quarta-feira, 7 de outubro de 2015

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Hipismo das Olimpíadas pode ser disputado fora do Brasil, diz dirigente

Sem acerto de certificado sanitário por parte do Ministério da Agricultura para entrada de cavalos estrangeiros no Rio, presidente de confederação vê Jogos em risco

Por São Paulo
O presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Luiz Roberto Giugni, afirmou nesta quarta-feira que as provas de hipismo das Olimpíadas de 2016 podem ser realizadas fora do Brasil. Em uma coletiva na Sociedade Hípica Brasileira, em São Paulo, o dirigente informou que o Ministério da Agricultura ainda não acertou certificados sanitários para liberar a entrada de cavalos estrangeiros no Rio de Janeiro. Segundo Luiz Robeto Giugni, se a situação não for solucionada até o fim de outubro, a Federação Equestre Internacional (FEI) pode tirar do Rio de Janeiro o direito de sediar os eventos olímpicos da modalidade e organizar a competição em outro país.
- Nosso problema é com o ministério. Não há nenhum acerto do certificado sanitário com Europa, Estados Unidos e Canadá. Os europeus, norte-americanos e canadenses não têm garantias de trazer os cavalos para cá e ser encaminhados de volta. Estamos atrasados com isso, a comunicação com o ministério é ruim, eu já tem uma coleção de e-mails, que estou protocolando agora, não tem resposta - disse Giugni.
Centro de Hipismo Deodoro em julho de 2015 (Foto: Gabriel Heusi / ME)Centro de Hipismo de Deodoro é palco da modalidade nas Olimpíadas, mas pode deixar de ser (Foto: Gabriel Heusi / ME)
O GloboEsporte.com procurou o Ministério da Agricultura e o Comitê Organizador dos Jogos do Rio 2016, mas não obteve o posicionamento de ambos até o a publicação desta notícia. Segundo Luiz Roberto Giugni, a FEI colocou como prazo o fim do mês de outubro para ter garantias da liberação de entrada dos cavalos no Rio de Janeiro, do contrário, estudará um plano B fora do Brasil.
- Tive uma reunião na terça-feira com a federação internacional. Se o problema não for resolvido até o fim do mês, corremos o risco de não ter o evento no Brasil. Volto a dizer que a situação é complicada e também muito simples. É questão de não se criar o protocolo. Fazer não é o problema. Parece que a vontade de fazer é o ponto sensível - disse o dirigente.
Não seria uma novidade na história olímpica as provas de hipismo serem realizadas fora do país-sede. Nos Jogos de 1956, em vez de serem realizadas em Melbourne, na Austrália, as disputas tiveram como palco Estocolmo, na Suécia.
Evento-teste; hipismo; cce (Foto: Beth Santos/ Divulgação)Evento-teste do CCE não teve presença de estrangeiros, mas teve estrutura aprovada (Foto: Beth Santos/ Divulgação)
Em agosto, o Centro de Hipismo de Deodoro recebeu o evento-teste do Circuito  Completo de Equitação (CCE), mas sem a presença de estrangeiros. Para o presidente da CBH, a estrutura da instalação não é uma barreira para a realização dos Jogos do Rio 2016.
- Deodoro não é mais um problema para a gente. A pista de cross-country (parte do CCE) foi aprovada, o piso está impecável. Impecável também o piso da pista de salto. O governo do Rio de Janeiro fez um esforço muito grande para deixar tudo em dia. As perspectivas estão perfeitas. Também há um vazio sanitário, não tem nenhum cavalo lá há oito meses, a região está livre - disse Giugni.

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