domingo, 27 de janeiro de 2013

ESTADUAIS



Com gol de Anderson, Paraná Clube 




bate o Atlético-PR por 1 a 0



Tricolor sofre, mas consegue vencer o jovem time do Furacão, que ainda não sabe o que é ganhar no Campeonato Paranaense


O Paraná foi mais feliz no primeiro clássico paranaense do ano e venceu o Atlético-PR por 1 a 0, em partida realizada no Ecoestádio Janguito Malucelli, na tarde deste domingo, pela terceira rodada do Campeonato Paranaense. O único gol do jogo foi marcado no segundo tempo pelo zagueiro Anderson, após cobrança de Lucio Flavio. O resultado motivou a equipe paranista, que calou um público formado de 4.106 pessoas - sendo que somente 200 eram tricolores.
Com o triunfo sobre o rival, o Paraná termina como o teceiro colocado do primeiro turno, com sete pontos e saldo cinco em três jogos, igual ao Coritiba, mas com menos gols marcados (seis contra cinco). Já o Furacão permanece sem vencer no Estadual, sofrendo a sua a primeira derrota. O time rubro-negro tem somente dois pontos e está na parte inferior da classificação, na oitava posição. Classificam-se para a decisão os campeões da cada turno.
Adriano do Atlético-PR e Reinaldo do paraná (Foto: Geraldo Bubniak / Ag. Estado)Adriano, do Atlético-PR, e Reinaldo, do Paraná, disputam bola no alto (Foto: Geraldo Bubniak / Ag. Estado)
A quarta rodada do Paranaense será disputada na quarta-feira, quando os dois times voltam a jogar. O Tricolor recebe o líder Londrina na Vila Capanema, às 19h30m (de Brasília). Já o Atlético-PR enfrenta o Toledo, no interior do estado, às 20h30m.
Com a regência de Zezinho, Atlético-PR é mais efetivo nas finalizações
Cada time começou com um reforço importante que poderia desequilibrar a partida. No lado atleticano, o meia Zezinho estava regularizado e começou jogando, enquanto no Paraná, a camisa 9 ficou com o atacante Reinaldo - principal esperança de gols no Tricolor. Mas o que se viu nos minutos iniciais foi um Furacão mais observador e precipitado nas saídas de bola. O Paraná até tentou criar oportunidades, mas não conseguiu passar do meio-campo.
Com mais organização e toque de bola, o Atlético-PR conseguiu aproveitar os contra-ataques e chegar com mais perigo no gol de Luis Carlos. No mesmo momento, começou a brilhar a estrela de Zezinho, que movimentou a defesa paranista. A principal chance foi dele, aos 20 minutos, quando driblou dois marcadores e chutou na trave esquerda.
A organização do Furacão melhorou, apesar de a posse de bola estar bem dividida entre as duas equipes. Em três minutos, Zezinho foi responsável por mais dois lances de perigo. Primeiro, aos 32, o meia cobrou falta no lado direito e o volante Renan Foguinho - impedido - desviou para a rede. Gol anulado. Na sequência, Zezinho se livrou dos marcadores e tocou para Junior Barros, que contou com o desvio da zaga.
A única chance mais clara do Paraná nesta etapa aconteceu aos 38 minutos, quando Reinaldo fez a fila na esquerda e cruzou na área. O goleiro Santos defendeu, mas não conseguiu segurar a bola. Por pouco, Luisinho não finalizou com o gol livre.
Paraná inverte o jogo e consegue fazer o gol da vitória
O técnico Toninho Cecílio não foi muito paciente antes de realizar a primeira substituição. Já no retorno do intervalo ele alterou os meias. Tirou o jovem Neverton pelo mais experiente Wellington. A diferença já foi nítida. O Tricolor melhorou na armação das jogadas. Com dez minutos, o meia cobrou falta, e Zé Luis desviou para o gol, mas estava impedido. No lance seguinte, Wellington conseguiu finalizar a primeira bola do Tricolor, que exigiu uma boa defesa do goleiro Santos.
Como resposta, o Atlético-PR conseguiu marcar o segundo gol da partida, e mais um invalidado. Zezinho aproveitou boa bola e chutou cruzado, sem chances. Mas a arbitragem marcou antecipação do meia atleticano.
A evolução do Paraná chegou ao ponto máximo aos 23 minutos, quando Lucio Flavio cobrou escanteio, e o zagueiro Anderson desviou para abrir o marcador: 1 a 0 que silenciou o Ecoestádio. O técnico Arthur Bernardes respondeu com a primeira substituição: saiu Zezinho para a entrada de Harrison.
O gol paranista foi um balde de água fria nos atleticanos, que voltaram a descer para o ataque de forma desorganizada. O treinador Arthur Bernardes também ajudou a irritar a torcida. Após tirar Zezinho, que era o melhor em campo, ele substituiu Pablo por Edigar Júnior. Na sequência, mais uma alteração no meio: Renato por Marcos Guilherme. No Tricolor, Toninho tirou Lucio Flavio e Reinaldo para dar mais fôlego com Paulo Renê e Alex Bruno.
No último minuto, o Furacão ainda tentou dar o último respiro, quando Pablo levantou a bola na área, que após de passar por toda a área, foi para o outro lado. Muito tarde. Neste exato momento, o árbitro apitou o final de jogo e decretou a vitória paranista
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DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Diego Macedo
    O lateral do Braga deitou e rolou. Deu assistência para Raphael Andrade e fez um golaço à la Neymar.
  • deu errado
    Ala esquerda
    Guilherme Santos viu as principais jogadas do Bragantino serem criadas pelo seu setor. No segundo tempo, foi substituído.
  • estatística
    Amarelos
    Neymar sofreu com as faltas do Bragantino e foi caçado ao longo do jogo. Tanto que provocou quatro cartões amarelos.
A CRÔNICA
Aguerrido, viril, mas nunca desleal. O técnico Mazola Júnior, do Bragantino, prometeu seu time jogando assim para segurar o Santos, de modo geral, e Neymar, em particular, no estádio Nabi Abi Chedid. Mais do que organizado na marcação, o time do interior foi superior, principalmente no primeiro tempo, mas acabou castigado no fim e ficou no 2 a 2 com o Peixe, na noite deste domingo, em Bragança Paulista, pela terceira rodada do Paulistão.
É fato que o Bragantino abusou das faltas para segurar o craque do Peixe, mas cumpriu a ordem do treinador. Pelo menos, não apelou. Inspirado no craque, o lateral-direito Diego Macedo, com cabelo moicano, roubou a cena e foi o grande nome do jogo, com uma assistência e um golaço à la Neymar. Ao longo do jogo, ele aproveitou os espaços deixados por Guilherme Santos na esquerda da defesa do Peixe e fez o que quis.
Apesar do empate, a equipe da Vila Belmiro segue na liderança do estadual, com sete pontos (mesmo número do Mogi Mirim, que fica em segundo porque tem um gol a menos - 8 a 7). Já o Braga, com três pontos, está em 14º.
Na próxima quinta-feira, às 19h30m (de Brasília), o Bragantino encara o Guarani, no estádio Brinco de Ouro. Na quarta, também às 19h30m, o Santos enfrenta o Ituano, no estádio Noveli Júnior, em Itu.
Neymar Santos x Bragantino (Foto: André Montejano / Ag. Estado)Neymar tenta partir para cima da marcação (Foto: André Montejano / Ag. Estado)
Braga pressiona e abre o placar
O zagueiro Carlinhos, do Bragantino, grudou em Neymar na primeira etapa. Correu muito, se enroscou com o santista, fez faltas, levou cartão amarelo, mas conseguiu impedir o brilho do atacante adversário. Com o astro do Peixe sob controle, o Braga tratou de encurralar o visitante, que sofreu. Em três minutos, três ataques, sendo o último deles o mais perigoso. Assim como o Botafogo-SP fez na última quarta-feira, o Masa Bruta aproveitou o espaço deixado por Guilherme Santos na esquerda da defesa santista. Mas foi de fora da área o primeiro susto: bomba de Léo Jaime no travessão de Rafael.
O Santos entrou em campo com o volante Renê Júnior recuado, quase como um líbero, para dar qualidade na saída de bola. Mas tanto o volante, quanto o restante do time só conseguiu criar algo aos dez minutos. Para o azar dos santistas, a chance caiu nos pés de André, que, em má fase, desperdiçou a boa trama iniciada por Neymar e Montillo.
Antes de abrir o placar, o Bragantino dava sinais de que o caminho seria pelo alto. Primeiro, o bom lateral-direito Diego Macedo cruzou e viu Cícero desviar contra o travessão de Rafael, aos 19. Na sequência veio o gol: Raphael Andrade aproveitou de cabeça nova bola levantada por Diego Macedo e venceu Rafael, que espalmou sem sucesso, aos 27 minutos.
A vantagem só não foi maior para o Bragantino porque Léo Jaime perdeu ótima chance após bela jogada de Diego Macedo. Pela direita, ele driblou Guilherme Santos e rolou no capricho para o meia, sozinho, mandar para fora, aos 33. Neymar, de falta, chegou a assustar, mas o primeiro tempo ficou mesmo no 1 a 0 para o time do interior.
Diego Macedo dá show, mas Peixe empata
Na saída para o intervalo, Arouca e Rafael admitiram: o Santos precisaria corrigir os erros para mudar o resultado. Logo aos cinco minutos, a modificação veio, mas no placar. Sem a participação de Neymar, algo raro, o time empatou. Em bela jogada, Montillo driblou dois adversários e serviu com maestria a Cícero. Pela esquerda, o meia invadiu a área e soltou a bomba cruzada, no canto esquerdo, sem chances para Rafael Defendi.
O momento seguinte de alegria para os santistas que lotaram a arquibancada de visitantes do estádio Nabi Abi Chedid foi aos 16 minutos. Mas não por um gol. Muricy trocou André, contestado e em má fase, por Miralles, reserva “talismã” que marcou três gols no ano, sempre saindo do banco.
Depois da troca, porém, quem novamente tomou à frente do placar foi o Bragantino. E em mais uma fila de Diego Macedo, o nome do jogo. De novo pela direita do ataque, ponto fraco da defesa santista, ele primeiro chamou Guilherme Santos para dançar. Depois, driblou Renê Júnior e Durval. Em seguida, colocou a bola com categoria no ângulo esquerdo de Rafael, aos 19 minutos. Pintura à la Neymar.
Na sequência, Muricy perdeu a paciência com Guilherme Santos e o substituiu por Felipe Anderson. Assim, Cícero passou a ocupar a lateral esquerda. Depois, Pinga entrou na vaga de Renê Júnior, mas, apesar da pressão, o Peixe não conseguia furar a defesa adversária.
Quando parecia tudo finalizado, o zagueiro Kadu colocou a vitória do Bragantino por água abaixo. O defensor derrubou Miralles dentro da área: pênalti. Neymar bateu e converteu, dando números finais em Bragança Paulista.

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DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    6 do 1º tempo
    Em sua primeira boa jogada com a camisa do Corinthians, Renato Augusto faz cruzamento perfeito para Romarinho marcar o único gol da partida.
  • nome do jogo
    R. Augusto
    Se não foi brilhante, o meia ao menos mostrou sua qualidade na estreia pelo Timão. Além da assistência, buscou jogo e suportou os 90 minutos.
  • deu errado
    ataque
    Sem grandes armas no setor ofensivo, o Mirassol apostou nas bolas em cima do grandalhão Marcel. Bem marcado, ele não conseguiu ajudar o time.
A CRÔNICA
O Corinthians não precisou se esforçar muito para conseguir sua primeira vitória de 2013, no Campeonato Paulista. Neste domingo, em jogo preguiçoso no estádio José Maria de Campos Maia, o Timão fez 1 a 0 no Mirassol e teve desempenho positivo na “despedida” dos reservas neste início de temporada. Nomes como o carismático Zizao terão menos chances a partir de quarta-feira, quando o técnico Tite vai contar com os titulares campeões do Mundial de Clubes no Japão, que estão em pré-temporada.
O gol foi marcado por Romarinho, logo no início da partida, após cruzamento perfeito do estreante Renato Augusto. O reforço fez boas jogadas e mostrou que vai dar trabalho a Tite na hora de escalar a equipe que vai estrear na Taça Libertadores em 20 de fevereiro, contra o San José, da Bolívia. Outro destaque do duelo foi o goleiro Danilo Fernandes, com boas defesas que garantiram a vitória.
Agora, o Corinthians vai aos quatro pontos no Campeonato Paulista, em três partidas. O Mirassol, limitado tecnicamente, permanece zerado na competição. Derrotado em todos os jogos, o time de Ivan Baitello segura a lanterna do Paulistão.
Na próxima rodada, o Corinthians recebe o Mogi Mirim na quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Pacaembu. No mesmo dia, o Mirassol vai a Jundiaí enfrentar o Paulista, às 17h (de Brasília).
Reforço faz a diferença
A estreia de Renato Augusto foi cercada de expectativas, e o meia tratou de correspondê-las com rapidez. Bem preparado, Renato mudou a dinâmica do meio-campo corintiano, que vinha apagado nos dois jogos iniciais da temporada. Mais ágil e ligado, o Timão envolveu rapidamente a defesa do Mirassol e criou duas chances pelo lado direito.
A primeira teve boa intervenção do goleiro Diego, mas a segunda resultou em gol. Aos seis minutos, Renato usou sua velocidade para se livrar da marcação. Depois, cruzou para Romarinho cabecear e fazer seu primeiro gol na temporada. O cartão de visitas do reforço estava dado, e ainda ajudou o atacante talismã de 2012, que teve atuação discreta nas duas partidas anteriores.
A vantagem precoce fez o Corinthians chamar o Mirassol para o ataque. Chances, só com o centroavante Marcel. Experiente, ele virou referência do time logo de cara e levou perigo a Danilo Fernandes duas vezes – num chute de fora da área e numa cabeçada perigosa, esta já no fim do primeiro tempo.
Com Marcel controlado, o Timão sofreu pouco e voltou a ser lento. A demora na transição da defesa para o ataque impediu que a equipe ampliasse o placar. Só Renato tentava dar velocidade. O chinês Zizao, mais discreto do que em outros jogos, abusou dos passes curtos, não conseguiu criar jogadas e ainda levou cartão amarelo. Para Tite, o importante era que seu time de reservas mostrava uma postura bem mais sólida.
Calor deixa times em marcha lenta
O calor intenso na cidade de Mirassol fez o segundo tempo ser disputado em ritmo ainda mais lento do que no primeiro. Poucas chances, muitos passes laterais no meio-campo e quase nenhuma emoção. A equipe do interior até tentou pressionar no início, mas parou em mais uma boa atuação do goleiro Danilo Fernandes. A principal defesa foi em um chute de Camilo, que Danilo buscou no ângulo direito logo aos três minutos.
Por outro lado, a “preguiça” dos times acabou abrindo mais espaços em campo. Pelo lado do Corinthians, só Edenílson e Renato Augusto tentaram manter o ritmo veloz, mas foram logo tomados pela sonolência geral em campo. Só as bolas paradas levaram algum perigo ao goleiro Diego. Romarinho quase fez seu segundo gol de cabeça no jogo, após cruzamento de Guilherme. Diego salvou com o pé direito.
Nas arquibancadas, só festa para Renato Augusto e Zizao, que buscou o jogo, mas não teve oportunidades de fazer seu gol. A maior alegria veio do Pacaembu, a cada gol do Penapolense sobre o Palmeiras que era anunciado pelo sistema de som. O Mirassol só deu um calor no fim, mas sem muita convicção. No último lance da partida, Rodrigo Possebon desperdiçou ótima oportunidade na grande área, chutando para longe.
Agora, os reservas do Timão dão lugar aos campeões mundiais. O pensamento já começa a se voltar para a tentativa do bicampeonato da Libertadores.

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DESTAQUES DO JOGO
  • respeito
    silêncio total
    Antes do clássico foi respeitado um minuto de silêncio pelas vítimas do incêndio em Santa Maria (RS). As torcidas se calaram plenamente.
  • o nome do jogo
    Nem infernal
    Além de ter aberto o placar no Engenhão, atacante atormentou os defensores do Botafogo e criou as melhores jogadas do Fluminense no clássico.
  • cerebral
    Seedorf
    O holandês estreou no Carioca ao entrar no segundo tempo, quando o Botafogo perdia por 1 a 0. Em lance de craque, deu gol de empate de presente a Bolívar.
A CRÔNICA
O primeiro clássico do Campeonato Carioca de 2013 manteve a rotina dos confrontos entre Botafogo e Fluminense no Engenhão: 1 a 1, gols de Wellington Nem e Bolívar, em partida muito disputada, com forte marcação de ambos os lados. Desde a inauguração do estádio, em 2007, cada time venceu o duelo três vezes, com oito empates. Os tricolores não tiveram seu principal atacante, Fred, que faz reforço muscular antes de retornar aos gramados. Os alvinegros, por sua vez, só contaram com o holandês Seedorf no segundo tempo, quando entrou no lugar de Jádson e fez a jogada do gol de empate.
Na próxima rodada, o time das Laranjeiras, que lidera o Grupo B com sete pontos - mesmo número de Flamengo (2º) e Audax (3º), que estão em desvantagem nos critérios de desempate - enfrenta o Friburguense, na quarta-feira, às 22h, no Engenhão. Já o Botafogo, terceiro colocado no Grupo A, com cinco pontos, atrás de Vasco (nove) e Friburguense (seis), joga em Moça Bonita contra o Audax, também na quarta-feira, às 17h.

Antes do clássico, o estádio se calou. Os jogadores de ambos os times se reuniram com os árbitros no centro do gramado e as torcidas de Botafogo e Fluminense também fizeram silêncio em respeito às vítimas do incêndio em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que deixou mais de 200 mortos.
Wellington Nem gol Fluminense (Foto: Bruno Turano / Photocamera)Wellington Nem comemora o seu gol pelo Fluminense no Engenhão (Foto: Bruno Turano / Photocamera)
Nos primeiros minutos, o Botafogo mostrou mais ímpeto, procurando tocar a bola no campo de ataque. A polêmica não tardou. Logo aos três minutos, Lodeiro recebeu livre na frente, mas a arbitragem marcou impedimento equivocado. Com bom toque de bola entre Andrezinho, Fellype Gabriel, Gilberto e Lodeiro, os alvinegros davam trabalho à defesa tricolor, que rechaçava as tentativas na base do chutão, sem que o Fluminense conseguisse passar do meio de campo em condições de criar boas jogadas.

O panorama só começou a mudar aos dez minutos, quando o Fluminense começou a partir para o ataque com maior consistência, mas sem muito sucesso. Até os 14, quando Wellington Nem recebeu sozinho na frente e Jefferson teve de sair desesperado da área para interromper a jogada, com um carrinho preciso antes que o atacante dominasse a bola. Na sequência, em contra-ataque, Bruno Mendes tentou de fora da área, mas mandou em cima de Diego Cavalieri, que encaixou com facilidade.
Com ambos os times procurando encurtar os espaços e usando a repetição de faltas no meio de campo para travar o adversário, o jogo ficou truncado, com poucas chances de gol. Se com a bola rolando estava complicado, aos 27 Thiago Neves teve boa oportunidade de bola parada. Bateu com efeito, com muito perigo, mas para fora. Dois minutos depois, Fellype Gabriel conseguiu escapar da marcação em boa jogada, mas soltou um peteleco nas mãos de Cavalieri.
Bolivar gol Botafogo x Fluminense (Foto: Fernando Soutello / AGIF)Bolivar celebra o gol de empate do Botafogo (Foto: Fernando Soutello / AGIF)
Aos 37, Wellington Nem recebeu de Thiago Neves na área, girou e bateu cruzado. Digão e Leandro Euzébio chegaram atrasados e não conseguiram tocar a bola que cruzou a pequena área. O gol veio aos 42, quando Wellington Nem tabelou com Bruno pela direita, recebeu na área e mandou para a rede: 1 a 0.
No segundo tempo, quem começou partindo para o ataque foi o Fluminense. Logo aos cinco minutos, Valencia quase marcou um golaço, de letra. Jefferson apareceu bem. Oswaldo de Oliveira resolveu sacar Jádson para a entrada do holandês Seedorf. Mas o jogo voltou a ficar amarrado, com os times insistindo em avançar pelo meio, completamente congestionado. Desta forma, as oportunidades de gol voltaram a desaparecer. O técnico Abel Braga resolveu então chamar Rhayner para o lugar de Thiago Neves.

Aos 21, por muito pouco o Fluminense não ampliou. Em belo contra-ataque, Jean aplicou um lençol em Marcelo Mattos e deu passe perfeito para Wellington Nem partir sozinho, em velocidade. Jefferson mais uma vez saiu muito bem do gol. No rebote, novamente o goleiro alvinegro mostrou reflexo, em mais uma boa defesa no chute de Jean, que acompanhou a jogada.

Aos 27, o Botafogo teve boa oportunidade em cobrança de falta que Seedorf bateu com efeito, mas em cima de Cavalieri. Na sequência, em lance confuso, a bola sobrou no pé do holandês. Com a área congestionada, parecia que a defesa tricolor mataria a jogada com facilidade, mas o craque levantou na medida para Bolívar, que apareceu atrás da zaga tricolor para empatar: 1 a 1. No fim, ainda houve tempo para um princípio de confusão entre e Seedorf e Valencia, mas o placar permaneceu inalterado.

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DESTAQUES DO JOGO
  • deu errado
    Tática
    O esquema tático do primeiro tempo deixou o Palmeiras sem criatividade e dificultou a vida de Barcos, isolado no ataque. No segundo tempo as coisas melhoraram, mas mesmo assim a vitória foi do Penapolense.
  • torcida verde
    Apoio e vaia
    No fim da segunda etapa, com o terceiro gol do Penapolense, parte da torcida do Palmeiras criticou os jogadores e cobrou reforços. Enquanto isso, o restante dos palmeirenses preferiu o apoio aos atletas.
  • paredão
    Marcelo
    Goleiro do Penapolense salvou o time na segunda etapa. Ele fez três defesas em menos de cinco minutos que foram fundamentais para que a equipe de Penápolis saísse do Pacaembu com a vitória neste domingo.
A CRÔNICA
A vitória por 3 a 1 sobre o Oeste, quarta-feira passada, em São José Rio Preto, parece não ter passado de um lampejo do Palmeiras. Neste domingo, contra o Penapolense, um dos caçulas do Paulistão, os velhos problemas do Alviverde apareceram: nervosismo, falta de coordenação, chances desperdiçadas, parte da torcida jogando contra com xingamentos... Resultado: derrota por 3 a 2, no Pacaembu, e a volta de velhos fantasmas que tanto assombraram o Verdão no ano passado.
Pelo lado do adversário, muita emoção. A equipe disputa a Primeira Divisão estadual pela primeira vez, e alguns jogadores chegaram a chorar ao fim da partida. Com o resultado, o Verdão permanece com quatro pontos, na nona posição. Já o Penapolense, com seis, está em quarto lugar.
Na próxima rodada, o Palmeiras recebe o São Bernardo, quinta-feira, às 19h30m (de Brasília), no Pacaembu. Já o time de Penápolis, na quarta, às 19h30m, enfrenta o XV de Piracicaba, em Penápolis.
Barcos Palmeiras x Penapolense (Foto: Miguel Schincariol / Ag. Estado)Barcos cercado por quatro jogadores do Penapolense. Verdão afundou (Foto: Miguel Schincariol / Ag. Estado)
Penapolense assusta
Os dois times entraram em campo com esquemas parecidos: linhas de quatro na defesa, dois volantes, três meias e um atacante adiantado. O Palmeiras começou a todo vapor. Logo com um minuto, Maikon Leite quase abriu o placar: ele recebeu de Ayrton, invadiu a área e chutou cruzado. Seis minutos depois, o Verdão acertou o alvo, em cobrança de falta certeira de Ayrton: de pé direito, ele acertou ângulo direito de Marcelo.
O time da casa tinha o jogo sob controle, parecia tranquilo em campo. No entanto, em poucos minutos, a casa verde ruiu. O Penapolense empatou aos nove, com Guaru, cobrando falta e contando com a sorte. A bola bateu no travessão, voltou nas costas de Fernando Prass e cruzou por pouco a linha.
O Verdão sentiu o baque. A torcida, impaciente, passou a se manifestar de maneira mais dura. Veio o segundo golpe. Com um toque de bola envolvente pela esquerda, o Penapolense virou aos 14. Rodrigo Biro entrou livre e cruzou para Magrão empurrar para a rede.
Atrás no placar, o Palmeiras se mandou para o ataque, mas, descoordenado, não criou grandes jogadas. Com muitos toques errados, o Verdão teve dificuldade para chegar com condições de marcar. As jogadas individuais também não saíram. Como a bola não chegava ao ataque, Barcos chegou a voltar até o meio de campo para tentar iniciar jogadas. Em vão.
O Penapolense ainda podia ter ido para o intervalo com mais dois gols na conta. Aos 44, Anderson Carvalho perdeu gol cara a cara com Prass. Já nos acréscimos, após falha de Maurício Ramos, foi a vez de Magrão chegar sozinho e mandar para fora.
Verdão aperta, mas Penapolense vence
Percebendo as dificuldades da equipe palmeirense no primeiro tempo, o técnico Gilson Kleina voltou do intervalo com duas mudanças. Valdivia entrou no lugar de João Denoni, e Vinícius foi a campo na vaga de Patrik Vieira. O chileno passou a dividir com Wesley a função de armar as jogadas. Enquanto isso, Maikon Leite foi para a direita e deixou Vinicius mais pela esquerda.
Aos oito minutos, o zagueiro Jailton, que havia recebido o cartão amarelo aos seis, por falta em Valdivia, recebeu o segundo por demora na cobrança de uma falta no meio do campo. Ele se preparava para bater, mas Valdivia recuou um pouco a bola. Quando o defensor tentou ajeitar novamente para executar a cobrança, o árbitro Fábio Volpato considerou que ele estava fazendo cera e o expulsou.
Com um a mais, o time da casa dominou o seu campo ofensivo e passou a assustar mais o adversário. Valdivia conseguiu diminuir um pouco a correria improdutiva da primeira etapa. Com a bola no chão, o Palmeiras cresceu e criou várias chances de empatar. Aos 17, Maikon Leite se aproveitou de cobrança de falta rápida do chileno para fazer o lance pela direita. Ele cruzou para Márcio Araújo, que mandou em cima do goleiro.

Dois minutos depois, novamente em passe de Valdivia, foi a vez de Barcos pegar da pequena área e bater para defesa do arqueiro. Aos 20, mais uma ótima defesa de Marcelo. Vinícius passou pela marcação na esquerda e chutou forte. No rebote, o meia chileno mandou por cima. Pouco depois, Kleina promoveu a entrada de Luan na vaga de Maikon Leite. A reação das arquibancadas foi um misto de vaias e palmas.
Aos poucos, o Palmeiras diminuiu o ímpeto e deixou o Penapolense segurar um pouco mais a bola. Com isso, a equipe do interior equilibrou a partida. Aos 30, o Verdão pagou caro pelas chances perdidas no início da segunda etapa. Após cruzamento de Guaru, Perez subiu mais do que todo mundo e escorou para o fundo do gol.
Após o terceiro gol do Penapolense, a torcida, que ensaiou algumas vaias na primeira etapa, perdeu a paciência e passou a criticar mais a equipe. Xingamentos a Luan, reclamações com a diretoria foram os mais ouvidos. Membros de uma organizada também ofenderam Valdivia, mas foram abafados pelo restante do estádio, que aplaudiu o Mago.
Durante esses protestos, Luan diminuiu, aos 42. Wesley cruzou para Henrique, que desviou e sobrou para o atacante empurrar para o gol. Mas não foi o suficiente para evitar a derrota do Verdão.

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