domingo, 8 de julho de 2012

BRASILEIRAO 2012


DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    30 min
    Felipe Azevedo atapalhou os planos do Sport. Na saída de bola após o gol o Corinthians, o atacante reclamou da arbitragem e foi expulso
  • nome do jogo
    Julio Cesar
    O goleiro fez cinco grandes defesas durante no primeiro tempo e impediu que o Timão fosse para o intervalo em desvantagem
  • deu certo
    Liedson
    O Timão não jogou bem, mas, na primeira chance da equipe, o Levezinho fez 1 a 0. Agora, volta a pensar nas conversas para renovar o contrato
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Aos 44 minutos do segundo tempo, os reservas do Corinthians deixaram escapar a segunda vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro. Com um jogador a mais na segunda etapa - Felipe Azevedo foi expulso por reclamação -, o Timão vaciliou no fim e permitiu que o Sport chegasse ao empate por 1 a 1, neste domingo, na Ilha do Retiro. Liedson marcou para o Timão e Marquinhos Gabriel deixou tudo igual.
Os pernambucanos poderiam ter construído um triunfo já no primeiro tempo, mas perderam inúmeras chances e pararam no goleiro Julio Cesar. O tropeço impede que o Leão embale depois da vitória fora de casa sobre o Coritiba na rodada passada. Com o ponto acumulado, ele sobe para oito e aparece na 12º colocação. No próximo domingo, recebe a Portuguesa, às 18h30m, novamente em Recife.
Apesar de ter atuado fora de casa, o placar não ajuda o Corinthians a melhorar a situação dele no Brasileirão. O Timão continua na penúltima colocação, agora com cinco pontos. Na quarta-feira, recebe o Botafogo, às 19h30m, no Pacaembu, em partida da sétima rodada, adiada em virtude das finais da Libertadores. O técnico Tite e todos os titulares voltam.
Sport x Corinthians (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Wallace tenta e Felipe Azevedo disputam jogada (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Leão encurrala o Timão, mas não marca
O Sport não deu chances ao Corinthians durante toda a primeira etapa. Com velocidade no ataque, a equipe pernambucana envolveu facilmente um Corinthians defensivo e sem nenhum poder de reação. O domínio, porém, não foi transformado em vantagem. Faltou calma para o Leão aproveitar melhor o espaço e terminar o primeiro tempo com a vitória encaminhada.
Julio Cesar também foi determinante para que o Timão resistisse ao sufoco. O goleiro teve grande atuação, salvando os paulistas com cinco belas defesas. A principal delas cara a cara com Rithely na entrada da área. Marquinhos Gabriel, de falta, Reinaldo e Henrique, com chutes fortes de dentro da área, também pararam no camisa 1 alvinegro.
Com Marquinhos Gabriel inspirado na armação, o Sport seguiu em cima. Quando a bola passou por Julio Cesar, a defesa salvou. Henrique teve grande oportunidade depois que Felipe Azevedo se livrou do goleiro e tocou. Com a meta aberta, o atacante chutou, mas acertou Marquinhos. Bruno Aguiar, de falta, ainda carimbou a trave corintiana.

O Corinthians nada fez para levar perigo a Magrão e se limitou a defender. Romarinho e Liedson quase não foram acionados e pouco apareceram quando a bola chegou. Os laterais Weldinho e Ramon ficaram presos na defesa e sobrecarregaram os meias Ramírez e Douglas, outros dois que voltaram a jogar mal e continuam muito abaixo do esperado.
Sport x Corinthians (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Bruno Aguiar tenta roubar a bola do corintiano Liedson (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Marquinhos Gabriel salva no fim
A bronca do auxiliar Cleber Xavier, substituto do técnico Tite no banco de reservas, surtiu efeito. O Corinthians voltou mais ligado na partida e adiantado no gramado, ganhando força ofensiva e fugindo da pressão. O Sport colaborou. Sem o mesmo ritmo, o time da casa caiu de produção. Tanto que logo nos primeiros minutos o técnico Vagner Mancini trocou o volante Rithely pelo centroavante Roberson.
A troca, contudo, de nada adiantou. O Corinthians continuou melhor, mas sem criar grandes oportunidades. Na primeira chance que construiu, o Timão chegou ao gol, aos 29 minutos. Douglas deu belo passe de calcanhar para Marquinhos na área. O garoto cruzou na medida para Liedson receber de frente para Magrão e desviar no canto direito alto.
Na saída de bola, o atacante Felipe Azevedo ofendeu o árbitro e foi expulso. O Leão perdeu força ofensiva com a saída de um de seus principais jogadores e só conseguiu reagir no fim. Aos 44 minutos, Marquinhos Gabriel passou pela marcação e chutou entre as pernas de Julio Cesar para deixar tudo igual e salvar o Leão.

BRASILEIRAO 2012


DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    O novato atendeu às expectativas da torcida, que o incentivou muito antes de a partida começar, e fez, pelo menos, duas defesas importantes. Chegou a dar um susto, no segundo tempo, quando caiu em campo reclamando de dores nas costas, mas conseguiu jogar até o fim, mostrando segurança.
  • decepção
    Dida
    Do lado da Portuguesa, a decepção ficou por conta de Dida, que não tinha sofrido nenhum gol desde que chegou ao clube paulista. E o ex-goleiro da Seleção falhou nos dois do Atlético-MG. No primeiro, se atrapalhou com Ronaldinho Gaúcho. No segundo, tentou espalmar uma bola que foi aproveitada por Leonardo Silva.
  • arbitragem
    Impedido
    Nem o árbitro André Luiz de Freitas Castro, de Goiás, nem o auxiliar Marrubson Melo Freitas, do Distrito Federal, viram que o zagueiro Leonardo Silva estava impedido no gol que marcou para o Atlético-MG, o segundo da vitória do time mineiro. Ronaldinho Gaúcho cobrou falta, e o zagueiro se antecipou para aproveitar a bola rebatida por Dida com um toque rasteiro – e em posição de impedimento. 
A CRÔNICA
por Fernando Martins Y Miguel
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Com a ajuda de Victor e Dida, o Atlético-MG conseguiu se isolar na liderança do Campeonato Brasileiro. Os dois goleiros foram fundamentais para o time comandado pelo técnico Cuca sair do Independência vitorioso na noite deste domingo: 2 a 0 em cima da Portuguesa. 
Os gols de Marcos Rocha e Leonardo Silva contaram com falhas do experiente goleiro da Lusa, que até então, não havia sofrido nenhum na competição. E a defesa alvinegra emplacou o quinto jogo sem ser vazada - graças principalmente às intervenções do recém-contratado e estreante Victor.
O resultado, além de deixar o Galo sozinho no topo, com 19 pontos, faz a Lusa perder uma posição na tabela, caindo para 13º, com oito pontos, apenas um acima da temida zona de rebaixamento.
Na próxima rodada, o Atlético-MG vai a Florianópolis, onde encara o Figueirense, no sábado, às 18h30m (de Brasília), no Orlando Scarpelli. No mesmo horário, a Portuguesa medirá forças contra o Sport no domingo, a partir das 18h30m, na Ilha do Retiro.
Por ter jogado no início da noite, o Galo entrou em campo sabendo que uma simples vitória lhe daria a liderança isolada do Campeonato Brasileiro, graças ao empate do Vasco com o Figueirense, em Florianópolis. Porém, um empate custaria a perda do primeiro lugar para o Fluminense, que derrotou o Flamengo por 1 a 0, no Engenhão.
Com Victor fazendo a estreia com a camisa alvinegra, a empolgação do torcedor alvinegro era notória. Pelo lado da Lusa, a aposta do técnico Geninho era se fechar com o esquema de três zagueiros e três volantes, além de contar com a experiência de Dida.

O Galo começou o jogo em cima do adversário. E quase abriu o placar nos primeiros minutos, com Bernard, que chegou atrasado no momento de cabecear na pequena área. A partir daí, a Lusa passou a equilibrar as ações e conteve o ímpeto inicial do time mineiro. Os paulistas quase abriram o placar depois da cabeçada de Léo Silva, que passou rente à trave.

Mas Marcos Rocha, que vinha sendo vaiado por parte da torcida, colocou no currículo do goleiro Dida o primeiro gol sofrido pelo pentacampeão mundial desde o retorno ao futebol brasileiro. O lateral aproveitou saída errada do experiente goleiro, que se embolou com Ronaldinho Gaúcho na área, e com o gol livre, colocou no ângulo esquerdo, com categoria.

E a festa da torcida atleticana foi completa no lance seguinte. Quando ainda comemorava a abertura no placar, o torcedor alvinegro viu Victor fazer a primeira defesa difícil com a camisa do Galo em uma cabeçada à queima-roupa de Ananias. Começava a festa em preto e branco no Independência.

Apesar da vantagem no placar, o sistema defensivo alvinegro cedia muitos espaços, e a Portuguesa aparecia com frequência no ataque. Victor acabou sendo fundamental para que o Galo fosse para o vestiário com a vitória parcial, fazendo saídas precisas e uma defesa de mais puro reflexo em cabeçada de André Luís.

Dida falha novamente
Depois de Victor ter 'pegado até pensamento' no primeiro tempo, Dida resolveu aparecer de novo após o intervalo. E negativamente, ao rebater falta de Ronaldinho Gaúcho nos pés de Leonardo Silva, que, em impedimento não marcado pelo arbitragem,  mandou para as redes e fez a torcida do Galo gritar ‘'Dida, Dida, Dida!'’, tamanha foi a falha do arqueiro, que teve passagem marcante pelo arquirrival Cruzeiro, entre os anos de 94 e 98.

O gol fez com que a Portuguesa partisse para o ataque, e o Atlético-MG, por sua vez, adotou a postura cautelosa, já que tinha a vantagem no placar. O time comandado por Cuca só esperava encaixar um contra-ataque para matar a partida.

O técnico Geninho fez três alterações colocando o time para frente ao tirar Diego Augusto e colocar o meia atacante Rodriguinho. Mas a Lusa não conseguiu furar o bloqueio alvinegro e o time de Cuca, mais uma vez, não sofreu gol.

BRASILEIRAO 2012


DESTAQUES DO JOGO
  • deu certo
    zaga tricolor
    Gum e Anderson tiveram boa atuação, em meio ao eficiente sistema defensivo tricolor. Gum teve nove desarmes, e Anderson, cinco.
  • estatística
    posse de bola
    O Flamengo teve 61% de posse de bola e 14 finalizações, mas apenas três chances reais de gol. O Flu concluiu sete vezes e teve as mesmas três chances.
  • preliminar
    outro 1 a 0
    Por causa da chuva, a preliminar com ex-jogadores e artistas teve apenas 20 minutos. Arthurzinho bateu no ângulo e deu a vitória por 1 a 0 ao Fluminense.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Assim como no jogo de cem anos atrás, foram os tricolores que comemoraram. Em tarde de festa - e chuva - no Engenhão pela data comemorativa do Fla-Flu, Fred desencantou em seu sexto clássico contra os rubro-negros e marcou o único gol da partida, logo aos dez minutos. O placar de 1 a 0 deixa o Fluminense na vice-liderança do Brasileiro, com 18 pontos. O Tricolor chegou a assumir a ponta provisória, mas foi ultrapassado pelo Atlético-MG, que bateu a Portuguesa e tem 19.
O Flamengo, que se viu obrigado a tomar a iniciativa de atacar após sofrer um gol cedo, terminou a partida com 61% de posse de bola. E teve o dobro de finalizações do que o adversário (14 a sete), mas sem criar tantas chances de perigo assim. O time fica estacionado nos 12 pontos, na nona colocação.
Fred, que voltou a jogar após duas partidas ausente, agora está a dois gols de se igualar a Magno Alves como o maior artilheiro do Fluminense em Brasileiros.
- Só de poder participar, me sinto honrado. Fazer gol é especial para mim. É especial porque eu estava esperando esse gol há tanto tempo, e ele veio na hora boa, na hora dos cem anos, uma data especial. É o clássico mais charmoso do Brasil, e eu estou muito feliz. Está tudo bem comigo, agora é só pegar ritmo e fazer mais e mais gols.
No Flamengo, Renato lamentou o resultado, mas procurou ver o lado positivo da derrota:
- O jogo todo foi com o Flamengo no ataque e o Flu no contra-ataque. Fiz questão de reunir o nosso time para saudar a torcida, porque brigamos o tempo todo, e ela nos apoiou. Um tinha de sair feliz daqui hoje, infelizmente não fomos nós, mas o time mostrou que tem qualidade para enfrentar de igual para igual qualquer um.
Fluminense e Flamengo retornam a campo no próximo domingo. O Tricolor faz o clássico com o Botafogo, no Engenhão, enquanto o Rubro-Negro visita o Bahia, em Pituaçu.
A partida no Engenhão teve público de 32.591 pagantes (38.862 presentes), com renda de R$ 1.149.110. Cem anos atrás, o placar a favor do Fluminense foi 3 a 2.
fred fluminense gol flamengo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Fred comemora após marcar o gol que decidiu o Fla-Flu (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Festa e gol logo cedo
Antes do apito inicial, houve muita festa pelos 100 anos do clássico. Foi disputada uma preliminar de 20 minutos, com artistas e ex-jogadores de Fla e Flu. Depois, Toni Platão e Dudu Nobre cantaram os hinos dos clubes, acompanhados pela banda dos Fuzileiros Navais. Por fim, Peter Siemsen e Patricia Amorim, presidentes de Flu e Fla, receberam um troféu comemorativo aos 100 anos do clássico.
Com a bola rolando, o que se viu foi o Flamengo tomando a iniciativa nos primeiros minutos. Luiz Antonio, improvisado pela lateral direita, buscou o apoio. No meio, Bottinelli e Ibson tentaram municiar o ataque formado por Diego Maurício e Vagner Love, que teve a primeira chance do jogo, após bom passe do argentino, mas bateu nas mãos de Cavalieri.
O Fluminense, por sua vez, entrou em campo com a opção de jogar fechado. Apesar de ter jogadores de característica ofensiva em campo, como Deco, Thiago Neves, Wellington Nem e Fred, o time ficou à espera de bobeadas do Flamengo para contragolpear. E, logo na primeira oportunidade que teve, abriu o placar.
Aos dez minutos, Wellington Nem foi lançado em velocidade e acabou parado com falta por González, no bico direito da grande área. A cobrança não foi boa e parou na barreira, mas a zaga do Flamengo afastou mal, e a bola voltou a Thiago Neves na ponta direita. Ele limpou a jogada e cruzou com açúcar para Fred, no meio da área, desviar de pé direito e marcar seu primeiro gol em Fla-Flus.
O gol não fez o panorama da partida mudar no primeiro tempo. O Flu continuou com duas linhas de quatro, à espera de vacilos rubro-negros, enquanto o Fla tinha mais a bola, mas trocava passes sem objetividade e praticamente não criava chances de gol.
Ao final da etapa, o Flamengo tinha 57% da posse de bola e oito finalizações, contra três do adversário. Entretanto, só assustou em uma falta de longe de Renato, que saiu rente ao travessão.
O Fluminense, por outro lado, esteve muito próximo de ampliar sua vantagem aos 34 minutos. Thiago Neves foi à linha de fundo pela direita e cruzou para Fred. A bola passou na boca do gol, e o camisa 9, que entrou de carrinho, não alcançou por questão de centímetros.
vagner love gum flamengo x fluminense (Foto: André Durão/Globoesporte.com)Gum e Love se estranham em disputa perto da área tricolor (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Fla lança garotos e parte para o abafa
Na volta para o segundo tempo, Joel Santana promoveu uma alteração no Flamengo: Adryan, de 17 anos, entrou na vaga de Diego Maurício. O Fluminense manteve sua formação inicial. Adryan, que é meia de origem, passou a exercer a função de segundo atacante. O Tricolor continuou bem armado na defesa, saindo na boa e deixando o adversário sem poder de penetração - apenas arriscando bolas levantadas e chutes de fora da área.
O jogo se desenrolou ao feitio que agradava ao Fluminense. O Flamengo, com 60% da posse de bola, não conseguia espaços e, com o passar do tempo, foi ficando nervoso. O Flu, toda vez que ia à frente, principalmente com Wellington Nem, causava calafrios à defesa rubro-negra, que ainda teve um desfalque ao longo da etapa final: o chileno Marcos González, sozinho, machucou as costas e teve de dar lugar a Arthur Sanches, que passou a formar dupla com Marllon.
Por volta dos 30 minutos, o clássico passou a ganhar outros ares. Abel tirou Fred, que voltava de lesão, e lançou Samuel. Joel respondeu tirando o volante Amaral para a entrada do meia-atacante Mattheus. Abel agiu rapidamente, tirando Deco para a entrada de Valencia.
Na base da vontade, o Flamengo foi para o ataque e chegou a criar chances para empatar. Magal fez boa jogada pela esquerda e cruzou na medida para Adryan, livre na área. O jovem cabeceou, e a bola saiu tirando tinta do poste direito de Cavalieri.
Depois, numa sequência de escanteios, o ataque do Flamengo fez uma blitz na área tricolor e ainda acertou a trave, numa cabeçada de Arthur Sanches, mas não conseguiu o empate. O Fluminense, com Wellington Nem puxando contra-ataques, mostrou também que não estava morto no jogo e que poderia ampliar a qualquer momento. No fim, com atuação irrepreensível de sua dupla de zaga (Gum e Anderson), o time de Abel garantiu a vitória no Fla-Flu do centenário.

BRASILEIRAO 2012


DESTAQUES DO JOGO
  • dupla afinada
    ataque tricolor
    Lucas e Osvaldo criaram as melhores jogadas do São Paulo. No segundo tempo, o atacante ex-Ceará acertou a trave e marcou o terceiro do tricolor.
  • deu certo
    velocidade
    O São Paulo mudou seu estilo de jogo neste domingo. Milton Cruz abusou velocidade de Osvaldo e Lucas, que deram muito trabalho aos defensores do Coritiba.
  • deu errado
    pontaria
    Lento e previsível, o Coxa viveu de lampejos na partida deste domingo. Com Tcheco e Lincoln apagados, setor ofensivo pecou nas finalizações.
A CRÔNICA
por Marcelo Prado
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O São Paulo continua sua escalada no Brasileirão. Na partida que marcou as despedidas do interino Milton Cruz, já que Ney Franco se apresentará nesta segunda-feira, e Lucas, que vai defender o Brasil nas Olimpíadas de Londres, o time aproveitou-se de um Coritiba reserva e venceu por 3 a 1. Na base da velocidade, dominou a maior parte do duelo e agradou o seu novo técnico, que assistiu ao jogo em um camarote do Morumbi.
Foi a segunda vitória consecutiva do Tricolor, que agora soma 15 pontos, quatro a menos do que o líder Atlético-MG, e chegou ao quarto lugar. Tem a mesma pontuação do Internacional, mas uma vitória a mais (cinco contra quatro). O Coritiba, voltado para a decisão da Copa do Brasil, sofreu sua quinta derrota em oito partidas e caiu para o 16º lugar. Tem os mesmos sete pontos do Bahia, que abre o Z-4, mas tem uma vitória a mais (duas contra uma).
Pelo Campeonato Brasileiro, as duas equipes voltarão a campo no próximo fim de semana. No domingo, o São Paulo fará o clássico paulista contra o Palmeiras, na Arena Barueri. Já o time paranaense buscará a reabilitação no nacional contra a Ponte Preta, sábado, em Campinas. Antes, na quarta-feira, terá seu jogo mais importante no ano até agora, na final da Copa do Brasil. Precisa bater o Palmeiras por pelo menos três gols de diferença (ou 2 a 0 para levar a decisão para os pênaltis).
jadson osvaldo são paulo coritiba (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)Osvaldo comemora com Jadson o primeiro gol são-paulino (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)
Na base da velocidade, Tricolor abre vantagem no Morumbi
Sem o suspenso Luis Fabiano, Milton Cruz - que fazia sua segunda e última partida como interino - apostou na velocidade e deu uma chance ao baixinho Osvaldo. Rodrigo Caio, outra novidade na equipe, tinha liberdade para flutuar entre o meio-campo e a defesa, para fazer o zagueiro da sobra. No Coritiba, como já era esperado, Marcelo Oliveira mandou a campo um time com apenas um titular, poupando os principais jogadores para o duelo decisivo de quarta-feira. E Emerson só entrou em campo porque está suspenso do duelo do meio de semana.
O curioso é que, antes de a partida começar, a torcida são-paulina já botou pressão na equipe. No primeiro encontro em casa após a eliminação da Copa do Brasil, logo surgiram os gritos nas arquibancadas.
- Raça, raça, raça, raça.
Dentro de campo, o time correspondeu. Osvaldo, no primeiro ataque, só não marcou porque foi desarmado por Luccas Claro na hora do chute. Logo depois, Bruno Fuso fez bela defesa em cabeçada de Edson Silva. O Tricolor pressionava a saída de bola paranaense e, em uma roubada de bola, abriu o marcador. Aos 14 minutos, Douglas tomou a bola de Chico e tocou para Jadson, que, de pé direito, acertou o ângulo de Bruno Fuso: 1 a 0 no marcador.
A partir dos 20, a partida mudou de figura. Em vantagem, o São Paulo diminuiu seu ritmo para tentar encaixar um contra-ataque, enquanto o Coritiba foi obrigado a sair para o jogo. Aos 23, Anderson Aquino, após passe de Tcheco, só não empatou porque Denis fez grande defesa. A partir do momento em que o time paranaense forçou o ritmo, a marcação tricolor começou a dar vacilos. Rodrigo Caio foi definitivamente colocado como volante.
Junior Urso, aos 35, assustou em chute cruzado. No momento em que o Coritiba já tinha mais posse de bola, o São Paulo marcou o segundo gol. Osvaldo recebeu de Maicon pela esquerda, foi ao fundo e cruzou para Maicon, que bateu de pé esquerdo, rasteiro, sem chance para Bruno Fuso: 2 a 0.
jadson osvaldo são paulo coritiba (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)Osvaldo e Jadson comemoram o primeiro gol do tricolor contra o Coxa (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)
Osvaldo desencanta no segundo tempo
Os dois times voltaram sem alterações para o segundo tempo. A etapa complementar recomeçou com o São Paulo tendo o controle total da partida. Com Tcheco e Lincoln bem vigiados, ficava difícil para o Coritiba levar perigo ao gol defendido por Denis. O único ataque perigoso surgiu aos 17, quando Anderson Aquino exigiu boa defesa do arqueiro tricolor.
No ataque, os donos da casa chegavam fácil, mas pecavam nas finalizações de fora da área. Marcelo Oliveira tentou dar novo gás ao time com a entrada de Thiago Primão na vaga de Lincoln. Depois, Alex Santos entrou no lugar de Tcheco. Aos 18, Osvaldo, após passe açucarado de Lucas, acertou a trave direita de Bruno Fuso em chute de pé esquerdo.
O jogo parecia estar controlado. Até que, aos 26, a defesa do São Paulo resolveu dar nova emoção ao jogo. Cortez recuou a bola para Edson Silva, que, ao tentar chutá-la para longe, não percebeu a antecipação de Alex Santos e derrubou o adversário. Pênalti que Robinho bateu no canto direito de Denis para fazer 2 a 1.
Na sequência, o São Paulo só não fez o terceiro porque Bruno Fuso fez grande defesa em chute de Jadson e, na sobra, Osvaldo, sem goleiro, cabeceou para fora.
Percebendo o crescimento do adversário, que se animou com o gol, Milton Cruz mexeu na equipe, colocando Casemiro e Cícero nas vagas de Rodrigo Caio e Maicon. O Coxa fez sua terceira mudança, com Rafael Silva no lugar de Anderson Aquino. Como na etapa inicial, no momento em que o Coritiba era melhor, o São Paulo fez o terceiro gol e matou a partida: Lucas deu nova assistência para Osvaldo, que avançou e tocou no canto direito de Bruno Fuso. Na sequência, o autor do gol deixou o campo para a entrada de Fernandinho. Nos dez minutos restantes, o São Paulo soube controlar a posse de bola até o apito final.

BRASILEIRAO 2012


DESTAQUES DO JOGO
  • deu errado
    escalação
    Argel improvisou o volante Coutinho na lateral direita e o lateral-esquerdo Marquinhos no meio. O Figueira viu o domínio do Vasco na etapa inicial. 
  • deu certo
    mexidas
    A entrada de Ronny e Aloísio no intervalo aumentou o poder ofensivo do Figueira. O primeiro teve cinco finalizações, e o segundo, quatro.
  • o nome do jogo
    Prass
    O goleiro do Vasco fez três defesas difíceis e ainda evitou o gol de pênalti de Julio Cesar. Foi a segunda cobrança seguida que ele pegou no Brasileiro.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Em jogo de tempos distintos, a igualdade no placar reflete a atuação de dois times que alternaram momentos de domínio ao longo dos 90 minutos. Melhor em campo na primeira etapa, o Vasco sucumbiu à pressão do Figueirense depois do intervalo, e as duas equipes ficaram no 1 a 1, neste domingo, no estádio Orlando Scarpelli, em partida válida pela oitava rodada do Brasileirão. Os vascaínos chegaram a 17 pontos na competição e desperdiçaram a chance de assumir a liderança, caindo para a terceira posição, enquanto os catarinenses agora somam oito pontos, em 15º.
Pouco antes da partida, o Figueirense apresentou Loco Abreu, ex-Botafogo, como novo reforço. Mas o primeiro gol do confronto saiu do pé direito de um jogador que deve estar de saída do seu clube. Com duas propostas da Arábia Saudita, Diego Souza abriu o placar. Ronny, que entrara no intervalo, decretou o empate num jogo movimentado, que teve uma bola na trave de cada lado e pênalti desperdiçado pelos catarinenses.
Após a partida, Diego Souza evitou o tom de despedida:
- Não tem nada resolvido. Minha família quer que eu fique no Rio, mas temos que esperar para ver o que vai acontecer. Muitos diziam que eu não ia jogar nem hoje (domingo). Espero que isso se resolva logo para que eu possa ficar mais tranquilo.
Loco Abreu, que assistiu à partida de um camarote do Orlando Scarpelli, foi apresentado no memorial do clube e depois subiu as escadas do vestiário para, no gramado, ser saudado pela torcida com gritos de "É o loco!".
- Não jogo para ser capa do jornal no dia seguinte. Eu nem gosto muito de aparecer, quem me conhece sabe, por isso prometo muita luta e trabalho para ajudar os meus companheiros. Quero ser lembrado daqui a 20 ou 30 anos por ter feito parte da história do clube.
O empate dá sequência a uma incômoda marca para o Vasco: não vence o Figueirense há dez jogos, desde agosto de 2006. Desde então, foram sete empates e três vitórias dos catarinenses. Na edição do Brasileirão deste ano, é o Figueira que nutre um tabu preocupante para a torcida. Não ganha um jogo desde a primeira rodada, quando bateu o Náutico por 2 a 1.
juninho pernambucano FIGUEIRENSE x VASCO (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)Juninho tenta jogada no Orlando Scarpelli (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)
Superioridade vascaína na primeira etapa
Mesmo com desfalques no setor - Felipe, Carlos Alberto e Fellipe Bastos -, o Vasco venceu a batalha no meio-campo ao longo do primeiro tempo. Com marcação forte no campo adversário, o time carioca iniciou melhor o jogo e teve a primeira boa chance da partida. Aos oito minutos, Juninho bateu escanteio da direita, e Nilton cabeceou com perigo. Pouco depois, Diego Souza arriscou de longe, e o goleiro Wilson espalmou.
No Figueirense, o jovem Marquinhos e o experiente Fernandes encontravam dificuldades na criação de jogadas no meio. A equipe tentava o jogo pelas laterais, mas Coutinho, improvisado na direita, pouco chegou à frente. Sobrava a opção de Guilherme Santos pela esquerda, mas o setor defensivo do Vasco mostrou segurança para conter as investidas do jogador, revelado em São Januário.
Os vascaínos abriram o placar aos 21 minutos, depois de falha de Marquinhos e Anderson Conceição, que não conseguiram afastar o perigo. O cabeceio torto do zagueiro parou nos pés de Diego Souza, que chutou de fora da área e balançou a rede. A finalização era defensável, mas Wilson não conseguiu evitar o gol.
Em desvantagem, o Figueira passou a ficar mais tempo com a posse de bola e criou duas oportunidades antes do intervalo, em chute cruzado de Júlio César, que Fernando Prass espalmou, e cobrança de falta na trave de Fred.
fernando prass FIGUEIRENSE x VASCO (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)Fernando Prass defendeu pênalti cobrado por Júlio César (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)
Figueirense cresce e cria mais
Insatisfeito com a atuação do Figueirense na primeira etapa, o técnico Argel Fucks promoveu duas substituições no intervalo. Entraram Ronny e Aloísio nas vagas de Marquinhos e Fernandes. A primeira grande chance do empate não demorou: aos quatro minutos, Doriva cruzou da direita, Dedé errou a cabeçada, e a bola bateu em seu braço direito. O árbitro Paulo César de Oliveira marcou pênalti. Júlio César bateu forte, mas Fernando Prass defendeu de maneira espetacular. Foi a segunda penalidade seguida defendida pelo vascaíno, que já evitara o gol na cobrança de Marcelo Moreno, do Grêmio, na primeira rodada do Brasileirão.
O pênalti perdido não abateu o Figueirense, que assumiu o domínio da partida, contando com a velocidade de Caio e Ronny pelas pontas. O meio-campo do Vasco passou a ter menos tempo para tocar a bola, o que causou erros de passes seguidos. Em jogadas pelos lados, Ronny e Aloísio tiveram boas oportunidades.
Depois de suportar a pressão, o Vasco se reorganizou e voltou a ameaçar o gol de Wilson. Aos 17 minutos, o cabeceio de Alecsandro beijou a trave depois de cruzamento de William Matheus. Na sequência, foi a vez de Fagner achar o centroavante em boas condições na área, mas o camisa 9 vascaíno errou o alvo na finalização.
A partida ganhou emoção, com chances para os dois lados, que pararam em boas ações dos goleiros. Mas Fernando Prass nada pôde fazer aos 28 minutos, quando Túlio cruzou da esquerda, e Ronny aproveitou cochilo de William Matheus na marcação para empatar o jogo. Com a igualdade no placar, houve equilíbrio nos minutos finais do jogo, porém sem chances de perigo dos dois lados.

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