terça-feira, 17 de novembro de 2015

FUTSAL

Corinthians para no Orlândia de novo e cai na semifinal pelo 6º ano seguido

Time do interior repete façanha de 2012, 2013 e 2014, e elimina Timão com empate no tempo normal e na prorrogação. Partida é marcada por brigas dentro e fora da quadra

Por Uberaba, MG

Em 2010 o algoz foi o Marechal Rondon. Em 2011 o Carlos Barbosa. Nos três anos seguintes, coube ao Orlândia a proeza de eliminar o Corinthians na semifinal da Liga Nacional de Futsal. Nesta segunda-feira, o Timão teve a sexta chance seguida para chegar à inédita final da LNF. O rival era o mesmo Orlândia, algoz dos três anos anteriores. No primeiro jogo, empate em 3 a 3 no Parque São Jorge. A partida de volta, disputada em Uberaba-MG, parecia que teria um contorno diferente dos anos anteriores. O Orlândia vencia por 3 a 0 até os 12 minutos do segundo tempo. Quando parecia entregue, o Corinthians arrancou um empate em 3 a 3, levando a decisão para a prorrogação. No entanto, a reação corintiana parou por aí. O 0 a 0 no tempo extra classificou o time do interior, que tinha a vantagem do empate por ter a melhor campanha.
O jogo foi marcado por uma grande confusão, que interrompeu a partida por cerca de 20 minutos no fim do primeiro tempo (assista no vídeo acima). O ápice da briga aconteceu quando um torcedor, que estava na arquibancada do lado do Orlândia, invadiu a quadra para agredir o goleiro Deivd, da equipe do interior paulista. Naquele momento, a partida estava paralisada após uma troca de empurrões entre jogadores das duas equipes, iniciada após discussão entre Neto, do Corinthians, e Gadeia, do Orlândia.
Gadeia comemora gol contra o Corinthians (Foto: Marcio Damião/ADC Intelli)Gadeia comemora o primeiro gol do Orlândia. Ala acabou expulso em confusão (Foto: Marcio Damião/ADC Intelli)
Os gols orlandinos foram marcados por Gadeia, Ciço e Douglas. DeivesElisandro e Leandro balançaram a rede pelo Timão (assista aos gols no vídeo abaixo). O rival do Orlândia na final será o Carlos Barbosa, que eliminou o Sorocaba do craque Falcão neste domingo. As partidas da decisão serão realizadas nas duas próximas segundas-feiras (23 e 30). O primeiro jogo, com mando do Orlândia, será novamente em Uberaba, e o duelo decisivo será na Serra Gaúcha. O time paulista busca o terceiro título da LNF, enquanto os gaúchos lutarão pela quinta conquista.


O JOGO

A primeira chance foi do Corinthians. Após lançamento para Nenê na área orlandina, a bola chegou limpa para Elisandro, que chutou para a defesa de Deivd. Aos quatro, Nenê arriscou de longe, a bola bateu no travessão e quicou em cima da linha. Os corintianos pediram gol, mas a arbitragem não validou a jogada. Para aumentar ainda mais o drama alvinegro, o Orlândia abriu o placar no lance seguinte. O autor do gol foi Gadeia, completando passe de Jackson. O Timão não se abateu e continuou criando chances. Aos oito, Valdin finalizou da direita e mandou próximo ao travessão. 
Fechado e jogando nos contra-ataques, o Orlândia assustou aos 10. Em cobrança de falta da intermediária, Ciço soltou uma bomba, e Guitta espalmou para o lado. Aos 12, Gadeia avançou pela direita e bateu cruzado. A bola cruzou a área corintiana e se perdeu pela linha lateral. O Corinthians respondeu aos 13, quando Leandro se livrou de Jackson e foi derrubado por Deivd dentro da área. A arbitragem mandou o jogo seguir. 
A cinco minutos do intervalo, a torcida uberabense foi brindada com dois lances incríveis. O primeiro deles foi uma defesa espetacular de Guitta, em chute de Ciço, que buscava o ângulo. Na mesma jogada, o goleiro corintiano tentou um lançamento longo e acabou acertando o travessão de Deivd, que contou com a sorte para não levar o gol de empate. Aos 19, Simi recebeu na frente e tocou no contrapé de Deivd, que conseguiu fazer mais uma grande defesa. 
Quando o primeiro tempo chegava ao seu final, uma grande confusão interrompeu a partida por cerca de 20 minutos. Após discussões e trocas de empurrões entre jogadores e agressões de torcedores, a partida foi reiniciada com três jogadores expulsos. Pelo lado do Orlândia, receberam cartão vermelho: Deivd e Gadeia. Neto foi expulso no Corinthians. 
Orlândia Corinthians semifinal LNF 2015 confusão uberaba (Foto: Cleber Akamine)Policiais militares tiveram de intervir na segurança da partida (Foto: Cleber Akamine)
Por conta das expulsões, o Orlândia voltou para o segundo tempo com apenas dois jogadores na linha contra três do rival - o goleiro Du foi lançado pelo técnico Cidão. O Corinthians pressionou incessantemente, mas não conseguiu o gol. Na melhor oportunidade, Simi acertou a trave. Já recomposto, o Orlândia teve grande chance para ampliar aos cinco, quando Ciço arrancou sozinho e tocou na saída de Guitta, que conseguiu desviar para escanteio. As cinco, Douglas avançou pela direita e finalizou rente ao poste.
O jogo seguiu movimentado nos minutos seguintes. Aos sete, Deives arriscou da intermediária, e Du espalmou pela linha de fundo. Dois minutos depois, o Orlândia conseguiu chegar ao seu segundo gol. Após tabela entre Dieguinho e Felipe, a bola chegou limpa para Ciço, que só teve o trabalho de empurrar para a rede. Aos 12, o Orlândia tratou de marcar o terceiro e deixar a classificação à final bem encaminhada. O autor do gol foi Douglas, aproveitando bobeada de Pepita.
Após o gol, o técnico Fernando Ferretti lançou Leandro como goleiro-linha. E logo na primeira boa jogada, a bola chegou a Deives, que diminuiu para 3 a 1. O gol animou o Corinthians, que aumentou a pressão nos minutos finais. Aos 15, Simi carimbou a trave mais uma vez. Aos 17, Elisandro recebeu na frente e chutou no contrapé de Deivd para marcar o segundo gol corintiano, incendiando o final do jogo. E o que parecia impossível aconteceu. Empurrado pela Fiel, o Timão continuou pressionando e chegou ao empate aos 18, com Leandro, em chute da entrada da área: 3 a 3, resultado do tempo regulamentar.
Mesmo com a vantagem do empate no tempo extra, o Orlândia começou o tempo extra pressionando. Logo no primeiro minuto, Jackson colocou Guitta para trabalhar. O Corinthians respondeu com duas finalizações de Valdin em sequência. A segunda delas resvalou na trave. Aos quatro, o Corinthians perdeu Nenê, expulso, ficando com um jogador a menos pelos dois minutos seguintes. O Orlândia aproveitou para pressionar, mas acabou esbarrando na ótima atuação de Guitta, que garantiu o placar zerado até o Timão ficar recomposto.
No segundo tempo, Ferretti voltou a lançar Leandro como goleiro-linha. Aos dois, Munim soltou uma bomba da intermediária, e Du tirou com um soco. Um minuto depois, foi a vez de Arthur finalizar por cima da meta. Cada vez mais fechado, o Orlândia aguardou o Corinthians em sua quadra. E a estratégia acabou dando certo, pois o Timão não conseguiu furar o bloqueio da equipe orlandina, que ficou com a classificação. Após o apito final, os jogadores do time do interior comemoraram efusivamente a conquista da vaga.
ESCALAÇÕES

Orlândia:
 Deivd, Renan, Jackson, Gadeia e Dieguinho. Entraram: Felipe, Ciço, Kauê, Renan Fuzo, Douglas, Cabreúva, Du, Guina e Matheus. Técnico: Cidão.
Corinthians: Guitta, Nenê, Leandro, Caio e Elisandro. Entraram: Luiz, Neto, Munim, Deives, Simi, Arthur, Valdin, Gabriel e Pepita. Técnico: Fernando Ferretti.

FUTSAL

Briga dentro e fora de quadra paralisa semifinal entre Orlândia e Corinthians

Confusão começou entre jogadores e foi inflamada após invasão de um torcedor, que empurrou o goleiro do Orlândia. Polícia Militar atuava apenas fora do ginásio em MG

Por direto de Uberaba, MG
Uma briga generalizada interrompeu por cerca de 20 minutos a semifinal da Liga Nacional de Futsal (LNF) entre Orlândia e Corinthians, nesta segunda-feira, em Uberaba, Minas Gerais(assista no vídeo acima). O ápice da confusão aconteceu quando um torcedor, que estava na arquibancada do lado do Orlândia, invadiu a quadra para agredir o goleiro Deivd, da equipe do interior paulista (assista no vídeo abaixo). Naquele momento, a partida estava paralisada após uma troca de empurrões entre jogadores das duas equipes, iniciada após discussão entre Neto, do Corinthians, e Gadeia, do Orlândia.
Corinthians x Orlândia - briga semifinal LNF (Foto: Reprodução/SporTV)Torcedores de Corinthians e Orlândia brigam na arquibancada (Foto: Reprodução/SporTV)
Logo após a agressão a Deivd, os seguranças do Orlândia foram à arquibancada tentar retirar o torcedor. Um orlandino chegou a agredir o mesmo com socos e chutes, gerando revolta nos corintianos, que passaram a trocar mais agressões com os torcedores rivais nas arquibancadas. Após alguns minutos de muita briga, policiais militares entraram no ginásio para conter a confusão. Segundo o Orlândia, mandante da partida, cerca de 100 agentes privados faziam a segurança do jogo. Já a organização da LNF falou em 40 homens presentes dentro do ginásio.
- No estado de Minas Gerais, trabalha-se com seguranças privados no ginásio, e policiais fora dele - afirmou o diretor de esportes do Orlândia, Carlos Silva, que aproveitou o momento para fazer um desabafo.
- Nós, supervisores, temos que sentar e conversar porque não podemos ter mais torcidas divididas. Temos que ter torcida única no futsal, pois os ginásios não comportam duas torcidas em partidas importantes como essa - completou, em entrevista ao SporTV.
Reiniciada a partida, a arbitragem expulsou os orlandinos Deivd e Gadeia e o corintiano Neto. O Orlândia ia vencendo por 3 a 0, mas o Timão correu atrás do prejuízo e empatou a partida em 3 a 3, forçando a prorrogação. Com a vantagem do empate para ir à final, o Orlândia segurou o 0 a 0 no tempo extra e garantiu a vaga na decisão da LNF contra o Carlos Barbosa. A decisão será em dois jogos, nas duas próximas segundas-feiras (23 e 30 de outubro). O primeiro duelo será em Uberaba, com o mando dos paulistas, e o segundo em Carlos Barbosa, no Rio Grande do Sul.    

SELEÇÃO BRASILEIRA

Brasil fecha ano de mudanças contra o Peru com mais dúvidas que certezas

Último jogo de 2015 mostra como a Seleção saiu de um início promissor para um final de interrogações: do goleiro ao centroavante, do esquema tático a antigos "intocáveis"

Por Salvador
A seleção brasileira disputa seu último jogo no ano nesta terça-feira, às 22h, com transmissão ao vivo do GloboEsporte.com, que também vai acompanhar em Tempo Real a partida contra o Peru, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Encerramento de uma temporada que teve certa inversão cronológica. O Brasil partiu de um início promissor, em que parecia próximo de definições sobre equipe e estilo de jogo, para um fim de ano cercado de interrogações.
Desde março, quando a equipe conquistou sua vitória mais contundente desde o fim da Copa do Mundo, sobre a França, em Paris, até a partida desta terça-feira, em que uma vitória sobre o Peru é essencial para não se distanciar do grupo de líderes do torneio que dará vagas no Mundial da Rússia, de 2018, a equipe treinada por Dunga passou uma série de mudanças. Pegou retornos e atalhos errados numa estrada que parecia não ter grandes desvios.
Neymar treino seleção brasileira Salvador (Foto: André Mourão / MoWA Press)Neymar mostra habilidade no controle de bola em treino da Seleção em Salvador (Foto: André Mourão / MoWA Press)
O sistema tático, por exemplo, mudou. O centroavante, que estava praticamente sepultado, ressurgiu, mas não emplacou. O "dono" do meio-campo virou reserva, o zagueiro que havia recuperado prestígio voltou a ser escanteado e o goleiro rejuvenesceu.
Com quatro pontos no torneio, o Brasil está atrás do líder Equador, do Chile e do Uruguai, que se enfrentam também nesta terça, o que pode representar ascensão na tabela em caso de vitória na Fonte Nova. Porém, qualquer outro resultado significa uma avalanche de seleções que podem passar por cima da posição brasileira. Como as próximas partidas só serão disputadas em março de 2016, contra Uruguai (em casa) e Paraguai (fora), dependerá desta noite de terça o clima da longa pausa de quatro meses: sossego para trabalhar ou tensão semanal.
Veja por quais mudanças essenciais a Seleção passou em 2015, até o jogo contra o Peru.
CENTROAVANTE: TER OU NÃO TER?
Montagem Firmino e Ricardo Oliveira, Seleção (Foto: Editoria de arte)Firmino começou ano como titular, agora nem foi convocado; R. Oliveira fez gol, mas já pode sair (Foto: Editoria de arte)
O Brasil começou o ano sem centroavante, resultado da tentativa bem sucedida de Dunga em exterminar o camisa 9 de origem no segundo semestre do ano passado. Diego Tardelli e Roberto Firmino disputavam um lugar ao lado de Neymar no ataque da Seleção. Mas o desempenho discreto da dupla na Copa América, a transferência do ex-atleticano para o futebol chinês, e lesões de Firmino fizeram com que ambos terminassem o ano fora até da lista de 23 convocados. E o centroavante, que estava quase fechando os olhos para sempre, ressurgiu. Dunga tentou Hulk, num certo improviso, e, nos dois últimos jogos, escalou Ricardo Oliveira, artilheiro do Campeonato Brasileiro. Contra a Argentina, o time melhorou quando Douglas Costa entrou em seu lugar, essa é a tendência para o jogo desta noite. Ter ou não ter centroavante? Eis a questão.
CAMISA 1 OU 23?
Montagem Jefferson e Alisson, Seleção (Foto: Editoria de arte)Amistosos não seguraram Jefferson após Copa América irregular; melhor para o jovem Alisson (Foto: Editoria de arte)
Em vez da experiência de Jefferson, 32, a juventude de Alisson, 23. O Brasil trocou seu goleiro ao longo do ano. Mais uma vez, a Copa América foi o divisor de águas. O botafoguense iniciou 2015 impulsionado por boas atuações, com direito a defender pênalti de Messi, e fechou o gol naquele amistoso diante dos franceses. Mas no torneio foi inseguro, e levou Dunga a buscar um novo guardião. Diego Alves, do Valencia, seria o favorito, mas teve grave lesão no joelho. Marcelo Grohe, do Grêmio, disputou amistosos em setembro, mas machucou o ombro na véspera da estreia nas eliminatórias. E Alisson, pelas beiradas, com o número 23, mesmo de sua idade, nas costas, beliscou a vaga. Disputará seu terceiro jogo consecutivo contra o Peru e terminará o ano como goleiro titular. Será também em março? Ninguém pode garantir.
4-2-3-1
Montagem Diego Tardelli e Douglas Costa, Seleção (Foto: Editoria de arte)Esquema teve troca da movimentação de Tardelli pela velocidade de pontas como Douglas Costa (Foto: Editoria de arte)
A forma de jogar também mudou. O 4-4-2 que tinha Oscar e Willian como meias abertos, Neymar e Tardelli (Firmino) mais adiantados e centralizados, com liberdade total de movimentação, deu espaço a um sistema mais engessado, "quadradão", que havia ficado para trás. O 4-2-3-1 usado por Dunga durante seu primeiro ciclo, até 2010. Com certas adaptações, é verdade, mas muito parecido. Neymar (Douglas Costa) na esquerda, Lucas Lima (Oscar) no meio e Willian na direita, com uma referência, um centroavante à frente. Nesta terça, caso Douglas Costa substitua Ricardo Oliveira e Neymar seja adiantado, a movimentação volta a dar o tom. Ou seja, trata-se de mais uma incerteza que a seleção brasileira levará deste 2015.
DONO DO MEIO
Montagem Oscar e Lucas Lima, Seleção (Foto: Editoria de arte)De absoluto no meio-campo, presente em todos os jogos, Oscar virou reserva de Lucas Lima (Foto: Editoria de arte)
Oscar fez o gol de empate do Brasil contra a França, em março, e deu início à grande virada. Era seu sétimo jogo em sete com Dunga, 100% de presença e confiança total do professor. Mas lesões o tiraram da Copa América e dos amistosos seguintes, nos Estados Unidos. Quando o jogador do Chelsea retornou, não era mais o mesmo. Apático, sem conseguir desenvolver o futebol eficiente que já havia conquistado Mano Menezes e Luiz Felipe Scolari na Seleção, ele resistiu às críticas até ser substituído por Lucas Lima no empate contra a Argentina. Na substituição do segundo tempo, quem entrou foi Renato Augusto. De intocável a reserva, situação rara, Oscar foi mais um que andou para trás na conturbada temporada.
 
VOLTOU, ERROU E SUMIU
Montagem Thiago Silva e Gil, Seleção (Foto: Editoria de arte)Erro de Thiago Silva não foi perdoado e abriu espaço para convocação de Gil, titular nesta terça (Foto: Editoria de arte)
O gelo aplicado em Thiago Silva depois da Copa do Mundo havia terminado. Com a lesão de David Luiz, ele foi titular na emblemática vitória sobre a França, e também na partida seguinte contra o Chile. Teve boas atuações e ficou no grupo para a Copa América. Começou no banco, mas ganhou a vaga de David logo na segunda partida. Fez gol no jogo da classificação contra a Venezuela. O roteiro construía um épico de final feliz, mas lá veio a mão do destino, ou melhor, a do zagueiro mesmo, para atrapalhar. Um soco na bola, idêntico ao que ele havia feito em seu clube, o PSG, ocasionou pênalti para o Paraguai e a eliminação no torneio sul-americano. Culpado pela comissão técnica, não voltou mais. Certamente será alvo de debates e avaliações para 2016, já que não se discute sua capacidade, e sim o fator psicológico que o leva a desabar ou cometer atos inexplicáveis para um jogador de sua qualidade em momentos decisivos.
FICHA TÉCNICA
BRASIL: Alisson, Daniel Alves, Miranda, Gil e Filipe Luís; Luiz Gustavo, Elias, Lucas Lima, Willian e Douglas Costa (Ricardo Oliveira); Neymar. Técnico: Dunga
PERU: Penny, Advíncula, Zambrano, Ascues e Yotún; Tapia, Lobatón, Reyna e Cueva; Farfán e Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca
Data: 17/12/2005 Horário: 22h (de Brasília) Local: Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)Árbitro: José Buitrago (COL) Auxiliares: Eduardo Diáz e Wilmar Navarro (COL) Transmissão: a TV Globo, o GloboEsporte.com e o Sportv transmitem a partida ao vivo. O site também acompanha em Tempo Real.

UFC

Holm revela papo com Ronda: "Disse que gosto dela, a respeito e agradeci"

Nova campeã dos pesos-galos do UFC diz que não lutou apenas boxe, mas sim MMA e conta que treinou a prevenção às chaves de braço para evitar que a rival o aplicasse

Por Melbourne, Austrália
Holly Holm Ronda Rousey MMA UFC 193 (Foto: Paul Crock/AFP/Getty Images)Holly Holm aplica o chute que nocauteou Ronda Rousey no UFC 193 (Foto: Paul Crock/AFP/Getty Images)

A nova campeã peso-galo do UFC, Holly Holm, fez questão de mostrar respeito e agradecimento a Ronda Rousey logo após derrotá-la por nocaute no UFC 193, no último sábado. Segundo o jornal "Los Angeles Times", Holm teria conversado rapidamente com a rival logo após o duelo, no Etihad Stadium, em Melbourne, na Austrália.

- Eu disse que gostava dela e que nenhuma de nós, lutadoras, teríamos tido as oportunidades que tivemos se ela não tivesse sido uma grande campeã, e também disse que a respeito muito. Ter vencido uma vez te dá muita confiança, mas uma revanche é diferente. Eu sofri um nocaute brutal em 2011, no boxe, e quis demais a revanche. consegui, e vinguei a minha derrota. O segredo do sucesso de Ronda é a sua confiança. Ela é muito determinada e forte mentalmente. Ser confiante não é um problema, e não acho que ela estava confiante demais. Nunca se sabe o que vai acontecer em uma luta, e essa imprevisibilidade é que motiva os fãs.

Holm também falou da sua estratégia na luta, e disse que ficou orgulhosa de ter usado não só suas habilidades do boxe, mas também técnicas de outras modalidades de luta para derrotar a então campeã.

- Estou orgulhosa da minha performance e do que o boxe me ensinou e que eu pude usar na luta. Mas acho que me portei como uma lutadora de MMA. O chute foi o que a nocauteou. Eu usei a movimentação do boxe e o jogo de pés que preparou os golpes, mas na luta ela me pressionou na grade, e eu consegui sair. Houve um clinche e eu me defendi com com o corpo, impedindo que ela me derrubasse. Eu lutei mais que boxe, mas sem dúvidas ele me ajudou muito, assim como todo o meu treinamento. Eu comecei meu camp com chaves de braço, e a princípio achei burrice, pois tínhamos pouco tempo para a luta. Mas depois, quando alguém vinha tentar aplicar chaves de braço, eu conseguia impedir, porque sabia aonde aquilo iria dar. Pude perceber antes que o golpe começasse a ser executado. A ideia era prevenir a execução do golpe, e foi útil no primeiro round, quando estávamos no chão. Vi que o golpe estava vindo e saí da posição na mesma hora.
Holly Holm Ronda Rousey MMA UFC 193 (Foto: Getty Images)A nova campeã garantiu que lutou mais que boxe contra Ronda Rousey em Melbourne (Foto: Getty Images)


Holm disse também que frustrou Ronda em tudo que a ex-campeã tentou, e acredita que o plano da rival não era lutar em pé todo o tempo.

- Não deixei que ela aplicasse o clinche nem que ela fizesse o que queria fazer. Ronda me pressionou na grade, travou a minha cabeça e tentou me desequilibrar com o quadril, mas eu peguei o timing dela. Não acho que ela quis lutar em pé o tempo todo. Nosso plano de luta funcionou bem e consegui ter total controle das ações no octógono. Minha equipe me disse para andar para frente todo o tempo e vencer os rounds claramente, porque a campeã era ela. Decidi então que colocaria um ritmo muito forte por 25 minutos, me impondo a ela.
 

Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...