segunda-feira, 25 de junho de 2012

SELEÇAO BRASILEIRA

Campeão do mundo em 2002, ex-goleiro do Palmeiras brinca que fama de baladeiro dos brasileiros auxiliou na adaptação ao fuso horário da Ásia


header 10 anos do Penta (Foto: Infoesporte)
Balada faz mal a jogador de futebol? Pode até ser que sim, mas não para a seleção brasileira campeã do mundo em 2002. Dez anos depois do penta, o goleiro Marcos afirmou, em tom de brincadeira, que a fama de baladeiro dos atletas do Brasil ajudou na conquista do torneio, realizado no Japão e na Coreia do Sul.
Afinal de contas, enquanto a maioria dos jogos era realizada na Ásia, as rodas de samba, os bares e as boates brasileiras agitavam a madrugada no Brasil. À exceção das partidas que ocorriam às 8h30 de Brasília. Nessa época, a diferença de horário para o Japão e a Coreia do Sul era de 12 horas.
- Como muita gente falava que jogador brasileiro era baladeiro, eu brincava que a Seleção seria campeã fácil, porque os jogos seriam de madrugada no Brasil e nós, que adoramos sair à noite, estaríamos adaptados ao fuso horário do Japão e da Coreia do Sul – declarou Marcos, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.
Marcos, Seleção Brasileira, Copa do Mundo 2002 (Foto: Agência AFP)Marcos fecha o gol da Seleção na partida contra a Bélgica, nas oitavas de final (Foto: Agência AFP)
Recém-aposentado do futebol, Marcos é agora embaixador do Palmeiras. Deixou de ter o rótulo de boleiro, mas não o de “santo”. São Marcos, aliás, não é apenas um ídolo alviverde, é um personagem emblemático do futebol brasileiro. Tanto que corintianos, são-paulinos, santistas e outros rivais o veneram pelo penta.
- A Copa do Mundo foi a maior conquista da minha vida. Até hoje tenho esse reconhecimento quando ando nas ruas. Em todos os lugares que vou, as pessoas me tratam como campeão do mundo. Mas também isso gerou uma responsabilidade maior depois da Copa - acrescentou o ex-goleiro.
Em 2002, Marcos fez defesas importantes na caminhada da Seleção rumo ao seu quinto título mundial. Mas ele não se considera um personagem principal daquela conquista. Prefere deixar esse status para jogadores mais decisivos, como Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho...
- Eu tinha noção de que, se ganhássemos a Copa, o mérito seria do Ronaldinho, do Rivaldo e do Ronaldo. Só que, se perdêssemos, a culpa seria minha, do Lúcio, do Roque Júnior. Mas nosso Mundial foi muito bom. Todo mundo fez sua parte bem feita e isso fez um time campeão. Assim, é batata que vai ganhar - analisou.
Ex- coleiro Marcos do Palmeira (Foto: Marcos Ribolli  / Globoesporte.com)Dez anos depois, Marcos sustenta rótulo de santo
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Marcos, no entanto, teve ótima atuação na final contra a Alemanha. Enquanto o jogo estava 0 a 0 (o Brasil venceu por 2 a 0), o então goleiro do Palmeiras foi decisivo. E ofuscou o alemão Oliver Khan, que, eleito antecipadamente o melhor jogador da Copa do Mundo, falhou no primeiro gol de Ronaldo.
- O Khan não foi o melhor jogador da Copa, mas foi o melhor goleiro. O Ronaldo, para mim, foi o craque do Mundial. Eu não levei o Brasil para a final. Fiz os meus 10% e o restante do time fez a parte deles. Mas o Khan levou a Alemanha para a decisão. Mas, se tivesse prêmio individual para a final da Copa, eu poderia ganhar.
Marcos não levou prêmio individual em 2002. Apenas a medalha de campeão do mundo, guardada com muito carinho em sua cidade natal, Oriente, no interior de São Paulo. Mas o “santo” sabe que sua condição de ídolo brasileiro por causa daquela conquista está intacta. Até porque não disputou outro Mundial.
- Eu mesmo pensava: depois de voltar campeão de uma Copa, você tem mais a perder ou a ganhar disputando outra? Ou você ganha outra ou só vão lembrar o Mundial que você perdeu. Em 2002, todo mundo era bom, mas ainda não tinha uma Copa no currículo. Isso fez diferença – finalizou Marcos.
Na campanha do pentacampeonato, o goleiro foi titular em todos os sete jogos daquela conquista, sofrendo apenas quatro gols (um da Turquia e dois da Costa Rica, na primeira fase, e um da Inglaterra, nas quartas de final).
Ronaldo Copa 2002 (Foto: Getty Images)Ronaldo comemora primeiro gol na final, com Khan (ao fundo) caído no chão (Foto: Getty Images)

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