Top 10: zoeira de Alonso, comoção por Paris, invasão e "grid team" no Brasil
Tá certo que a corrida não foi tão boa, mas a semana em Interlagos foi movimentada. E o GloboEsporte.com lista fatos marcantes de mais uma passagem da F-1 por aqui
Tá certo que a corrida deste domingo não foi das mais animadas da temporada. No entanto, Interlagos teve uma semana movimentada com a presença dos melhores pilotos do mundo para o GP do Brasil de Fórmula 1. Fora da pista, não faltou assunto. Teve atraso polêmico de Lewis Hamilton, grid girls e grid boys juntos pela primeira vez na história, tributos aos atentados de Paris, show de bola (de meia) de Felipinho, filho de Felipe Massa… Dentro da pista, teveFernando Alonso demonstrando bom humor após mais uma quebra, brilho do vencedor Nico Rosberg e calvário de Massa, desclassificado por irregularidades no pneu. O GloboEsporte.com enumerou os 10 acontecimentos que marcaram a semana da etapa brasileira da F-1. Confira!
ATRASO DE HAMILTON
O campeão mundial antecipado da temporada 2015 foi o grande assunto no começo da semana sem mesmo estar no Brasil. Aliás, o motivo foi justamente esse. O astro da Mercedes cancelou todos seus compromissos de quarta-feira por “motivos pessoais”, causando um rebuliço e até boatos de que não viria ao GP. Pelas redes sociais, revelou ter se envolvido em um acidente de trânsito no começo da semana (bateu um Zonda Pagani de R$ 8 milhões em Mônaco). Na quinta-feira, apareceu no paddock e disse também que ficou doente por ter trabalhado muito ebebido todas na festa da mãe: “Aquilo me matou”.

ALONSO ZOEIRO
Cansado de sofrer com os seguidos problemas dos motores Honda durante todo ano, Fernando Alonso resolveu, digamos, levar a vida menos a sério. Depois de abandonar o treino classificatório sem completar ao menos uma volta, o espanhol arranjou uma cadeirinha, sentou, confortou os pés em cima do capacete e aproveitou para tomar um banho de sol. O show do espanhol teve direito até a piscadinha para a câmera de TV! Antes disso, ele e seu companheiro de McLaren Jenson Button "ultrapassaram os limites da zoeira" e foram tirar foto no pódio, algo que não chegaram perto de subir em nenhum momento ao longo do ano. A internet agradeceu com um mar de memes.

TRIBUTO ÀS VÍTIMAS DE PARIS
Os pilotos receberam com pesar e preocupação as notícias sobre os atentados terroristas que chocaram Paris e deixaram mais de 120 mortos. Único francês do grid, Romain Grosjean fez uma singela homenagem às vítimas ao exibir uma braçadeira com as cores do país. A FIA organizou um tributo durante a tradicional parada dos pilotos que antecede a largada, com a exibição de uma bandeira francesa decorada com o sinal de luto. Os competidores também se reuniram para prestar um minuto de silêncio aos mortos e feridos pelos ataques. Nico Rosberg e Sebastian Vettel afirmaram que a disputa na pista ficava em segundo plano diante da magnitude da tragédia.

GRID GIRLS E GRID BOYS
A organização do GP do Brasil inovou este ano. Pela primeira vez na história da Fórmula 1, homens e mulheres formaram juntos o time de modelos que ficam no grid. Os grid boys e grid girls ainda usaram roupas personalizadas com a marca do café recém-lançado de Bernie Ecclestone com a esposa brasileira Fabiana. O produto é cultivado em uma fazenda em São Paulo. A novidade igualitária foi batizada de “grid team”.

LENDAS NO PADDOCK
O GP do Brasil é a oportunidade ideal para enaltecer a história do país na Fórmula 1. E os campeões Nelson Piquet , Emerson Fittipaldi e Ayrton Senna foram os nomes mais celebrados ao longo da semana na capital paulista. O tricampeão Nelson foi o principal homenageado no “Capacete de Ouro”, o “Oscar” do automobilismo brasileiro, e ainda foi citado como uma dasgrandes referências do tetracampeão Sebastian Vettel. Já Fittipaldi foi exaltado pelos 40 anos da primeira dobradinha brasileira na categoria, no GP do Brasil de 1975, com vitória de José Carlos Pace, que morreria dois anos depois em um acidente aéreo. Além deles, Ayrton Senna, mesmo não estando mais presente em vida, foi, novamente, mais uma vez lembrado. Desde um painel gigante em um prédio de São Paulo até as cores no capacete de Lewis Hamilton.

A SEGUNDA VEZ DE ROSBERG
Não foi desta vez que Lewis Hamilton realizou o sonho de vencer o GP do Brasil, onde o ídolo Ayrton Senna conquistou alguns dos triunfos mais marcantes de sua carreira. Assim como no ano passado, a corrida foi completamente dominada por Nico Rosberg, que foi pole position e precisou apenas administrar a vantagem para garantir o lugar mais alto do pódio. Sem chances de brigar pelo título mundial, assegurado por antecipação por Hamilton, o alemão pôde ao menos garantir o vice-campeonato, afastando de vez as ameaças do compatriota Sebastian Vettel, da Ferrari. Com um desempenho implacável na pista de Interlagos, Nico foi ovacionado pelo público brasileiro e arrancou elogios até mesmo do companheiro de equipe e grande rival.

MASSA DESCLASSIFICADO
No ano passado, quando subiu no pódio em terceiro, Felipe Massa recebeu dos torcedores de Interlagos um tratamento digno de vencedor da corrida. Na edição 2015, no entanto, o brasileiro viveu uma situação completamente diferente. Sem condições de acompanhar os rivais de Mercedes e Ferrari, e também atrás do companheiro Valtteri Bottas, o anfitrião largou apenas em oitavo e cruzou a linha de chegada na mesma posição. Para piorar, ele acabou desclassificado pela direção de prova, que identificou uma irregularidade na temperatura e pressão do pneu direito traseiro direito de sua Williams. Vencedor em 2006 e 2008, pela Ferrari, Massa acabou vivendo um domingo para se esquecer em sua corrida em casa e se viu ainda mais isolado no sexto lugar do Mundial de Pilotos, 14 pontos atrás de Kimi Raikkonen.

A PRIMEIRA VEZ DE NASR
O domingo foi mesmo difícil para os pilotos brasileiros. Em sua primeira corrida em casa na condição de titular da Fórmula 1, Felipe Nasr largou em 13º, de olho nas chances de conquistar uma vaga na zona de pontuação. O jovem piloto da Sauber até conseguiu alguns momentos de inspiração em Interlagos, chegando a aparecer em quarto lugar, por causa da estratégia de atrasar o primeiro pit stop. No entanto, as limitações do modesto carro e problemas nos pneus não permitiram que o brasiliense mantivesse a ofensiva. A solução foi se contentar com a mesma posição da largada, sem pontuar. Como consolo, o brasileiro ao menos pode celebrar o fato de ter ficado à frente do companheiro Marcus Ericsson, 16º colocado na corrida.

FELIPINHO SENSAÇÃO
Se na pista Felipe Massa e Felipe Nasr tiveram corrida discretas, fora da pista um outro Felipe, oFelipinho, filho de Massa, roubou a cena. Xodó do paddock da F-1, o pequeno garoto de 5 anos aprontou poucas e boas. Correu para lá e para cá, brincou com os amigos e até jogou bola de meia com o atacante Nenê, do Vasco. Durante entrevista do pai para o Esporte Espetacular, Felipinho não parou. Fazia caras e bocas, apontava para o monitor de apoio sempre que via alguém conhecido e ainda ficou chateado quando o pai são-paulino disse que o Corinthians “já é campeão brasileiro”.

INVASÃO DE PISTA
A marcante invasão de pista pelo público no GP do Brasil de 2014 se repetiu na edição deste ano em Interlagos, só que em menor proporção. Aos gritos de “olê, olê, olê, olá. Senna, Senna!”,centenas de pessoas entraram no circuito através de uma fenda nas grades da reta principal. Ciente da possibilidade, a organização do autódromo se mostrou mais preparada que no ano passado, fez um cordão de isolamento e conteve o tumulto, dispersando rapidamente os ousados torcedores.

Nenhum comentário:
Postar um comentário