Saída do velocista brasileiro é referência no cenário mundial. Biomecânico faz estudo para detalhar a performance do nadador nos primeiros 15 metros
Hoje, a largada deixou de ser uma preocupação para Nicholas. Apontado por especialistas como uma das melhores, ou a melhor, saída de prova do mundo, o nadador de 33 anos pode se dar ao "luxo" de não precisar mais gastar tanto tempo com isso. Mas nem sempre foi assim. Na infância, subir no bloco para tentar saltar cada vez mais rápido era um vício.
- Quando era mais novo, fazia muita técnica para saída e impulsão. Depois do treino, ficava fazendo várias saídas, assim como alguns jogadores de basquete ficam arremessando. Eu treinava a saída até chegar ao ideal. Antigamente, ficava brincando com os meus amigos de quem caia mais longe na água. Sempre fui muito competitivo. Mas, hoje, não fico horas treinando a saída. Não tenho tanta necessidade. Preciso focar em outras coisas, como o final de prova, que é o que mais me atrapalha - explicou Nicholas, que disputa a final dos 50m borboleta ao lado de Cesar Cielo, a partir das 13h.
A persistência da infância fez mesmo efeito. Nos últimos anos, a largada de Nicholas tem sido determinante para suas conquistas. Em 2012, foi campeão mundial dos 50m borboleta em piscina curta. Também tem este ano a melhor marca do mundo em piscina longa, com o tempo de 22s81, conquistado neste domingo, nas semifinais do Mundial de Barcelona.
- A largada do Nicholas é uma das melhores do mundo, se não for a melhor do mundo na atualidade. Ele costuma passar os 15m na frente de todos os seus adversários. Tem uma impulsão vertical e um nível de força de membros inferiores muito bons. É um atleta muito forte e potente. Com isso, a velocidade que ele atinge a água é muito alta. O segundo ponto é o seu nado submerso, sua ondulação. Tudo isso faz com que ele seja diferente em relação aos seus adversários - explicou Paulo César Marinho, o biomecânico da seleção que fez um estudo detalhado dos primeiros 15 metros de prova de Nicholas Santos.
Confira em detalhes a saída do brasileiro, com base no estudo biomecânico realizado:
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