segunda-feira, 9 de novembro de 2015

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Palmeiras passa mal, cruza pior, perde e se distancia do G-4.

Verdão abusa das bolas levantadas na área, não mostra compactação alguma e é derrotado pelo lanterna; torcida vaia, e técnico compara Corinthians ao Bayern

Por São Paulo
Se "compactação" é a palavra da moda no futebol, o Palmeiras é um time antiquado. Defesa, meio-campo e ataque não se comunicam. A equipe não consegue trocar passes de forma objetiva e exagera nos cruzamentos para a área. Foram 22 bolas levantadas na área do Vasco, contra apenas cinco do time carioca. E aí um ponto importante: os vascaínos conseguiram marcar de cabeça, num erro defensivo que "virou rotina" no Palmeiras, como definiu Zé Roberto. Já os chuveirinhos do Verdão não achavam ninguém - foram só quatro finalizações de cabeça nessas 22 bolas levantadas na área. E isso diante da segunda zaga mais vazada da competição. 
O Vasco agradeceu: com a vitória por 2 a 0, deixou a lanterna e ficou a dois pontos de sair da zona do rebaixamento. Já o Palmeiras está a seis do G-4, com apenas 12 pontos a serem disputados. Jogadores como Robinho saíram do estádio falando que o foco agora deve ser só a final da Copa do Brasil, contra o Santos.
Lance que ilustra a falta de criatividade do Palmeiras: Gabriel Jesus deu um chutão, Rafael Marques saiu correndo e cruzou para a área sem perceber que seus companheiros ainda não haviam chegado (Foto: reprodução)Lance que ilustra a falta de criatividade do Palmeiras: Gabriel Jesus deu um chutão, Rafael Marques saiu correndo e cruzou para a área sem perceber que seus companheiros ainda não haviam chegado (Foto: reprodução)
Marcelo Oliveira reconheceu a atuação ruim e cobrou "vibração" de seus jogadores. Admitiu que lhe falta qualidade na aproximação entre meio-campo e ataque. Reclamou, principalmente, da falta de marcação. E surpreendeu ao citar como exemplo o rival Corinthians, comparando-o até ao Bayern de Munique. Mas já está há cinco meses no cargo e vem sendo cada vez mais cobrado pela torcida, que vaiou o time na saída de campo. 
A escalação inicial e as substituições podem, sim, ser questionadas. O técnico passou a semana falando em "jogo decisivo" contra o Vasco e que era preciso ter "regularidade". Sem Dudu, poderia apostar em Allione. Mas escolheu sair jogando com Rafael Marques, que embolou muito com Lucas Barrios pelo centro, e optou no intervalo por Kelvin, um jogador que não atuava desde a partida contra o São Paulo (1 a 1), no fim de setembro.
Palmeiras começou o jogo num 4-3-3 sem profundidade, já que Rafael Marques embolava muito com Barrios no meio; Robinho e Zé Roberto não conseguiam chegar ao ataque; e os laterais não apoiavam (Foto: GloboEsporte.com)Palmeiras começou o jogo num 4-3-3 sem profundidade, já que Rafael Marques embolava muito com Barrios no meio; Robinho e Zé Roberto não conseguiam chegar ao ataque; e os laterais não apoiavam
Mais inexplicável ainda foi a entrada de Fellype Gabriel, na fogueira. O meia não jogava uma partida profissional desde agosto do ano passado e foi a campo com a missão de armar um time que perdia por 2 a 0 para o lanterna. Ele entrou no lugar de Egídio, o que fez com que Zé Roberto fosse empurrado para a lateral esquerda. 
Marcelo Oliveira resgatou o 4-2-3-1, colocou Fellype Gabriel, que não jogava havia mais de um ano, e Zé Roberto foi para a lateral. Alecsandro substituiu Barrios, mas pouco acrescentou, assim como Kelvin (Foto: GloboEsporte.com)Como terminou: Marcelo Oliveira resgatou o 4-2-3-1, colocou Fellype Gabriel, que não jogava havia mais de um ano, e Zé Roberto foi para a lateral. Alecsandro substituiu Barrios, mas pouco acrescentou, assim como Kelvin
Usar o veterano no meio ou na ala é hoje um daqueles tópicos que agitam qualquer conversa de palmeirense em mesa de bar. Não há consenso. É fato, porém, que, pelo menos neste jogo contra o Vasco, Zé Roberto não rendeu nada no primeiro tempo, mas melhorou no início do segundo, quando chegou à área algumas vezes para tentar concluir. Isso até os 24 minutos, quando foi enviado para a Sibéria palmeirense no lugar de Egídio.

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