segunda-feira, 13 de maio de 2013

NOTICIAS


Depois de ficar três meses preso, Troy Deeney recebe voto de confiança do clube e garante classificação histórica para a final da segunda divisão


A incrível vitória do Watford por 3 a 1 sobre o Leicester, que levou a equipe à final dos playoffs da segunda divisão inglesa, contou com a colaboração importante de personagens como o goleiro Almunia, mas consagrou um jogador em especial: o atacante Troy Deeney. Depois de passar três meses na prisão, o atacante retornou aos gramados em setembro para se tornar um dos principais atletas do elenco e acabar virando herói ao fazer o gol que garantiu a classificação do seu time no último domingo, aos 52 minutos do segundo tempo.
O 20º gol de Deeney na temporada foi o momento mais especial para o jogador desde que retomou sua carreira. Condenado a 10 meses de prisão em junho de 2012 por agressão a um jovem na porta de uma boate, o jogador de 24 anos conseguiu diminuir sua pena para três meses e recebeu um voto de confiança do Watford - que, numa nota oficial na época, disse que o retorno seria importante no processo de reabilitação do jogador.
Troy Deeney watford gol Leicester (Foto: Agência Getty Images)Deeney faz o gol decisivo para o Watford sobre o Leicester (Foto: Agência Getty Images)
O momento de consagração fez com que o atacante subisse pelas arquibancadas à procura de seus familiares. Os torcedores "retribuíram" invadindo o campo e extravasando a alegria com os atletas e quase deixando Deeney sem um dos objetos mais importantes de sua carreira.
- Alguns torcedores tentaram arrancar a minha camisa quando invadiram o campo. Mas eu dei um grito assustador e eles me deram de volta. Então, eu ainda a tenho guardada - contou após a partida.
Almunia watford Knockaert Leicester  (Foto: Agência Getty Images)Almunia defende o rebote do pênalti cobrado por Knockaert, do Leicester (Foto: Agência Getty Images)
A euforia dos torcedores se deu não apenas pelo fato de o gol ter sido marcado já no fim dos acréscimos da partida. No lance anterior, com o placar em 2 a 1 - que levava a decisão para a prorrogração - o árbitro havia marcado um pênalti para o Leicester. A iminente eliminação parou nas mãos de Almunia, ex-goleiro do Arsenal, que defendeu a penalidade e o rebote. O contra-ataque foi encaixado em seguida, até que a bola sobrasse para Deeney colocá-la no fundo das redes.
- Eu poderia chorar. É emocionante, porque sinto por aqueles caras (do Leicester), mas é um jogo cruel. Estou feliz porque nós que estamos sorrindo. Com o começo de temporada que eu tive, agora fazer 20 gols e vencer esse jogo... Nunca pensaria que esse sonho poderia acontecer.
Almunia watford comemoram vitória sobre o Leicester  (Foto: Agência Getty Images)Com a mão levantada, Almunia comemora a vitória do Watford no gramado (Foto: Agência Getty Images)

NOTICIAS



Dirigente brasileiro está em situação estável, deve ser liberado até o fim
do dia, mas vai ficar fora das comemorações do Paris Saint-Germain

O diretor esportivo do Paris Saint-GermainLeonardo foi hospitalizado nas primeiras horas desta segunda-feira, pouco após a conquista do Campeonato Francês. O brasileiro estava comemorando o título com o time, mas começou a se sentir mal por volta de 3h30m, quando chegava ao aeroporto de Lyon, para voltar à capital francesa. O dirigente foi internado no hospital Neuilly-sur-Seine, em Paris. Apesar do susto, seu estado não é grave, e a previsão é que tenha alta até o fim do dia.
- Leo deu tudo por esse clube. Ele está profundamente engajado. Ele deu o seu coração, sua saúde e emoção para que nós ganhássemos esse título – explicou Nasser al-Khelaïfi, presidente e dono do clube Rouge et Bleu, ao jornal "L'Equipe".
FRAME Discussão Ibrahimovic Leonardo PSG (Foto: Reprodução)Ibrahimovic, à esquerda, discute com Leonardo, de costas, no vestiário do PSG (Foto: Reprodução)

Segundo informações do jornal "Le Parisien", o problema foi estresse, causado pela pressão que vinha sofrendo nos últimos dias, principalmente após o esbarrão com o árbitro da partida contra o Valenciennes, na última semana. Soma-se a isso, a discussão com o sueco Ibrahimovic no vestiário depois da vitória por 1 a 0 sobre o Lyon no último domingo, resultado que garantiu o título no último domingo, e a emoção pela conquista.
Com a saúde ainda inspirando cuidados, Leonardo não vai participar dos próximos eventos em comemoração ao título francês. O dirigente era esperado para a entrega oficial da taça, nesta segunda, no Palácio do Trocadero, e no tradicional desfile da equipe pela Champs-Elysées, terminando no Arco do Triunfo. Porém, ficará em repouso no hospital.

CORINTHIANS



Chileno de 33 anos vinha aprimorando a forma física no próprio Timão; último clube dele foi o Flamengo, entre 2009 e 2012


O Corinthians está muito próximo de um acerto com o volante chileno Maldonado. A diretoria tem negociações avançadas com o marcador e deve finalizar as conversas com o jogador na próxima semana, logo após a segunda partida da decisão do Campeonato Paulista.
– Estamos conversando. Está bastante adiantado, mas vamos esperar a próxima semana para resolver. Pode ser que dê certo – afirmou o diretor de futebol Roberto de Andrade.
Maldonado vinha fazendo tratamento médico no Timão, e a possibilidade de acerto agradou ao técnico Tite, principalmente pelo grupo não muitas opções para o setor de marcação. Ralf é titular absoluto, enquanto Guilherme Andrade lesionou o joelho esquerdo e só volta em outubro.
O chileno deixou o Flamengo no fim do ano passado e passou por uma cirurgia de joelho em janeiro, quando iniciou a fisioterapia no Timão.
Maldonado treino Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Maldonado, em treino no Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

 

ESTADUAIS 2013



Britânia (1918-23), o próprio Coxa (1971-76) e o Paraná (1993-97) já chegaram na sequência de quatro conquistas no Paranaense


Alex comemora, Coritiba x Atlético-PR (Foto: Heuler Andrey/Agência Estado)Alex foi o nome do jogo e fez dois gols no novo tetra
(Foto: Heuler Andrey/Agência Estado)
O elenco do Coritiba de 2013 conseguiu fazer história neste domingo, ao superar o Atlético-PR. Pela quarta vez seguida o time do Alto da Glória levantou a taça do Campeonato Paranaense, sendo o quarto elenco (terceiro time diferente) a conseguir o feito. O Verdão também foi o único clube a repetir a sequência, pois a própria equipe na década de 70 chegou a acumular seis conquistas.
Além do feito duplo do Coxa, o Britânia foi o primeiro clube a ter a hegemonia estadual por quatro vezes, em 1919, feito que também terminou com um hexa em 1923. Em 1996, o Paraná Clube pode gritar "é tetracampeão", com um feito do então jovem time que terminou na próxima temporada com o penta.
A comemoração mais efusiva e provocadora dos torcedores coxas-brancas é que o Coritiba de 2013 foi o único clube paranaense a conquistar quatro título seguidos sobre o mesmo adversário. Para completar, o vice em todas as ocasiões foi o maior rival Atlético-PR.
No elenco alviverde, cinco jogadores são, na prática, são tetracampeões. O goleiro Vanderlei, o zagueiro Pereira, o volante Willian, o meia Rafinha, além do meia-atacante Geraldo participaram de todas as campanhas. Os atletas seguem o mesmo caminho do meia Dirceu Krüger, que na década de 70 foi hexacampeão pelo Coxa - e se tornou ídolo.
O desafio continua no ano que vem, quando o Coritiba tentará o quinto título seguido, para seguir fazendo história no futebol paranaense.
No geral, o Coritiba aumenta a vantagem de ser o maior detentor de títulos paranaenses, desde que a competição começou a ser disputada em 1915. O Verdão do Alto da Glória já conseguiu 37 títulos, enquanto o segundo colocado Atlético-PR só está com 22 taças na sala de troféus
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ESTADUAIS 2013



Sem dar chances ao adversário, Atlético-MG, sob o comando do craque Ronaldinho, faz 3 a 0 no Independência e encerra invencibilidade celeste

  • o nome do jogo
    Ronaldinho
    Como quase sempre acontece, o meia foi o maestro em campo. Com ótimos passes, deixou os companheiros na cara do gol e contribuiu para o placar.
  • deu errado
    marcação
    A defesa cruzeirense não conseguiu conter os avanços do ataque atleticano. Perdidos, os volantes e zagueiros sucumbiram ao time alvinegro.
  • como fica
    vantagem
    Com o resultado, o Galo pode até perder por dois gols de diferença para ganhar o título mineiro, o segundo consecutivo, sob o comando de Cuca.
Um estava invicto no Independência havia 33 jogos. O outro mantinha a sua invencibilidade na temporada, com 14 vitórias e um empate. Os retrospectos indicavam um jogo equilibrado, repleto de grandes lances e gols para os dois lados, mas não foi o que aconteceu. A primeira partida da decisão do Campeonato Mineiro, neste domingo, teve o Atlético-MG dominando o Cruzeiro e vencendo por 3 a 0 - placar que poderia ser ainda maior, dadas as chances incríveis perdidas.
Após a vitória sobre o São Paulo por 4 a 1, pela Taça Libertadores, o Galo ratificou a grande fase vivida na temporada e não tomou conhecimento do adversário. Jô, no primeiro tempo, e Tardelli e Marcos Rocha, no segundo, marcaram os gols da vitória. O Cruzeiro teve Bruno Rodrigo expulso e atuou quase todo o segundo tempo com um jogador a menos.
O Atlético-MG poderá até perder por dois gols de diferença na segunda partida e ainda assim garantirá o título mineiro, o segundo consecutivo. As equipes voltarão a se encontrar no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Mineirão. A torcida do Cruzeiro será maioria no estádio, com direito a 90% dos ingressos. Aos torcedores do Galo restarão 10%.
Jô e Tardeli comemoram, Altético-MG x Cruzeiro (Foto: Cristiane Mattos/Agência Estado)Jô e Tardeli comemoram gol sobre o Cruzeiro (Foto: Cristiane Mattos / Agência Estado)
Ronaldinho Gaúcho, mais uma vez, comandou o Galo. Antes do jogo, esteve com a mãe, Dona Miguelina, e, assim que o juiz apitou o início da partida, com passes precisos, colocou os companheiros na cara do gol e se tornou o pesadelo dos zagueiros celestes. Os dois primeiros gols partiram dos pés dele. A torcida atleticana, em grande maioria no estádio, já que apenas 10% dos ingressos foram destinados aos cruzeirenses, vibrou muito, empurrou o time e soltou o grito de "é campeão". O público foi de 19.442 pagantes, com R$ 704.210 de renda.

A arbitragem foi um capítulo à parte. Os atleticanos reclamaram muito de Luiz Flávio Oliveira, que não teria marcado três pênaltis para o Galo, no primeiro tempo. No segundo, expulsou Bruno Rodrigo, aos oito minutos. Com cãimbras, na segunda etapa, teve que deixar o campo e foi substituído por Pablo Santos, que conduziu a partida nos últimos 15 minutos.
- Temos que continuar respeitando o adversário. Mas melhoramos. Não fizemos como na Libertadores, quando deixamos para o segundo jogo. Estou muito feliz pela atuação da equipe e pela minha própria atuação - afirmou Ronaldinho Gaúcho.
Ficou barato
Mesmo no Independência, o Cruzeiro começou melhor e pressionou bastante. Porém, foi uma falsa impressão, por apenas cinco minutos. A partir daí, só deu Atlético-MG. O time passou a se impor, criou inúmeras chances e somente não goleou por falhas nas finalizações. Foram pelo menos seis oportunidades claríssimas de marcar. Fábio, feito um louco, cobrava mais empenho da defesa cruzeirense, completamente perdida em campo. Ronaldinho, com extrema liberdade, conduzia o Atlético-MG sobre o rival.
O primeiro gol do Galo saiu aos 14 minutos. Everton, pela esquerda, tinha a bola dominada, mas bobeou e perdeu-a para Marcos Rocha. Com a defesa desarrumada, o Atlético-MG aproveitou. O lateral tocou para Ronaldinho, que, de primeira, encontrou Jô dentro da área. O atacante dominou com a direita e tocou com a esquerda, para o fundo das redes de Fábio.
Os atleticanos ainda reclamaram de três penalidades não marcadas pelo árbitro Luiz Flávio Oliveira. Em pelo menos dois lances, tinham razão. No primeiro, Ronaldinho foi agarrado por Ceará, mas levou vantagem e finalizou. No segundo, Bruno Rodrigo segurou a camisa de Réver, em uma cobrança de escanteio.
Título garantido?
Insatisfeito, Marcelo Oliveira fez duas alterações no intervalo. Punidos com cartões amarelos, Everton e Éverton Ribeiro deixaram o campo, para a entrada de Egídio e Ricardo Goulart. A intenção também era corrigir os problemas do primeiro tempo, já que os dois foram muito mal. O Cruzeiro até tentou, mas o Galo continuava melhor.
Aos oito minutos, em um contra-ataque puxado pelo goleiro Victor, Ronaldinho Gaúcho dominou de costas para o gol, girou sobre Bruno Rodrigo e foi derrubado. O zagueiro, que já havia sido advertido no primeiro tempo, foi expulso. O treinador celeste tirou Dagoberto para a entrada de Paulão, que recompôs a zaga.
Mesmo em inferioridade, o Cruzeiro assustou. Aos 14 minutos, Diego Souza, da intermediária, soltou uma bomba. A bola explodiu na trave esquerda de Victor, que já estava batido. Mas foi um lance isolado. O Galo continuou soberano em campo e mais próximo do segundo gol. E ele veio aos 26 minutos. Ronaldinho Gaúcho, de novo, pela direita, cruzou para a área. Jô ganhou a disputa com Paulão, e a bola sobrou para Diego Tardelli, que concluiu: 2 a 0.
Aos 33 minutos, o Galo chegou ao terceiro. Tardelli cobrou da direita, Jô cabeceou na trave, e, no rebote, Marcos Rocha - o mesmo que havia feito um gol contra na estreia das duas equipes na temporada - estufou as redes celestes
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CORINTHIANS



Em grande atuação do volante, Corinthians abre vantagem, mas Peixe reage após mudanças de Muricy, e gol de Durval apimenta decisão na Vila


O dia da primeira final do Campeonato Paulista foi dia dos filhos demonstrarem seu amor pelas mães. Elas foram homenageadas com fotos no Instagram, Facebook, palavras bonitas, presentes... E dona Erica, além de tudo, ganhou uma atuação daquelas para sair de casa com a camisa 8 do filho, toda orgulhosa, cheia de si. O gol, os desarmes, os chutes, as jogadas e o sorriso de Paulinho fizeram dela a mais feliz das mães envolvidas na decisão. E fizeram dos corintianos os alvinegros mais felizes do Pacaembu.
A vitória por 2 a 1 sobre o Santos deixa o Timão a um empate da conquista - e a equipe de Tite está prestes a acertar com mais um reforço. O Peixe precisa de um triunfo simples para levar a decisão aos pênaltis na Vila Belmiro. Vale lembrar que a equipe da Baixada bateu Palmeiras e Mogi Mirim dessa forma antes de chegar à final. Se ganhar por dois gols de diferença, o time de Muricy Ramalho será tetracampeão, feito até hoje alcançado somente pelo Paulistano, de 1916 a 19, e que coroaria a passagem de Neymar, cada vez mais perto de ser negociado com um clube espanhol.
Paulinho comemora, Corinthians x Santos (Foto: Rodrigo Coca/Agência Estado)Paulinho se emociona com gol sobre o Santos (Foto: Rodrigo Coca/Agência Estado)
Paulinho fez o primeiro gol da vitória. Brigou no segundo, marcado por Paulo André. Fez de tudo um pouco. Se o Paulistão do jogador da seleção brasileira até então não era dos melhores, ele apareceu na hora mais importante. Fez valer o esforço de dona Erica, que o criou sem o pai, e pedia dinheiro ao borracheiro para que o filho pudesse treinar, como mostrou reportagem do Esporte Espetacular neste domingo.

Com 2 a 0 no placar, o passo do Timão rumo ao troféu era enorme, mas houve tempo para que o predestinado Durval,
 em busca de seu 11º título estadual consecutivo, diminuísse de cabeça e colocasse ainda mais fogo na segunda partida.Resultado justo numa decisão que, por muito tempo, teve apenas um time em campo. A primeira jogada razoável de Neymar ocorreu aos cinco minutos do segundo tempo. Vejam bem, razoável! O primeiro escanteio surgiu aos 18, quando o Corinthians já havia batido nove. A estratégia de escalar Marcos Assunção fracassou e foi abandonada no intervalo. Já o Timão esteve quase sempre num ritmo superior. Disputava uma final mesmo, enquanto os visitantes demoraram para engrenar. Antes, pareciam estar numa oitava rodada de Paulistão.
Se o placar é favorável ao Corinthians, a semana dará ao Santos mais descanso. O Timão recebe o Boca Juniors na quarta-feira, e precisa vencer por dois gols de diferença para avançar às quartas de final da Libertadores. Já o Peixe, que só volta a campo pela Copa do Brasil no dia 22, contra o Joinville, na Vila, terá a semana inteira para pensar só no Corinthians.
Danilo e Marcos Assunção, Corinthians x Santos (Foto: Marcos Ribolli)Marcos Assunção ganha no alto disputa com Danilo (Foto: Marcos Ribolli)
Corinthians x Ninguém
Se o texto referente ao primeiro tempo não tivesse o nome de nenhum jogador do Santos, não seria absurdo algum. É preciso esforço para destacar uma linha ao time comandado por Muricy Ramalho, que escalou Marcos Assunção no meio sob o pretexto de liberar Arouca e Cícero para armarem o time, e respaldado na ideia de que todos sabem jogar. Podem até saber, mas não estavam muito a fim. Totalmente entregues à marcação corintiana, os santistas abusaram dos chutões, não conseguiram trocar três passes consecutivos, e fizeram com que até Neymar se integrasse à mediocridade da equipe. O craque reclamou demais de Miralles, em duas oportunidades, e Arouca na sequência.
Quem mereceu elogios por alguns minutos foi Léo, que cortava insistentes cruzamentos do lado esquerdo corintiano. Com Bruno Peres de volta ao time após longo período afastado por lesão, Fábio Santos, Danilo e Emerson armaram triangulações e deram trabalho. A distância entre as linhas de zaga e meio-campo do Santos era um abismo onde Danilo deitava e rolava. Em uma das chegadas em velocidade, Sheik ajeitou o corpo e parecia que soltaria um chute tão fulminante quanto aquele de um ano atrás, da semifinal da Libertadores, na Vila Belmiro. Mas a bola saiu rasteira e Rafael, desta vez, espalmou.
Neymar, Corinthians x Santos (Foto: Marcos Ribolli)Isolado, Neymar foi encurralado pela marcação do Corinthians (Foto: Marcos Ribolli)
Apesar do domínio, poucas chances eram criadas. Foi aí que o filho da dona Erica resolveu desequilibrar. Nome certo na convocação de Luiz Felipe Scolari para a Copa das Confederações, nesta terça-feira, Paulinho deitou e rolou. Considerado volante nas convenções do futebol, foi meia e atacante. Mexeu-se pelos dois lados, ajudou o meio a subir a marcação e quase fez três gols. Quase!
Primeiro, cabeceou livre para fora. No fim do primeiro tempo, acertou um chute sensacional no travessão, e ainda viu Guerrero, sozinho, chutar para fora no rebote. Entre um lance e outro, foi oportunista após cobrança de falta de Romarinho e desvio de Danilo. Bateu com firmeza, e fez justiça a 45 minutos de um time só.
Paulo André comemora, Corinthians x Santos (Foto: Marcos Ribolli)Paulo André comemora, enquanto Durval se lamenta, no chão (Foto: Marcos Ribolli)
De um lado Paulinho. Do outro, a reação
Qualquer mãe festejada em seu dia, que estivesse assistindo ao jogo em sua casa, sabia que Marcos Assunção tinha de sair. Muricy também sabia. No primeiro tempo, ele bateu uma falta (de forma péssima) com menos de um minuto de jogo, e depois foi espectador de uma final que acontecia em sua volta. Felipe Anderson voltou do intervalo em seu lugar, e André no de Miralles. Mas Paulinho também voltou, para desespero santista.
O Peixe melhorou, até porque piorar era impossível, mas os lances de maior perigo ainda foram corintianos. Foram de Paulinho. Primeiro, ele desarmou Neymar e armou contra-ataque, que passou por Guerrero e chegou a Emerson. Rafael saiu corajosamente nos pés do atacante. Depois, arrancou do campo de defesa, passou por Durval como se o zagueiro fosse um cone, fez nova finta, mas bateu para fora. Ovacionado pela torcida.
Só que o segundo tempo tinha duas equipes. As substituições de Muricy surtiram efeito. Felipe Anderson e o recuo de Arouca aproximaram os setores do Santos, e o time conseguiu trocar mais passes. Quando André pegou rebote de Cássio e não teve equilíbrio para finalizar, o técnico ficou tão louco que ao jogar o boné no chão nem percebeu que o impedimento já havia sido marcado. Cícero ainda acertou a trave após arrancada de Neymar, que teve de segurar a bola até que o companheiro se aproximasse.
Mas o Timão tinha cartas na manga. Tinha Alexandre Pato e o grito da torcida, que resolveu voltar a jogar. E tinha Paulinho. Após cobrança de escanteio, ele, deitado, brigou pela bola com Durval e Renê Júnior, e fez com que ela sobrasse para um chutaço de Paulo André. Não foi lá uma pintura para sua galeria de quadros, mas um belo gol. E delírio de Tite, e da maioria dos 38.505 presentes no Pacaembu.
Delírio com uma vantagem de dois gols de diferença, que durou pouquíssimo. O gol do Santos foi um claro recado a Muricy. Felipe Anderson, que substituiu Marcos Assunção, cobrou falta na cabeça de Durval. Jogador que joga com bola rolando, e com bola parada.
Até o próximo domingo, mães e filhos podem sonhar com o título paulista.
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Corinthians comemora, Corinthians x Santos (Foto: Marcos Ribolli)Corinthians foi muito superior e poderia ter saído com vitória mais folgada (Foto: Marcos Ribolli)

 

Gauchão 2021

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