segunda-feira, 23 de novembro de 2015

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Inter reage na briga por G-4, e Coxa diminui o risco de cair para 24%

Após vitória no Gre-Nal e a derrota do São Paulo para Timão, chances do Colorado sobem para 33%, mas Tricolor é maior candidato, com 51%. Vasco ainda em perigo

Por Rio de Janeiro
Tabela chances Série A 36ª rodada (Foto: GloboEsporte.com)
Com o título assegurado no meio da semana para o Corinthians, o que há de mais interessante nesta reta final do Brasileirão 2015 é a disputa pela quarta vaga no G-4 e a briga contra o rebaixamento. E os maiores vencedores da rodada são, na parte de cima, o Internacional, que com a vitória no Gre-Nal viu suas chances de classificação para a Libertadores subirem para 33%, e, na parte de baixo, o Coritiba, que só tem 24% de possibilidade de cair. Os dados são do matemático Tristão Garcia, do Infobola.
O São Paulo, mesmo goleado impiedosamente pelo Timão por 6 a 1, só viu reduzir suas chances de ficar com a vaga do G-4 de 53% para 51%. O Santos, que deixou escapar a oportunidade de ficar em quarto lugar ao ser derrotado pelo Coxa, agora só tem 15% de possibilidades de ser o quarto colocado. Nas duas últimas rodadas, o time vai encarar dois adversários que brigam para não cair: o Figueirense, no Morumbi, e o Goiás, no Serra Dourada. Corinthians e Atlético-MG já está garantidos no torneio continental. O Grêmio está muito perto de assegurar a sua vaga, com 99% de probabilidade.
Na luta para escapar do Z-4, o Joinville está matematicamente rebaixado após a derrota em casa para o Vasco por 2 a 1, enquanto o Avaí, que perdeu para o Fluminense por 3 a 1 e entrou na zona da degola, ocupando a 17ª posição, com 38 pontos, tem 70% de chances de cair para a Série B em 2016.
Inter reage na briga pelo G-4
Enquanto o Corinthians trucidava o São Paulo com time reserva, o Inter vencia o Gre-Nal no Beira-Rio e deixava o torcedor colorado duplamente feliz. Primeiro pela vitória sobre o maior rival, que o goleara no primeiro turno por 5 a 0. Segundo porque, com a derrota do São Paulo, o time empatou em pontos (56) com o Tricolor Paulista. E agora aumentou as chances de obter a quarta vaga para a Libertadores de 13% na rodada anterior para 33%. Nas duas últimas rodadas, a equipe gaúcha vai encarar o Flu, no Maracanã, e depois recebe o Cruzeiro.
O Santos diminuiu suas possibilidades ao ser derrotado pelo Coritiba por 1 a 0 no Couto Pereira, permanecendo com 55 pontos. Ultrapassado pelo Inter, que foi a 56, viu suas chances de conseguir a classificação para a Libertadores caírem de 26% para 15% - mas o Peixe decide a Copa do Brasil contra o Palmeiras e pode se classificar para a competição sul-americana se conquistar o título. O empate por 1 a 1 com a Ponte Preta reduziu a zero as chances do Flamengo em obter a quarta vaga. Segundo Tristão Garcia, embora a Macaca ainda possa conseguir matematicamente a classificação para a Libertadores, as chances são desprezíveis. 
Corinthians x São Paulo carlinhos felipe fagner  (Foto: Marcos Ribolli)Apesar da goleada para o Timão, São Paulo tem 51% de chances de disputar a Libertadores (Foto: Marcos Ribolli)

Por sua vez, o Sport, que empatou por 0 a 0 com o Atlético-PR, e o Cruzeiro, que ficou no empate com o Palmeiras por 1 a 1, em São Paulo, ainda têm 1% de possibilidades. No domingo, a Raposa recebe o Joinville, às 17h, já sabendo se ainda briga por vaga na Libertadores ou se está definitivamente fora da disputa, pois São Paulo e Internacional jogam no sábado contra Figueirense e Fluminense, respectivamente. Caso um dos dois vença acaba a chance de o time Celeste chegar à Liberta. O Sport, que encara o Corinthians também no domingo, às 17h, na Arena Pernambuco, vive a mesma situação por causa do menor número de vitórias ao longo do Brasileirão. Faltando duas rodadas, o Leão tem 13 triunfos contra 16 do Tricolor Paulista e do Colorado.
Coxa reduz chances de cair
O Coritiba conquistou importante vitória sobre o Santos por 1 a 0, no Couto Pereira. Com o resultado, o Coxa chegou aos 40 pontos e, em 15º lugar, reduziu suas chances cair de 50% para 24%. Empatado em pontos, mas uma posição abaixo, o Figueirense também tem 24% de ser rebaixado após o empate por 0 a 0 com a Chapecoense. Pouco depois vem o Avaí (70%), após a derrota para o Fluminense. O Vasco, mesmo vencendo o Joinville fora, ainda corre muito risco de ser rebaixado - os números caíram de 94% para 87%. O Joinville está rebaixado, e o Goiás tem 95% de chances de cair.

CORINTHIANS

Após taça, Corinthians aumenta busca por reforços e não descarta saídas

Diretoria procura atacantes e meio-campistas para disputar a Libertadores em 2016. Direção diz que não tem ofertas por seus jogadores, mas avaliará se elas chegarem

Por São Paulo
As últimas semanas de 2015 serão intensas para a diretoria do Corinthians. O clube quer aproveitar a conquista antecipada do Brasileirão para adiantar também o planejamento para a próxima temporada – a taça foi recebida no domingo, em Itaquera, após a goleada de 6 a 1 sobre o São Paulo. A ideia do clube é reforçar o ataque e buscar meio-campistas para serem opções a Jadson e Renato Augusto. 
– Sabemos onde reforçar a equipe e já estamos em negociações para estarmos um pouco mais fortes ano que vem – afirmou o gerente de futebol Edu Gaspar.
Tite Corinthians (Foto: Marcos Ribolli)O Corinthians já está em busca de reforços para 2016. Time pode sofrer baixas (Foto: Marcos Ribolli)
Por enquanto, o clima é de mistério. A direção não confirma nomes especulados nos últimos dias. A prioridade está em reforçar o setor ofensivo. Tite gostaria de receber um jogador que atuasse pelos lados do ataque e mais um para disputar a vaga com Vagner Love.
Apesar do título, o treinador sofreu desde as saídas de Guerrero e Emerson. Apenas depois da chegada de Lucca ele ganhou um respiro na posição. Rildo ainda se recupera de uma lesão no ombro, enquanto Lincom teve poucas chances e será devolvido ao Bragantino após o Campeonato Brasileiro. A diretoria estuda investir na contratação de um atacante renomado. 
O clube acredita que estará em uma melhor condição financeira já a partir de janeiro e poderá contratar. No entanto, descarta fazer loucuras. Leia-se gastar muito, como no fim de 2012, quando gastou R$ 41 milhões para buscar Alexandre Pato no Milan.
O retorno dele, aliás, é a última opção. O Corinthians tenta vendê-lo de qualquer maneira nesta janela de transferências do fim do ano. Por conta do bom rendimento dele pelo São Paulo – fez 26 gols –, o Timão confia que receberá boas ofertas. Caso não saia, o atacante se reapresentará ao clube no dia 6 de janeiro. 

Tite vê a necessidade de ter mais meio-campistas de criação que sirvam de alternativas a Jadson e Renato Augusto, dois dos principais jogadores da equipe nesta temporada. Rodriguinho passou a ter mais chances nas últimas rodadas, mas não empolga. 
Roberto de Andrade Corinthians (Foto: Marcos Ribolli)Roberto de Andrade diz que pode estudar propostas (Foto: Marcos Ribolli)
Por outro lado, o Corinthians reconhece que o assédio aumentará sobre seus jogadores após a conquista do título. O presidente Roberto de Andrade jura que ainda não recebeu ofertas, mas admite que avaliará o que aparecer. 
– O futebol é um entra e sai. Não é novidade. Vamos aguardar. Se tiver proposta por alguém, vamos estudar. Sei que para um atleta deixar esse grupo é difícil, a não ser que seja algo fora do comum (financeiramente) – disse Andrade.

CORINTHIANS

Goleada histórica em Itaquera resume temporada de Corinthians e São Paulo

Mesmo com oito reservas, equipe de Tite demonstra organização que o rival do Morumbi não consegue apresentar nem dentro, nem fora de campo neste ano

Por São Paulo
Foram 90 minutos em Itaquera que resumiram toda uma temporada. A maior goleada da história do clássico entre Corinthians e São Paulo mostra que surpreendente, mesmo, é o time do Morumbi ainda brigar por uma vaga no G-4 a duas rodadas do fim do Brasileiro – tem 56 pontos, na quarta colocação do torneio, empatado com o Internacional.
Foi contra o mesmo adversário deste último domingo, no mesmo estádio, que a equipe de Tite se apresentou como a mais forte do país, ainda no começo do ano. Após aquela vitória por 2 a 0 na fase de grupos da Libertadores, muita coisa aconteceu, entretanto.
O Corinthians tropeçou em casa no Paulista e no continental em dois reveses que, em outros tempos, teriam efeitos devastadores no Parque São Jorge. Duas eliminações, contra o maior rival, Palmeiras, e para o Guaraní, do Paraguai, e uma reestruturação que tirou do elenco a sua maior estrela, o peruano Paolo Guerrero. Tite nunca balançou.
A equipe se levantou de forma rápida e voraz: enfileirou vitórias, conquistou o hexacampeonato brasileiro e está prestes a sacramentar a melhor campanha do torneio disputado por 20 clubes, desde 2006 – já igualou os 80 pontos do Cruzeiro de 2014, mas com melhores ataque e defesa.
Formação das duas equipes no início da partida, em Itaquera (Foto: GloboEsporte.com)Formação das duas equipes no início da partida, em Itaquera; Milton Cruz deixou Luis Fabiano na reserva
O São Paulo caiu. Caiu no Paulista, caiu na Libertadores, caiu na Copa do Brasil. Nunca se colocou como candidato ao título nacional. Muricy Ramalho caiu, Juan Carlos Osório caiu, Doriva caiu. Até o presidente Carlos Miguel Aidar caiu, envolto em graves denúncias. 
Em Itaquera, protagonizou a humilhação suprema: foi goleado por seu principal adversário formado por uma maioria de reservas, no dia em que a ele seria entregue a taça do mais importante campeonato do país. Um pesadelo tricolor construído não em dois tempos de 45 minutos, três gols sofridos em cada, mas em uma temporada. O 6 a 1 será eterno.
RESERVAS INSPIRADOS
Tite apostou numa equipe com só três titulares: Cássio, Felipe e Ralf. Entre parentêses, os que começaram o jogo contra o Vasco, na quinta (Foto: GloboEsporte.com)Tite escalou só três titulares: Cássio, Felipe e Ralf. Entre parênteses, os que começaram o jogo contra o Vasco, na quinta
Tite já tinha avisado que não escalaria Gil, Renato Augusto e Elias, que haviam defendido a Seleção, na terça-feira, e o Corinthians, dois dias depois, no empate em 1 a 1 com o Vasco que garantiu o título brasileiro. Não se esperava, porém, que ele escalasse, contra o São Paulo, apenas três titulares que iniciaram o duelo de São Januário.
Os primeiros 15 minutos deram ao torcedor alvinegro a impressão de que a escolha poderia atrapalhar a festa preparada para a Arena. O time não se acertava, dois erros individuais (Bruno Henrique e Cássio) deram ao São Paulo duas oportunidades de fazer o gol.
Depois disso, porém, a equipe se arrumou. Os jogadores em campo emulavam as funções do titulares com qualidade – Danilo, Rodriguinho, Bruno Henrique, Lucca e Romero atuavam como Jadson, Renato Augusto, Elias, Malcom e Vagner Love. Uma organização de fazer inveja a Milton Cruz, que ainda perdeu Ganso, com dores musculares, pouco antes da partida.
Mas em Itaquera, a superioridade alvinegra ia além da tática. Era, principalmente, de comportamento. Os erros defensivos do São Paulo ajudaram, mas não se viu, nos atletas tricolores, qualquer reação – seja pela possibilidade ainda plausível de conquistar uma vaga na Libertadores de 2016, seja pela honra e história do mais vitorioso clube brasileiro.
OS GOLS

Na função de Elias, Bruno Henrique entrou na área como o titular costuma fazer e obrigou Denis a realizar grande defesa. Na cobrança de escanteio, Felipe cabeceou, o goleiro tricolor salvou mais uma vez. Mas Denis jogava sozinho. No rebote, o mesmo Bruno Henrique abriu o placar, sem que ninguém de camisa tricolor o atrapalhasse.
Foi assim também no segundo gol, quando Romero, 1,77 metro, cabeceou dentro pequena área, escoltado por Lucão. Denis falhou no terceiro, ao devolver a bola nos pés de Edu Dracena.
O quarto tento está na galeria de grandes momentos alvinegros no ano: troca de passes entre Romero, Bruno Henrique, Danilo, de letra, e Lucca, que finalizou. O paraguaio ainda teve a ajuda de Hudson no quinto, enquanto Cristian exigiu bater o pênalti do sexto, com a comemoração que planejava repetir desde 2009. Carlinhos fez o de honra do São Paulo pouco antes.
OLÉ


Aos corintianos, o placar pouco importava: a festa estava garantida com a entrega do troféu ao fim da partida. Mas com 2 a 0, aos 31 minutos do primeiro tempo já iniciaram os gritos de "olé". A provocação se estendeu pelo restante do confronto.   
NERVOSISMO

Tinha celebração, mas ainda era um clássico. O clima de festa, em alguns momentos, deu lugar ao nervosismo. Fagner e Thiago Mendes se estranharam na ponta esquerda do ataque do São Paulo. Depois, Felipe bateu boca com Rogério, que reclamou de uma falta dentro de área do Corinthians. As coisas se acalmaram depois, com o placar definido.
MUDANÇA INÚTIL
Milton Cruz mudou o esquema no intervalo, mas a atitude do São Paulo continuou a mesma (Foto: GloboEsporte.com)Milton Cruz mudou o esquema no intervalo, mas a atitude do São Paulo continuou a mesma (Foto: GloboEsporte.com)
Milton Cruz tentou mudar o time no intervalo. Colocou Luis Fabiano e Reinaldo na equipe, nos lugares de Bruno e Rogério. Assim, recuou Kardec para a armação, colocou Carlinhos pela meia-esquerda e Hudson na lateral direita. A alteração foi inútil: a atitude se manteve, o Fabuloso em nada ajudou e Reinaldo ainda cometeu o pênalti do quinto gol alvinegro.
CÁSSIO FECHA O GOL
Já estava 6 a 1 quando Edu Dracena deu um carrinho para tentar tirar a bola de Carlinhos, que caiu dentro da área alvinegra. A marcação, polêmica, foi a primeira penalidade contra o Corinthians em todo o Campeonato Brasileiro. Alan Kardec bateu mal, Cássio pegou e fechou a noite dos hexacampeões da melhor forma.

CORINTHIANS

Ainda sem renovar, Ralf ergue a taça com a cara do Corinthians campeão

Escolhido para ser o capitão no jogo da entrega do troféu, volante começou o ano desacreditado, como o time, mas encerra temporada titular e com título brasileiro

Por São Paulo
Ralf é a representação do Corinthians campeão brasileiro em 2015. O Timão desacreditado após ser eliminado da Libertadores e perder estrelas como Guerrero e Sheik, se reinventou até chegar à taça. Ralf também. Depois de virar reserva durante a temporada, o volante recuperou espaço e voltou a ser fundamental para a equipe. Justo e merecido, levantou o troféu de campeão neste domingo, após a goleada por 6 a 1 sobre o São Paulo, em Itaquera.
Absoluto nas últimas temporadas, Ralf chegou a ser questionado neste ano. Tite viu o marcador ter uma queda de rendimento. Mais do que isso, queria melhorar a saída de bola da defesa. Bruno Henrique foi o escolhido para ser o novo titular da posição. Durou pouco, até se lesionar e deixar a equipe novamente.
Ralf Corinthians (Foto: Marcos Ribolli)Ralf foi escolhido como capitão para poder erguer a taça do Campeonato Brasileiro de 2015 (Foto: Marcos Ribolli)
Ralf quase saiu do clube neste período. A diretoria, ávida por reformular o grupo e se desfazer dos últimos campeões da Libertadores, colocou o jogador no mercado, mas não conseguiu negociá-lo. Coincidentemente, quase que ao mesmo tempo, o volante voltou a ser titular para não mais sair da equipe.
A escolha para ser o capitão e erguer a taça depois do clássico é vista por todos no clube como merecida. Ralf é um dos líderes do elenco, mesmo sem ter o perfil de falar muito. Além disso, é um dos jogadores mais queridos pela torcida, principalmente pela disposição com que atua.
Sempre deixei claro que quero permanecer. Essa semana vou conversar com meus agentes para ver o que é melhor para ambas as partes. Pedi aumento de salário sim, mas não nesses valores que estão falando"
Ralf
– Não sei descrever (a emoção), o que vou fazer ali na hora. Nunca tive uma oportunidade dessa. Mas o importante foi o trabalho executado durante a competição – disse o jogador, antes de levantar a taça.
Resta decidir o futuro. Ralf e Corinthians ainda não entraram em acordo pela renovação de contrato, que termina em dezembro. Na primeira reunião, o volante e seus empresários pediram R$ 400 mil de salário, R$ 4 milhões de luvas e três anos de acordo. O Timão oferece cerca de R$ 300 mil, mas não concorda com o valor da premiação e só aceita renovar por duas temporadas.
As próximas semanas serão decisivas. Uma nova conversa deve acontecer em breve. Com 351 partidas com a camisa alvinegra, Ralf quer ficar.
– Sempre deixei claro que quero permanecer. Essa semana vou conversar com meus agentes para ver o que é melhor para ambas as partes. Pedi aumento de salário sim, mas não nesses valores que estão falando. Tem de ser bom para ambas as partes, vamos decidir essa semana – afirmou o atleta.
De qualquer forma, os dois brasileiros, a Libertadores, o Mundial, a Recopa e o Paulistão que conquistou já estão na história. Dele e do Corinthians.

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