CLASSICOS

Marcelo Aparecido de Souza revela xingamentos do atacante após expulsão: 'Você é um ladrão filho da p...! Vou te quebrar, seu m...'

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) divulgou a súmula do polêmico clássico entre Palmeiras e Corinthians, disputado no último domingo, e vencido pelo Timão por 2 a 0 no estádio do Pacaembu. O árbitro Marcelo Aparecido de Souza incluiu em seus relatos os xingamentos de Luan ao ser expulso, aos 26 minutos do primeiro tempo, e também os objetos atirados no gramado durante toda a partida.

O atacante alviverde já havia sido advertido pela arbitragem com o cartão amarelo, por tentar simular um pênalti no início do jogo, e acabou recebendo a segunda advertência e o conseqüente vermelho após “tentativa de agressão”, como classificou o árbitro, sobre o lateral corintiano Guilherme Andrade. Marcelo Aparecido ainda relatou uma ameaça física feita pelo jogador: "Vou te quebrar, seu m...! Cambada de ladrão!".

Confusão: Luan é expulso e parte para cima do árbitro (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Assim como Emerson Sheik já havia sido punido pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) após ser expulso e ofender o árbitro Péricles Bassols na vitória do Corinthians por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, Luan pode ser incluído em três artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: 250 (ato desleal ou hostil, com pena de um a três jogos), 258 (assumir conduta contrária à ética ou disciplina desportiva, até seis jogos de suspensão) e 243-F (ofender alguém em sua honra, seis partidas de gancho, mais multa de até R$ 100 mil).

Súmula do clássico paulista entre Palmeiras e Corinthians (Foto: Reprodução)

A punição individual do atacante não deve ser o único problema que o Palmeiras enfrentará após as confusões no clássico. O árbitro relatou detalhadamente os objetos atirados dentro do gramado: de copos cheios de água até um pedaço de cadeira do setor laranja, passando por chinelos e um relógio de pulso. De acordo com a súmula, ninguém foi atingido, mas durante todo o transcorrer da partida os objetos continuaram a ser jogados.

No primeiro parágrafo do artigo 213, o Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê possíveis perdas de mandos de campo ao Palmeiras: "Quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas, provas ou equivalentes, quando participante da competição oficial".

Mais de 100 cadeiras do setor laranja foram destruídas ao longo do clássico. De acordo com a administração do estádio do Pacaembu, o Palmeiras terá de pagar os prejuízos causados pela torcida. Além disso, a equipe ainda jogará seis vezes como mandante neste Campeonato Brasileiro: Ponte Preta (29/09), Coritiba (11/10), Cruzeiro (20/10), Botafogo (4/11), Fluminense (11/11) e Atlético-GO (25/11).

Já houve um caso semelhante neste ano: no empate entre Cruzeiro e Atlético-MG por 2 a 2, na última rodada do primeiro turno, a torcida celeste atirou garrafas e até um telefone celular no gramado do estádio Independência. Julgada pelo STJD, a Raposa perdeu seis mandos de campo e, hoje, é obrigada a mandar jogos a pelo menos 100km de distância em relação a Belo Horizonte.

Objetos no gramado podem tirar Palmeiras de São Paulo até o fim do ano (Foto: Reprodução)

O Blog Esporte Legal, do GLOBOESPORTE.COM, explicou em detalhes o caso vivido pelo Cruzeiro. Clique aqui e entenda a punição imposta ao clube após o clássico do primeiro turno contra o arquirrival Atlético-MG, que pode ser repetida com o Palmeira
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