domingo, 17 de março de 2013

ESTADUAIS 2013



Time bicolor abre três de vantagem, mas atacante Branco diminui no fim do segundo tempo. Pouco mais de 18 mil torcedores estiveram no Mangueirão


Diferente dos últimos três jogos, quando a partida entre Paysandu e Remo foi bastante acirrada e com o placar definido nos detalhes, o que se viu neste domingo, no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, foi um passeio bicolor que terminou com a vitória do Papão por 3 a 1, em jogo válido pelo encerramento da quarta rodada do Campeonato Paraense 2013.
O Leão começou melhor, mas foram os bicolores que chegaram ao primeiro gol com Yago Pikachu. Diego Bispo aumentou ainda no primeiro tempo. Eduardo Ramos, o maestro do time e um dos melhores em campo, assinalou o terceiro. Branco, aos 38 minutos, ainda teve tempo de diminuir o marcador.
Com o resultado, o Paysandu volta à liderança da competição, com dez pontos, e o Remo fica em segundo, com nove. As duas equipes voltam a se enfrentar no meio da semana. O Papão enfrenta o Cametá na próxima quarta-feira, dia 20, no Estádio da Curuzu, a partir das 20h30m (de Brasília). Já o Leão duelará contra o Paragominas, adversário direto pela classificação.
Picachú gol Paysandu (Foto: Tamara Saré / Futura Press)Picachú comemora o primeiro gol do Paysandu (Foto: Tamara Saré / Futura Press)
Paysandu abre vantagem no primeiro tempo
Tempo nublado e público abaixo do esperado no Mangueirão. Esses foram os primeiros ingredientes do clássico entre Paysandu e Remo. Em seguida, a partida tomou gosto, o sabor de um verdadeiro derby, com as duas equipes se movimentando bastante e lances emocionantes nos minutos iniciais e chances reais de gols para os dois lados.
Primeiro com o Papão, que chegou com muito perigo aos quatro minutos. Foi depois de uma jogada trabalhada e boa de troca de passes que exigiu muito da defensiva azulina. No contra-ataque do Leão, eram cinco contra dois. Cearense driblou Raul pela direita e cruzou rasteiro. Paulo Wanzeler espalmou para o meio da área e Paulista chutou em cima do goleiro no rebote.
Depois disso, o Paysandu teve outras duas boas oportunidades. Na primeira delas, Djalma recebeu na entrada da área, cortou para a perna esquerda e chutou no canto. A bola passou raspando a trave do Leão. No lance seguinte, Eduardo Ramos recebeu, tocou para Pikachu e o lateral chegou batendo de jeito. Fabiano fez grande defesa, evitando o primeiro gol.
Apesar do maior volume de jogo, era do Papão as chances mais claras para abrir o marcador. Foi o que aconteceu aos 20 minutos. O meio-campista Eduardo Ramos fez lindo passe, que deixou Yago Pikachu sozinho, de frente para o goleiro. O lateral, consciente, tocou para o fundo das redes. Paysandu 1 a 0 e Pikachu comemorou bastante o gol.
Dois minutos mais tarde, por pouco, o time bicolor não aumentou a vantagem. Iarley tocou para Rodrigo Alvim e o lateral-esquerdo cruzou na área. João Neto fez o chute, a bola bateu em Berg e parou na trave. O Remo só acordou depois dos trinta. Depois de cobrança de escanteio e bate e rebate, a zaga do Paysandu se enrolou para espantar o perigo.
Melhor em campo e a vontade na partida, o Paysandu chegou ao segundo gol. A jogada começou com Djalma, que acabou terminando em uma falta em favor do time bicolor. Na cobrança de Rodrigo Alvim, Diego Bispo fez o cabeceio, a bola bateu na zaga remista e sobrou para zagueiro empurrar, mesmo sem jeito e devagarinho, para o gol. Papão 2 a 0.
Paysandu amplia, mas Remo diminui
Na volta para o segundo tempo, o Paysandu começou arrasador. Com menos de um minuto, o Papão chegou ao terceiro gol, dando um “banho de água fria” no time do Remo. Val Barreto errou o passe na saída de bola, Vanderson tocou para João Neto, que passou para Iarley e deixou Eduardo Ramos em condições de marcar. Ele chutou na saída de Fabiano: 3 a 0 Paysandu.
Em seguida, o que se via era um Remo nervoso em campo, com seus jogadores brigando por cada jogada, o que permitia ao Paysandu armar os contra-ataques. Iarley, aos cinco minutos, teve mais uma chance. Ele recebeu de João Neto e bateu por cima da meta azulina. O atacante poderia ter parado a bola para esperar o jogador que chegava ao meio-campo.
A resposta do Leão aconteceu aos sete minutos. Rodrigo Guerra cruzou na área e, por sorte, Rodrigo Alvim desviou levemente, mas não o suficiente para que Val Barreto ainda tocasse na bola. Seria o primeiro gol do Leão. Aos 13, Leandro Cearense teve nova oportunidade. Ele ficou de cara para o gol, mas Paulo Wanzeler salvou o Paysandu.

Outra vez o quarto gol esteve bem próximo de acontecer aos 21 minutos da etapa complementar. Rodrigo Alvim tocou curto com Djalma e o meia cruzou na área. A bola passou de Fabiano e o zagueiro Raul fez o cabeceio no travessão. Não tinha ninguém para atrapalhar o defensor bicolor. Branco conseguiu diminuir aos 39 do segundo tempo depois de escanteio. Final: 3 a 1.
Em um dos escanteios em favor do Remo, aos 14 minutos, Wanzeler ficou na indecisão se saia ou não e Carlinho Rech subiu sem ninguém, mas fez o cabeceio por cima do gol. O Paysandu, que tentava não esmorecer por conta do resultado confortável, quase chegou ao quarto. João Neto ganhou a sobra e bateu com força no travessão.
Ficha Técnica
Paysandu: Paulo Wanzeler; Yago Pikachu, Raul, Diego Bispo e Rodrigo Alvim (Pablo) ; Vanderson, Ricardo Capanema, Eduardo Ramos e Djalma; João Neto (Helliton) e Iarley (Rafael Oliveira). Técnico: Lecheva
Remo: Fabiano; Rodrigo Guerra (Nata), Zé Antônio, Carlinho Rech e Berg; Gerônimo, Jhonnatan, Thiago Galhardo e Clebson (Val Barreto); Leandro Cearense e Fábio Paulista (Branco). Técnico: Flávio Araújo
Hora: 16h
Local: Mangueirão
Renda: R$ 277.120,00
Público Pagante: 15.251
Não Pagante: 2.750
Público Total: 18.00
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ESTADUAIS 2013


A CRÔNICA
Inspirado pela presença do eterno técnico interino Dimas Filgueiras, que assumiu interinamente o Ceará pela 42ª vez na história do clube, o time alvinegro levou a melhor no clássico cearense e derrotou o Fortaleza por 2 a 0, na Arena Castelão, pela quarta rodada da segunda fase do Campeonato Cearense. Com o resultado, o Vovô se recuperou na competição e fica na quinta colocação, com seis pontos. O Tricolor do Pici fica na terceira colocação, com nove pontos conquistados.

Ceará; Fortaleza; Castelão (Foto: Kid Júnior/Agência Diário)Na próxima quarta-feira, o Fortaleza joga com o Tiradentes, às 22h (de Brasília), no Estádio Alcides Santos. O Ceará encara o Ferroviário, ainda sem local definido, às 20h15m, na quinta-feira que vem.
Rafael Vaz comemora o primeiro gol da partida, no Castelão (Foto: Kid Júnior/Agência Diário)
Domínio e gol
No primeiro tempo, o Fortaleza bem que começou com mais empolgação e posse de bola. Mas o Ceará logo equilibrou e, a partir dos dez minutos, os jogadores alvinegros apertaram na marcação e foram deixando o Tricolor do Pici sem opções de jogadas de ataque.
Crescendo em campo, o time de Dimas Filgueiras começou a atacar com perigo aos poucos. Primeiro foi Pingo, que após lançamento em profundidade, tentou cruzamento rasteiro. Mas a defesa leonina tirou. Aos 22 minutos, o Vovô já era bem mais ofensivo. Magno Alves fez tabela na entrada da área, mas não dominou dirieto e perdeu o tempo do chute.
Enquanto o Fortaleza pressionava nos contra-ataques, sem muita objetividade, o Ceará chegava com perigo. Aos 32, Pingo colocou Vicente de cara para o gol, em belo lançamento. O lateral dividiu com o goleiro João Carlos, que conseguiu tirar.
E dois minutos depois, veio o gol alvinegro, após a pressão. A defesa do Fortaleza cochilou, e Rafael Vaz dominou livre, na entrada da área. De perna esquerda, ele tirou do zagueiro e mandou para as redes. Um golaço que abriu o marcador no novo Castelão.
Só no finzinho da etapa, o Leão ameaçou para valer. Assisinho mandou chute de muito longe, e a bola passou perto da meta de Fernando Henrique. Um minuto depois, o atacante arriscou de novo em mais uma jogada perigosa.
Ceará; Fortaleza; Castelão (Foto: Kid Júnior/Agência Diário)Ceará venceu o Fortaleza neste domingo, por 2 a 0, no Castelão (Foto: Kid Júnior/Agência Diário)
Vovô continua melhor
Na volta para o segundo tempo, o Vovô permaneceu com mais atitude e marcando melhor. Embora o Fortaleza tenha novamente iniciado na pressão, a equipe alvinegra logo reagiu. E o segundo gol foi questão de tempo. Aos 13 minutos, Ricardinho cobrou falta, João carlos espalmou e, na sobra, Magno Alves fuzilou a meta de João Carlos.
Com o segundo gol, Dimas Filgueiras organizou sua equipe em um misto de retranca e ataque. Aos 26, Edinho investiu pelo meio e sofreu falta. Assisinho levantou na área, mas Esley acabou cometando falta de ataque, em um dos lances de perigo poucos do Leão na segunda etapa. Aos 32, Fernando Henrique passou direto na bola, e Assisinho voltou a perder oportunidade. Mas ficou nisso para o Tricolor do Pici
Assim, o Ceará dominou as ações até o fim da partida, sem que o Fortaleza ameaçasse mais muito. No fim, um nó tático de Dimas Filgueiras no companheiro de profissão Hélio dos Anjos e a vitória alvinegra.

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Com gols de Hugo e Felipe Azevedo, contra um de Rogério, Leão vence primeiro clássico do Pernambucano e assume a vice-liderança do 2º turno


O Náutico parecia estar um patamar acima dos demais times do Campeonato Pernambucano. Vinha com um desempenho arrasador e mantinha uma boa diferença para o segundo colocado na classificação do segundo turno. Mas, diante de um Sport aguerrido e muito bem aplicado taticamente, acabou comprovando que não há favoritos destacados em clássicos. Melhor para o Rubro-Negro, que venceu de virada, por 2 a 1, e fez a festa da maior parte dos cerca de 20 mil torcedores que foram à Ilha do Retiro.

Apesar da derrota, o Náutico se mantém na liderança do segundo turno do Campeonato Pernambucano, mas a diferença que era de três pontos, para o Santa Cruz, caiu para apenas um e agora é para o próprio Sport. Além disso, o Alvirrubro terá que lidar com a perda de alguns jogadores para os próximos jogos. No treinamento de sábado à tarde, Jones Carioca sentiu dores na coxa direita e acabou vetado. Mais tarde, o lateral Maranhão sentiu dores na barriga, foi levado a um hospital e acabou tendo que passar por uma cirurgia de apendicite na manhã deste domingo. Momentos antes da partida, no aquecimento, o zagueiro Jean Rolt voltou a sentir dores no joelho direito e também foi descartado. Durante o jogo, Luís Eduardo deixou o campo com dores musculares.
O resultado dá um novo ânimo para o Leão, que passou recentemente por uma mudança no comando técnico e agora terá mais tranquilidade para buscar um padrão de jogo para o restante da temporada. Foi, efetivamente, o primeiro jogo em que o Rubro-negro foi escalado e comandado por Sérgio Guedes, que fez algumas mudanças profundas na forma do time jogar e começa a colher os frutos. Foi um triunfo para aumentar ainda mais um tabu que mantém sobre o Timbu. Já são quase nove anos sem derrotas para o rival dentro da Ilha do Retiro.
Sport x Náutico (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Rubro-negros comemoram com de Hugo, que voltou ao time após um período para recuperar a forma física
(Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Sport com mais posse, Náutico "cirúrgico"
Sport x Náutico (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Rogério abriu o placar com mais um belo gol
(Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
O Sport começou o jogo em cima, com um futebol de velocidade e descidas rápidas pelas laterais. Tanto que logo criou duas boas chances, em jogadas criadas nos dois lados do campo. No primeiro, logo no segundo minuto de partida, Rithely desceu pela esquerda e cruzou no segundo pau. Felipe Azevedo bateu de primeira, rasteiro, mas Felipe encaixou com segurança. A segunda oportunidade não se transformou no primeiro gol rubro-negro por muito pouco. Cicinho recebeu na direita, foi à linha de fundo e cruzou para o meio da área. Rithely entrou livre, como homem surpresa, e mandou de peito. Felipe conseguiu se recuperar e foi buscar a bola praticamente em cima da linha. Na sobra, a zaga alvirrubra estourou para escanteio.
O Rubro-negro tinha muito mais posse de bola, trocava passes com eficiência e contava com as subidas dos laterais. Do lado do Náutico, a ligação direta da defesa para o ataque não dava resultado - a zaga do Sport levava vantagem no jogo aéreo e evitava o domínio de bola por parte dos atacantes do Timbu. De forma tímida, o Alvirrubro começou a chegar com um pouco mais de objetividade e logo na primeira chance real acabou abrindo o placar. Aos 18 minutos, Marcos Paulo abriu na direita para Rogério, o camisa 10 avançou e, na risca da grande área, soltou uma bomba, visando o ângulo direito de Magrão. O goleiro rubro-negro ainda tocou a bola, mas não conseguiu evitar o gol do Náutico.
A vantagem alvirrubra fez o Sport diminuir um pouco o ritmo. O time da casa sentiu o golpe e passou a tentar o empate através de jogadas aéreas. Teve duas chances com Gabriel e Roger, mas as cabeçadas saíram pela linha de fundo. E foi dessa forma que nasceu o gol de empate do Leão. Aos 32 minutos, Cicinho cobrou um escanteio da esquerda, pelo alto, e Felipe saiu mal do gol. Ao tentar socar a bola, o camisa 1 afastou para o meio da área. Hugo pegou de primeira e mandou para o fundo das redes.
O jogo seguia bem movimentado. Com muita briga no meio-de-campo, mas com os dois times mais atentos na defesa, sem dar muito espaço para os atacantes. Felipe Azevedo até assustou, mas em um chute de longe. Felipe acompanhou a saída da boal pela linha de fundo. Já nos descontos, Elicarlos fez fila e acabou derrubado por Maurício. Rogério bateu a falta, a bola desviou em Hugo e Magrão, que caía para a esquerda para fazer a defesa, teve que mudar a direção e voltou para a direita, para fazer uma difícil defesa.
Mudanças esquentam segundo tempo
Sport x Náutico - Felipe Azevedo (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Felipe Azevedo fez bom jogo e marcou gol decisivo
(Foto: Antônio Carneiro / Pernambuco Press)
Os dois times voltaram sem mudanças para o segundo tempo e a partida seguiu equilibrada e bem jogada. Já nos primeiros minutos muitas chances foram criadas. O Sport desceu pela esquerda, aos 4 minutos, e tentou em um chute de Roger que acabou travado pela defesa e em um cruzamento fechado de Felipe Azevedo que Felipe pegou. A resposta do Náutico veio em uma sequência de conclusões, dos 7 aos 9 minutos, em chutes de Elicarlos e Vinícius Pacheco e em uma cabeçada de Alisson. Em um contra-ataque, aos 13, o Sport quase marca com Hugo, de cabeça.
O time da casa se animou e criou uma grande chance aos 15 minutos, em mais uma descida pela direita. Felipe Azevedo recebeu de Cicinho, avançou em velocidade, deu um belo drible em Luís Eduardo e soltou a bomba. A bola venceu Felipe, mas acabou se chocando no travessão e caiu próximo à linha do gol. A partida caiu um pouco de ritmo e deu pistas de que seguiria morno até o final. Mas as mudanças realizadas nos dois lados acabaram dando um novo ânimo ao duelo.
Aos 27, Alemão, que entrara na vaga de Luís Eduardo, cabeceou de dentro da área, após cobrança de falta por Rogério, mas a bola foi para fora. Um minuto depois, Marcos Vinícius, substituiu Vinícius Pacheco, fez jogada individual e bateu forte, da entrada da área. Magrão encaixou bonito. No minuto seguinte foi a vez do Sport assustar. Hugo deu um bom passe para Felipe Azevedo, que dominou e bateu rasteiro. A bola passou muito próxima ao canto direito de Felipe.
As chances se multiplicavam de ambos os lados. Aos 35, Rogério foi lançado por Elton, chegou a driblar Magrão, mas perdeu o ângulo e mandou para fora. A resposta do Sport foi fatal. Elicarlos perdeu uma bola na defesa para Lucas Lima, outro que entrara durante o segundo tempo. O meia rubro-negro mandou para Felipe Azevedo, que ganhou a dividida com Alemão e mandou no canto direito de Felipe. Gol da vitória do Sport, que manteve a escrita sobre o rival e esquentou ainda mais a briga no segundo turno do Campeonato Pernambucano. Após o gol, o Rubro-negro foi para cima e ainda criou duas boas chances de marcar, com Lucas Lima e Mateus Lima, mas o jogo ficou mesmo no 2 a 1 para o Leão
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DESTAQUES DO JOGO
  • deu certo
    Dupla celeste
    Borges e Dagoberto jogaram juntos pela primeira vez com a camisa do Cruzeiro. O primeiro marcou um gol, e o segundo teve atuação muito boa.
  • lance capital
    37' do 1º tempo
    O Boa Esporte tinha acabado de empatar e partida, e o jogo ficava complicado. Porém, Éverton Ribeiro, depois de passe de Borges, pôs a Raposa na frente.
  • deu errado
    Retranca
    O Boa Esporte, no início do jogo, tentou armar uma retranca, mas o ataque do Cruzeiro, em grande dia, evitou que a estratégia do time do sul funcionasse.
A CRÔNICA
A expectativa era grande pela estreia da dupla de atacantes Borges e Dagoberto. Pela primeira vez os dois atuariam juntos com a camisa do Cruzeiro, e já havia uma certa ansiedade da torcida para vê-los em campo. E na tarde deste domingo, o que se esperava dos dois acabou acontecendo. Borges marcou um dos gols do Cruzeiro na goleada de 4 a 1 sobre o Boa Esporte, e Dagol participou muito bem do jogo no Melão, em Varginha, pela sexta rodada do Campeonato Mineiro.
torcida Cruzeiro jogo (Foto: Marco Antônio Astoni)Torcida do Cruzeiro faz a festa no Melão, em Varginha (Foto: Marco Antônio Astoni / Globoesporte.com)
Borges marcou o seu terceiro gol na competição, assumindo a artilharia ao lado de Vanderlei, do Nacional-MG. Além disso, participou de forma efetiva do segundo gol celeste, marcado por Éverton Ribeiro. Dagoberto não balançou as redes, mas puxou contra-ataques perigosos e fez boas tabelas com o parceiro, mostrando o entendimento da época em que atuaram juntos no São Paulo. No segundo tempo, Dagol foi substituído por Elber.
O outros gols do Cruzeiro foram feitos por Diego Souza, após lindo lançamento de Leandro Guerreiro, e por Tinga. Foi o primeiro do camisa 10 em partidas oficiais pela equipe azul. Ele já havia marcado na pré-temporada, em amistoso contra o Mamoré. Para o Boa Esporte, descontou Fernando Karanga.

Na próxima rodada, em busca da recuperação, o time do sul de Minas vai encarar o Araxá, domingo, dia 24, às 10h (de Brasília), novamente no Melão, em Varginha. No mesmo dia, mas às 16h, o Cruzeiro recebe a Caldense no Mineirão, em Belo Horizonte.
O torcedor celeste, mesmo fora de casa, foi maioria nas arquibancadas do estádio, fez a festa e comemorou a quinta vitória em seis partidas. Com o resultado, o líder do Mineiro chegou a 16 pontos, quatro a mais que o Villa Nova, segundo colocado. O Boa está na décima posição, com quatro pontos ganhos, um a mais que América TO e Araxá, os dois times na zona de rebaixamento.
Ritmo alucinante
Correria e disposição não foram ingredientes ausentes em Varginha. Tanto Boa Esporte quanto Cruzeiro começaram o jogo em alta velocidade, desafiando o forte calor da tarde no sul de Minas. O time da casa mostrou logo de cara a sua proposta de jogo: entrou fechadinho, com todo mundo atrás da linha bola. O time azul, que errava muitos passes, encontrava enormes dificuldades para furar o bloqueio.

E a primeira chance clara foi do Boa Esporte. Marcelinho Paraíba cobrou escanteio da esquerda, e Rodrigo Arroz chutou para excelente defesa de Fábio. A oportunidade perdida animou o time de Varginha, que partiu para cima e deu o contra-ataque. Assim saiu o primeiro gol do Cruzeiro, aos 25 minutos. Leandro Guerreiro lançou Diego Souza, que passou por Leandro Camilo e chutou forte. A bola bateu na trave e no calcanhar do goleiro Douglas antes de entrar.

A Raposa cresceu muito em qualidade, já que o Boa Esporte não abdicou do ataque. Com espaços no meio-campo, as chances de gol apareceram. Foi assim que saiu o empate. Fernando Karanga aproveitou lindo passe de Betinho e entrou livre para igualar o placar. Mas a torcida de Varginha nem teve tempo de comemorar. Aos 37, em mais um contragolpe, Éverton Ribeiro e Borges fizeram boa tabela, e o meia colocou o time da capital mais uma vez em vantagem.
Goleada celeste
Os dois times voltaram diferentes no segundo tempo. No time da casa, Radamés saiu para dar lugar a Neílson. No lado dos visitantes, quem deixou o campo foi Ceará. O prata da casa Mayke assumiu a lateral direita. Quem saiu perdendo foi o Boa Esporte, que sentiu a falta de Radamés, principal articulador de jogadas de ataque. Sem forçar muito, a Raposa chegou ao terceiro gol, aos dez minutos. Em lance de oporrtunismo, Borges se aproveitou de falha de Jair e, de dentro da pequena área, mandou para as redes.

O lance foi uma pá de cal no ânimo do Boa Esporte, que virou presa fácil. O Cruzeiro passou a criar uma chance de perigo atrás da outra. Dagoberto, Nirley, Mayke e Egídio perderam boas oportunidades. Com a vitória encaminhada, Marcelo Oliveira tirou Éverton Ribeiro e Dagoberto para as entradas de Tinga e Élber, e a equipe azul continuou dominando as ações.
Com o Boa Esporte batido, a Raposa ampliou a diferença. Diego Souza fez excelente jogada pela direita e rolou para Tinga bater de primeira, aos 36, sem chances de defesa para Douglas. Sem esboçar reação, o Boa Esporte se fechou para não tomar mais gols. Satisfeito com a goleada, o Cruzeiro tocou a bola e apenas esperou o apito final do árbitro.

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DESTAQUES DO JOGO
  • deu certo
    Leandro
    A torcida do Palmeiras pediu a sua entrada. Gilson Kleina atendeu e, em apenas três minutos, ele marcou o gol que salvou o Verdão da derrota.
  • na seca
    Kleber
    Atacante faz a quinta partida pelo Palmeiras e segue sem marcar. Contra o Azulão, foram poucas chances. No segundo tempo, foi substituído por Caio.
  • apagado
    Rivaldo
    Meia pentacampeão do mundo não é nem sombra do jogador que já brilhou pela Seleção e na Europa. Perdeu a bola no lance que originou o gol do Verdão.
A CRÔNICA
A chuva e o mau momento de São Caetano e Palmeiras afastaram os torcedores do estádio Anacleto Campanella, neste domingo. Os 2.360 corajosos e apaixonados que resolveram encarar, não foram premiados. No empate por 1 a 1, pela 12ª rodada do Campeonato Paulista, quase nenhum atrativo. O duelo ficou muito longe de se parecer com uma partida entre duas equipes que já brigaram por títulos. Nem mesmo o pentacampeão Rivaldo conseguiu dar alguma qualidade à partida.

Com o resultado, o Verdão se manteve na sexta colocação, com 21 pontos. O São Caetano também continuou onde estava: na lanterna, com apenas seis pontos. O Palmeiras volta a campo nesta quarta-feira, contra o Botafogo-SP, no Pacaembu, às 19h30m. O São Caetano recebe o Ituano no Anacleto, na quinta, às 19h30m.
Com um ímpeto animador no início, mas esbarrando na deficiência técnica, o Verdão foi superior na primeira etapa, mas viu o capitão Henrique perder pênalti e, na sequência, apenas observou Éder marcar o primeiro da partida. Na segunda etapa, um lampejo de esperança para a torcida verde no gol de Leandro. Mas nada além disso.
Vinicius Palmeiras x São caetano (Foto: Marcos Bezerra /  Futura Press)Vinicius e Danielzinho disputam a bola durante jogo no Anacleto (Foto: Marcos Bezerra / Futura Press)
Verdão perde pênalti, e Azulão não perdoa
O técnico Gilson Kleina, do Palmeiras, optou por uma mudança simples para suprir a ausência de Valdivia, machucado: ele escalou Wesley, que é volante, como meia. Com a manutenção do esquema, o Verdão seguiu jogando com uma linha de quatro atrás, um quadrado no meio de campo e dois jogadores na frente.
O São Caetano também teve esquema tático semelhante. O treinador Aílton Silva deixou Rivaldo com a responsabilidade de armar as jogadas e contou com a velocidade de Danielzinho pelos lados do campo.
No entanto, nada do que os treinadores pensaram se refletiu no campo. O Palmeiras teve mais a posse (59% a 41% no fim do primeiro tempo), mas de nada adiantou. O time até trabalhou bem pelos lados do campo, mas pecou no último passe. Tanto nos cruzamentos, quanto nas bolas mais curtas. Kleber, por exemplo, recebeu apenas um passe com condição de finalização e mandou, aos 6 minutos, nas mãos do goleiro Fábio.
Enquanto isso, o São Caetano ficou acuado. A bola parecia queimar até mesmo nos pés do experiente Rivaldo. Quando conseguiu ter a posse, o Azulão acelerou o jogo para tentar surpreender a defesa do Palmeiras nos contra-ataques. Mas a tática não surtiu efeito.
Melhor que o Azulão, o time do Palestra Itália teve sua oportunidade de abrir o placar  aos 27. Kleber sofreu pênalti de Bruno Aguiar. Henrique assumiu a cobrança, mas mandou para fora. O castigo não tardou. Aos 40, Éder recebeu pela esquerda, puxou para o meio e bateu forte, no contra-pé de Fernando Prass, que sequer pulou para tentar alcançar a bola.
Verdão melhora, mas não vira
Irritada com os erros de Vinicius, a torcida palmeirense, ainda no fim do primeiro tempo, pediu a entrada de Leandro. Gilson Kleina atendeu, e o Verdão voltou do intervalo com a alteração, que surtiu efeito logo aos três minutos. Wesley invadiu a área e rolou para o meio. Leandro apareceu sozinho e só teve o trabalho de empurrar para o gol.

Após igualar o placar, o Palmeiras adiantou sua linha de marcação e passou a pressionar a saída de bola do São Caetano. Com os jogadores mais próximos, o Verdão voltou a ficar mais tempo no campo de ataque. Patrick Vieira, pela direita, foi o mais acionado. Mesmo assim, esbarrou na dificuldade do último passe. Já o São Caetano trabalhou mais a bola, mas não criou nada muito perigoso.
Na metade da segunda etapa, Kleina promoveu a entrada de Tiago Real, que não atuava desde o fim do ano passado, por causa de lesão no ombro, no lugar de Patick Vieira, que saiu muito aplaudido. Aílton Silva também mudou o São Caetano, colocando Eduardo e Pedro Carmona nos lugares de Geovane e Rivaldo, respectivamente. Com a mudança, o Azulão passou mais tempo com a bola e deu trabalho à defesa verde. Faltou, porém, capricho na finalização.

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Equipe é derrotada por 1 a 0 dentro de São Januário. Mudanças feitas pelo técnico para este jogo não surtem o efeito desejado, e torcida hostiliza


  • a decepção
    Eder Luis
    O atacante viveu tarde nada inspirada. Foi quem mais errou passes (11 de 35), acabou muito vaiado e ainda saiu de campo reclamando da torcida.
  • estreantes
    Sandro e Yotún
    Dois jogadores estrearam pelo Vasco. O volante Sandro Silva não foi bem e falhou no gol do Voltaço. O lateral Yotún entrou na etapa final e foi discreto.
  • estatística
    jogo aéreo
    O Vasco abusou das bolas levantadas na área na partida deste domingo. Foram 24, e apenas quatro delas resultaram em cabeçadas.
A ressaca pela perda do título da Taça Guanabara para o Botafogo foi ampliada neste domingo, em São Januário, onde o Vasco perdeu para o Volta Redonda por 1 a 0, na estreia das equipes na Taça Rio. O resultado aumenta ainda mais o clima de desconfiança em cima do time cruz-maltino, que teve novidades na equipe titular (entradas de Romário, Dakson e Sandro Silva), mas não conseguiu ter um bom desempenho e ouviu muitas vaias, além de gritos irônicos de "olé". O gol do jogo foi marcado pelo zagueiro André Alves, ainda no primeiro tempo.
Depois de uma campanha ruim na Taça Guanabara - seis pontos em oito jogos -, o Voltaço inicia bem o segundo turno. A equipe agora está com um novo treinador, Cairo Lima, que substituiu Alfredo Sampaio. Os jogadores passaram por um período de treinamentos em Águas de Lindoia, no interior paulista, antes de reiniciar a competição. O Voltaço agora aparece em terceiro lugar no Grupo A, com os mesmos três pontos de Botafogo e Friburguense, porém com pior saldo de gols. O Vasco é quinto, ainda sem pontuar.- Até esperava outro tipo de pressão, não foi nem forte. Apoiaram bastante, esperaram (para começar a vaiar). O time tem que ter mais personalidade nessas horas, alguns se abatem e acabam se escondendo. Não sei, faz parte, é levantar a cabeça, encarar o próximo jogo e vamos ver se rendemos melhor - disse o zagueiro Renato Silva.
Na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), o Vasco enfrenta o Nova Iguaçu, no estádio da Cidadania, em Volta Redonda. O Voltaço, por sua vez, volta a campo no domingo, às 16h, recebe o Friburguense.
Vasco x Volta Redonda (Foto: Marcelo Carnaval / O Globo)Volante Sandro Silva, estreante pelo Vasco, leva carrinho de Marcelo Régis (Foto: Marcelo Carnaval / O Globo)
Vasco de cara nova e futebol apagado
Modificado, o Vasco teve dificuldades de se encontrar na marcação e viu o Volta Redonda crescer na partida. O cartão de visitas foi uma bola na trave acertada por Frontini. Na sequência deste lance, aos 11 minutos, o Voltaço abriu o placar. Após cobrança de escanteio, André Alves subiu entre Dedé, Sandro Silva e Nei e desviou de cabeça para a rede: 1 a 0.
A partir daí, o Vasco teve que se lançar de vez ao ataque. O primeiro lance de mais perigo foi com Dakson, que acertou o travessão do Volta Redonda. A equipe do Sul-Fluminense estava bem armada e dava poucos contra-ataques. Então, os vascaínos começaram a tentar lançar a bola pelo alto para dentro da área, mas com pouco perigo. No último lance da primeira etapa, Carlos Alberto tentou de biquinho e mandou sem direção. Na saída do campo, a torcida não perdoou e vaiou os jogadores.
Vasco muda, pressiona, mas não faz
gol  Volta Redonda x Vasco (Foto: Marcelo Carnaval / O Globo)Jogadores do Volta Redonda comemoram
(Foto: Marcelo Carnaval / O Globo)
O Vasco voltou do vestiário com o lateral-esquerdo Yotún, que fez sua estreia, no lugar de Pedro Ken. Wendel voltou para o meio de campo. A equipe passou a criar mais chances, mas as desperdiçava. Primeiro com Eder Luis, depois com Wendel. Apesar da insistência, a pontaria não estava em dia.
Bernardo, artilheiro do Vasco com sete gols, foi chamado para entrar no lugar de Dakson e tentar dar mais poder de fogo ao time. Dos pés dele saiu uma das principais chances da equipe. O camisa 31 bateu falta e colocou na cabeça de Romário, que desviou e a bola passou rente à trave. Apesar da pressão, a bola não entrou. O atacante Eder Luis, que errou a maioria das jogadas, foi um dos mais vaiados pela torcida, que foi para casa com mais uma frustração
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DESTAQUES DO JOGO
  • EM ALTA
    Josimar
    No meio das estrelas do Inter, o volante começa a se destacar. Os seus bons jogos foram coroados com o primeiro gol na tarde deste domingo, quando recebeu passe de Damião e deslocou o goleiro do Canoas.
  • nome do JOGO
    Forlán
    O ano de 2013 é dele. O uruguaio marca de todas as formas.  Ainda faltava o de falta. Agora não falta mais. Com técnica, viu o posicionamento de Anderson e chutou no canto esquerdo do goleiro.
  • 200 jogos
    D'Ale
    O gringo alcançou marca histórica pelo Inter. Após quatro anos e sete meses, chegou aos 200 jogos. Ele ditou o ritmo da equipe, organizou as jogas e buscou marcar o seu, mas não conseguiu.
A CRÔNICA

O jogo foi o de número 200 de D’Alessandro. E ele foi bem. Tentou o gol, armou, conduziu o time. Mas, como tem sido o costume em 2013, quem brilhou foi Diego Forlán. O uruguaio marcou o gol de falta que garantiu a vitória do Inter por 3 a 1 sobre o Canoas na tarde deste domingo, no Complexo Esportivo da Ulbra, em Canoas, pela abertura da Taça Farroupilha – segundo turno do Gauchão.
O Inter iniciou o jogo no ataque e demorou apenas 25 minutos para marcar o primeiro gol. Josimar recebeu de Leandro Damião e guardou. No final do primeiro tempo, aos 41, Fábio Santos fez o gol do Canoas. Aos 44 minutos da segunda etapa, Damião deu números finais ao placar.
Com o resultado, o time de Dunga chegou aos seus primeiros três pontos no segundo turno do estadual. O Canoas, que luta para não ser rebaixado, tem zero. Na próxima rodada, o Inter enfrenta o São Luiz. A reedição da final da Piratini será disputada nesta quinta-feira, às 17h, no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo. Um dia antes, o Canoas vai até Veranpópolis pegar o Veranópolis. O duelo ocorrerá nesta quarta, às 20h30, no Antônio David Farina.

O jogo começou com o Inter em cima do Canoas. O time de Dunga buscava abrir logo o placar. A proposta do time de Carlos Moraes era nítida. Deixava o Inter com a posse de bola e se posicionava todo no campo de defesa, esperando o erro. Mas se mostrava arriscada.
Inter pressiona e marca, mas cede empate no fim do primeiro tempo
Forlán brilhou na vitória do Internacional contra o Canoas (Foto: Jefferson Bernades/Divulgação)Forlán brilha na vitória do Internacional sobre o Canoas (Foto: Jefferson Bernades/Divulgação)
Aos sete minutos, quase os colorados fizeram o primeiro. D’Alessandro aproveitou rebote na entrada da área e chutou forte, buscando o ângulo. Anderson se esticou todo e deu um tapa. Oito minutos depois, El Cabezón encontrou Diego Forlán dentro da área. O uruguaio girou e chutou forte, com nova intervenção do goleiro do Canoas.
O Canoas era totalmente dominado pelo Inter. Empolgado com os 200 jogos que completava pelo Inter, o camisa 10 era o condutor de todas as jogadas de ataque. O argentino carimbava os lances ou era quem buscava o gol, arriscando quando tinha espaço. Enquanto isso, Muriel apenas assistia à partida, sem ser ameaçado.
A pressão virou gol aos 25 minutos do primeiro tempo. Em mais uma troca de passes, D’Alessandro tocou para Leandro Damião. O camisa 9 viu a movimentação de Josimar e tocou de calcanhar para o volante que, com a frieza de um centroavante, apenas deslocou a bola de Anderson.
O jogo estava tranquilo. Estava. Aos 40, finalmente, a equipe de Carlos Moraes conheceu a área colorada. Após bate-rebate, Fábio Santos chutou por cima do gol. No minuto seguinte, o time da casa saiu em rápido contra-ataque. A bola sobrou para Fábio Santos que, desta vez, não perdoou. De fora da área, ele chutou no ângulo esquerdo de Muriel, que nada pôde fazer.
Forlán faz de falta, e Damião amplia com bomba no final
O Inter voltou ao segundo tempo com uma alteração. Ygor sentiu o joelho e foi substituído por Elton.  Aos cinco minutos, quase que o time de Dunga conseguiu a vantagem novamente. D’Alessandro desarmou Nathan e tocou para Vitor Júnior, ainda no campo de defesa. O meia, que substituiu Fred e, até então, tinha uma atuação discreta, deu uma bela arrancada, driblou dois zagueiros e chutou forte, mas Anderson salvou.
A pressão da primeira etapa não foi repetida na etapa final. Os colorados seguiam com o domínio da posse de bola, mas não conseguiam penetrar na área do Canoas. D’Ale não apresentava o mesmo futebol. Logo no começo, o argentino dividiu com um defensor do time de Carlos Moraes e ficou mancando, mas permaneceu em campo.
Mas o Inter tem Forlán. E o uruguaio mostrou a razão de ser o grande jogador da equipe neste início de temporada. Após sofrer falta, ele, aos 17 minutos, cobrou no canto esquerdo de Anderson, que apenas olhou. A bola ainda bateu na trave antes de morrer no fundo do gol.
O uruguaio, que se movimentou intensamente pelo campo, deixou o gramado dez minutos depois para a entrada de Caio. Com a vantagem no placar, Dunga ainda fez a última troca. Vitor Júnior deu lugar a Otávio, que vem recebendo elogios sistemáticos do técnico.
O Canoas até tentou buscar o empate, mas não teve força. O Inter trocava passes e, atacava quando surgia a oportunidade. Aos 37, D’Ale fez lindo passe para Damião, mas Anderson saiu do gol e segurou. No minuto seguinte, ele buscou o canto esquerdo do goleiro do Canoas, mas a bola saiu. Ainda faltava o gol de Damião. E ele veio aos 44. O goleador recebeu dentro da área, girou e fuzilou Anderson.
D'Ale ainda tentou. No minuto seguinte, acertou a trave. Otávio também mandou no poste. E o placar ficou assim. Mesmo sem o tento do camisa 10, os colorados deixaram o estádio da Ulbra com a alegria por mais três pontos garantidos.

ESTADUAIS 2013


DESTAQUES DO JOGO
  • minuto-chave
    24' do 2º tempo
    Luis Fabiano recebe de Douglas, sai da marcação de dois defensores do Oeste e faz o terceiro gol do São Paulo. Insatisfeito com o próprio desempenho, ele nem comemora.
  • torcida
    Protestos
    Desde antes do início do jogo, os 7.881 são-paulinos no Morumbi mostraram insatisfação com Ney Franco. Os gritos de “burro” após cada substituição provam que o clima não é o mais agradável. O time saiu vaiado.
  • deu errado
    Ataque confuso
    O Tricolor venceu, mas não teve o melhor desempenho na frente. Os dois primeiros gols foram marcados por zagueiros, e Fabuloso não ficou feliz com sua atuação.
A CRÔNICA
Torcida que protesta antes, durante e depois do jogo. Atacante que faz gol e não comemora. Meia que custou caro e passa os 90 minutos no banco de reservas. Técnico contestado e chamado de burro. No meio de tudo isso, o São Paulo venceu o Oeste por 3 a 2 neste domingo, num vazio e chuvoso Morumbi, e retomou a liderança do Campeonato Paulista. Nem parece. Com tantos problemas a serem resolvidos, o Tricolor mal celebrou o resultado em um jogo estranho, com mais sustos do que o previsto.

Paulo Henrique Ganso não começou jogando, nem foi utilizado durante partida. Passou o tempo todo no banco e viu a torcida criticar Ney Franco. Além dos gritos de “burro”, faixas com “Cadê o esquema tático?” e “PH Ganso e Cañete no banco?”. Questões que técnico e time não conseguiram responder de forma satisfatória neste domingo.
O estádio recebeu apenas 7.881 pagantes, número até razoável, dadas a baixa temperatura, a chuva e a recente derrota são-paulina para o Arsenal, pela Libertadores. Edson Silva e Rafael Toloi abriram o placar no primeiro tempo, e Luis Fabiano desencantou no segundo – não comemorou o gol, nem esboçou um sorriso. Ligger e Wanderson descontaram para o Oeste.
O resultado levou o Tricolor aos 26 pontos, na confortável liderança do estadual. O Oeste permanece com 14, na zona intermediária da tabela. O São Paulo volta a campo na próxima quarta-feira, contra o São Bernardo, às 22h (horário de Brasília), no ABC paulista. No mesmo dia, o Oeste recebe o Bragantino, às 19h30, em Itápolis.
Zagueiros marcam, mas sono custa caro
Pressionado, Ney Franco foi questionado antes mesmo da partida começar. Pela torcida, que protestou em frente ao Morumbi, e por todos que queriam entender a escalação do ataque, em formação inédita: Luis Fabiano centralizado, Wallyson aberto pela direita, Ademilson pela esquerda, e Ganso e Aloísio no banco de reservas. Ney queria abrir o jogo pelas pontas e furar a previsível retranca do Oeste.
Nas duas primeiras jogadas, sinais de que o esquema poderia dar certo. Em trocas rápidas de passes, o São Paulo chegou facilmente à meta de Jailson, que salvou o Oeste em finalizações de Wallyson e Rodrigo Caio. Apesar do início animador, o ritmo caiu demais. Com chuva, então, ficou mais difícil. O Tricolor trocou passes com paciência, procurando o melhor momento de superar a defesa rival.
O domínio foi claro, mas o São Paulo precisou de sua zaga para tentar matar o jogo ainda no primeiro tempo. Após jogada inteligente de Ademilson, Edson Silva apareceu sozinho, em posição legal e na pequena área, para fazer 1 a 0, aos 17 minutos. Pouco depois, aos 30, Rafael Toloi ficou com “inveja” do companheiro de defesa e subiu ao ataque para cabecear com perfeição uma falta cobrada por Jadson: 2 a 0.
Mesmo com a vitória parcial, o Tricolor não chegou a inspirar 100% de confiança. Jadson foi bem e criou as principais jogadas. Luis Fabiano quase não foi notado, muito marcado. A torcida percebeu a preguiça em alguns momentos e começou a gritar “Libertadores é obrigação”. O sono teve seu preço: aos 46 minutos, quando o jogo já parecia resolvido, Edson Silva falhou e deixou Ligger sozinho para cabecear após cruzamento vindo da esquerda: um 2 a 1 amargo para o São Paulo administrar.
Sustos, gols e cobranças
A desconfiança da torcida entrou em campo no segundo tempo, com um São Paulo mais retraído e permitindo avanços do fraco Oeste. Os sustos que o time de Ney Franco tomou foram frequentes demais para quem é líder do Paulistão e ainda busca classificação à segunda fase da Libertadores. Um chute de Serginho e outro de Wanderson quase encontraram o caminho do gol. E os protestos começaram.
De novo, o “Libertadores é obrigação”, mostrando que o são-paulino não liga tanto assim para o estadual. Dentro de campo, alguns também pareciam não se importar tanto assim. Um clima estranho, mesmo com o time vencendo.
Tão estranho que Luis Fabiano, enfim, fez seu gol aos 24 minutos, aproveitando passe em profundidade de Douglas e finalizando de pé esquerdo, sem chances para Jaílson. O centroavante não comemorou, sequer esboçou um sorriso. Apenas abraçou os companheiros e continuou jogando.
O gol devolveu a tranquilidade ao São Paulo, mas não ao seu torcedor, que queria ver Ganso em campo. A esperança acabou quando Cañete foi chamado para substituir Jadson, a terceira alteração do time no jogo. Os quase 8 mil tricolores não perdoaram: “burro, burro”. A situação não melhorou quando Rogério Ceni falhou numa reposição de bola, armou o contra-ataque para o Oeste e viu Wanderson diminuir o placar aos 32 minutos: 3 a 2.
Do banco, Ganso se agasalhou após o aquecimento e viu a equipe criar mais chances, mas não ampliar o placar. Uma vitória obrigatória, mas que não precisava de tantos sustos assim. O Tricolor é líder do Campeonato Paulista, e isso não significa muita coisa a essa altura da temporada.

Gauchão 2021

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