sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

CORINTHIANS



Todas as lojas são de um filipino que torce pelo São Paulo e ficam estrategicamente em frente ao consulado do Brasil na cidade


Agência de viagens para brasileiros já faz contagem regressiva para a Copa (Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com)Agência faz contagem regressiva para a Copa
(Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com)
Quem anda pela rua do consulado do Brasil em Nagoya, primeira base do Corinthians no Japão para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa, pode achar que está em outro país. Num trecho de pouco menos de uma quadra é possível se deparar com restaurante, agência de viagens, despachante e mercadinho voltados somente para o público brasileiro que mora na cidade e na região. Agora, com a passagem do Timão por Nagoya, o comércio espera faturar mais com a presença dos torcedores que seguirão o time em busca do título.
Todos os estabelecimentos pertencem a um mesmo dono e que curiosamente nem brasileiro é. Oscar Tence nasceu nas Filipinas, mas passou parte da sua vida em São Paulo. Radicado no Japão, resolveu aproveitar a grande colônia brasileira no país para faturar. E instalou suas lojas estrategicamente em frente ao consulado para aproveitar a clientela verde-e-amarela.
Apesar de pequenas, as lojas são recheadas de produtos brasileiros. Alguns importados do outro lado do mundo, mas outros produzidos no próprio Japão, como o queijo branco, fabricado por uma família que levou a receita de Minas Gerais para a Ásia, e a carne seca, feita em território japonês com carne australiana. No mercadinho “O Barateiro”, além dos tradicionais arroz, feijão, farofa e linguiça, indispensáveis na feijoada, também é possível achar cosméticos, bebidas e, nesta época do ano, panetone de marca nacional.
Ao lado, fica o restaurante “Planeta Grill”. Segundo o proprietário, os dois pratos mais pedidos são a feijoada (1100 ienes, ou R$ 27,50) e o bife à parmegiana (1500 ienes, ou R$ 37,50). Para acompanhar, sucos brasileiríssimos como açaí, caju, goiaba e graviola. Com água sai por 400 ienes (R$ 10) e com leite a 500 (R$ 12,50). Durante a semana a maior parte da clientela é de funcionários do consulado. Nos finais de semana alguns japoneses se arriscam a experimentar as iguarias.
- É como no Brasil. Lá, o brasileiro reúne os amigos para ir comer sushi no restaurante japonês. Aqui o japonês junta a família para comer comida brasileira. Para eles é programa - explica Oscar Tence.
Para completar o complexo do comerciante filipino, uma agência de turismo e um escritório de despachante. Tudo para brasileiro. Mas, durante a passagem dos corintianos por Nagoya, a expectativa maior de faturar é mesmo no restaurante. No inverno, a noite chega mais cedo ao Japão. Quando o relógio marca 17h as ruas praticamente já estão às escuras.
Em dias normais, este é o horário que Oscar fecha suas lojas. Durante o Mundial, ele vai esticar até as 20h.
- No Brasil aprendi a gostar de futebol. Sou são-paulino. Mas quero mais é que meu restaurante encha de corintianos. Tudo pelo dinheiro.
E, por falar em dinheiro, o comerciante também negocia ingressos para os jogos do Timão. Em qualquer uma das suas lojas é possível achar bilhetes para as duas partidas do Corinthians no Mundial. Os preços vão de 11 mil a 130 mil ienes (em reais: de 275 a 3250).
fachada do mercadinho brasileiro em Nagoya (Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com)Loja de produtos brasileiros em Nagoya, no Japão (Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com
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