quarta-feira, 22 de maio de 2013

BRASILEIRAO 2013



Vasco é o sexto mais citado. Campeão catarinense, de volta à Série A após oito anos, lidera lista da descrença


Foram oito anos longe da Série A - tempo suficiente para gerar uma desconfiança que nem o bom desempenho recente, com o vice-campeonato da Segundona de 2012 e o título catarinense deste ano, consegue abafar. O Criciúma é, para a maioria dos jogadores das Séries A e B, o favorito ao rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2013. Ele foi o mais votado em um universo de 343 atletas, em pesquisa feita pelo GLOBOESPORTE.COM e pela revista "Monet".
Cada jogador foi convidado, em questionário, a apontar os quatro times que têm mais chances de queda, na visão deles. O Tigre foi citado por 223 dos 343 jogadores. Ou seja: uma fatia de 65% deles colocou o clube catarinense como um dos rebaixados. Na sequência, aparecem Portuguesa (218), Náutico (202), Bahia (183) e Ponte Preta (108).
Rebaixados Séroe A (Foto: arte esporte)
Foram enviados formulários a todas as equipes das duas primeiras divisões do Brasileirão. Todos jogadores poderiam responder, sob garantia de total anonimato. Houve retorno de 23 clubes.
Incômodo e compreensão
Vadão técnico Criciúma (Foto: João Lucas Cardoso)Vadão, técnico do Criciúma, confia em sua equipe
(Foto: João Lucas Cardoso)
Personagens dos clubes apontados como prováveis rebaixados reagiram com uma mistura de incômodo e compreensão à notícia. E deram um aviso parecido: de que a descrença dos rivais pode virar combustível.
É o caso de Vadão, o técnico do Criciúma. Ele diz que não liga para o que se fala sobre seu time. Mas ressalva que a desconfiança pode gerar motivação.
- Vamos ver na prática. Quando eu cheguei aqui (no começo de março), ninguém prestava, todo mundo estava numa situação delicada, e fomos campeões (estaduais), apesar de ninguém acreditar. Então, não me interessa o que falam no Rio, em São Paulo e em outros grandes centros. O que me interessa é o que vamos jogar. (...) Tudo para nós serve de motivação, tanto as críticas e previsões, como o título que ganhamos.
Não me interessa o que falam no Rio, em São Paulo e em outros grandes centros. O que me interessa é o que vamos jogar."
Vadão, técnico do Criciúma
Há justificativas para pouca confiança no Criciúma, mesmo que elas não sejam exatamente técnicas. O Tigre não disputa a Série A desde 2004. No período ausente da elite, chegou a despencar duas vezes para a Série C, onde passou três anos. Além disso, boa parte dos entrevistados não teve a vivência de encarar uma das grandes armas do clube catarinense: a pressão da torcida no estádio Heriberto Hülse.
Já o Naútico paga, em parte, o preço da gangorra que carrega em sua história recente. Desde que o Brasileirão começou a ser disputado em pontos corridos, o Timbu passou quatro anos na Série B, mais três na Série A, outros dois na B e agora vai para o segundo seguido na A. Na temporada passada, quando esta pesquisa foi feita pela primeira vez, o clube pernambucano foi o mais indicado à queda.
E sobreviveu. Justamente por isso, ser novamente colocado entre os rebaixados irrita os profissionais do Náutico.
- Prefiro não comentar. Não sei qual base o jogador tem para dizer isso. Pela campanha do ano passado, não é. O Náutico foi o clube que teve melhor campanha jogando em casa. Nos meus tempos de jogador, se eu tivesse uma pesquisa dessas, não responderia essa pergunta. Futebol é muito imprevisível, e o Campeonato Brasileiro é disputado em oito meses. Fica difícil dar uma resposta para uma pergunta como essa - disse o técnico Silas.
Martinez, capitão do Náutico, também não gostou. Quando soube do resultado, lamentou: "Pô, de novo?".
- Quem tem boca, fala o que quer. A gente respeita. Cada um tem uma opinião, e mais uma vez vamos brigar para fazer uma boa campanha. A gente tem que respeitar, mas isso não muda em nada o nosso foco. Não mexe com a gente. Não acredito que isso interfira em nada. Nem dificulta e nem facilita. É um campeonato difícil, e nós vamos trabalhar primeiro para se afastar da zona de rebaixamento e depois para fazer uma campanha melhor do que a do ano passado.
martinez náutico (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Martinez, capitão do Náutico, outra vez citado como ameaçado (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Quem tem boca, fala o que quer"
Martinez, capitão do Náutico
Na pesquisa feita ano passado, o único clube apontado pelos jogadores como provável rebaixado que efetivamente caiu foi o Atlético-GO. A Portuguesa, a exemplo do Náutico, foi uma das sobreviventes. Agora, está novamente no grupo da descrença. O técnico da Lusa, Edson Pimenta, diz que já falou com os jogadores sobre o descrédito do time - como forma de motivá-los.
- No ano passado, foi a mesma situação. A Portuguesa era dada como uma das quatro rebaixadas, e ao longo do campeonato foi mostrando a competência, a competitividade, e acabou encantando muita gente. (...) Já passei para os jogadores que a Portuguesa, virtualmente, é uma das rebaixadas, o que nos tira uma responsabilidade, poque se cair, está no contexto. Vamos ter que provar para todo mundo que o contexto está errado. (...) Uma coisa é a teoria. Outra coisa é a prática. Vamos provar na prática que a teoria está errada, que a Portuguesa não vai cair - avisou o técnico da Lusa, Edson Pimenta.
Vamos provar na prática que a teoria está errada, que a Portuguesa não vai cair"
Edson Pimenta, técnico da Portuguesa
Outro presente na lista é o Bahia, que ficou na fronteira com a zona de queda no ano passado e agora tenta se livrar de enorme crise, sublinhada pelo impacto de duas goleadas para o maior rival, o Vitória.
- É uma opinião. Já vi muitas opiniões sobre times que vão ser campeões ou rebaixados. Temos confiança no trabalho que estamos fazendo - afirmou o presidente do Bahia, Marcelo Magalhães Filho.
Desconfiança com o Vasco
Paulo Autuori treino Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site do Vasco)Autuori entende desconfiança sobre o Vasco
(Foto: Marcelo Sadio / Site do Vasco)
O Vasco foi o sexto mais votado como candidato à queda. Dos 343 jogadores, 96 colocaram o clube de São Januário como provável rebaixado. Dos clubes de maior torcida do Brasil, é aquele que mais lida com descrença - resultado do rendimento fraco no início do ano, da crise financeira e do recente desmanche no elenco.
Com Paulo Autuori no comando, o time cruz-maltino tenta provar que a descrença é exagerada. O treinador, porém, se mostra compreensível com as dúvidas.
- Esse descrédito é perfeitamente normal. Pelo histórico recente, não há motivo para que pensem o contrário. Mas enquanto isso, nós vamos trabalhando. Então, é uma questão de escolha nossa: vamos reagir a isso nos lamentando ou trabalhando para mudar essa situação?
Todos os clubes foram votados ao menos uma vez no quesito rebaixamento. Dois cariocas foram os menos citados: o Fluminense, apenas uma vez, e o Botafogo, duas. Santos (três votos), Grêmio (três), Cruzeiro (cinco) e Corinthians (cinco) também foram pouco lembrados.
Colaboraram Felipe Zito, Gustavo Rotstein, João Lucas Cardoso, Lucas Liausu e Thiago Pereira.

LIBERTADORES



Tricolor faz jogo de ida das quartas de final Libertadores, em São Januário, tentando vencer sem sofrer gol dos paraguaios


À caça do inédito título da Libertadores, o Fluminense inicia nesta quarta-feira a disputa por uma vaga nas semifinais da competição. A equipe recebe o Olimpia em São Januário, às 22h (de Brasília), em busca da combinação ideal: uma vitória sem levar gol. Para isso, conta com o apoio de seus torcedores para transformar o estádio do Vasco em um caldeirão. Até a noite da última terça-feira, mais de 15 mil ingressos já haviam sido vendidos, e restavam apenas 950 entradas de cadeira social.

- Temos uma equipe que pode
 ganhar os dois jogos. Mas vamos enfrentar um adversário que também possui esta condição. É um rival técnico, com jogadores de qualidade e que possui jogadas perigosas. Passei para eles que a dificuldade será grande. Mas o importante é que estamos preparados - garantiu.Para o primeiro confronto das quartas de final, o técnico Abel Braga não poderá contar com o meia Thiago Neves, que se recupera de um edema na panturrilha esquerda. Rhayner será o substituto. Esta será a única alteração em relação à equipe que derrotou o Emelec por 2 a 0 no último dia 8 de maio. Diante de uma equipe tricampeã da Libertadores, o comandante do atual campeão brasileiro não vê favoritos no duelo.
Fred treino Fluminense (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)Fred é a esperança de gols do Tricolor (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
A escalação do Olimpia, por sua vez, ainda é um mistério. Isso porque o técnico Hugo Ever Almeida fechou o treinamento da última terça-feira na Gávea. O volante Aranda e o meia Salgueiro, considerado o jogador mais habilidoso do time, estão lesionados e podem não enfrentar o Tricolor. Os dois farão na manhã desta quarta uma atividade no hotel onde estão concentrados para ver se têm condições de atuar. Caso sejam vetados, Fabio Caballero deverá entrar na vaga de Aranda, enquanto o argentino Juan Carlos Ferreyra seria o substituto de Salgueiro.
O trio uruguaio formado pelo árbitro Roberto Silvera e pelos assistentes Mauricio Espinosa e Carlos Changala apita a partida. A TV Globo transmite a partida ao vivo para os estados de Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina (menos Joinville), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Regiões Norte e Nordeste, além do Distrito Federal. O SporTV também exibe o jogo, que será acompanhado pelo GLOBOESPORTE.COM em Tempo Real. 

header as escalações 2
Fluminense: o técnico Abel Braga definiu a escalação do Fluminense durante a semana. Será praticamente a mesma que derrotou o Emelec na segunda partida das oitavas de final. A única mudança será no ataque e por ordem médica. Com um edema na panturrilha esquerda, Thiago Neves será substituído por Rhayner. Assim, o Tricolor irá a campo com a seguinte formação: Diego Cavalieri, Bruno, Digão, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean e Wagner; Rhayner, Wellington Nem e Fred.
Olimpia: Ever Hugo Almeida fechou o treino para a imprensa e não divulgou sua equipe. As dúvidas do treinador são duas e ambas no meio de campo. Aranda e Salgueiro com lesões farão testes no hotel e se reunirem condições vão para jogo. Caballero e Ferreyra estão de sobreaviso. Com isso, o provável time paraguaio terá: Silva; Giménez, Manzur, Miranda, Candia e Ariosa; Baéz, Aranda (Caballero) e Ortiz; Salgueiro (Ferreyra); Bareiro.

quem esta fora (Foto: arte esporte)
Fluminense: além de Thiago Neves, Abel não poderá contar com o volante Valencia (estiramento na panturrilha direita), o lateral-direito Wellington Silva (pancada no pé direito) e Marcos Junior (estiramento na coxa direita). Sem falar no meia Deco e no atacante Michael, ambos suspensos preventivamente por doping.
Olimpia: Wilson Pittoni, ex-Figueirense, é a baixa confirmada. O volante está fora por causa de uma contratura muscular.

header fique de olho 2

Fluminense: capitão do Flu e camisa 9 da Seleção, Fred está em alta e motivado. Recentemente convocado para a Copa das Confederações, o atacante decidiu a classificação para as quartas de final e teve tempo suficiente para recuperar a forma física nas duas últimas semanas.
Olimpia: com cinco gols, o atacante Fredy Bareiro é o artilheiro do time na Libertadores, e vice da competição ao lado de Scocco, do Newell’s Old Boys, Luis Fabiano, Diego Tardelli e Braian Rodriguez, do Huachipato, um atrás de Jô do Atlético-MG. Ele é a esperança do técnico Ever Hugo Almeida em balançar a rede de Diego Cavalieri.
header o que eles disseram
Abel Braga, técnico do Fluminense: “Trabalhamos um ano inteiro para chegar neste momento. E o Fluminense gosta deste tipo de jogo. Vamos encará-lo com seriedade e confiança. Temos de tentar impor o nosso jogo, mas de forma organizada. Tudo deve acontecer com naturalidade. Temos conversado muito e sinto o grupo bem motivado. Por isso me sinto tranquilo. Com sinceridade, não há estresse”.
Juan Manuel Salgueiro, meia do Olimpia: “Viemos para vencer, mas um empate com gols não é ruim.  Ou até mesmo uma derrota mínima na qual a gente marque. Em casa temos a nossa força. Será uma partida difícil, mas estamos prontos para encará-los”.
header números e curiosidades
* O Fluminense enfrenta o Olimpia em São Januário, onde já atuou cinco vezes neste ano, derrotando Nova Iguaçu (2 a 0), Macaé (3 a 1) e Bangu (2 a 0) pelo Campeonato Carioca, e Caracas (1 a 0) e Emelec (2 a 0) pela Libertadores. Em toda a sua história, o Tricolor disputou 197 jogos em São Januário, com 104 vitórias, 38 empates e 55 derrotas. O último revés na casa do Vasco aconteceu, curiosamente, no dia 22 de maio de 2011: 2 a 0 para o São Paulo.
* O retrospecto do Fluminense diante de equipes estrangeiras na Libertadores é de 23 vitórias, sete empates e 12 derrotas em 42 jogos.
* Ao lado do Atlético-MG, o Olimpia tem um dos melhores ataques desta Libertadores. Em dez jogos, marcou 21 gols e somente passou em branco uma vez, logo em sua primeira partida, no empate sem gols com o Defensor em Montevidéu. O Galo soma 22 gols em oito jogos.
 
header último confronto v2 (Foto: arte esporte)
Esta é a primeira vez que Fluminense e Olimpia se enfrentam pela Taça Libertadores da América. O Tricolor, porém, não tem boas lembranças da última vez que cruzou com uma equipe paraguaia na Libertadores. Em 2011, o time foi eliminado pelo Libertad nas oitavas de final após vitória por 3 a 1 no Rio e derrota por 3 a 0 em Assunção
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SANTOS



Comitê se reunirá nesta quarta na casa do presidente. Fontes próximas ao astro relatam clima de despedida. Jogo contra o Fla pode marcar adeus


Vender
 Neymar agora por valor inferior ao que deseja, mas faturar alguma coisa, ou ver um dos jogadores mais valorizados do mundo sair de graça em julho de 2014? Esse é o dilema do Santos. A multa rescisória do craque é de 65 milhões de euros (R$ 170,4 milhões), mas o clube, que detém 55% de seus direitos, almeja 50 milhões de euros (R$ 131 milhões) para vendê-lo agora. O problema é que o camisa 11 poderá assinar um pré-contrato com qualquer clube daqui a seis meses, o que reduz o poder de negociação do Peixe.
Festa Campeonato Paulista Paulistão 2013 Neymar (Foto: Marcos Ribolli)Presidente Luis Alvaro e Neymar, em evento da Federação Paulista (Foto: Marcos Ribolli)
Sabendo disso, o Barcelona, que mantém o diretor esportivo Raul Sanllehí no Brasil desde a semana passada (ele está, inclusive, hospedado na casa do pai de Neymar, no Guarujá, litoral paulista), barganha para pagar o mínimo possível. A primeira oferta de 18 milhões de euros (R$ 46,9 milhões) foi recusada. O cálculo dos catalães é comprá-lo por até 22 milhões de euros (R$ 57,6 milhões), um terço da multa rescisória.
Nesse contexto, a reunião do Comitê de Gestão do Alvinegro, nesta quarta-feira, é encarada como decisiva para o futuro do atleta. O encontro será realizado na casa do presidente Luis Alvaro Ribeiro. Mesmo debilitado por problemas de saúde, o mandatário participará da reunião, pela importância da conversa. No último domingo, na Vila Belmiro, o dirigente prometeu conceder uma entrevista coletiva em breve.
Mas por que o Barcelona vai gastar dinheiro agora se poderia ter Neymar de graça já no início de 2014, quando ele poderia assinar um pré-contrato? A resposta está na concorrência. O Real Madrid, que também enviou representantes ao Brasil, e outros clubes europeus querem Neymar. Assegurar a contratação do craque imediatamente encerraria a corrida, evitaria um leilão na próxima janela e ainda seria uma resposta da reestruturação da equipe para a próxima temporada. Tudo após a humilhante eliminação nas semifinais da Liga dos Campeões, diante do Bayern de Munique - 0 a 4 na Alemanha, 0 a 3 na Espanha.
Por isso, André Cury, representante do Barcelona na América do Sul, e Marcos Malaquias, que participou das negociações de Henrique, atualmente no Palmeiras, e Keirrison, no Coritiba, para o time catalão, acompanham o pai de Neymar há algum tempo. Eles tentam garantir que o destino do camisa 11 será ao lado de Messi.
Nos bastidores, fontes próximas a Neymar encaram esta semana como decisiva para a negociação. Há quem já dê o acordo como selado, enquanto outros dizem que tudo "nunca esteve tão perto". Funcionários do Peixe também relatam um clima de despedida e apontam o jogo contra o Flamengo, no domingo, em Brasília, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, como a última partida do astro pelo Santos.
Os discursos do vice-presidente Odílio Rodrigues e do técnico Muricy Ramalho após o vice-campeonato Paulista, diante do arquirrival Corinthians, demonstram que o acordo deve ocorrer. Mas o próprio Neymar vai na contramão e diz que pretende cumprir o acordo até 2014.
Os direitos econômicos do atacante são divididos entre Santos (55%), DIS (40%) e Terceira Estrela Investimentos S/A (5%)
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Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...