Segundo súmula, torcida teria atirado chinelos no campo e atingido assistente Alexandra Aparecida Rodolpho na partida diante do Vasco
A Copa São Paulo de Futebol Júnior já acabou para o Comercial, mas a competição pode deixar sequelas para o clube no restante do semestre. Na partida diante do Vasco da Gama, na última sexta-feira, no estádio Palma Travassos, o árbitro Flávio Rodrigues Guerra relatou na súmula que a torcida comercialina atirou objetos no gramado, e que um chinelo teria acertado a assistente Alexandra Aparecida Rodolpho (assista o vídeo ao lado).
Relato de Flávio Rodrigues Guerra na súmula da partida entre Comercial x Vasco (Foto: Reprodução / FPF)
A confusão aconteceu no fim do jogo. Comercial e Vasco disputavam a liderança do Grupo K da Copinha, e a partida estava empatada por 1 a 1. Aos 48 minutos do segundo tempo, o Leão fez 2 a 1, mas a arbitragem assinalou impedimento no lance. O gol daria ao Comercial a classificação à próxima fase. Desesperados, os jogadores do clube ribeirão-pretano discutiram com a assistente e o árbitro. A partida foi encerrada, mas o bate-boca permaneceu, inclusive com o envolvimento de vários torcedores que estavam nos alambrados.
- Após o jogo, conversamos muito com o Flávio, demos toda a assistência para ele, a Polícia Militar o acompanhou, a arbitragem teve toda a segurança e colaboração do Comercial. Ele disse para a gente que não houve nada de errado, aí entra no vestiário e escreve outra coisa na súmula? A gente fica chateado, pois não podemos também relatar erros eventuais dele durante o jogo - afirmou Vieira.O vice-presidente do Comercial, Rogério Vieira, reagiu com surpresa ao saber do relato da súmula de Flávio Rodrigues Guerra.
Tapume separou torcedores do alambrado durante
O caso será avaliado pela Federação Paulista de Futebol e o Comercial pode ser punido com a interdição do Palma Travassos no início da Série A2 do Campeonato Paulista. Mas o principal temor é que a FPF obrigue o clube a recolocar o chamado “Muro de Berlim” – polêmica estrutura metálica que foi utilizada para separar o torcedor do alambrado durante o Paulistão 2012.
- Acredito que não corremos risco de perder mando de campo e nem de ter o tapume de volta. Pelo nosso relacionamento com a FPF, acredito que receberemos uma advertência. Mas é claro que agora eles ficarão muito mais atentos para qualquer problema que aconteça no nosso campo. Se ocorrer de novo, aí a punição será rigorosa. Mas nossa torcida vai dar bom exemplo na Série A2. A gente tem feito esse trabalho para educar o torcedor, conscientizar - comentou Rogério Vieira
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