sexta-feira, 13 de julho de 2012

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Tricampeão de Roland Garros diz ainda estar absorvendo o clima do local

Gustavo Kuerten desceu do carro, foi recebido por sua assessora de imprensa à porta do Hall da Fama Internacional do Tênis, em Newport (EUA), e logo subiu as escadas do museu. Ainda no primeiro lance de degraus, parou, olhou por uma janela e viu a quadra que fica na entrada. "Charmoso!", disse à jornalista, e seguiu caminhando. Foi recebido pelo presidente do Hall, Christopher Clouser, que o levou para ver a exibição com suas peças.
Em meio a fãs e fotógrafos, Guga fez um tour rápido pelas galerias e só parou ao ver o totem interativo com seu nome. Lá, assistiu a trechos de jogos. Riu ao rever o dia em que beijou a rede em uma partida contra Mark Philippoussis. Em seguida, ainda na emoção da chegada e 'meio perdido', foi conduzido para a sala de entrevistas, onde uma longa lista de jornalistas o aguardava. Quando parou para conversar, disse ainda estar entrando no clima do Hall da Fama e ressaltou que espera uma cerimônia emotiva.
- Ainda estou absorvendo tudo. Se soubesse, teria chegado um dia antes para ver mais, entender o clima do lugar. Não preparei nada. Vou esperar o momento para falar as coisas que vierem à cabeça na hora. Eu poderia dizer várias das coisas que falei aqui (aos jornalistas) porque elas têm tudo a ver com a minha carreira, a minha trajetória. Mas vamos ver. Conversar aqui, com jornalista, é moleza. Amanhã, na frente de todo mundo, com a quadra cheia e todo mundo parado, olhando para mim, vai ser complicado - disse o ex-número 1 do mundo, que desembarcou em Newport na quinta-feira, mas só foi ao Hall da Fama nesta sexta.
Guga chegou acompanhado da maior parte da família. A mãe, dona Alice, o irmão, Rafael, a esposa, Mariana, e a filha, Maria Augusta, fazem parte do grupo. O ex-técnico Larri Passos desembarcaria nesta sexta-feira. O tricampeão de Roland Garros só lamenta a ausência de sua avó, dona Olga, que tem 90 anos e não fez a longa viagem.
A cerimônia de entrada no Hall da Fama está marcada para as 13h (de Brasília) deste sábado, e Guga imagina que vai viver mais um momento marcante. Ele reconhece que agora, com 35 anos, vê com outros olhos as façanhas alcançadas durante a carreira.
- Hoje, vejo de forma diferente a minha trajetória. É diferente olhar para trás e ver o que ficou, comparando com o momento em que você está vivendo aquilo. Hoje, me ver jogando, deixando o coração ali na quadra, como jogando contra o Michael Russell, fico muito mais emocionado do que se eu estivesse, uma semana depois, vendo o replay de Roland Garros. Mexe muito mais comigo. Amanhã, provavelmente, vem coisa do tipo. Falei com o pai da Capriati aqui e falei: "o senhor está de parabéns porque, assim como a Jennifer, meu pai foi o meu primeiro incentivador". Ali eu já comecei a me emocionar, num pequeno lampejo. Na quadra, amanhã, talvez eu consiga me controlar. Se eu entrar nesse tom de realmente me envolver, me emocionar, vai ser mais legal ainda. Não entrar em prantos, mas se eu conseguir entrar nessa... sei lá se é hipnose ou o quê, mas se eu entrar no verdadeiro sentimento, vai ser mais uma lembrança inesquecível para minha vida.
Além de Guga, fazem parte da Turma de 2012 a americana Jennifer Capriati, campeã olímpica em Barcelona-1992 e dona de três títulos de Grand Slam e o espanhol Manuel Orantes, campeão do US Open de 1975. O promotor galês Mike Davies será outro imortalizado. Ele criou o primeiro circuito mundial milionário, o World Championship Tennis (WCT), e introduziu as roupas coloridas e a bola amarela no esporte. Também integra a classe o cadeirante Randy Snow, medalhista olímpico nos 1.500 metros (prata em Los Angeles-1984), no tênis (ouro em simples e duplas em Barcelona-1992) e no basquete (bronze em Atlanta-1996)
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