio é o atacante Jerry Bengtson, que atua na Major League Soccer. Em três partidas, o atacante marcou três vezes.
BRASIL X HONDURAS
Neto, Rafael, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo e Oscar; Neymar, Hulk e Leandro Damião (Alexandre Pato)Mendoza, Crisanto, Figueroa, Velasquez e Leveron; Najar, Garrido, Mejia e Martinez; Bengtson e Lozano.
Técnico: Mano MenezesTécnico: Luís Suarez
Local: St. James Park, em Newcastle (Inglaterra)
Árbitro: Felix Brych (Alemanha)
Auxiliares: Mark Borsch (Alemanha) e Stefan Lupp (Alemanha)
Transmissão: Assista ao confronto ao vivo pelo Sportv e em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM

LONDRES 2012



Em circuito turístico no Hyde Park, capixaba Pâmella Oliveira machuca 
mão e perna e faz prova de superação em sua estreia olímpica no triatlo


mão pamella oliveira brasil triatlon londres 2012 (Foto: Gabriele Lomba / Globoesporte.com)Pâmella Oliveira consegue completar a prova
(Foto: Gabriele Lomba / Globoesporte.com)
Após 1h59m48s, o ouro foi decidido no último passo, no photofinish. Dali, as duas foram direto ao chão, exaustas. Nicola Spirig ouviu o hino suíço, a sueca Lisa Norden ficou com a prata. Erin Densham, australiana, completou o pódio do triatlo nos Jogos Olímpicos de Londres (+ 2s). Para a brasileira Pâmella Oliveira, um passeio não tão agradável pelo Hyde Park. Depois de fechar a natação em quarto lugar, a capixaba sofreu uma queda no início do ciclismo. Fez uma prova de recuperação e terminou o percurso de 1,5km de natação, 43km de ciclismo e 10km de corrida na 30ª posição, 4m14s depois da campeã.

Estreante em Olimpíadas, Pâmella liderava o pelotão na primeira curva. O asfalto, diferente, avermelhado, estava escorregadio. Havia chovido de manhã.
- Foi sorte ninguém mais cair. As dores foram muito fortes, não tinha posição para pegar a bike na mão. Bati a perna, estava meio manca. Estava difícil. O quadril e a coxa doendo. Não pensei em desistir, só não sabia como iria terminar. São Jogos Olímpicos. Se eu parasse, só daqui a quatro anos - disse a brasileira.
chegada triatlon NIcola spirig suíça Lisa Norden suécia londres 2012 (Foto: Agência AP)A suíça Nicola Spirig (de preto) derrotou a sueca Lisa Norden em chegada emocionante (Foto: Agência AP)
As maiores esperanças dos britânicos estavam na bicampeã mundial Helen Jenkins, mas foi a "sereia" Lucy Hall quem roubou a cena na primeira perna. A triatleta de 20 anos, que apenas em 2012 venceu sua primeira competição profissional, surpreendeu na natação (18m07s) e saiu para o ciclismo com quatro segundos de vantagem sobre a dinamarquesa Line Jensen.

Pâmella vinha em quarto, a nove segundos da líder. Pegou a bicicleta e puxou o pelotão. Mas, depois de seis minutos pedalando, sofreu uma queda. Foi a primeira das quatro atletas que se esfolaram no chão. Despencou para a última posição, mas teve forças para continuar. Foram três voltas por um percurso turístico, pela frente do Palácio de Buckingham.

Lucy viu a russa Abisova assumir a ponta, mas sem nenhuma folga. As atletas pedalaram em pelotão e, no início da sétima e última volta, a britânica recuperou a liderança. Era apenas passageiro. Caiu para 22º, 17 postos à frente de Pâmella, após uma transição mal feita. Helen Jenkins amargava a nona colocação, e a alemã Anja Dittmer passou à frente.

Jenkins arrancou na corrida e, antes mesmo do término do primeiro trecho, estava em segundo. A brasileira também fez ali um trecho de superação. Ganhou oito posições. Na última volta, Jenkins colou na australiana Erin Densham, líder, na suíça Nicola Spirig, na sueca Lisa Norden e na americana Sarah Groff. A chegada foi decidida apenas no último passo. Dali, direto para o chão. Spirig para o topo do pódio, Norden com a prata, e Densham com o bronze. Jenkins terminou em quinto. Lucy Hall, a sereia, apenas em 33º, três postos atrás de Pâmella.

- Lutei muito para estar aqui. Em respeito a todo o trabalho que fiz, ao menos tinha que terminar - disse a brasileira.
chegada triatlo Nicola Spirig e Lisa Norden (Foto: Reuters)Chegada do triatlo (Foto: Reuters
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