quinta-feira, 19 de julho de 2012

BRASILEIRAO 2012



Após marcar dois gols contra Sport, atacante é alternativa para suspensão de Kleber ou impossibilidade de reforços

Leandro comemora segundo gol contra Sport (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Leandro comemora segundo gol contra Sport
(Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Leandro surgiu em 2011 e, com gols, dribles desconcertantes e corte de cabelo moicano, ganhou o apelido de ‘Neymar do Olímpico’. A irregularidade no nível das atuações, algo típico na carreira de todo jovem jogador, o fez cair no esquecimento. Um ano e meio depois, nome da virada sobre o Sport, o atacante ressurgiu após amargar a reserva no Grêmio. Até ganhou novo batizo, agora, por Vanderlei Luxemburgo: Mirandinha.
A fama repentina, convocação para seleção de base, renovação de contrato com pompa e circunstância foram manchadas por recente prisão por uso de carteira de habilitação falsa. A proteção de Luxa aliada a um programa de treinos técnicos e físicos o devolveram ao grupo. O que mudou?
- Estava precisando que as pessoas entendessem que o garoto só tem 19 anos. Se comete um erro no Brasil, imprensa e alguns técnicos cobram os jovens como se fossem Cruyff, Maradona ou Pelé. A base dele (Leandro) foi muito precoce. Tem muito a aprender ainda. Como jogador e como homem. O peguei na época do problema (da prisão) e dei carinho, como um pai ou avô. Expliquei o erro. Ele se dedicou mais nos treinos e agora está aí. É claro que não está pronto, mas é o único atacante de velocidade que temos. Como o Mirandinha, meu jogador no Corinthians (década de 1990). Tecnicamente era ruim, mas corria de um lado para outro e desgastava os defensores. O Leandro faz isso: é um ‘cansa-zagueiro’. Estou contente por ele. As pessoas agora o olham de forma diferente - explicou Luxa.
Para entender a dimensão da análise do comandante é preciso relembrar os fatos. No Gauchão do ano passado, ainda com Renato Gaúcho, Leandro surgiu como promessa aos 17 anos. Marcou seis gols em sete jogos e passou a ser tratado como joia pelo ex-treinador. A queda na Liberadores, a perda do Estadual para o Inter e o começo irregular no Brasileirão determinaram a saída do ídolo do comando.

Leandro, então, ficou à mercê da troca de técnicos - viriam ainda Julinho Camargo e Celso Roth. Marcaria só um gol no Nacional, contra o Atlético-MG - que seria seu último até a noite desta quarta. O que não impediu a convocação para a seleção sub-17 para os Jogos Pan-Americanos. Ainda houve uma renovação, com convocação de imprensa e multa rescisória aumentada para R$ 100 milhões.
Leandro e Paulo Odone (Foto: Eduardo Cecconi/Globoesporte.com)Renovação de Leandro, ao lado de Odone, foi grande evento (Foto:Eduardo Cecconi/Globoesporte.com)
O panorama não mudou em 2012. Teve poucas chances com Caio Júnior, o que se repetiu com Luxa. No entanto, começou treinos técnicos com os auxiliares Roger Marques e Emerson Rosa. Aprendeu basicamente a ficar menos com a bola e a explorar a velocidade. Os trabalhos físicos, com Paulo Paixão e Antonio Mello, lhe deram 4kg de massa muscular. Parou de cair a cada trombada de zagueiro.

A meta é evitar precipitações. O que não impedirá de ser uma solução caseira. Tanto para a impossibilidade de trazer reforços ou para substituir o suspenso Kleber, domingo, contra o Botafogo.
- Pode acontecer, mas ele ainda precisa correr atrás. Trabalhar. Vou ver o que fazer - completou Luxa.
Mas não duvide. Leandro, com os dois gols depois de uma seca de 11 meses e 15 dias, ressurgiu e está com gosto de quero mais:
- Só tenho a agradecer ao técnico. O Luxa me deu a chance. Aproveitei da melhor maneira possível. Se pintar a oportunidade, estou à disposição
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