terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

SERIE B


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Desde que o porco foi adotado como mascote do Palmeiras, na década de 80, dirigente iniciou o acervo que hoje toma conta de uma ala de sua casa


O porco é um animal sagrado na Alemanha. Simboliza a riqueza, a fertilidade e a sorte. Tanto que, na Copa de 2006, um leitão batizado com o nome de Finale e que possuía as cores preta e branca, da seleção germânica, fez parte do "elenco" do técnico Jurgen Klismann - o time fez bela campanha e só parou na fase semifinal diante da campeã Itália. No Brasil, embora não tenha o mesmo significado, o animal foi adotado como segundo mascote pela torcida do Palmeiras. E tem no presidente Paulo Nobre o seu principal admirador.
Paulo Nobre porco palmeiras (Foto: Marcelo Prado)Paulo Nobre mostra coleção de porcos em xícaras, gravatas, panelas... (Foto: Marcelo Prado)
O mandatário alviverde assumiu o posto que sempre sonhou desde criança no dia 21 de janeiro. E, entre os jogos da equipe no Campeonato Paulista e inúmeras reuniões que faz para começar a arrumar a casa que está muito bagunçada, recebeu as equipes do GLOBOESPORTE.COM e do SporTV para mostrar sua coleção de porquinhos (assista à matéria completa no programa Tá na Área, às 18h30m, no SporTV).
– O porco era o mascote pejorativo do Palmeiras na década de 80. Dentro da rivalidade que é sadia no futebol, era usado para que os adversários tirassem sarro da nossa equipe. Em 1986, o animal foi adotado como segundo mascote, enquanto o periquito seguiu como o oficial. No ano seguinte, iniciei (a coleção) e hoje tenho perto de mil artigos dos mais variados. Não sei se é a maior que existe. Mas, sem dúvida, tenho muito carinho por ela – afirmou o dirigente.
Paulo Nobre porco palmeiras (Foto: Marcelo Prado)Paulo Nobre tem até rádio em forma de porco
(Foto: Marcelo Prado)
Nobre levou para o seu escritório, localizado no bairro Jardim Europa, em São Paulo, cerca de 100 objetos do seu valioso acervo. Tem de tudo: cofrinhos, chaveiros, pantufas, jarras, canecas, sabonetes, xícaras, pequenas frigideiras, cartões portais. Cada um com uma história. O dirigente conta que, além de estar sempre investindo em novas aquisições, tem o apoio dos amigos para aumentar sua coleção.
– Muita gente ajuda. No início, comprava muita coisa. Hoje, sempre que alguém viaja, ganho algo. Quando faço aniversário, chego a ganhar 80 artigos. Tenho amigos que cederam suas coleções para mim. É algo realmente interessante, tenho de tudo. Ficou tão grande que precisei criar uma ala na minha casa para acomodar tudo – disse.
Não sei se é a maior coleção que existe. Mas, sem dúvida, tenho muito carinho por ela"
Paulo Nobre, presidente do Palmeiras
Uma parte que tem fica guardada. As gravatas, por exemplo, fazem parte do cotidiano do presidente. São mais de 30, todas adquiridas em suas viagens pelo Exterior.
– Na Alemanha, na Áustria e na parte alemã da Suíça, o porco é o elemento de sorte. Por isso, você encontra muita coisa. As gravatas são todas de lá e uso. De lá, também vieram as canecas da Oktoberfest de Munique – disse.
O primeiro objeto da coleção é o mais importante e só sai de casa em momentos especiais. E foi até batizado com o nome de um atacante que fez história com a camisa do maior rival.
– Em 1987, ganhei um porquinho de metal de uma namorada. O Palmeiras vivia um momento difícil, não ganhava títulos. Seis anos depois, disputamos o título do Paulistão contra o Corinthians e perdemos o primeiro jogo por 1 a 0. No segundo jogo, levei o amuleto comigo e ganhamos por 4 a 0. Acabei batizando-o de Viola. O tabu acabou e, desde então, o objeto me acompanha em todas as decisões. Esteve comigo na conquista da Copa do Brasil do ano passado – lembrou, rindo bastante.
Paulo Nobre jornal porco palmeiras (Foto: Reprodução A Gazeta Esportiva)Aos seis anos, Nobre deu entrevista dizendo que,
um dia, seria presidente do Palmeiras 
(Foto: Reprodução A Gazeta Esportiva)
O acervo que tem serviu para aumentar ainda mais o amor que sente pelo Palmeiras. Relação que ele diz ter começado no primeiro dia de sua vida. No seu escritório, existe um quadro com uma página de jornal contando uma entrevista que deu aos seis anos.
– Naquela entrevista, falei que se fosse o presidente, contrataria o Paulo Isidoro e tentaria o Batista. Desde aquela época, pensava em ajudar o Palmeiras. Tentei ser jogador, mas logo vi que era muito ruim. Em 1997, entrei na vida política do clube como conselheiro e não saí mais. Agora, como presidente, tenho muito trabalho pela frente para recolocar o Palmeiras no lugar onde ele merece – disse Nobre.
– Desde o dia 21 de janeiro, o torcedor apaixonado que existe dentro de mim foi deixado de lado. Hoje sou um dirigente, que precisa saber o que dizer, como fazer e defender o interesse de uma grande torcida. Confesso que é muito mais difícil, principalmente porque não tenho mais o direito de errar – emendou
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