terça-feira, 28 de maio de 2013

CORINTHIANS



Clube perde um mando de campo por causa de atitude de torcedores na decisão do Estadual . Para advogado, episódio prejudica imagem do Timão


Torcida Corinthians; Vila, sinalizadores (Foto: Reprodução/SporTV)Torcida do Corinthians com sinalizadores na final
do Paulistão (Foto: Reprodução/SporTV)
O uso de sinalizadores por parte dos seus torcedores na final do Campeonato Paulista custou ao Corinthians um mando de campo e multa de R$ 30 mil. Mas o prejuízo da decisão, tomada na tarde desta segunda-feira pela Primeira Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP), pode ser ainda maior.
Na visão do advogado do Corinthians, João Zanforlin, a punição prejudica a imagem do clube no episódio dos 12 torcedores presos em Oruro desde a morte do garoto Kevin Espada, de 14 anos, ocorrida na partida contra o San Jose, pela Taça Libertadores, no dia 20 de fevereiro.
– O que ocorreu é péssimo para os corintianos que estão presos lá na Bolívia. Estamos batalhando pela liberação de todos e, com o que ocorreu na Vila Belmiro, foi passada uma imagem de que é normal o uso do sinalizador aqui também. Pior ainda é punir o clube por isso – disse Zanforlin, em conversa com o GLOBOESPORTE.COM.
A morte de Kevin fez com que o TJD-SP apresentasse uma resolução para coibir o uso de fogos de artifício nos estádios paulistas. A punição será cumprida no próximo Paulistão. Cabe recurso. O advogado espera uma posição da diretoria para dar sequência ao processo.
– Vou me reunir com o presidente Mário Gobbi e com o departamento jurídico para que essa questão seja analisada – comentou Zanforlin.
Relembre o caso na final do Paulista
Aos 40 minutos do segundo tempo do jogo de volta da decisão, em 19 de maio, quando o Corinthians empatou por 1 a 1 e assegurou o título, o árbitro Guilherme Ceretta de Lima paralisou a partida ‘devido à utilização de sinalizadores no local onde se encontravam os torcedores da equipe do Corinthians, sendo que três desses sinalizadores caíram no campo de jogo, próximo a meta defendida pela equipe do Santos’.
O episódio foi relatado na súmula, e o Corinthians acabou enquadrado no artigo 213-III do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir: lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo. Caso a desordem, invasão ou lançamento de objeto seja feito pela torcida da entidade adversária, tanto a entidade mandante como a entidade adversária serão puníveis, mas somente quando comprovado que também contribuíram para o fato”.
Diante da denúncia, João Zanforlin  tentou adiar o julgamento, sob a justificativa de que precisava de mais tempo para juntar provas, como relatórios do Ministério Público e do Jecrim (Juizado Especial Criminal) de que os responsáveis pela infração foram identificados e levados para a delegacia. O pedido, porém, foi negado, o que revoltou Zanforlin.
– Me privaram de fazer uma defesa completa. Por ser visitante, não tinha como o Corinthians ter o mínimo de controle do que aconteceu dentro do estádio. A Vila é do Santos, não do Corinthians. O que houve foi problema no policiamento, já que passaram mais de 50 sinalizadores na revista – disparou o advogado do Timão
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...