quarta-feira, 26 de junho de 2013

CORINTHIANS


Clube divulga comunicado assinado pelo presidente, que garante um time reciclado e competitivo em busca de mais títulos em 2013


Mario Gobbi treino Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Gobbi admite saída de Paulinho, mas diz que novo
Corinthians continuará forte (Foto: Marcos Ribolli)
O torcedor do Corinthians já pode se preparar para ver um novo time em campo no retorno do Campeonato Brasileiro. Pelo menos é o que diz o presidente Mário Gobbi. No fim da manhã desta quarta-feira, o dirigente emitiu um comunicado através do site oficial do clube falando sobre o processo de reformulação que o elenco está passando.
O mandatário do Timão admitiu a saída do volante Paulinho - ele foi negociado com o Tottenham, da Inglaterra -, mas apostou na qualidade de Guilheme e Edenílson para substituir o ídolo da Fiel, recordando processo semelhante ao adotado pelo clube na negociação que levou Elias para o futebol português e deu a oportunidade para o até então desconhecido Jucilei.
Mário Gobbi enalteceu os reforços contratados pelo Corinthians em 2013 e garantiu que o objetivo da equipe comandada pelo técnico Tite continua o mesmo: brigar de igual para igual com os principais rivais nas disputas do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Recopa Sul-Americana.
Além de Paulinho, o Corinthians corre o risco de perder o atacante Emerson, que interessa ao Flamengo. O lateral-direito Alessandro e o zagueiro Chicão ainda discutem renovação de contratos que vencem no fim do ano. Por outro lado, o Timão está perto de fechar a contratação do zagueiro Cleber, da Ponte Preta.
Confira a íntegra do comunicado assinado pelo presidente Mário Gobbi:
Torcedor corinthiano,
Após as conquistas inesquecíveis do Bi Mundial de Clubes da FIFA e do 27º Campeonato Paulista, estamos próximos ao encerramento de mais um ciclo. Aqui no Corinthians, o ciclo planejado vai de agosto a agosto e um novo ajuste está em fase de conclusão para o recomeço que é casado com o término da disputa da Copa Libertadores e a grande janela de transferências do mercado internacional.
Desde o início da temporada, o Corinthians vem se reforçando e, consequentemente, se preparando para o início do novo ciclo. Contratamos Alexandre Pato, Gil, Ibson, Jocinei, Maldonado, Renato Augusto e Walter, e estamos de olho em novas oportunidades que possam aparecer para enriquecer ainda mais o nosso elenco de futebol profissional.
Além das contratações, também sofremos assédio dos principais clubes do mundo sobre alguns de nossos principais jogadores. Fazemos todo o esforço para mantê-los, mas temos que avaliar as boas propostas e entender os objetivos e anseios de vida de cada um de nossos atletas.
Com a saída iminente de Paulinho, confiamos no futebol dos outros volantes que estão sendo preparados há algum tempo, como Guilherme e Edenílson, ou mesmo no recém-contratado Ibson. Acreditamos que eles possam assumir a posição, assim como aconteceu com o próprio Paulinho no lugar do Jucilei. Ou mesmo com o Jucilei na vaga do Elias.
Com a certeza de que brigaremos de igual para igual com todos os outros clubes nas competições que serão disputadas após a Copa das Confederações – Recopa, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro –, vamos trabalhar ao máximo para conquistar novos títulos neste novo ciclo que será iniciado.
Mário Gobbi Filho
Presidente do Sport Club Corinthians Paulist
a

NOTICIAS

A CRÔNICA
Beijinho, beijinho, tchau, tchau! Quando era baixinho, Neymar deve ter curtido o bordão de Xuxa. Agora, criança grande, moleque arteiro, não o esqueceu. Beijinho pra você, Alvaro González! E tchau pra vocês, Uruguai! Foram duas cobranças de escanteio nos minutos finais. Na primeira, o beijo serviu como resposta à provocação do uruguaio. Na segunda, o passe perfeito para o craque Paulinho serviu para aliviar o peito de milhões de brasileiros: vitória por 2 a 1 sobre a Celeste no Mineirão, na semifinal da Copa das Confederações.

Mais coração! Quem achou que seria fácil bater o Uruguai se enganou. Muito mais do que a pressão colocada por Lugano no árbitro Enrique Osses, a Celeste jogou no seu limite. Merece aplausos. Os últimos minutos, com goleiro Muslera na área, tensão nas 57.483 pessoas que foram ao Mineirão, provaram que este duelo é, sim, um dos maiores clássicos do planeta.
O Brasil está na decisão. Superou a velocidade asiática do Japão, a resistência latina do México, a disciplina tática europeia da Itália, e agora passou por um Uruguai que tem tudo isso e mais um pouco. Tem raça, história, respeito, Cavani, Suárez, Lugano... Mas o Brasil foi mais. Talvez tenha sido menos time, mas foi maior nos braços de Julio César, mais decisivo no lançamento e na cabeçada de Paulinho, mais oportunista na inteligência de Fred, mais genial em Neymar.
Paulinho gol Brasil Uruguai (Foto: AFP)Herói da partida, Paulinho comemora seu gol, decisivo para a vitória brasileira (Foto: AFP)
Mas o Brasil está na final. Que nos perdoem os jogadores que terão pela frente craques como Iniesta, Xavi e companhia, mas o mundo clama por um duelo contra a Espanha. A Seleção jogará a final no próximo domingo, às 19h, no Maracanã, contra o vencedor do duelo entre La Roja e a Itália, que se enfrentam na quinta-feira em Fortaleza. O Uruguai vai a Salvador tentar o terceiro lugar diante de quem perder o clássico europeu.
Entretanto, se o Mineirão lotado comemorou a vitória sobre o Uruguai, do lado de fora do estádio milhares de pessoas fizeram mais um dia de protestos pelas principais vias de Belo Horizonte. Com as ruas no entorno do Mineirão fechadas, manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar de Minas Gerais. A cobertura completa você acompanha no G1.
Verde, amarelo e vermelho
Poucas cores são tão tradicionais no futebol mundial quanto a amarelinha do Brasil e a Celeste uruguaia. Mas quis o destino que o vermelho brilhasse no primeiro tempo. A cor da roupa, do coração e do sangue que corre nas veias de Julio César, inflamado desde que a torcida mais uma vez assumiu para si o hino nacional. Enquanto o Mineirão cantava, ele balançava os companheiros. Era quase um aviso: "Hoje é comigo!"
Quando David Luiz puxou Lugano dentro da área e o árbitro chileno Enrique Osses deu pênalti, aos 12 minutos, o estádio silenciou. Coube ao goleiro, que tanto gosta do barulho dos torcedores, levá-los ao delírio ao defender no canto esquerdo. Julio deu seus passinhos à frente, saiu antes. Forlán foi mal. Olhou só para a bola. Se levantasse a cabeça, tocaria no outro canto e faria o gol.
Fred gol Brasil jogo Uruguai (Foto: Getty Images)De canela, Fred completa para o gol e abre o placar para o Brasil (Foto: Getty Images)
O Brasil levou mais de 20 minutos para chegar à área celeste. E quando conseguiu pouco fez. O Uruguai ficou menos com a bola, mas foi mais perigoso, como no belo chute de Forlán que passou ao lado do gol. O “1” e o “9” estavam fora do jogo. Julio orientava e pedia concentração. Fred se esforçava para compor a marcação e rezava por uma bolinha. Uma só...
E bastou que ela passasse pelos pés de quem a trata melhor para chegar ao centroavante. O lançamento de Paulinho, o domínio e o chute de Neymar entortaram a firme marcação dos bicampeões mundiais. Muslera defendeu a primeira tentativa, mas ela sobrou para Fred. Quietinho, mineirinho, no lugar certo como sempre. Certeiro como sempre: 1 a 0.
Como todo bom Brasil x Uruguai, o primeiro tempo teve um chute de Luiz Gustavo no estômago de Rodríguez, a camisa esgarçada de Lugano e o nariz de Paulinho sangrando. O segundo tempo prometia.
Neymar beijo Brasil Uruguai 2 (Foto: Reprodução SporTV)Neymar manda beijo para González antes de
cobrar escanteio (Foto: Reprodução SporTV)
O beijo, o passe e o gol
Prometia mesmo! Quem resolveu comer o famoso tropeiro no intervalo pode ter perdido o gol de Cavani. Até então, ele brilhara mais na marcação do que no ataque. Mas, aos dois minutos da etapa final, ele não perdoou o vacilo coletivo da defesa, em que David Luiz errou o chutão, Thiago Silva tentou sair jogando em lugar errado e Marcelo perdeu a bola. Nem o homem de vermelho seria capaz de impedir. Tudo igual no Mineirão: 1 a 1.
O Monstro se redimiu logo em seguida ao evitar que a bola de Suárez chegasse à cabeça de Forlán. A cor do jogo no momento era celeste. O som do Mineirão era um bom termômetro. E ele saiu do silêncio para ir quase abaixo quando Felipão chamou Bernard, xodó do Atlético. Hulk saiu vaiado pela primeira vez na Copa das Confederações.
Entre um sufoco e outro, um quase gol contra de Thiago Silva, e bolas e mais bolas levantadas por Forlán, o melhor jogador da última Copa do Mundo, Bernard achou Fred. Ele, que sempre espera por uma chance, dessa vez não aproveitou e chutou por cima. Absolutamente tudo poderia acontecer.
A entrada do pupilo de Felipão melhorou a Seleção. Até surgiu uma tabela, raríssima até então. A boa jogada de Neymar e Oscar parou nas mãos de Muslera.
Cavani gol Uruguai Brasil Mineirão (Foto: Reuters)Cavani festeja: artilheiro empatou o jogo para o Uruguaio no início do segundo tempo (Foto: Reuters)
Os minutos passavam cada vez mais rapidamente e a vontade de ganhar se tornou medo de perder. Principalmente depois que um chute desviado de Cavani passou rente à trave de Julio César. Mas Neymar ainda precisava retribuir o lançamento de Paulinho. Aquele, perfeito, que originou o gol no primeiro tempo.
Foram duas cobranças de escanteio. Na primeira, Neymar foi provocado por Alvaro González e mandou beijinhos ao uruguaio. Na segunda, aos 40 minutos, mandou um golpe no peito de toda Celeste, uma bola na cabeça de Paulinho. A cabeça, que tantas alegrias já deu ao Corinthians, dessa vez alegrou o Brasil. E o camisa 10, com a "dívida" paga, deixou o gramado nos acréscimos, aplaudido no mesmo estádio que o vaiou no amistoso contra o Chile, há dois meses.
Agora, só falta um jogo! E que venha a Espanha...
Paulinho gol Brasil Uruguai (Foto: Reuters)Jogadores vibram com a torcida após a classificação (Foto: Reuters)

NOTICIAS


Técnico fica a maior parte do tempo em pé, acompanha lance a lance de perto e transforma um Brasil antes duvidoso em, mais uma vez, vencedor


O jogador da seleção brasileira que olhasse de dentro do campo para o banco de reservas durante o duelo entre Brasil e Uruguai nesta quarta-feira, em Belo Horizonte, não pensaria duas vezes para dividir uma bola. A vibração e a participação de Felipão contaminavam. Tal como um maestro, o técnico regeu, à beira do campo, o tom dos 90 minutos no Mineirão, na semifinal da Copa das Confederações.
- A minha participação é a que sempre tive. Eu vibro, participo, eu gosto. Recebi agora pouco um elogio do Marco Aurélio Cunha (ex-dirigente do São Paulo). Ele me disse que a vibração da comissão técnica e dos jogadores faz com que ele sinta orgulho da Seleção. Isso é um elogio - disse o técnico.
Felipão entrou em campo sorrindo, depois de cumprimentar o técnico do Uruguai, Óscar Tabárez. Mas não foi tão fácil ver os dentes do treinador da seleção brasileira durante o primeiro tempo. A forte marcação do adversário incomodou quem estava em campo e também àqueles que olhavam do banco de reservas.

Chateado, o pentacampeão se escorou no teto do banco de reservas, abriu os braços, lamentou. Mas a defesa de Julio César na cobrança de Forlán foi comemorada por Scolari como se fosse um gol. Segundos depois, ele se dirigiu ao quarto árbitro e reclamou. Algo que o treinador fez esporadicamente no jogo.
Não à toa, Felipão levantou com apenas cinco minutos de bola rolando e foi para a área técnica. De braços cruzados e olhando no relógio o tempo todo, o técnico da Seleção esperava um ataque do Brasil. Demorou. Antes disso, surgiu um pênalti para o Uruguai – David Luiz puxou Diego Lugano na grande área.
Felipão comemoração Brasil Uruguai (Foto: Getty Images)Perto de Neymar, a euforia do 'maestro' Felipão com gol brasileiro: vitória chega com suor (Foto: Getty Images)
Participativo, Felipão andou de um lado para o outro na área técnica. Como se tivesse pedindo a bola, acompanhando lance a lance. Voltou para o banco aos 23 minutos. Sentou e ficou calado. Mas durou pouco. Um minuto depois, o comandante verde e amarelo estava de novo dando instruções.
Aliás, irritou-se com a falta de entendimento dos jogadores e voltou novamente ao banco, reclamando. Ficou lá por cinco minutos. E quando voltou, teve a chance de ver, de pé, com ótima visão, o gol marcado por Fred. Na comemoração, punhos cerrados para cima e um olhar para a torcida mineira.
Felipão, no entanto, teve motivos de sobra para se irritar logo no início do segundo tempo. Principalmente depois do passe errado de Thiago Silva, dentro da área, que originou o gol de empate do Uruguai. "Dá um bico!", reclamou. Intercalando as mãos nos bolsos com os braços cruzados, o técnico andou para lá e para cá pensando numa alternativa.
Mosaico Felipão jogo Brasil Uruguai (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Tenso no início, Felipão, depois já de pé, orienta Neymar e Hulk. Tal como um maestro, vibra com a harmonia da equipe que termina em gols e vai abraçar Paulinho, o herói da partida (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Pediu insistentemente para a seleção brasileira avançar e acionar mais Neymar. Resolveu, então, atender a um pedido recorrente da torcida mineira: Bernard. Ao fazer o sinal para o atacante do Atlético-MG deixar o aquecimento e partir para o campo, Felipão levou os torcedores à loucura.
Felipão comemoração Brasil Uruguai (Foto: Reuters)Felipão com punhos cerrados da vitória (Foto: Reuters)
Com Bernard em campo, o técnico da Seleção viu o time mais adiante, como queria. O garoto abriu mais espaços e acelerou a partida. Mas a agitação de Felipão à beira do campo era o reflexo da dificuldade que o Brasil enfrentava. Ele não conseguia mais sentar no banco de reservas. Estava agitado.
E também não sentaria mais. Não depois de Neymar bater escanteio com perfeição e a bola encontrar a cabeça de Paulinho, o volante-artilheiro: 2 a 1. Como um guerreiro, Felipão cerrou novamente os punhos, levantou os braços para cima e gritou. Gritou como quem está na final da Copa das Confederações. Depois, reconheceu ter vivido uma das partidas mais tensas e emocionantes de sua carreira. E fez questão de aumentar a família Scolari na hora de dividir os méritos do triunfo.
- Nos últimos dez anos, depois da Copa do Mundo, acho que foi o jogo mais emocionante. Posso me lembrar de um Coritiba e Palmeiras, na Copa do Brasil, mas hoje os jogadores fizeram pela torcida. Ela foi fundamental, fez com que a gente superasse as dificuldades. Foram os torcedores que carregaram o time. É bom saber que Belo Horizonte também nos recebe de forma calorosa
.

Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...