domingo, 8 de julho de 2012

BRASILEIRAO 2012


DESTAQUES DO JOGO
  • deu errado
    escalação
    Argel improvisou o volante Coutinho na lateral direita e o lateral-esquerdo Marquinhos no meio. O Figueira viu o domínio do Vasco na etapa inicial. 
  • deu certo
    mexidas
    A entrada de Ronny e Aloísio no intervalo aumentou o poder ofensivo do Figueira. O primeiro teve cinco finalizações, e o segundo, quatro.
  • o nome do jogo
    Prass
    O goleiro do Vasco fez três defesas difíceis e ainda evitou o gol de pênalti de Julio Cesar. Foi a segunda cobrança seguida que ele pegou no Brasileiro.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Em jogo de tempos distintos, a igualdade no placar reflete a atuação de dois times que alternaram momentos de domínio ao longo dos 90 minutos. Melhor em campo na primeira etapa, o Vasco sucumbiu à pressão do Figueirense depois do intervalo, e as duas equipes ficaram no 1 a 1, neste domingo, no estádio Orlando Scarpelli, em partida válida pela oitava rodada do Brasileirão. Os vascaínos chegaram a 17 pontos na competição e desperdiçaram a chance de assumir a liderança, caindo para a terceira posição, enquanto os catarinenses agora somam oito pontos, em 15º.
Pouco antes da partida, o Figueirense apresentou Loco Abreu, ex-Botafogo, como novo reforço. Mas o primeiro gol do confronto saiu do pé direito de um jogador que deve estar de saída do seu clube. Com duas propostas da Arábia Saudita, Diego Souza abriu o placar. Ronny, que entrara no intervalo, decretou o empate num jogo movimentado, que teve uma bola na trave de cada lado e pênalti desperdiçado pelos catarinenses.
Após a partida, Diego Souza evitou o tom de despedida:
- Não tem nada resolvido. Minha família quer que eu fique no Rio, mas temos que esperar para ver o que vai acontecer. Muitos diziam que eu não ia jogar nem hoje (domingo). Espero que isso se resolva logo para que eu possa ficar mais tranquilo.
Loco Abreu, que assistiu à partida de um camarote do Orlando Scarpelli, foi apresentado no memorial do clube e depois subiu as escadas do vestiário para, no gramado, ser saudado pela torcida com gritos de "É o loco!".
- Não jogo para ser capa do jornal no dia seguinte. Eu nem gosto muito de aparecer, quem me conhece sabe, por isso prometo muita luta e trabalho para ajudar os meus companheiros. Quero ser lembrado daqui a 20 ou 30 anos por ter feito parte da história do clube.
O empate dá sequência a uma incômoda marca para o Vasco: não vence o Figueirense há dez jogos, desde agosto de 2006. Desde então, foram sete empates e três vitórias dos catarinenses. Na edição do Brasileirão deste ano, é o Figueira que nutre um tabu preocupante para a torcida. Não ganha um jogo desde a primeira rodada, quando bateu o Náutico por 2 a 1.
juninho pernambucano FIGUEIRENSE x VASCO (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)Juninho tenta jogada no Orlando Scarpelli (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)
Superioridade vascaína na primeira etapa
Mesmo com desfalques no setor - Felipe, Carlos Alberto e Fellipe Bastos -, o Vasco venceu a batalha no meio-campo ao longo do primeiro tempo. Com marcação forte no campo adversário, o time carioca iniciou melhor o jogo e teve a primeira boa chance da partida. Aos oito minutos, Juninho bateu escanteio da direita, e Nilton cabeceou com perigo. Pouco depois, Diego Souza arriscou de longe, e o goleiro Wilson espalmou.
No Figueirense, o jovem Marquinhos e o experiente Fernandes encontravam dificuldades na criação de jogadas no meio. A equipe tentava o jogo pelas laterais, mas Coutinho, improvisado na direita, pouco chegou à frente. Sobrava a opção de Guilherme Santos pela esquerda, mas o setor defensivo do Vasco mostrou segurança para conter as investidas do jogador, revelado em São Januário.
Os vascaínos abriram o placar aos 21 minutos, depois de falha de Marquinhos e Anderson Conceição, que não conseguiram afastar o perigo. O cabeceio torto do zagueiro parou nos pés de Diego Souza, que chutou de fora da área e balançou a rede. A finalização era defensável, mas Wilson não conseguiu evitar o gol.
Em desvantagem, o Figueira passou a ficar mais tempo com a posse de bola e criou duas oportunidades antes do intervalo, em chute cruzado de Júlio César, que Fernando Prass espalmou, e cobrança de falta na trave de Fred.
fernando prass FIGUEIRENSE x VASCO (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)Fernando Prass defendeu pênalti cobrado por Júlio César (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)
Figueirense cresce e cria mais
Insatisfeito com a atuação do Figueirense na primeira etapa, o técnico Argel Fucks promoveu duas substituições no intervalo. Entraram Ronny e Aloísio nas vagas de Marquinhos e Fernandes. A primeira grande chance do empate não demorou: aos quatro minutos, Doriva cruzou da direita, Dedé errou a cabeçada, e a bola bateu em seu braço direito. O árbitro Paulo César de Oliveira marcou pênalti. Júlio César bateu forte, mas Fernando Prass defendeu de maneira espetacular. Foi a segunda penalidade seguida defendida pelo vascaíno, que já evitara o gol na cobrança de Marcelo Moreno, do Grêmio, na primeira rodada do Brasileirão.
O pênalti perdido não abateu o Figueirense, que assumiu o domínio da partida, contando com a velocidade de Caio e Ronny pelas pontas. O meio-campo do Vasco passou a ter menos tempo para tocar a bola, o que causou erros de passes seguidos. Em jogadas pelos lados, Ronny e Aloísio tiveram boas oportunidades.
Depois de suportar a pressão, o Vasco se reorganizou e voltou a ameaçar o gol de Wilson. Aos 17 minutos, o cabeceio de Alecsandro beijou a trave depois de cruzamento de William Matheus. Na sequência, foi a vez de Fagner achar o centroavante em boas condições na área, mas o camisa 9 vascaíno errou o alvo na finalização.
A partida ganhou emoção, com chances para os dois lados, que pararam em boas ações dos goleiros. Mas Fernando Prass nada pôde fazer aos 28 minutos, quando Túlio cruzou da esquerda, e Ronny aproveitou cochilo de William Matheus na marcação para empatar o jogo. Com a igualdade no placar, houve equilíbrio nos minutos finais do jogo, porém sem chances de perigo dos dois lados.

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