quarta-feira, 14 de outubro de 2015

NOTICIAS

Do drible à presença do "9", cinco evoluções do Brasil em primeira vitória

Seleção brasileira coloca ousadia em campo, amplia participação de seus volantes e se movimenta para conseguir primeira vitória nas eliminatórias da Copa de 2018

Por Fortaleza
O Brasil não foi exuberante, mas apresentou melhoras em relação ao futebol da semana passada, quando foi derrotado por 2 a 0 pelo Chile. É verdade, e é preciso levar em conta, que a Venezuela é um rival muito inferior tecnicamente. Certamente, não foram meras coincidências os aspectos de evolução da Seleção. Da ousadia à presença de um centroavante de origem, passando pela maior participação dos volantes na articulação ofensiva, confira cinco coisas que a equipe de Dunga não fez em Santiago, mas conseguiu melhorar em Fortaleza na vitória por 3 a 1 sobre os venezuelanos, a primeira das eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia, de 2018.
MARCAÇÃO PRESSÃO

O gol de Willian antes que se completasse o primeiro minuto do jogo se deve a um desarme de Luiz Gustavo no campo de ataque (veja no vídeo acima). O Brasil não conseguiu fazer isso o tempo todo, mas na maior parte dos 90 minutos pressionou a saída de bola venezuelana. Ao roubar a bola na metade ofensiva do gramado, esteve mais próximo do gol defendido por Baroja. Sufocar o adversário foi uma missão dada por Dunga durante os treinos realizados em Fortaleza.
VOLANTES NO JOGO

Elias se alinhou com os três meias assim que a bola rolou no Castelão. Luiz Gustavo apareceu duas vezes na área da Venezuela para finalizar (veja no vídeo acima um dos lances de perigo do camisa 17). O corintiano também tentou de longe. Muito ao contrário do que havia acontecido contra o Chile, esses dois jogadores se livraram da inglória e chata missão de serem apenas marcadores, e tornaram-se peças importantes da articulação do sistema ofensivo. Com movimentação, confundiram a marcação quase sempre sem serem acompanhados pelos meio-campistas venezuelanos. Importante frisar que Luiz Gustavo, pendurado, não levou cartão amarelo e assim poderá enfrentar a Argentina, em novembro.
O CAMISA 9

No Chile, a bola cruzou a área brasileira algumas vezes, mas faltava um jogador que tenha noção de posicionamento ideal naquele território para aproveitar as oportunidades. Ricardo Oliveira fez um gol (assista no vídeo), corretamente postado atrás do zagueiro que falhou, e poderia ter feito outro no primeiro tempo, quando recebeu passe de Filipe Luís na hora certa e no lugar certo. Hulk não é do ofício. Até incomodou na primeira rodada, mas quase sempre com tentativas infrutíferas de chutes de longa distância. O santista, mesmo longe de ter uma atuação brilhante, mostrou que ainda pode ser importante ter um centroavante.
MOVIMENTAÇÃO
Willian gol Brasil x Venezuela eliminatórias (Foto: Reuters)Willian comemora gol marcado contra a Venezuela em jogo pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 18 (Foto: Reuters)
Willian começou o jogo pelo lado direito, como sempre, com Douglas Costa pela esquerda. Mas logo na metade do primeiro tempo, eles inverteram. Antes ainda do fim da etapa inicial, voltaram às suas posições de origem. O meia do Chelsea, principalmente, povoou todos os setores do campo. Sua movimentação proporcionou ao Brasil jogadas mais rápidas, com toques de primeira. Isso também se intensificou com a entrada de Lucas Lima, no segundo tempo. Ao contrário do que aconteceu no Chile, quando a seleção brasileira aceitou estática a imposição de jogo do Chile, dessa vez se mexeu para criar oportunidades.
OUSADIA
Filipe Luis Brasil x Venezuela eliminatorias (Foto: Reuters)Até Filipe Luís usou o drible como recurso na vitória do Brasil por 3 a 1 sobre a Venezuela (Foto: Reuters)
Filipe Luís é mais conhecido pelo bom posicionamento defensivo do que por jogadas agudas de linha de fundo. Mas até ele driblou. Luiz Gustavo, volante mais recuado da Seleção, colocou a bola por debaixo das pernas do marcador. Willian deitou e rolou, foi ao fundo sempre que possível. Também não houve medo de finalizar, com exceção a um lance em que Douglas Costa despertou a ira de Dunga por tentar o passe para Oscar em vez de finalizar. De qualquer modo, a equipe sentiu-se mais à vontade para arriscar jogadas de efeito. Contra o Chile, havia sido muito burocrática, e facilitado as coisas para os donos da casa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gauchão 2021

Grêmio vence Inter e leva vantagem na final do Gaúcho Para conquistar o título Estadual, o Internacional terá que vencer o confronto por doi...