sábado, 23 de junho de 2012

BRASILEIRAO 2012

Gols de Montillo, Wellington Paulista e Anselmo Ramon consolidam mais uma arrancada de Celso Roth e levam Vasco à primeira derrota no Nacional

Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
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  • momento decisivo
    40 do 1º tempo
    Uma reposição de bola mal feita por Prass mudou a história do jogo. A roubada de bola do Cruzeiro resultou no primeiro gol, que forçou o Vasco a dar espaço.
  • nome do jogo
    Montillo
    Montillo começou o Brasileiro com atuações irregulares, mas nesta noite voltou a ser o destaque dos velhos tempos. Orquestrou o time e fez um gol.
  • profeta
    Diego Souza
    Durante a semana, Diego Souza disse que o Vasco não perderia novamente por 3 a 0 para o Cruzeiro, lembrando o jogo do ano passado. Acertou: foi 3 a 1.
O Cruzeiro havia vencido uma, havia vencido duas seguidas, havia vencido três consecutivas. Para completar o desenho de uma daquelas arrancadas tão típicas de Celso Roth, faltava bater a carteira do líder, roubar o lugar dele. Pois aconteceu neste sábado. A ponta da tabela do Campeonato Brasileiro tem novo dono depois de a Raposa superar o Vasco por 3 a 1 em São Januário.
Com isso, o treinador celeste, ainda em início de trabalho na Toca da Raposa, repete aquilo que havia feito com clubes como Atlético-MG e Grêmio, levando equipes em mau momento para a liderança da competição - que, nos casos anteriores, não foi mantida. Já o Vasco, depois de largada impecável, convive com a segunda rodada seguida sem vitória.
Os gols do Cruzeiro foram marcados por Montillo, Wellington Paulista e Anselmo Ramon. Rodolfo descontou para os cariocas. A Raposa, com a vitória, foi a 14 pontos na competição, um a mais do que o Vasco, agora vice-líder. Na próxima rodada, os mineiros recebem o São Paulo no sábado, e os cruzmaltinos visitam a Ponte Preta no mesmo dia.
romulo vasco x cruzeiro (Foto: Bia Figueiredo/Futura Press/Agência Estado)Rômulo não consegue controlar Cruzeiro no Rio (Foto: Bia Figueiredo/Futura Press/Agência Estado)


Quando o erro decide
Rômulo, Nilton, Fellipe Bastos. Leandro Guerreiro, Willian Magrão, Charles. As formações das duas equipes no meio-campo, com um congestionamento de atletas mais propensos à marcação do que à criação, pareciam avisar que seria uma partida truncada, daquelas de espaço reduzido e tempo de ação encurtado – daquelas que dependem mais de erros do que de acertos para ter seu placar movimentado.
Era um duelo de líderes, e os treinadores preferiram ser cuidadosos. Não por acaso, levou uma eternidade para que o primeiro tempo começasse a oferecer chances de gol de lado a lado. O Cruzeiro centralizava suas jogadas em Montillo, o desafogo para Fabinho e Wellington Paulista. O Vasco tentava escapulir com Eder Luis, sempre arisco pelos lados do campo. Mas os sistemas defensivos levavam a melhor.
Como consequência, chutes de longe viraram alternativa – mas sem sucesso. Chance viva, daquelas com pinta de gol, só foi nascer aos 35 minutos. Eder Luis disparou pela ponta esquerda e serviu bem para Alecsandro. O centroavante tinha duas possibilidades: fazer a jogada por conta própria ou abrir na direita, onde aparecia Diego Souza. Preferiu a primeira, e se deu mal. Foi desarmado.
Pouco depois, sairia o gol do Cruzeiro, em um lance que veio à luz graças a um erro do Vasco. Fernando Prass, na reposição de bola, forçou o passe para Eder Luis. Ele teve que migrar até a linha lateral para evitar que fosse uma jogada perdida. Conseguiu, mas o que era ruim ficou pior. Charles roubou, avançou, tabelou com Montillo e acionou Wellington Paulista. O chute dele, curiosamente, foi barrado por Fabinho, em posição de impedimento. Mas aí a bola sobrou para Montillo, que emendou conclusão precisa para colocar a Raposa na frente.
Os minutos finais da primeira metade do jogo foram de pressão vascaína. Alecsandro chegou um piscar de olhos atrasado em cruzamento de Felipe. A bola passeou repetidas vezes pela área celestre, sempre ameaçadora. Mas o Vasco não conseguiu buscar o empate antes do intervalo.

O jogo acorda
A desvantagem forçou Cristóvão a deixar sua equipe mais aguda. O treinador, já no intervalo, tirou Fellipe Bastos, colocou Thiago Feltri na lateral esquerda e passou Felipe para o meio. A ideia era deixar o meio-campo mais criativo – Diego Souza não dava conta do recado por ali. Até melhorou, mas longe de ser o suficiente.
Tanto que outra troca foi realizada quando o segundo tempo ainda engatinhava, com Carlos Alberto no lugar de Eder Luis. Naquele momento, o jogo já tinha um novo panorama, bem mais vivo do que na primeira etapa: Vasco atacando, Cruzeiro ameaçando no contragolpe. Alecsandro, de cabeça, fez a bola encontrar a trave. Wellington Paulista teve duas arrancadas (em uma delas, deixou Dedé sentado no chão com um drible seco) que quase renderam gol. Na terceira, ele fez um golaço.
Foi aos 16 minutos. A Raposa puxou contra-ataque, nenhuma novidade, arquitetado por Montillo. O argentino viu Wellington aberto pela direita. Assim que recebeu, o atacante percebeu Fernando Prass adiantado. E não pensou duas vezes: encaixou a chuteira por baixo da bola e tocou por cobertura. Lindo gol.
Poderia ter sido uma jogada definitiva para o jogo. Mas Fábio fez a chama da partida renascer. O goleiro do Cruzeiro saiu todo atrapalhado depois de cruzamento da esquerda, bateu mal na bola e permitiu que Rodolfo, de cabeça, descontasse.

O jogo dava sinais de que teria outros gols. E teve. Quando o Vasco mais sonhava com o empate, o Cruzeiro garantiu a vitória. E com dois jogadores colocados em campo no segundo tempo por Roth. Tinga recebeu de Léo na ponta direita e cruzou para Anselmo Ramon, livre, fechar o placar e decretar que o Campeonato Brasileiro tem um novo líder.

BRASILEIRAO 2012

DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    11 do 2ºT
    O gol do jogo
    A Lusa cresceu no segundo tempo e garantiu a vitória com um belo chute de pé esquerdo de Ivan, após jogada de Guilherme pelo lado direito.
  • sem reação
    São Paulo
    Queda na tabela
    Time sentiu demais a queda na Copa do Brasil e mostrou que terá dificuldades para se reerguer no Campeonato Brasileiro, para desespero do seu torcedor
  • a decepção
    Emerson Leão
    Na mira da torcida
    O treinador foi criticado durante toda a partida por torcedores que exigem sua demissão. Na etapa final, surpreendeu ao sacar o craque Lucas.
A CRÔNICA
por Marcelo Prado
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Eliminado no Campeonato Paulista, eliminado na Copa do Brasil e com três derrotas em seis jogos no Campeonato Brasileiro. O momento do São Paulo na temporada 2012 é delicado. Neste sábado, na primeira partida após a queda diante do Coritiba, o Tricolor teve uma atuação para esquecer. Dentro de campo, viu a Portuguesa vencer com justiça por 1 a 0, principalmente pelo belo futebol mostrado pelo time de Geninho no segundo tempo. A Lusa, que teve a estreia do pentacampeão Dida no gol, não tem uma equipe forte do ponto de vista técnico, mas soube compensar sua deficiência com muita vontade e saiu de campo aplaudida.
Do lado são-paulino, jogadores, diretoria e técnico Emerson Leão perceberam que a torcida não tolera mais tantos insucessos. Durante 90 minutos, a grande parte dos tricolores (o público pagante foi de 4.544) protestou. Pouco interessava o que ocorria em campo. Era mais importante mostrar a revolta e pedir mudanças. Todos os jogadores e Leão foram criticados. O treinador, inclusive, foi "aconselhado" a pedir demissão.
Na tabela de classificação, o Tricolor fica estacionado com nove pontos, cinco abaixo do novo líder, o Cruzeiro. A Lusa, que estava muito próxima da zona de rebaixamento, ganhou uma folga e subiu posições, chegando sete pontos.
O próximo jogo do São Paulo será no sábado, contra o Cruzeiro, no estádio Independência, em Belo Horizonte. Já a Portuguesa voltará a encarar mais um grande paulista, o Santos, domingo, também no Canindé.
lucas portuguesa x são paulo (Foto: Wagner Carmo/Vipcomm)Lucas, do São Paulo, encara a marcação de Rogério, da Portuguesa (Foto: Wagner Carmo/Vipcomm)
Primeiro tempo fraco no Canindé e com protestos da torcida são-paulina
Os primeiros 45 minutos foram mais marcados pelo que ocorreu fora de campo do que dentro dele - os protestos da torcida tricolor chamavam mais a atenção do que aquilo que Portuguesa e São Paulo faziam na partida. O pentacampeão Dida, de um lado, e Denis, do outro, fizeram uma defesa cada um. E só.
Como havia prometido antes da partida, a torcida são-paulina, que compareceu em pequeno número ao Canindé, protestou durante a partida. Todos os titulares foram xingados - alguns com mais vontade, como o goleiro Denis, o volante Casemiro. Mas ninguém foi tão lembrado como o técnico Emerson Leão. Por nove vezes, ele, do banco de reservas, escutou a seguinte frase.
- Leão, pede demissão! Leão, pede demissão!
leão portuguesa x são paulo (Foto: Wagner Carmo/Vipcomm)Leão: hostilizado (Foto: Wagner Carmo/Vipcomm)
Em campo, ficou a sensação de que os dois times terão de mudar muito para ter sucesso no Campeonato Brasileiro. A Portuguesa, que vive perto da zona de rebaixamento, esteve mais preocupada com a marcação, mesmo atuando em casa. Dida, em todos os lances em que foi exigido, mostrou segurança.
Faltava qualidade na frente para levar perigo à meta defendida por Denis, apesar das constantes falhas de Paulo Miranda e dos buracos na marcação deixados por Douglas e Cortez - este último, aliás, parecia sentir demais os protestos.
Do lado são-paulino, nenhuma novidade. A falta de padrão de jogo, latente nos jogos mais importantes da temporada, esteve novamente presente. Com exceção de Cícero, que mostrava vontade, Denilson, Casemiro e Jadson não eram notados em campo. Casemiro, inclusive, recebeu uma homenagem diferente ao final do primeiro tempo.
- Por favor, um minuto de silêncio, o Casemiro baladeiro está morto! - gritou a torcida.
Até o apito para o intervalo, lusos e tricolores fizeram pouco que merecesse ser registrado, apesar das constantes instruções que partiam de Geninho e Leão.
dida portuguesa x são paulo (Foto: Ale Cabral/Futura Press/Agência Estado)Dida fez sua estreia pela Portuguesa contra o São Paulo (Foto: Ale Cabral/Futura Press/Agência Estado)
Lusa marca no início do segundo tempo e aumenta pressão no São Paulo
Percebendo que poderia ser mais audaciosa, a Portuguesa voltou com uma postura mais ofensiva no segundo tempo. E precisou de dez minutos para abrir o marcador. Guilherme fez bela jogada pelo lado direito e tocou na esquerda para Ivan, que bateu cruzado, no canto esquerdo de Denis, que nada pôde fazer.
A torcida tricolor, nas arquibancadas, rapidamente reagiu.
- Leão, pede demissão. Leão, pede demissão. Time medíocre, time medíocre.
Dentro de campo, o que mais impressionava é que os jogadores do São Paulo não esbanjavam reação. Leão, em uma postura estranha, sentou no banco de reservas e assistiu ao jogo de forma passiva. A Lusa seguiu em cima, e Vandinho, aos 17, exigiu bela defesa de Denis. Quatro minutos depois, após dar o drible da vaca em Paulo Miranda, Rodriguinho quase marcou um golaço em chute cruzado. A bola raspou a trave direita de Denis.
Leão, como faz em todos os jogos, respondeu com as mesmas alterações. Primeiro, tirou Casemiro e colocou Fernandinho. Na sequência, sacou Cortez e colocou Maicon, outro muito criticado pela torcida. E, como de costume, as alterações não surtiram efeito. O primeiro lance de perigo surgiu aos 32, em chute cruzado rasteiro de Douglas.
A última cartada foi dada com a entrada de Osvaldo na vaga de Lucas, que não mostrou a menor pressa em deixar o gramado. Até o apito final, a Portuguesa soube controlar o jogo e, nos contra-ataques, só não aumentou sua vantagem porque não teve qualidade para isso.
ivan portuguesa x são paulo (Foto: Alex Silva/Agência Estado)Ivan comemora gol da Portuguesa, abraçando o zagueiro Lima (Foto: Alex Silva/Agência Estado)

CORINTHIANS

Diretorias retomam negociação e acordo pode acontecer após Libertadores

Por Carlos Augusto FerrariSão Paulo
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guilherme portuguesa icasa (Foto: Moisés Nascimento / Agência Estado)Guilherme em ação pela Portuguesa
(Foto: Moisés Nascimento / Agência Estado)
A novela envolvendo a venda do volante Guilherme, da Portuguesa, para o Corinthians ganhou novos capítulos nos últimos dias. Depois de uma paralisação nas conversas, as diretorias da Lusa e do Timão voltaram a negociar recentemente e podem entrar em um acordo após as finais da Taça Libertadores, marcadas para os dias 27 de junho e 4 de julho.

- Estamos conversando outra vez, mas achamos melhor esperar a Libertadores acabar para voltar a pensar em reforços – afirmou o diretor de futebol do Corinthians, Roberto de Andrade.

Na queda de braço existente entre os clubes desde o ano passado, a Portuguesa perdeu força. A equipe do Canindé mudou de postura e já aceita vender o marcador por um valor abaixo do que pediu anteriormente (R$ 18 milhões), sobretudo para engordar o cofre e poder reforçar o elenco na luta para se manter na Série A do Campeonato Brasileiro.

Como o caixa também não anda cheio no Parque São Jorge, o Corinthians pode usar o auxílio de um investidor para ter o jogador – o Banco BMG já chegou a negociar com a Lusa anteriormente. A ideia é adquirir 35% dos direitos, deixando a Portuguesa com outros 35% - outros 25% são do empresário Eduardo Maluf e mais 5% do ex-agente do volante, Marco Fialdini.

Revelação das categorias de base, Guilherme, de 21 anos, chegou a ficar quase um mês sem treinar na Portuguesa depois que foi ameaçado por torcedores durante a campanha que rebaixou a Lusa para a Série A2 do Campeonato Paulista. De volta ao clube, ele pode atuar contra o São Paulo, neste sábado, às 18h30m, no Canindé. No entanto, se quiser se transferir para um clube dentro do país, não pode exceder o limite de seis partidas do Brasileirão.

A possível ida dele para o Corinthians aumenta ainda mais a especulação de que Paulinho poderá ser vendido assim que a Libertadores acabar. Na semana passada, representantes do jogador admitiram que foram procurados por Inter de Milão, Roma e CSKA. Eles, porém, garantiram que não há nada fechado. O Timão não tem nenhuma parte sobre os direitos e, assim, fica sem poder de decisão.

CORINTHIANS

Timão vencia até os 44 do segundo tempo, cedeu empate, mas, mesmo assim, garantiu vaga nas quartas de final

Por GLOBOESPORTE.COMSão Paulo
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O Corinthians está classificado para as quartas de final da Libertadores Sub-20. A vaga foi assegurada neste sábado, quando o time do técnico Narciso empatou com o River Plate por 1 a 1, em partida disputada no Estádio Monumental de Lima, no Peru. Com o resultado, o Timão ficou em segundo no Grupo D, com cinco pontos, dois a menos que o próprio River.
Paulinho abriu o placar para o Timão aos 29 minutos do primeiro tempo, desviando de cabeça cruzamento do lateral Denner. Os argentinos empataram aos 44 da etapa final, por intermédio de Aguirre.
- Dominamos a maior parte do jogo e tivemos pelo menos duas ou três grandes oportunidades de marcar e conquistar a vitória. Mas o importante é que estamos classificados e agora vamos trabalhar visando o início do mata-mata - disse o técnico Narciso.
O Timão está invicto na competição. A equipe estreou vencendo o Junior de Barranquilla por 2 a 0. Na sequência, empatou com o Atlético de Madri em 2 a 2.
O Corinthians volta a jogar na terça-feira, pelas quartas de final. O adversário, o primeiro colocado do Grupo C, ainda não está definido.

CORINTHIANS

Volante, hoje no Fenerbahçe, levou embora para Bauru 14 camisas usadas no empate de quarta-feira contra o Santos

Por Alan SchneiderBauru, SP
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O volante Cristian, hoje no Fenerbahçe, da Turquia, conseguiu um tesouro logo depois da classificaçao do Corinthians para a final da Taça Libertadores, no empate por 1 a 1 diante do Santos, na última quarta-feira. Ele conseguiu levar de presente 14 das 18 camisas dos jogadores relacionados para a partida. Apenas as camisas de Chicão, Ralf, Fábio Santos e Danilo, autor do gol que levou o Timão à decisão, não estão na coleção do jogador.
Cristian levou tudo para Bauru, na casa de seu sogro, o ex-jogador Baroninho, que trabalha com as categorias de base do clube de Istambul. Por motivos contratuais, ele pediu para não ser fotografado ao lado das camisas, já que seu patrocinador pessoal não é o mesmo fornecedor de uniformes para o Timão.
Em conversa com o GLOBOESPORTE.COM, ele contou que não seguiu uma estratégia definida. O "tesouro" foi conquistado aos poucos.
- Foi tudo naturalmente. Desci no vestiário para dar os parabéns e comecei a pegar a camisa de cada um, do Jorge Henrique, do Douglas... Quase todo mundo me deu, só o pessoal que foi fazer o exame antidoping e daqueles que ja tinham trocado as camisas com o pessoal do Santos. Para mim é uma satisfaçao imensa. Vou guardar com muito carinho em casa e vai ficar para a história. Um time que chegou à final da Libertadores com mérito e, agora, vai atrás do objetivo que é o titulo. É um time aguerrido e sabe o que quer  - contou.
Sem lavagem
Cristian deixou as camisas na área de lazer da residência para diminiur o cheiro de suor - ele não pretende lavá-las na máquina, e nem entregá-las a ninguém.
- Tinha pedido algumas camisas. E eles me deram. Fui dando os parabéns pra todo mundo. O goleiro Cássio foi o último a me entregar. Como ele é muito grande, coloquei todas dentro da camisa dele e amarrei. Fiquei muito feliz. Eles me deram com carinho. As camisas vão ficar do jeito que estão, suadas, sujas, fedidas. E, agora, guardadas a sete chaves...
O ato foi só mais uma amostra da paixão que Cristian tem pelo clube que defendeu em 2008 e 2009, e para o qual tentou voltar no ano passado, por meio de uma campanha de marketing que não deu resultado. Hoje, tem contrato com o Fenerbahçe até 2015.
-Todo mundo sabe que eu tenho um carinho muito grande pelo Corinthians, pela diretoria e funcionários. Vou guardar quase todas. Uma delas vou presentear para um amigo meu na Turquia, mas todas são especias. Muita gente já me pediu. É complicado pegar quase todas as camisas. A maioria dela vai ficar em Bauru. Vou pedir um desconto para o profissional que for enquadrá-las - brincou.
 

NOTICIAS

Torcedor millionario, francês perde pênalti, mas se torna o herói da vitória sobre o Almirante Brown, que confirma o acesso direto do time de Belgrano

Por GLOBOESPORTE.COMBuenos Aires
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Foram 363 dias de agonia, após o sofrimento iniciado no dia 26 de junho de 2011. Trinta e oito jogos e 73 pontos depois de ser rebaixado para a segunda divisão argentina, o River Plate garantiu seu retorno à elite nacional neste sábado, com uma vitória por 2 a 0 sobre o Almirante Brown e um herói: David Trezeguet.
Precisando vencer para não depender dos playoffs da "Promoción", o time não decepcionou os torcedores que fizeram grande festa no Estádio Monumental. O herói "millionario" foi um torcedor assumido do River: o atacante Trezeguet, veterano de 34 anos que chegou à equipe no fim do ano passado dizendo que jogaria por amor ao clube. Com dois gols na partida (e um pênalti desperdiçado), o francês - que foi criado em Buenos Aires - garantiu a vitória e o título da segunda divisão para o time de Belgrano.
trezeguet river plate x nacional b (Foto: EFE)Herói Trezeguet comemora um dos gols: ídolo realiza sonho de jogar pelo River Plate (Foto: EFE)
O resultado deste sábado consagra o processo de reformulação pelo qual o elenco do River passou desde a metade do ano passado. Entre os destaques do elenco ainda estão o meia Dominguez e o atacante Cavenaghi, artilheiro da equipe no campeonato, com 19 gols.
Outra peça fundamental para a consolidação da renovação do time foi a chegada do técnico Matias Almeyda. O atual treinador viveu o drama do rebaixamento como atleta e pendurou as chuteiras, assumindo o cargo de treinador do River logo depois.
Primeiros 45 minutos de agonia
O jogo que confirmou a volta do time de Belgrano à elite do futebol argentina começou com muitos erros de passe. Ansiosos para construir o placar que não faria o River depender de nenhum outro resultado, os atletas millionarios não conseguiam construir os ataques, embora não sofressem pressão do Almirante Brown.
Aos 19 minutos de partida, chegou ao Monumental a notícia de que o Quilmes havia aberto dois gols de diferença sobre o Puerto Madryn, assumindo a liderança provisória da Série B argentina. Assim, River e Instituto fariam um jogo extra para definir quem subiria de forma direta e quem passaria pela "Promoción" (ambos empatavam suas partidas em 0 a 0 naquele momento).
A torcida do River quase comemorou quando Vella recebeu bom passe na direita e bateu cruzado, para a defesa de Monasterio, aos 26. Trezeguet tentou escorar o rebote para o fundo das redes em três oportunidades, mas o máximo que conseguiu foi um escanteio. Em seguida, o Almirante Brown respondeu com uma cabeçada de Nievas, defendida por Vega.
Ainda houve mais uma boa chance do River no final da primeira etapa, quando Trezeguet apareceu para cabecear dentro da área e jogou a bola próxima ao gol de Monasterio. Sendo assim, os Millionarios foram para os vestiários sabendo que teriam apenas mais 45 minutos para cumprir a missão.
torcida river plate x nacional b (Foto: EFE)Torcida, que lotou o Monumental, faz a festa com a conquista da Segunda Divisão (Foto: EFE)
Trezeguet se torna o herói
Ciente da necessidade de atacar, Matias Almeyda operou duas substituições no intervalo da partida. O River retornou para o segundo tempo com Funes Mori no lugar de Cavenaghi e com Ocampos substituindo González. E as trocas fizeram efeito: os donos da casa voltaram com mais poder ofensivo e trocando bons passes.
Logo aos 4 minutos da etapa final, Trezeguet fez o Monumental explodir. O atacante tabelou de cabeça com Funes Mori e recebeu passe na entrada da área, batendo forte de pé esquerdo, de primeira, para estufar as redes e abrir o placar com um golaço. O replay mostrou que Funes Mori estava em posição irregular ao receber o passe do camisa 7: nada que faria a alegria dos Millionarios diminuir.
O 1 a 0 fazia com que o River retornasse à liderança da segunda divisão e garantisse o acesso direto à elite. No entanto, para não correr perigo, o time anfitrião continuava jogando de forma ofensiva e pressionava o Almirante Brown. Os torcedores ficaram mais tranquilos quando souberam que o Instituto estava perdendo para o Ferro Carril, resultado que dava ao River o direito de empatar para conseguir a volta à Primeira Divisão.
Os Millionarios tiveram mais uma chance aos 23, quando Funis More foi lançado na segunda trave e cabeceou para o chão, forçando o goleiro Monasterio a fazer boa defesa e impedir o segundo do River.
river plate site (Foto: Divulgação/Site Oficial)Site do River Plate comemora a volta do clube à Primeira Divisão da Argentina (Foto: Reprodução)
Quando o jogo já estava na reta final, a notícia do segundo gol do Ferro sobre o Instituto deixou os torcedores mais aliviados. Os "hinchas" já começavam a fazer festa e viram Aguirre sofrer pênalti após avanço pela direita, aos 39. Trezeguet se prontificou para a cobrança, mas não bateu bem, facilitando a defesa de Monasterio. A apreensão no Monumental ainda resistiria por mais alguns minutos.
A torcida millionaria passou a cantar ainda mais forte para "acelerar" o relógio no Monumental. O terceiro gol do Ferro Carril soou muito bem para os torcedores, que ainda viram mais um gol de Trezeguet. O francês recebeu bom passe de Funis More e não desperdiçou, fazendo seu segundo no jogo e 13° no campeonato. Logo após a comemoração do segundo tento do jogo, os Millionarios vibraram com o apito final do juiz Alejandro Toia e com reerguimento de um dos gigantes argentinos.
Quilmes também garante acesso
Com a vitória de 2 a 0 sobre o Puerto Madryn, o Quilmes terminou o campeonato na segunda colocação e também garantiu seu acesso direto para a Primeira Divisão. Enquanto isso, o Instituto, derrotado por 3 a 0 pelo Ferro Carril, ficou com o terceiro lugar e disputará a "Promoción", assim como o Rosário Central, que terminou na quarta colocação após a derrota para o Desamparados por 3 a 2.
Neste domingo, é a vez da Primeira Divisão ser definida. Devido ao regulamento confuso do Campeonato Argentino, o Tigre pode protagonizar um feito inédito, já que tem chances de ser campeão e, ao mesmo tempo, cair para a Segunda Divisão.
trezeguet river plate x nacional b (Foto: EFE)Jogadores do River abraçam Trezeguet, autor dos dois gols da vitória em casa (Foto: EFE)

Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...