quinta-feira, 22 de outubro de 2015

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Dunga prevê “guerra” com Argentina e Brasil vitaminado com Neymar

Treinador diz que Seleção precisará se superar para vencer rivais em Buenos Aires. Retorno do camisa 10 é motivo de comemoração: “Aumenta o nosso potencial”

Por Rio de Janeiro
Confronto contra a Argentina é sinônimo de “guerra” para o técnico Dunga. Pelo menos foi a opinião que o treinador deu nesta quinta-feira, na sede da CBF, no Rio de Janeiro, durante a coletiva de imprensa após adivulgação da lista de convocados da seleção brasileira. Para o comandante canarinho, o Brasil precisará se superar para conquistar os três pontos em Buenos Aires.
- Quando vai para a Argentina é sempre uma guerra. É um campeonato à parte, tem essa grande rivalidade, sempre difícil. Temos que ter um jogo muito pensado, mas principalmente saber que cada jogada, cada bola é uma decisão. Não será diferente, o Brasil terá que entrar concentrado e precisará se preparar para não ser surpreendido – analisou o treinador.
O treinador também comentou o retorno deNeymar à seleção brasileira. Dunga ainda não sabe onde escalará o craque do Barcelona, mas fez questão de afirmar que a equipe nacional ganha em qualidade com a volta do camisa 10.
- A ideia nós temos. Opções nós temos. Agora será o treino que vai definir onde vamos colocá-lo. Já estamos vendo os jogos da Argentina e onde melhor a característica dele e dos outros jogadores vai se encaixar. Temos variáveis que podemos usar. Nós não tivemos o Neymar no início e ficamos felizes com a sua volta. Isso aumenta muito o nosso potencial.
A equipe vai se apresentar em São Paulo no dia 8 de novembro. O grupo fará a preparação para o jogo diante da Argentina na capital paulista, no centro de treinamento do Corinthians. A viagem para Buenos Aires está marcada para a véspera da partida no Monumental de Nuñez.
Os dois compromissos da Seleção pelas eliminatórias serão transmitidos ao vivo pela TV Globo, Sportv e GloboEsporte.com. O site acompanha em Tempo Real.
Confira abaixo a coletiva completa do Dunga:
Marcelo GroheAinda não está 100%. O Cássio está merecendo uma chance e temos que trazer o máximo de jogadores possíveis para observar e temos outros jogadores que não estão 100%. Optamos por um ou por outro para não termos tantas mudanças na convocação.
Cássio, Alisson e saída do Jefferson
Temos que começar colocando os fatos como eles são. No último jogo não foi só o Jefferson que saiu. O Hulk, o Marcelo... Lógico que não ficaram satisfeitos e nem quero (que fiquem acomodados). No clube, nós temos 11 titulares, na Seleção, temos 23. Quando o treinador convoca, ele confia nos 23. O Taffarel iniciou jovem na seleção e como ele adquiriu essa experiência? Jogando. Se acreditamos nesse jovem (Alisson), não importa a idade se ela é baixa ou elevada. O que importa é a capacidade e a qualidade dele. Todos os jogadores da Seleção têm capacidade para jogar e o treinador precisa ter confiança para colocá-los. Falamos de mudança tática e o treinador tem essa possibilidade pelas características de cada atleta.
Mudança de logística
A mudança é questão de logística. Nas eliminatórias, em 2010, os jogadores se apresentavam na segunda-feira e nós jogávamos no sábado ou no domingo. Hoje, os jogadores se apresentam na segunda e jogam na quinta. Vamos ficar em São Paulo, perto do aeroporto e isso facilita a logística.
Neymar Barcelona (Foto: AFP)Enquanto ficou fora da Seleção por suspensão, Neymar brilhou e foi decisivo pelo Barcelona sem o contundido Messi (Foto: AFP)
Lesões
As eliminatórias já começaram. Quanto as observações, nós temos todos os relatórios. Dois ou três jogadores não estão 100%, estão voltando de lesão e é uma escolha que temos que fazer. Vamos observar os jogadores. Temos um grupo bom e todos podem estar presentes. Cada vez que vamos falar de jogadores que não estão aqui nós estaremos desmerecendo os que estão aqui.
Posicionamento de Neymar
A ideia nós temos. Opções nós temos. Agora será o treino que vai definir onde vamos colocá-lo. Já estamos vendo os jogos da Argentina e onde melhor a característica dele e dos outros jogadores vai se encaixar. Temos variáveis que podemos usar. Nós não tivemos o Neymar no início e ficamos felizes com a sua volta. Isso aumenta muito o nosso potencial.
Argentina e Peru
Independentemente de três pontos ou não, a Argentina é um duelo à parte. Tem uma grande rivalidade e temos que estar preparados. Quanto ao Peru: eles estão bem, fizeram uma boa Copa América. São dois grandes jogadores (Guerrero e Farfán) assim como os demais. Os dois são os mais conhecidos, mas quando jogam contra o Brasil sempre têm uma motivação a mais.
Torcida em Salvador
Quanto a pressão de Salvador, todos estão comentando de quanto é difícil a eliminatória e de como estão sendo decididos os jogos. O torcedor será compreensivo com a seleção e vai nos apoiar. Independentemente de quem esteja no comando da Seleção e quais são os jogadores é a Seleção que está jogando. Todos precisam entender o momento das eliminatórias. Temos que ter uma união. Temos que trabalhar para a Seleção ter bons resultados.
David Luiz
Falamos ontem com ele. Falamos tem meia hora e ele estava no treino. Está bem, recuperado, poderia ter jogado esse jogo (contra o Real Madrid, pela Liga dos Campeões). A comissão técnica do PSG quis esperar rum pouco mais, um pouco mais de preparação para ele.
Dunga convocação da Seleção (Foto: Ag. O Globo)Dunga anuncia a lista de convocados para os confrontos com Argentina e Peru pelas eliminatórias (Foto: Ag. O Globo)
Prós e contras dos primeiros jogos
Não gostei do resultado contra o Chile. Se observar o jogo, nós tivemos seis contra-ataques. Até os 30 minutos do segundo tempo, a partida estava 0 a 0 e tivemos mais chances do que o Chile. Ninguém gosta de perder e quando se perde nós temos falhas que precisamos corrigir. Contra a Venezuela, o Brasil foi mais eficiente, criou mais chances, movimentação melhor, time compacto e os gols saíram. A equipe da Venezuela é bem armada, difícil de jogar, tem bola aérea forte e o Brasil deu poucas chances. Temos que manter a nossa compactação, a jogada individual, a melhor qualidade do Brasil.
Guerra em Buenos Aires
Quando vai para a Argentina é sempre uma guerra. É um campeonato à parte, tem essa grande rivalidade, sempre difícil. Temos que ter um jogo muito pensado, mas principalmente saber que cada jogada, cada bola é uma decisão. Não será diferente, o Brasil terá que entrar concentrado e precisará se preparar para não ser surpreendido.
Período sem jogos até março de 2016
Vamos continuar observando, fazendo alguns cursos, aproveitar o tempo da melhor maneira, já preparando para os jogos de março e para as Olimpíadas que estarão logo ali na frente.
Falha na logística passada?
Não. Cada jogo é diferente. Nem tudo é igual. A questão da facilidade dos voos, do deslocamento dos jogadores, do campo de treinos. E uma série de coisas que envolve a logística dessa partida. Tem que ter o campo, maior facilidade de acesso aos treinos, uma série de itens que pesam. Onde esses jogadores estão, se vai ter facilidade de voo ou não, se eles podem chegar no domingo ou na terça. Equação que depende de várias coisas. Cada jogo nós vamos pensar numa coisa. Ir para a Granja (Comary, na região serrana do Rio de Janeiro), nós perderíamos meio dia de preparação, de descanso. Em São Paulo, o centro de treinamento é próximo. Não temos como treinar. Nas outras eliminatórias, os jogadores se apresentavam segunda para jogar no sábado. Na primeira apresentação, alguns jogadores atuaram no domingo à noite na Europa e só conseguiram chegar na terça.
Pontos positivos da Seleção
O que mais gostamos é que vimos um time competitivo. Estamos voltando a jogar da maneira que o Brasil gosta, qualidade técnica, drible, criatividade. Temos várias coisas que não gostamos, mas isso é uma coisa interna e tentamos corrigir e falar com os jogadores. Tentamos motivá-los nos treinos. Mostramos nos vídeos os erros, conversamos com os jogadores e mostramos as razões. Eles nos passam o que estão achando e tomamos a melhor decisão.
Dunga Brasil x Venezuela eliminatorias (Foto: Leo Correa/Mowa Press )Brasil vem de derrota para o Chile e vitória sobre a Venezuela nas eliminatórias (Foto: Leo Correa/Mowa Press )

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