quinta-feira, 20 de setembro de 2012

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Puglista baiano lista os cinco confrontos mais marcantes no boxe: os quatro títulos mundiais e a despedida dos ringues


Quarenta e uma lutas. Trinta e nove vitórias – sendo 33 por nocaute – e apenas duas derrotas. O currículo de Acelino “Popó” Freitas é vasto e invejável. No meio de tanto sucesso, seria até difícil pedir para o pugilista escolher as cinco lutas mais marcantes, certo? Errado. Sem pensar por muito tempo, Popó elegeu o Top 5 de sua carreira com os embates mais representativos para ele.
Tetracampeão mundial em duas categorias diferentes, o pugilista listou os quatro títulos conquistados nos ringues e a despedida contra Michael Oliveira. Rápido e certeiro. Além de não precisar de muito tempo para listar o Top 5, Popó lembrou exatamente as datas – com dia, mês e ano – de cada confronto.
- Esses foram, para mim, os momentos mais marcantes de minha carreira – opinou.
A história vitoriosa conta com os títulos dos superpenas da Organização Mundial de Boxe (WBO) e da Associação Mundial de Boxe (WBA), além do cinturão dos leves da WBO, que perdeu em agosto de 2004 e recuperou em 2006. Com esse histórico, confira a relação elaborada pelo baiano:
Popó e Ulysses no ringue (Foto: Arquivo Pessoal do treinador)Tetracampeão mundial de boxe, Popó listou os momentos marcantes (Foto: Arquivo Pessoal do treinador)
1) Primeiro cinturão
Com 20 lutas e 20 nocautes, Popó se credenciou para, no dia 7 de agosto de 1999, desafiar o russo Anatoly Alexandrov – então detentor do cinturão dos superpernas da WBO. Como desafiante, o baiano tratou logo de impor respeito.
Na luta realizada na França, Popó tomou a iniciativa e derrubou o russo, que conseguiu se levantar, mas foi a nocaute logo depois. A força dos golpes foi tamanha que Alexandrov permaneceu inconsciente por cinco minutos, tempo bem superior aos 94 segundos de duração do confronto.
- Foi o meu primeiro título mundial. Eu tinha 23 anos e era o auge de minha carreira. Foi muito bacana – relembrou Popó.
2) A unificação
Popó boxe (Foto: Reprodução / Twitter)Popó relembrou todas as conquistas de
cinturão (Foto: Reprodução / Twitter)
Depois de conquistar o cinturão da WBO e defendê-lo seis vezes, Popó decidiu lutar pela unificação. O confronto com o cubano Joel Casamayor era um duelo de invictos. Popó tinha 30 lutas e 30 vitórias. Casamayor, que além do cinturão da WBA era campeão olímpico, não havia perdido nos 26 embates da carreira. Até encontrar Popó.
- Foi uma luta traumatizante para mim. E dramática. Eu levei 45 pontos no rosto – contou o baiano.
Realmente, a luta não foi nada fácil. No dia 12 de janeiro de 2002, Popó e Casamayor se alternaram em bons momentos no confronto. O brasileiro conseguiu um knockdown, e o cubano foi penalizado por um golpe ilegal, quando o juiz separava os lutadores. Estes dois pontos foram fundamentais para a vitória unânime por pontos: 114 a 112 para Popó.
3) Acima do peso
Vencer a balança sempre foi um desafio na carreira de Popó. Após muita batalha para reduzir o peso e se enquadrar no necessário para o superpenas (até 59kg), o então campeão da WBA e WBO decidiu mudar de categoria. Popó subiu para o peso leve (até 61,2kg) e desafiou Artur Grigorian, do Uzbequistão, então campeão da WBO.
- Contra Casamayor, eu unifiquei os títulos da associação e da organização mundial de boxe. Contra Artur, eu subi de peso para os leves e consegui o terceiro título mundial – disse.
O confronto aconteceu no dia 3 de janeiro de 2004, nos Estados Unidos. Grigorian estava invicto e já havia defendido o título por 16 vezes. Popó dominou o combate e venceu, mais uma vez, por pontos: 115-108, 116-107 e 116-107.
O cinturão fez com que o baiano se tornasse o maior campeão do boxe no Brasil e fosse eleito o lutador do ano pela WBA.
4) A reconquista
O cinturão do peso leve da WBO não ficou por muito tempo na estante de Popó. Em agosto de 2004, ele sofreu a primeira derrota da carreira. Foi superado por Diego Corrales e perdeu o título da categoria. Mas, dois anos depois, mais precisamente no dia 29 de abril de 2006, o brasileiro subiu ao ringue para enfrentar o americano Zahir Raheem no duelo pelo cinturão que estava vago.
- Havia perdido o título mundial, e nessa luta recuperei o cinturão dos leves – lembrou o lutador.
A luta foi equilibrada. Foram 12 rounds de muita disputa, e a reconquista do título após decisão dividida dos árbitros. Com o cinturão da WBO em mãos novamente, o lutador baiano anunciou pela primeira vez a aposentadoria, que não durou muito tempo.
5) A despedida
Acelino Popó Freitas x Michael Oliveira (Foto: Reprodução)A despedida da carreira foi com mais um
nocaute técnico (Foto: Reprodução)
Depois de ter parado de lutar pela primeira vez, Popó voltou aos ringues para enfrentar o americano Juan Diaz pela unificação dos títulos do peso leve em 2007. O brasileiro perdeu o duelo e anunciou nova aposentadoria. O descanso do boxe só foi paralisado este ano, quando aceitou fazer uma luta de despedida a pedido do filho.
No dia 2 de junho de 2012 – com 36 anos de idade e após cinco anos afastados dos ringues –, o baiano enfrentou Michael Oliveira em Punta del Este, no Uruguai. A vitória aconteceu no melhor estilo Popó: nocaute técnico no nono round.
- Eu treinei muito forte. A luta ficou marcada para mim porque treinei muito. Encerrei a carreira com chave de ouro, com mais um nocaute
.

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