quarta-feira, 27 de junho de 2012

CORINTHIANS

Você sabia que, na primeira vitória do Corinthians na Bombonera, um jogador chamado Paulinho foi responsável pelo triunfo? Veja mais!


Adversários na final da Taça Libertadores da América de 2012, Corinthians e Boca Juniors-ARG, dois dos mais tradicionais clubes da América do Sul, não têm um longo histórico de confrontos. Mesmo assim, pode-se dizer que o clube argentino é uma “pedra no sapato” do Timão: em onze encontros, o Alvinegro acumula três vitórias, três empates e cinco derrotas. Nas duas vezes em que se enfrentaram por competições continentais, o Boca levou a melhor. Uma delas, inclusive, pela própria Libertadores, em 1991.
O primeiro duelo foi no dia 10 de fevereiro de 1935, em amistoso realizado no Parque São Jorge. Na oportunidade, o Boca Juniors literalmente fugiu do jogo: vivendo temporada de recuperação e valendo-se do então recém-contratado Teleco (um dos maiores artilheiros da história do Corinthians, com 254 gols marcados em 266 jogos) , o Timão abriu vantagem de 2 a 0 no placar, ainda no primeiro tempo. Quando o árbitro José Alexandrino marcou um pênalti a favor dos alvinegros, os argentinos impediram a cobrança, abandonando o gramado aos 20 minutos da etapa complementar.
Cassio no treino do Corinthians na Argentina (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Cássio treina na Bombonera, palco onde o Timão já venceu, em 61 (Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Em excursão pelo Brasil, o Boca havia goleado o Botafogo por 4 a 0 e o São Cristóvão por 6 a 1. A equipe argentina também empatou com Vasco e Palestra Itália, mas teve a invencibilidade quebrada na capital paulista. Uma semana depois, o Corinthians seria derrotado por um de seus piores algozes da história, o River Plate, por 3 a 1, também no Parque São Jorge.
O reencontro entre as equipes seria somente 12 anos mais tarde. Também em amistoso na cidade de São Paulo, em janeiro de 1947, dessa vez realizado no estádio do Pacaembu, o Boca Juniors goleou o Corinthians por 6 a 2, com destaque para os atacantes Mario Boyé e Pío Corcuera, que marcaram, respectivamente, três e dois tentos a favor dos “hermanos”.
AnoTorneio Resultado
1935AmistosoCorinthians 2 x 0 Boca
1947AmistosoCorinthians 2 x 6 Boca
1948AmistosoCorinthians 1 x 1 Boca
1956Roberto G. PedrosaCorinthians 4 x 1 Boca
1961Octogonal de VerãoBoca 3 x 4 Corinthians
1961AmistosoBoca 5 x 0 Corinthians
1991LibertadoresBoca 3 x 1 Corinthians
1991LibertadoresCorinthians 1 x 1 Boca
1999Teresa HerreraBoca 2 x 0 Corinthians
2000Copa MercosulBoca 3 x 0 Corinthians
2000Copa MercosulCorinthians 2 x 2 Boca
A final que nunca aconteceu
No ano de 1956, Corinthians e Boca Juniors chegaram à decisão da Copa do Atlântico de clubes sul-americanos, um torneio de caráter amistoso realizado no continente, com clubes argentinos, uruguaios e brasileiros. Participaram, além do Timão e dos xeneizes, River Plate, Racing, Lanús, San Lorenzo, Santos, São Paulo, Fluminense, América-RJ, Nacional, Peñarol, Defensor, Danubio e Wanderers.
Após bater o uruguaio Danubio, além dos arquirrivais Santos e São Paulo, o Timão faria sua primeira final continental contra o Boca. No entanto, por falta de datas, as duas equipes não disputaram os jogos e não houve campeão. A Libertadores da América ainda não existia na época, e seria criada somente quatro anos depois, em 1960
Após enfrentar os xeneizes (apelido do time argentino) quatro vezes em território nacional, o clube de Parque São Jorge viajou ao temido estádio Alberto J. Armando, palco do primeiro jogo da final da Libertadores de 2012 e mais conhecido como La Bombonera, em 1961. As lembranças não podem ser melhores: em jogo cheio de gols, válido pelo Torneio Octogonal de Verão, o Corinthians venceu o Boca por 4 a 3.
Curiosamente, quem anotou o tento da vitória corintiana, aos 33 minutos do segundo tempo, é xará de um dos maiores destaques do atual elenco: Paulinho. Ele balançou as redes três vezes naquela partida (já havia marcado aos cinco da etapa inicial e aos onze da complementar). Do lado argentino, o brasileiro Paulinho Valentim marcou de pênalti, mas não conseguiu evitar a derrota azul-dourada.
Aquele ano ficou conhecido como o do “Faz-me rir” para os alvinegros. Título de uma música da cantora Edith Veiga, a canção tornou-se motivo de piada para os rivais, refletindo a péssima campanha no Campeonato Paulista, no qual 27 jogadores e dois técnicos foram utilizados.
Treino do Corinthians, Paulinho (Foto: Marcos Ribolli  / Globoesporte.com)Paulinho treina na Bombonera. Xará dele já marcou lá, em 1961 (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Duas eliminações e 51 anos de jejum
A vitória histórica na casa azul-dourada seria a última da história do Corinthians sobre o Boca Juniors. Nas seis partidas seguintes, quatro vitórias do argentinos e dois empates. A primeira “para valer” pela Taça Libertadores da América de 1991. Após vencerem por 3 a 1 na Bombonera, com destaque para a atuação do atacante Gabriel Batistuta, que marcou duas vezes, os xeneizes seguraram o empate por 1 a 1 no Morumbi para avançar às quartas de final da competição.
O zagueiro Guinei ficou marcado como o vilão corintiano. Até hoje ele é lembrado por ter perdido a bola para Graciani na lateral-esquerda do campo, logo no início da partida, em lance que resultaria no “gol da eliminação”. Paulo Sérgio igualou o marcador na reta final do segundo tempo, mas já era tarde.
Quase uma década depois, a mesma história... Vingança à vista?
A campanha do Corinthians na Copa Mercosul de 2000 foi um desastre. Eliminado na primeira fase, o time acumulou dois empates e quatro derrotas, em jogos de ida e volta contra Boca Juniors, Nacional-URU e Olímpia-PAR. Os encontros com a equipe argentina foram praticamente uma repetição de 1991: derrota por 3 a 0 na Bombonera e empate por 2 a 2 em São Paulo.
Hoje, a situação é diferente. Dono da melhor defesa da história da Taça Libertadores, com três gols sofridos em doze jogos, o Timão colocará a prova sua consistência no alçapão argentino. E enfrentará um adversário com estilo de jogo semelhante ao seu, caracterizado pelo alto número de desarmes. Quem levará a melhor? A resposta terá duração de 180 minutos, divididos igualmente entre os dias 27 de junho e 4 de julho.

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