domingo, 10 de junho de 2012

BRASILEIRAO 2012

DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    31 do 1º tempo
    Diego Souza dribla Titi e toca na saída de Lomba, fazendo 2 a 0. A partir daí, o Vasco controla mais a partida e melhora no sistema defensivo.
  • estatísticas
    finalizações
    No primeiro tempo, o Vasco teve dez conclusões a gol, contra seis do Bahia. No segundo, foram 14 dos donos da casa e uma dos visitantes.
  • retorno
    Dedé
    Após dois meses parado, o zagueiro entrou aos 11 minutos do segundo tempo e teve atuação discreta. Cometeu duas faltas e sofreu duas.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
93 comentários
Com belos gols de Juninho e Diego Souza, o Vasco venceu o Bahia por 2 a 1 neste domingo, no estádio do Pituaçu, e manteve a liderança e o aproveitamento de 100% nestas quatro primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, somando 12 pontos. No sábado, o Atlético-MG havia chegado a dez pontos ao bater o Palmeiras, pressionando os cruz-maltinos.
Nem o apoio da torcida que foi em bom número ao estádio (17.908 pagantes) foi suficiente para o Bahia ter sucesso - continua sem ganhar e soma dois pontos, mantendo-se na zona de rebaixamento, em 17º lugar. No fim da partida, os torcedores pediram "queremos jogador". Os vascaínos, que encheram o espaço destinado aos visitantes, gritaram "olé" nos minutos finais.
O Vasco marcou seus dois gols ainda na primeira etapa, quando teve ótimo desempenho ofensivo. Finalizou dez vezes, uma delas na trave (em cabeceio de Alecsandro) e outra que parou em defesa milagrosa de Marcelo Lomba (em chute de Fellipe Bastos). Juninho voltou a marcar de falta depois de nove meses, e Diego Souza aplicou belo drible em Tite e, cara a cara com Marcelo Lomba, deu um toque por cobertura. Júnior, já aos 49 minutos do segundo tempo, descontou para os baianos.
No segundo tempo, o Bahia pressionou o Vasco, parando muitas vezes em Fernando Prass, que fez cinco defesas difíceis na partida. O goleiro comentou a importância de largar bem no campeonato, citando o exemplo do Corinthians, que em 2011 acumulou nove vitórias e um empate nas dez primeiras rodadas e foi campeão.
- A gente sabe o quão importante é começar bem o campeonato. O Corinthians no ano passado foi campeão, e o que desequilibrou foi o começo.
O zagueiro Titi, que atuou pelo Vasco em 2009 e 2010, lamentou a derrota, mas pediu tranquilidade para o Bahia sair dessa situação.
- Trabalhamos, nos dedicamos a semana toda para conseguir os três pontos. Criamos, chutamos a gol e infelizmente não conseguimos reverter em resultado. Precisamos ter tranquilidade e não achar que está tudo errado, até porque até a final do Baiano estava tudo certo.
A partida marcou o retorno de Dedé depois de dois meses afastado por causa de um edema ósseo no pé. Ele entrou em campo aos 11 minutos do segundo tempo na vaga de Rodolfo, que se machucou. Fagner foi desfalque de última hora, por causa de dores no joelho direito e na região pubiana, e foi substituído por Allan.
O Vasco volta a campo no próximo domingo, às 16h, para enfrentar o Palmeiras na Arena Barueri. No mesmo dia e horário, o Bahia recebe o Sport no Pituaçu.
Diego Souza comemora gol do Vasco contra o Bahia (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco da Gama)Diego Souza comemora seu belo gol sobre o Bahia (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)
Juninho desencanta, e Diego Souza faz golaço
 A partida começou em alta velocidade, com os dois times em busca do ataque. O Bahia bem que tentou tomar a iniciativa das ações, mas o Vasco mostrou eficiência desde o início e logo aos sete minutos fez seu primeiro gol. Juninho cobrou falta sofrida por Diego Souza e mandou no ângulo direito de Marcelo Lomba, que mal se mexeu. Havia nove meses que o Reizinho não marcava desta forma - a última vez foi contra o Coritiba, no Brasileiro de 2011. Foi o gol de falta número 75 do camisa 8 na carreira.
Em desvantagem, o Bahia se lançou ao ataque e até ameaçou. Lulinha entrou na área e caiu após choque com Rodolfo, mas, para reclamação do time da casa, o árbitro nada marcou. Depois foi a vez de Jones levar perigo ao finalizar após cruzamento de Gabriel. O Vasco, no entanto, era mais preciso e não demorava a dar o troco. Alecsandro, de peixinho, acertou a trave depois de cruzamento feito por Diego Souza.
O camisa 10 cruz-maltino estava em dia inspirado. Depois de um passe de peito para Alecsandro, ele recebeu na frente, deu um belo drible em Titi e tocou com categoria por cima do goleiro Marcelo Lomba. Um golaço. O Vasco ainda teve duas ótimas chances de ampliar ainda no primeiro tempo, mas Lomba não deixou. Primeiro, em um chute de fora da área de Juninho. Depois, Allan fez boa jogada e cruzou para a área. Fellipe Bastos pegou de primeira, e o arqueiro do Bahia fez uma defesa espetacular.
Dedé retorna. Bahia desconta no finzinho
Insatisfeito, o técnico Falcão fez duas modificações no intervalo: colocou Magno e Júnior nas vagas de Diego e Lulinha. A equipe ganhou mais presença ofensiva e ensaiou fazer pressão algumas vezes, mas tinha dificuldades de penetrar na defesa do Vasco. No mesmo lance, Júnior e Gabriel tiveram chance de marcar, mas o goleiro Fernando Prass não permitiu.
Aos 11 minutos, a torcida do Vasco pôde matar a saudade de Dedé, que entrou no lugar de Rodolfo, machucado. O zagueiro não jogava havia dois meses por causa de um edema ósseo e teve trabalho com o ataque do Bahia. Logo depois de sua entrada, Júnior teve uma ótima chance de cabeça, mas a bola passou rente à trave direita de Prass.
Cristóvão ainda fez mais duas alterações no time do Vasco. Primeiro, Carlos Alberto, ex-Bahia, entrou no lugar de Diego Souza. Depois, Felipe, que mais uma vez atuou na lateral esquerda, saiu para a entrada de Thiago Feltri. Carlos Alberto ainda teve um gol anulado por causa de posição irregular.

O Bahia descontou já nos acréscimos, aos 49 minutos. Júnior ganhou na briga dentro da área e chutou forte para vencer o goleiro Fernando Prass.

BRASILEIRAO 2012

DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    7 min
    Redenção
    Paulo Miranda, que havia sido afastado após má atuação contra o Santos no Paulista, marcou logo no início da partida e definiu a vitória do São Paulo.
  • a surpresa
    Lucas
    Ponte aérea
    Atacante desembarcou na manhã de domingo após amistosos pela Seleção nos Estados Unidos e se colocou à disposição de Leão. Jogou e quase fez seu gol.
  • deu errado
    Ataque
    Alan Kardec e Rentería
    Santos sentiu falta de um jogador de velocidade, como Neymar. Com a dupla de pesadões à frente, pouco conseguiu incomodar a zaga tricolor.
A CRÔNICA
por Alexandre Lozetti
38 comentários
Pegue Rogério Ceni, Wellington, Casemiro e Luis Fabiano. Junte aos santistas Rafael, Fucile, Edu Dracena, Juan, Arouca, Elano, Ganso, Neymar e Borges. Coloque todos na mesma panela e forme um time favorito a qualquer título no futebol nacional. Mas tire-os de São Paulo e Santos e tenha um dos clássicos mais deprimentes, monótonos, sem qualidade e vazios do Campeonato Brasileiro. Até o público se preservou: 6.327 pagantes.
Muricy Ramalho poupou porque na quarta-feira terá pela frente o Corinthians, na semifinal da Libertadores. Opção, questão de prioridade. Emerson Leão só não teve os lesionados e suspensos, além de Casemiro, que voltou da seleção brasileira e pediu para não jogar. Ao contrário de Lucas, que se colocou à disposição e foi escalado. O São Paulo poupou futebol, como tem feito em boa parte da temporada. Mas sua "sobra" foi mais eficiente do que a "sobra" santista: 1 a 0, gol de uma grande ironia do destino. De Paulo Miranda.
Na semifinal do Paulista, o zagueiro fez pênalti e levou baile de Neymar, a ponto de ser afastado pela diretoria à revelia de Leão, em episódio que escancarou a crise entre os cartolas e o técnico do Tricolor. Neste domingo, sem o craque pela frente, Paulo Miranda teve atuação segura e, finalmente, marcou seu primeiro gol pela equipe. Nada como um San-São após o outro...
No Brasileirão, as equipes voltam a campo no próximo domingo. O São Paulo, que chegou aos seis pontos, ocupa a sétima posição e recebe o Atlético-MG, enquanto o Peixe, estacionado nos três, em 16º, visitará o Flamengo no Engenhão. Mas os torcedores focam o meio de semana. O clássico contra o Corinthians pela Libertadores, na Vila Belmiro, será a missão santista. Já os tricolores terão pela frente o Coritiba, no primeiro jogo da semi da Copa do Brasil.
Léo, do Santos, e Lucas, do São Paulo, disputam bola no clássico San-São (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)Léo, do Santos, e Lucas, do São Paulo, disputam bola no clássico (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
Redenção e mau futebol
Mais entrosado, o São Paulo tentou definir a partida logo de cara. Marcou no campo de ataque, recuperou a bola rapidamente e impediu que o Santos jogasse. Na pressão, Jadson fez dois bons cruzamentos, o segundo na cabeça de Rhodolfo, que escorou para o parceiro de zaga, livre, finalizar e dar mais um passo em sua redenção após as falhas no Paulista.
Parecia que o anfitrião passearia no Morumbi. As aparências enganam. O time de Leão voltou a exibir velhas falhas: arrancadas improdutivas, pressa com a bola nos pés e um buraco no meio. Setor onde o visitante cresceu, com Henrique e Gerson Magrão permitindo o avanço de Léo, antes sufocado por Lucas do lado esquerdo.
Quando o Tricolor conseguia roubar a bola no campo de ataque, assustava. Foi o caso da jogada que terminou em chute de Willian José. Mas os desarmes passaram a ser raros, e os reservas do Santos ficaram mais com a bola. Alan Kardec, acostumado a atuar ao lado de Neymar, teve esforço dobrado com o parceiro Rentería. Em lance individual, ele fintou Paulo Miranda e bateu de pé esquerdo para fora.
Fernandinho e Felipe Anderson irritavam os comandantes com erros em sequência. O meia santista ainda teve chance no intervalo, mas o atacante são-paulino ficou no vestiário, substituído por Maicon.
Jadson na partida do São Paulo contra o Santos (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)Jadson disputa jogada com os defensores do Santos (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)
Sem inspiração
Lucas teve chance de, assim como no primeiro tempo, definir logo no início e tranquilizar a torcida. Em bela arrancada, entortou Léo e bateu cruzado, fora do alcance de Aranha. A bola saiu por muito pouco. De resto, o filme repetiu o que se viu nos primeiros 45 minutos. O prenúncio de bom futebol não se concretizou, e as equipes, principalmente o Santos, voltaram a sentir muita falta dos desfalques.
As bolas enfiadas de Jadson ainda eram ameaçadoras, mas encontravam Willian José marcado por suas limitações. Lucas, sozinho, precipitou-se ao tentar lançar o centroavante e deu a bola nos pés de Bruno Rodrigo. Os presentes do São Paulo davam esperança ao Santos.
Muricy recuou Ewerthon Páscoa para a zaga com o intuito de tentar ganhar o meio e levar perigo com o apoio de Maranhão e Léo. Também colocou Dimba no lugar de Rentería, em má jornada. A revelação logo mostrou serviço, fez boa jogada pela esquerda e obrigou Denis a fazer sua defesa mais difícil no clássico. O goleiro voltaria a salvar os titulares contra os reservas nos minutos finais ao pegar bola rasteira e não dar rebote.
A boa movimentação de Gerson Magrão levou o Peixe adiante, mas não foi suficiente para conseguir o empate. Foi a segunda vitória do São Paulo, que sobe na tabela, mas continua exibindo futebol muito ruim. E o Santos, mesmo com algumas contratações, ainda é totalmente dependente de seus titulares e segue sem vitórias em quatro rodadas. Enquanto a Libertadores não terminar, será sofrido para o torcedor alvinegro assistir às partidas do Brasileiro.

BRASILEIRAO 2012

DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    21 do 1 tempo
    O Corinthians controlava o jogo. Era envolvente no ataque e exercia boa marcação. Porém, o gol de Marco Antonio mudou o jogo e abriu a vitória tranquila
  • arbitragem
    Roman
    Calmo, Evandro Rogério Roman administrou o jogo. Só aplicou dois amarelos, no Grêmio: André Lima e Fernando. Único lance de dúvida foi um suposto pênalti em Kleber
  • deu certo
    Werley
    Surpresa no Grêmio, o zagueiro substituiu Gilberto Silva e mostrou estar recuperado de lesão na coxa direita. Anulou o ataque do Timão e deve atuar contra o Palmeiras
A CRÔNICA
por Hector Werlang
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Com jogos importantes no meio de semana, por Copa do Brasil e Libertadores, respectivamente, os técnicos de Grêmio e Corinthians optaram por estratégias diferentes para o duelo deste domingo. Enquanto os gaúchos entraram com força máxima, os paulistas foram com os reservas. E pagaram caro. Vitória por 2 a 0 para o Tricolor, com gols de Marco Antonio e André Lima.

Dessa forma, o Grêmio chegou a três vitórias seguidas, somou nove pontos e firmou pé na turma de cima do Brasileirão: é o terceiro colocado. Em quatro rodadas, o Timão voltou para a lanterna, continua com apenas um ponto e amarga três derrotas – duas com time suplente.
 
Agora, ambos se voltam para as competições em que estão na fase semifinal. Na quarta, às 21h50min, o Grêmio recebe o Palmeiras pela Copa do Brasil. O time paulista, na Vila Belmiro, desafia o Santos, pela Libertadores.
Gol muda o jogo
Mesmo com apenas Fábio Santos de titular, o Corinthians começou melhor. Tinha em Douglas, principal alvo das vaias da torcida, seu organizador. Em um de seus lances, serviu Elton, que chutou cruzado assustando Victor. O panorama parecia não mudar, com o Grêmio burocrático e preso à marcação, até a sorte e um gol mudarem a partida.
Léo Gago levantou para a área, e André Lima trombou com a defesa. A bola se ofereceu a Marco Antonio. De pé direito, de fora da área, ele bateu forte. Danilo Fernandes tentou espalmar, mas aceitou: 1 a 0, aos 21 minutos.
O lance antecedeu a supremacia tricolor. Ao ampliar o placar com André Lima, sete minutos depois, após bela trama coletiva, com inversão de jogadas, intensa troca de passes e participação de Miralles e Souza, o Grêmio ainda criou uma série de oportunidades.
Não fosse a má pontaria, com chutes desviados de Marco Antonio e Miralles, e o placar seria maior. O Corinthians, aparentemente sem força, produzia no máximo chutes de fora da área.
André Lima comemora o gol do Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)André Lima (D) vai vribrar com a torcida o segundo gol do Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)
Postura diferente
A volta do intervalo mostrou um Timão mais interessado, disposto, perigoso. Enfim, melhor. Tite não mudou a escalação, mas a postura melhorou. Nem a entrada de Kleber, no retorno do Gadiador ao Olímpico, impediu o rival de ter a iniciativa das jogadas.
E, de novo com Douglas, criou chance de marcar. Aos dez minutos, o meia lançou William. O atacante perdeu na dividida com Victor e, antes de Elton pegar o rebote, Vilson mandou a escanteio.
O confronto continuou equilibrado e com poucas chances de gol. Kleber reclamou de pênalti de Antonio Carlos aos 20. Douglas acertou o travessão, em cobrança de escateio aos 31. E, aos 36, Kleber perdeu sem goleiro. E foi só.

BRASILEIRAO 2012

DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    37 do 2º tempo
    Um erro de Vitor Júnior, que com a expulsão de Márcio Azevedo passou a jogar improvisado na lateral-esquerda, ao tentar recuar a bola para o goleiro Milton Raphael deu origem ao gol da vitória do Náutico, feito por Derley.
  • arbitragem
    foi bem
    Heber Roberto Lopes teve uma atuação segura tanto na parte técnica, quanto na disciplinar, expulsando corretamente os dois Márcios: Rosário, do Náutico, e Azeedo, do Botafogo.
  • decepção
    Andrezinho
    Mais uma vez o camisa 10 do Botafogo teve uma péssima atuação, com muitos erros de passes e pouca precisão nos chutes a gol. O meia não voltou para o segundo tempo, substituído por Elkeson.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
35 comentários
Numa partida em que as torcidas foram da alegria à frustração e da frustração à alegria, melhor para a do Náutico, que viu seu time derrotar o Botafogo, por 3 a 2, neste domingo, no estádio dos Aflitos, no Recife, e obteve a sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro. O time pernambucano abriu 2 a 0 no primeiro tempo, com gols de Araújo e Lúcio, teve um jogador expulso (Márcio Rosário) na etapa final, levou o empate (Márcio Azevedo e Fábio Ferreira marcaram), mas quando parecia que o Alvinegro conseguiria a virada, Márcio Azevedo foi expulso, Vitor Júnior errou na defesa e o Timbu obteve o gol da vitória, marcado por Derley.
O autor do gol decisivo do jogo comemorou muito, fazendo o gesto de quem embala um neném, em homenagem a Bernardo, seu filho recém-nascido.
- Tive uma oportunidade de acreditar na jogada e fui feliz de fazer o gol. Quero dedicar ao meu filho, que nasceu na sexta-feira. Então, acho que a felicidade é triplicada - disse Derley, logo após a partida.
Para o zagueiro do Botafogo, Fábio Ferreira, a falha no terceiro gol do Náutico não foi só de Vitor Júnior, mas também do goleiro Milton Raphael:
- Foi uma bola que não foi tão forte. O goleiro também não sabia se saía ou não.
O Náutico chegou aos quatro pontos ganhos, e está em 13º no Brasileirão. O Botafogo, que sofreu sua segunda derrota seguida, após duas vitórias nas duas primeiras rodadas, fica com seis, na sexta posição. Na quinta rodada, a equipe alvirrubra receberá o Grêmio, nos Aflitos, no próximo domingo. O Botafogo volta a jogar no dia anterior, contra o outro gaúcho, o Inter, no Beira-Rio.
Os dois times entraram em campo com posturas ofensivas. E a primeira grande chance de gol surgiu aos 6 minutos, num contra-ataque que começou num soco que o goleiro Milton Raphael deu para cortar o perigo da área do Botafogo. Andrezinho dominou, avançou e lançou Herrera, que penetrou na área livre, tentou encobrir Felipe, mas o arqueiro do Náutico foi mais esperto e defendeu.

A resposta do time da casa veio imediatamente em forte chute de Elicarlos e em seguida, aos 8, quando Souza driblou Milton Raphael e cruzou para Araújo. Mas o atacante da equipe pernambucana não conseguiu cabecear com liberdade para o gol e a bola ficou com o goleiro alvinegro.
Náutico x Botafogo - Araújo (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Araújo bate no peito na comemoração do primeiro gol do Náutico (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
No entanto, na segunda chance que teve para marcar, Araújo não vacilou. Após tabelar com Souza, o atacante, driblou um zagueiro e tocou no canto esquerdo de Milton Raphael para abrir o marcador, aos 16. A desvantagem fez o Botafogo agravar os seus erros, de passes no meio de campo e insegurança na saída de bola, especialmente seu goleiro quando precisava usar os pés. Mesmo assim o time carioca teve uma boa oportunidade, em cabeçada de Fábio Ferreira, que Felipe defendeu, aos 26. Porém, o Timbu não deixava de dar resposta, e dois minutos depois Elicarlos acertou bonito chute de fora da área e a bola passou rente à trave direita de Milton Raphael.
O Alvinegro voltou a criar uma boa jogada aos 30: Vitor Júnior passou por dois adversários na esquerda, entrou na área e tentou Herrera, mas a bola cruzou a pequena área. Mas o melhor time em campo era mesmo o da casa, que chegou ao segundo gol, dois minutos depois: Auremir deu a Rhayner na direita, e já de dentro da área cruzou rasteiro, Araújo não alcançou, mas Lúcio sim, colocando a bola no meio do gol: 2 a 0. O Botafogo se lançou à frente e a jogada aérea era a sua melhor opção. Aos 38, Maicosuel cruzou da esquerda para Brinner, livre no lado oposto, na pequena área, obrigou Felipe a fazer difícil intervenção com os pés.
Muitas emoções na etapa final
Diante da má atuação de seu time no primeiro tempo, Oswaldo de Oliveira teria de fazer alguma coisa. E ele tirou o inoperante Andrezinho para colocar Elkeson. Logo aos dois minutos o Botafogo diminuiu em lance de lateral para lateral: Lucas cruzou da direita e Márcio Azevedo entrou como um raio do outro lado para completar à esquerda de Felipe. O Alvinegro começou a pressionar a saída de bola do adversário e numa roubada, a bola foi a Elkeson, que tentou driblar Márcio Rosário na meia-lua. O zagueiro derrubou o atacante, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso pelo árbitro Heber Roberto Lopes.
Com isso, o técnico Alexandre Gallo teve de recompor sua zaga e pôs César Marques, ex-Cesinha, no lugar do meia Souza. A configuração do jogo mudou, com o Náutico mais preocupado em deter os ataques do adversário e surpreendê-lo nos contra-ataques. E estava tudo modificado mesmo: aos 14, Elkeson cobrou falta da direita, César Marques cabeceou para a sua rede e deu o empate ao Botafogo - o quarto árbitro deu o gol para Fábio Ferreira.
Náutico x Botafogo (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Felipe, do Náutico, defende e impede que a bola vá a Renato (8) (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
O Alvinegro seguiu pressionando em busca da virada e teve duas boas chances. Aos 16, num chute de Renato de fora da área e, aos 18, em toque de Maicosuel de dentro da área, mas em ambas Felipe salvou. Com o passar do tempo, o visitante diminuiu seu ímpeto e o anfitrião resolveu se arriscar um pouco. Aos 26, Oswaldo mostrou que queria encurralar o Náutico em seu campo, tirando o volante Jadson e colocando o meia-atacante Cidinho. Por seu lado, Gallo ia tirar o lateral-esquerdo Lúcio para lançar o atacante Siloé, mas Rhayner, que fazia boa partida, sentiu uma lesão e acabou sendo ele o substituído.
A situação voltou a ficar melhor para o Náutico, aos 32, quando Márcio Azevedo deu um pontapé em Araújo e recebeu o cartão vermelho. Isso fez Vitor Júnior ir para a lateral-esquerda. E foi num erro do camisa 11, que recuou mal a bola para Milton Raphael, que o Náutico garantiu sua vitória, aos 37. Derley se aproveitou, driblou o goleiro alvinegro e tocou para o gol vazio: 3 a 2. Na base do desespero, o Botafogo tentou empatar novamente, mas esbarrou em seu nervosismo e na defesa adversária.

BRASILEIRAO 2012

DESTAQUES DO JOGO
  • deu certo
    Nem
    O atacante chegou de viagem dos Estados Unidos nesta manhã e começou jogando. Foi o destaque do Flu com sua movimentação e seus dribles.
  • estatística
    passes errados
    Em sua estreia neste Brasileiro, após lesão na coxa, Deco sentiu a falta de ritmo e errou 19 de 67 passes. O maior número no Inter coube a Jajá: seis (de 27).
  • ladrão de bolas
    Elton
    O volante de 22 anos foi quem mais roubou bolas na partida: seis. A marcação colorada foi fundamental para o resultado no Engenhão.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Fluminense e Internacional protagonizaram, há pouco mais de um mês, dois jogos espetaculares pela Libertadores - na ocasião, os cariocas levaram a melhor e eliminaram os gaúchos. Neste domingo, cheias de desfalques, as equipes voltaram a se enfrentar, no Engenhão, em partida da quarta rodada do Brasileirão. Ao fim de 90 minutos, houve poucas emoções, e o placar acabou por não ser alterado: 0 a 0.
Com o resultado, o Colorado aparece na quarta colocação, com oito pontos, enquanto o Tricolor, que acumula três empates em seus últimos jogos, é o décimo, com seis. Na quinta rodada, o Fluminense recebe a Portuguesa, às 21h de sábado, no Engenhão. Já o Inter pega o Botafogo, no mesmo dia, no Beira-Rio.
- Estamos com bastante gente fora (desfalques), mas jogamos bem. Não marcamos, aí fica mais difícil. Tivemos pelo menos duas situações claras, três. Contra o Inter, é sempre mais difícil - avaliou o meia Deco após a partida.
No lado do Internacional, o lateral Nei reclamou do gramado, castigado pelas chuvas que caem no Rio desde a sexta-feira, mas não deixou de exaltar que o time pontuou fora de casa.
- O campo estava ruim demais. Era importante conquistar um ponto, que foi o que a gente conseguiu - disse.
Wellington Nem ma partida do Fluminense contra o Internacional (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)Wellington Nem, de volta da Seleção, é perseguido por Moledo (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
Nem se destaca no início
Wellington Nem, recém-chegado dos Estados Unidos, onde estava com a seleção brasileira, foi escalado de cara pelo técnico Abel Braga, já que ficou no banco durante todo o amistoso contra a Argentina e o então titular Marcos Junior foi vetado com uma gripe. Ele formou a dupla de ataque do Flu com Fred, que estava afastado por causa de uma lesão na coxa direita, sentiu-se recuperado e pediu para jogar. No meio, Deco voltou como homem de criação. Edinho, Jean e Wagner foram postados mais defensivamente num meio-campo que não pôde contar com Diguinho e Thiago Neves, lesionados.
No lado do Inter, os argentinos D'Alessandro e Dátolo, machucados, completaram a lista de desfalques, que já contava com Guiñazu, Oscar e Leandro Damião - que participaram de Brasil x Argentina na véspera. O técnico Dorival Júnior mandou a campo o time gaúcho com Jajá (de volta após quase um mês afastado por indisciplina) e Marcos Aurélio encostando nos dois homens de ataque, que foram Dagoberto e Gilberto.
O jogo começou com Wellington Nem tentando se valer da velocidade para surpreender o Inter. Foi o jovem que, aos dez minutos, criou a melhor chance de toda a primeira etapa. Dentro da área, limpou a marcação e bateu cruzado, na boca do gol. Fred se esticou, mas não conseguiu empurrar a bola para a rede.
Em geral, o ritmo do jogo foi lento nos primeiros 45 minutos. O Internacional tentou se valer de passes em profundidade para Gilberto, mas esbarrou numa marcação extra: a auxiliar Janette Arcanjo, que errou ao marcar impedimentos contra o Colorado. Dos cinco anotados na etapa incial, ao menos dois não existiram (houve um terceiro muito duvidoso).
Os dois times foram para o intervalo sem tirar o zero do placar. O Flu ainda teve uma boa chance com Wagner, mas a cabeçada foi para fora, com muito perigo. No Inter, Jajá e Dagoberto tentaram chutes de longe, sem sucesso. Num outro lance, Jajá foi ao fundo e cruzou na boca do gol, mas Dagoberto não chegou a tempo de escorar para a rede.
Equilíbrio se mantém na etapa final
Na volta para o segundo tempo, os treinadores não mexeram nos times. O Fluminense começou mais animado. Foi para cima nos primeiros minutos e obrigou o goleiro Muriel a trabalhar. Após cruzamento de Deco, Wellington Nem cabeceou, e o arqueiro colorado fez bem seu papel.
O Inter respondeu de pronto e também passou a incomodar Diego Cavalieri. O Colorado cresceu em volume e apareceu mais no ataque. Aos 13 minutos, Marcos Aurélio soltou a bomba da entrada da área, e a bola explodiu no peito do goleiro tricolor. Pouco depois, Gilberto ficou em boa situação para concluir a gol, mas bateu torto.
Sem suas principais opções de ataque no banco (Rafael Sobis e Rafael Moura, machucados, foram vetados para o jogo, e Marcos Junior nem sequer foi relacionado), o técnico Abel Braga optou por lançar Matheus Carvalho na vaga do desgastado Wellington Nem, aos 19 minutos. Pouco depois, Lanzini tomou o lugar de Wagner. Fred, que seria sacado para a entrada de Samuel Rosa, pediu para continuar no jogo.
O panorama da partida pouco mudou nos minutos seguintes: em ritmo lento, se arrastando. Bem postado na marcação, o Inter se mostrava ligeiramente mais lúcido que o Flu. Dorival Júnior tentou injetar sangue novo no ataque colorado. Dagoberto deu lugar a Fred no minuto 25.
Aos 30, mais uma mexida de cada lado. Fred enfim deixou o time do Flu para a entrada de Samuel, enquanto o Inter passou a ter Mike no lugar de Marcos Aurélio no meio-campo. Na primeira vez que Samuel tocou na bola, quase abriu o placar para o Flu. Após cruzamento da esquerda, o jovem subiu livre para cabecear na grande área, mas Muriel catou firme.
Na base da bravura, as duas equipes tentaram, até o fim do jogo, buscar a vitória. Perto do apito final, Dorival Júnior deu a última cartada, ao trocar Gilberto por Maurides no ataque colorado. Mas foi o Fluminense que teve a melhor chance de tirar o zero do placar. Matheus Carvalho deu passe açucarado para Lanzini, que entrou livre na área, mas adiantou muito a bola, permitindo a saída de Muriel no abafa. A jornada não estava para gols no Engenhão e o placar terminou mesmo da maneira como começou: zerado.

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