quarta-feira, 11 de novembro de 2015

PALMEIRAS

Palmeiras autorizou camisa que causa briga entre Adidas e WTorre

Pedro Lopes
Do UOL, em São Paulo
  • Divulgação
    Símbolo retratando o Allianz Parque causou briga entre Adidas e WTorre
    Símbolo retratando o Allianz Parque causou briga entre Adidas e WTorre
A Adidas, patrocinadora do Palmeiras, protocolou na última semana sua defesa em ação da WTorre que a proíbe de comercializar uma camiseta utilizando imagem do Allianz Parque. A empresa está proibida por uma liminar da 20ª Vara Cível de São Paulo de explorar a marca do estádio, e alega, dentre outros argumentos, que obteve aprovação do alviverde para a camiseta que causou a briga.
Em uma troca de e-mails no dia 10 de junho de 2014, o então diretor de marketing do alviverde Marcelo Giannubilo comunica representante da Adidas que o desenho a ser impresso na peça de roupas foi aprovado pelo presidente Paulo Nobre – o design, que mostra um desenho estilizado do Allianz e as palavras "La Nostra Casa" está anexo à correspondência.
Para proibir a veiculação a WTorre alegou que a Adidas está explorando o estádio sem autorização, pagamento dos royalties e que, principalmente. danifica a imagem do estádio ao não utilizar o logotipo e o nome oficial, escolhido após um acordo de naming rights de R$ 300 milhões.
UOL Esporte teve acesso ao contrato de naming rights – nele, a WTorre se obriga a lutar, inclusive judicialmente, para que a nomenclatura "Allianz Parque" seja utilizada em todos os produtos e mídias que se refiram ao estádio. O Palmeiras, por sua vez, sequer é parte no acordo, que é firmado entre a construtora, a seguradora Allianz e a administradora AEG.
Ao não incluir o Palmeiras, o acordo não gera a mesma obrigação de zelo para o clube. A WTorre, entretanto, anexou no processo uma carta, datada de 26 de abril de 2013, assinada pelo presidente Paulo Nobre, na qual o alviverde se compromete a "solicitar que terceiros, inclusive patrocinadores, identifiquem o Complexo da Arena pela nomenclatura oficial", mas não se responsabiliza por omissões destes terceiros.
O artigo 4.1 da escritura de cessão de uso de superfície - acordo firmado entre Palmeiras e WTorre sobre o estádio -  diz que o "direito de exploração do nome e imagem da Arena, inclusive com a utilização do símbolo da Proprietária (Palmeiras), desde que em conjunto com o nome ou imagem da Arena, serão de exclusividade da Superficiária (WTorre)". Em outras palavras, a Adidas precisava ter pedido autorização à WTorre.
Procurados pela reportagem através de suas assessorias de imprensa, nem a WTorre nem o Palmeiras quiseram comentar o assunto. A Adidas não respondeu até a publicação da matéria.
Mal estar
Divergências antigas dominam as relações entre Palmeiras e WTorre: o clube e a construtora discutem em um processo de arbitragem o número de cadeiras às quais cada um tem direito, contratualmente. O alviverde quer ceder 10 mil, enquanto construtora quer ter controle de 100% dos assentos. Os shows de música no local, que as vezes danificam o gramado, também já foram alvo de discussões.
Além disso, a empresa colocou na discussão o fato dos descontos que são dados pelo Avanti, argumentando que a prática dificulta a venda por um valor maior. O Palmeiras, no entanto, entende ter o direito de ter relacionamento com seu sócio-torcedor. O Avanti é sucesso absoluto, foi destaque em uma arrancada em 2015 e está entre os três maiores programas do país.
A Real Arenas enfrenta um pedido de falência na Justiça, mas descarta abrir mão do direito de exploração do estádio. No final de agosto a empresa disse ao UOL Esporte que não recebeu propostas e não pretende vender sua participação.

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