segunda-feira, 30 de setembro de 2013

SAO PAULO


Meia do Grêmio aparece no vestiário do Tricolor paulista após partida contra o Grêmio. Treinador diz que momento é de pensar no Brasileirão


O técnico Muricy Ramalho preferiu não entrar em detalhes sobre um possível desejo do São Paulo de contratar o meia Zé Roberto, do Grêmio. Após a derrota para o Tricolor gaúcho, domingo, no Morumbi, pelo Brasileirão (veja os melhores momentos no vídeo ao lado), o treinador evitou dar uma resposta positiva ou negativa sobre o tema e disse que o momento requer todos focados em evitar o rebaixamento.
Ao lado de Elano, o jogador se dirigiu ao setor do estádio reservado ao elenco são-paulino depois da partida para rever alguns amigos. Ele se recuperou de uma lesão no clube em 2006, mas acabou acertando com o Santos em virtude de uma oferta salarial maior, frustrando os dirigentes são-paulinos.
– Conheço o Zé Roberto há muitos anos. Ele foi nos vestiários para dar um abraço. A hora é de estar ligado no Brasileirão – afirmou.
Na semana passada, após o empate do Grêmio em 0 a 0 com o Corinthians no Pacaembu, o meio-campista revelou que recebeu um contato de dirigentes do São Paulo e admitiu interesse numa possível transferência. No entanto, na chegada a Porto Alegre, o jogador disse que foi mal interpretado e garantiu que se sente feliz no Grêmio, mesmo estando na reserva com o técnico Renato Gaúcho. O contrato dele acaba no fim do ano.
A diretoria são-paulina, aliás, também mantém um discurso cauteloso. O vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes fez elogios aos jogador, mas assegurou que, neste momento, não tem interesse no acerto. Para essa posição, o clube conta com Jadson e Ganso, além do argentino Cañete, emprestado à Portuguesa até o encerramento do Brasileirão.
zé roberto grêmio (Foto: Bruno Junqueira/TXT Assessoria)Zé Roberto, em treino no Grêmio (Foto: Bruno Junqueira/TXT Assessoria
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BRASILEIRAO 2013


Grêmio, Botafogo e Atlético-PR são os únicos concorrentes da Raposa. Náutico tem rebaixamento quase certo, e risco de queda do Vasco é de 59%


Um time que se recusa a perder há um mês e meio começa a colher os frutos de uma invencibilidade de dez jogos: após a vitória por 2 a 1 sobre o Internacional em Novo Hamburgo, o Cruzeiro abriu 11 pontos de vantagem para o seu concorrente mais próximo, que é o Grêmio, e já tem 94% de chances de conquistar o título do Campeonato Brasileiro, segundo cálculos do matemático Oswald de Souza. Além disso, com 14 rodadas de antecedência, a Raposa praticamente assegurou uma vaga na Taça Libertadores de 2014. De acordo com o especialista, a chance matemática da classificação celeste não acontecer é insignificante.
- Considero que é matematicamente desprezível a chance do Cruzeiro não se classificar para a Libertadores - explicou o matemático.
chances clubes rodada 24 (Foto: arte esporte)
Os concorrentes do Cruzeiro na disputa pelo troféu ficaram restritos ao G-4, mas as chances de Grêmio, Botafogo e Atlético-PR assumirem a liderança são mínimas: 3%, 2% e 1%, respectivamente. Se os números não são nada agradáveis para o trio pelo posto de campeão, a matemática se mostra a favor quando o assunto é a sonhada vaga na Libertadores. Com o triunfo por 1 a 0 sobre o São Paulo, no Morumbi, o Tricolor gaúcho assumiu a vice-liderança e tem 78% de chances de disputar o torneio sul-americano na próxima temporada. Já o Alvinegro carioca e o Rubro-Negro paranaense, apesar das derrotas em casa na rodada - 1 a 0 para a Ponte Preta, no Maracanã ,e 5 a 3 para o Vitória no Durival de Britto -, ainda estão bem na fita e têm 77% e 69% de também representarem o Brasil na competição. Mas pelo campeonato embolado, até mesmo o São Paulo, 16º colocado com 14 pontos de distância para o G-4, ainda pode sonhar com uma das vagas. O Atlético-MG, atual campeão continental, já tem presença confirmada.
Guia contra a degola:
A briga para fugir da zona de rebaixamento também não se restringe à parte debaixo da tabela. Do lanterna Náutico ao Atlético-MG, quinto colocado, todos estão ameaçados. Mas uma das quatro vagas para a Série B praticamente já tem dono: mesmo com a vitória por 3 a 0 sobre o Coritiba na Arena Pernambuco, o Timbu se vê a 14 pontos do primeiro time fora do Z-4 e tem 99% de chances de cair para a Segundona. A Ponte Preta minimizou a crise com o triunfo por 2 a 1 sobre o Botafogo no Rio de Janeiro, só que ainda se vê 67% ameaçada. Mesma porcentagem do Criciúma, goleado por 4 a 1 pelo Flamengo no Maracanã e com um jogo a mais do que todos os outros. A situação do Vasco, que empatou por 0 a 0 com o Bahia na Fonte Nova, também é delicada: há seis jogos sem vencer, o time se vê com 59% de riscos de degola
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BRASILEIRAO 2013


Raposa abre 11 pontos para o vice-líder do Brasileirão e credita boa fase à qualidade do grupo. ‘O elenco está fazendo a diferença’, diz Dagoberto


vitória por 2 a 1 sobre o Internacional, neste domingo, em Novo Hamburgo, levou o Cruzeiro aos 53 pontos no Brasileirão e um cenário com a faca e o queijo na mão para conquistar o título: aproveitamento de 73,6%, dez jogos de invencibilidade (nove vitórias e um empate), 11 pontos de vantagem para o segundo colocado e, segundo o matemático Oswald de Souza, 94% de chances de levantar a taça. Os números impressionam. E o dia a dia dentro do campo também. Ao contrário de todas as outras equipes, a Raposa não oscila, não tropeça, não falha. A explicação passa por alguns pontos chaves, como qualidade, foco, encaixe, fator casa. Mas nenhum parece tão determinante quanto algo dito na Toca da Raposa desde os primeiros meses do ano: a força do elenco.
- Talvez o Cruzeiro não oscile porque o trabalho está consistente. Talvez pela qualidade de elenco, que me dá condição de ficar sem Goulart e Lucas Silva, e os substitutos fazerem partidas ótimas, tanto o Henrique quanto o Dagoberto. E o Cruzeiro encaixou, até muito mais rápido do que a gente imaginava. Isso é fruto também do ambiente de trabalho. Trinta e poucos jogadores, nunca tive um problema de insatisfação de não ter sido relacionado para um jogo – tentou explicar o técnico Marcelo Oliveira.
Willian gol Cruzeiro contra o Internacional (Foto: Edu Andrade / Ag. Estado)Willian festeja seu gol contra o Internacional no domingo (Foto: Edu Andrade / Ag. Estado)
Quando se imaginava que o time teria jogos mais complicados, como nas duas últimas rodadas, o que se viu foi o oposto. A distância para o vice-líder, que era de quatro pontos antes do confronto direto com o Botafogo, pulou para 11. O Cruzeiro empatou com o Corinthians e venceu o Inter, ambos fora de casa. Já o alvinegro carioca saiu derrotado em duas partidas no Maracanã, contra Bahia e Ponte Preta.
É verdade que essa distância de 11 pontos nos ajuda bastante, nos encoraja. Mas existem 14 rodadas. É pé no chão, continuar trabalhando da mesma maneira"
Ceará
Para o atacante Dagoberto, que é reserva mas foi titular diante do Inter, a vantagem aberta nesta altura do campeonato não foi à toa. Com a sequência de jogos e o desgaste dos jogadores, ficou mais evidente a interferência do elenco.
- Eu vejo que nós chegamos a um momento no campeonato em que você vai ter resposta de vários clubes. Vocês da imprensa são inteligentes e estão vendo que o elenco fazendo diferença. Quando sai um jogador, entra o Henrique, entro eu. Graças a Deus conseguimos manter um ritmo bacana. Nosso time vai buscando a cada dia melhorar. Esse é nosso objetivo - afirmou.
O caminho do título
Só uma série de tropeços improváveis é capaz de tirar o título do Cruzeiro. O time celeste evita fazer contas, fala no jogo a jogo, mas, embora o discurso entre os jogadores seja de pés no chão, destacando os 42 pontos que ainda serão disputados, a matemática mostra que a taça está perto. E para isso basta manter uma escrita. Invicto no Mineirão nesta temporada, o Cruzeiro ainda terá sete jogos em casa. Se vencer todos, chega aos 75 pontos, suficientes para o título em todos os outros anos do Brasileirão por pontos corridos.
- É verdade que essa distância de 11 pontos nos ajuda bastante, nos encoraja. Mas existem 14 rodadas. É pé no chão, continuar trabalhando da mesma maneira, pois na quarta ainda há uma partida difícil – disse o lateral Ceará.
O único tropeço
Para não dizer que o Cruzeiro nunca tropeçou, houve um jogo no Brasileirão que foi lamentado na Toca da Raposa. Foi o empate por 1 a 1, no Canindé, com a Portuguesa (veja os melhores momentos no vídeo ao lado). E a Lusa, em ascensão, é justamente o próximo adversário. Para o meia Éverton Ribeiro, o Cruzeiro não pode repetir os erros daquele jogo.
- Foi um jogo difícil. Nós desperdiçamos muitas oportunidades e acabamos ficando apenas no empate, embora merecêssemos a vitória. Dentro de casa não podemos dar esse vacilo. Até por isso, temos que ficar atentos com a Portuguesa, pois vem numa crescente e vai dificultar para a gente no Mineirão - previu
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CORINTHIANS


Após oitava partida sem vitória, atletas conversam para tentar corrigir erros da equipe no segundo semestre. Técnico é blindado pelo elenco


Os jogadores do Corinthians se reunirão na tarde desta segunda-feira, no CT Joaquim Grava, para mais uma conversa sobre a situação vivida pela equipe no segundo semestre de 2013. Sem vencer há oito jogos, o Timão vive seu pior momento nos últimos anos - e a derrota por 4 a 0 para a Portuguesa, em Campo Grande (MS), foi a gota d'água (veja os melhores momentos no vídeo ao lado).
Após conquistar cinco títulos nas últimas três temporadas, a equipe está em queda livre na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. E os atletas ainda buscam entender o que levou o Alvinegro a tal situação.
O atleta tem de assumir a sua parte. A possibilidade de o Tite sair nunca passou pela nossa cabeça."
Emerson Sheik
Perda de jogadores por lesão, acomodação após ganhar tudo o que era possível, necessidade de reforços... As tentativas de explicação são diversas, mas ninguém consegue dizer o que levou o Corinthians a atravessar o mês de setembro sem uma única vitória após a goleada por 4 a 0 sobre o Flamengo. A diretoria usa tal argumento, sobre a ausência de fatores claros para uma derrocada, também para justificar a permanência do técnico Tite.
A postura do elenco em relação ao comandante é clara. Nenhum jogador quer que Tite pague o preço pelas derrotas entregando seu cargo. Após a goleada por 4 a 0 para a Portuguesa, em Campo Grande, Emerson Sheik e Alessandro substituíram o treinador na tradicional entrevista coletiva. Entre ouvir críticas e cobranças ou ver o técnico pedir para sair, os atletas preferem a primeira opção.
– A diretoria teve competência de manter o grupo, contratou novos jogadores... O atleta tem de assumir sua parcela de responsabilidade. A possibilidade do Tite sair nunca passou pela nossa cabeça. Ele é nosso líder, é o cara que nos deu cinco títulos nos últimos três anos. Temos todo o carinho e respeito pelo nosso técnico. É hora dos atletas campeões do mundo botarem a cara e assumirem que assim não está legal – afirmou Emerson.
Tite derrota Corinthians contra Portuguesa (Foto: Rodrigo Coca / Ag. Estado)Tite, durante a derrota do Corinthians para a Portuguesa (Foto: Rodrigo Coca / Ag. Estado)
A relação entre jogadores, comissão técnica e diretoria vem sendo aberta. Com o presidente Mário Gobbi trabalhando no CT Joaquim Grava, as conversas entre o elenco e os responsáveis pelo futebol tornaram-se fato recorrente. O clima é de auto-cobrança: todos sabem que o Corinthians não poderia se encontrar em tal situação, especialmente com o elenco milionário que construiu nos últimos anos.
Somente Alexandre Pato, principal reforço para esta temporada, por exemplo, custou R$ 40 milhões aos cofres do clube. Com base semelhante à utilizada no ano passado, quando foi campeão da Taça Libertadores da América e do Mundial de Clubes, o Corinthians amarga a 13ª colocação do Campeonato Brasileiro, com 31 pontos. Distância de dez para o G-4 e apenas seis para a zona do rebaixamento.
– Vamos sentar, conversar e expor um pouquinho. Se tem alguma coisa, se não tem... Vamos nos cobrar um pouco mais, porque com a qualidade que temos dentro do elenco, com o nível de profissionais que temos, isso não é o que queremos. Os atletas também não querem isso. Não vamos buscar culpados... Não é treinador, atleta, é um grupo de trabalho. Quando ganhamos, todos saíram abraçados. Agora vamos nos abraçar de novo – afirmou o gerente de futebol Edu Gaspar.
O clima no vestiário corintiano após a derrota para a Portuguesa assustou os jogadores, quepediram ao técnico Tite que não desse entrevista coletiva justamente por temerem qualquer reação precipitada do comandante, que se encontrava mais abatido que o normal. A diretoria não foge ao ser questionada sobre o nível de gravidade da situação alvinegra: a reação deve vir “para ontem”.
– Passou do ponto? Passou. Já deveríamos ter tido melhores resultados. A postura é de comprometimento com o que o Corinthians quer – completou Edu
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BRASILEIRAO 2013


Treinador pede 'pés no chão', mas diz que time está caminhando cada vez mais para se afastar da zona da degola


Ciente da cultura rubro-negra de achar que tudo é uma maravilha nas vitórias e que o time é o pior do mundo nas derrotas, o técnico Jayme de Almeida tratou de repelir qualquer tipo de euforia com a goleada por 4 a 1 sobre o Criciúma, neste domingo, no Maracanã. (confira ao lado os gols do jogo).
- Era um jogo de importância muito grande. No primeiro tempo, fizemos uma partida muito boa, trabalhamos a bola. Entramos com Elias mais adiantado. Carlos Eduardo estava cansado. Fomos felizes no que nos propusemos. Fizemos dois gols de bola parada. O time do Criciúma é muito perigoso, tem jogadores rápidos na frente. Nosso time está numa situação que às vezes passa insegurança, como foi no segundo tempo. O Criciúma cresceu. Mas o jogo acalmou, saíram os contra-ataques. O resultado é de 4 a 1, mas sabemos que o Flamengo não está nenhuma 'oitava maravilha'. Temos que ter pés no chão. Estamos caminhando para cada vez mais nos afastarmos dessa zona - analisou o técnico, que viu o time abrir cinco pontos de vantagem em relação ao Z-4.
Jayme de Almeida jogo Flamengo e Cricúma (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)Jayme de Almeida pede equilíbrio ao Flamengo depois da goleada (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Embora ainda veja o Flamengo longe do ideal, Jayme elogiou o futebol ofensivo praticado por sua equipe. Também observou que o time sofreu o baque da expulsão de Felipe, aliado ao gol do Criciúma, mas considerou o saldo positivo. Chances de rebaixamento e a união com a torcida foram outros temas que você confere na entrevista abaixo:
Mérito da equipe e formação
- Fizemos uma formação com Amaral e Luiz Antonio mais por trás, mas saindo, dando liberdade para Elias e André Santos. Atacamos bem. Jogamos um futebol muito ofensivo. O resultado de 4 a 1 foi porque criamos bastante e fizemos o resultado.
Queda no segundo tempo
- Existe uma insegurança. Tenho a certeza de que o time sentiu pouco ao sofrer o gol, ao perdermos um jogador expulso. O Criciúma veio para cima. Ficamos bastante encurralados. Não queria sair daqui com uma vitória apertada, até pela auto-estima dos nossos jogadores. Estamos ficando cada vez mais fortes para sair dessa situação o mais rápido possível e ter tranquilidade.
Ataque rubro-negro
- Temos trabalhado para melhorar nos índices. É uma preocupação a equipe fazer poucos gols. O Flamengo precisa de qualidade e determinação. O tempo é curto, quarta e domingo, não dá muito tempo para trabalhar. O Flamengo tem que jogar futebol. Nesses três jogos em que estou no comando, está caminhando num passo legal. Contra o Náutico criamos chances e perdemos gols. A situação continua difícil. Vou trocar o menos possível e dar mais determinação ao grupo.
É uma torcida de 40 milhões. Quem jogou ou joga aqui sabe a importância. Ajuda muito. Tenho recordações bacanas. A torcida tem que estar junto com a equipe, mas o time precisa fazer com que a torcida se sinta forte. Tem que haver essa simbiose."
Jayme de Almeida
Situação do time
- A rodada era fundamental. Se perde ou empata, olha a pressão, olha o jogo de quarta-feira (contra o Coritiba, no Paraná). Fiquei feliz pelo empenho. Legal que nos propusemos a fazer uma coisa e tem dado certo. Podemos continuar nesse caminho. Esse resultado nos dá mais tranquilidade. Será um jogo dificílimo com o Coritiba. Temos que pontuar. Acho que o que falta é uma sequência de resultados. O Flamengo sobe e para. Vamos tentar subir dois, três degraus para nos afastarmos da zona.
Briga com rebaixamento
- Seria leviano se dissesse que acabou o risco. Precisamos trabalhar muito para sair dessa situação. O perigo continua e temos consciência disso. Não tem um jogo fácil. Sabemos disso.
Turma da mureta
- Procuro me concentrar no jogo. Acho legal, tenho muito respeito, me deram uma toalhinha. Mas tenho que prestar atenção no jogo. Não tem como interagir. Se for uma coisa sem maldade e violência, é legal. Tomara que junto com eles tiremos o Flamengo dessa situação.
União com a torcida
- É uma torcida de 40 milhões. Quem jogou ou joga aqui sabe a importância. Ajuda muito. Tenho recordações bacanas. A torcida tem que estar junto com a equipe, mas o time precisa fazer com que a torcida se sinta forte. Tem que haver essa simbiose
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Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...